Manual iPhone iPad

Published on November 2016 | Categories: Documents | Downloads: 51 | Comments: 0 | Views: 581
of 153
Download PDF   Embed   Report

Comments

Content

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PÉLVICA

PADRONIZAÇÃO DE CONDUTAS E ROTINAS TERAPÊUTICAS
Dr. Gustavo Cardoso Guimarães Dr. Fabio de Oliveira Ferreira Dr. Ademar Lopes

FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca da Fundação Antônio Prudente

Padronização de condutas e rotinas terapêuticas Hospital A.C.Camargo, Departamento de Cirurgia Pélvica. 2 ed.- São Paulo: 156p. Vários colaboradores Descritores: 1. Câncer - diagnóstico. 2. Câncer - tratamento. 3. Oncologia - diagnóstico. 4. Fundação Antônio Prudente ISBN (ON-LINE) 978-85-88433-08-3 ISBN (impresso) 978-85-88433-07-6 ………………………………………………………….NLM QZ 200

Capa, projeto gráfico e diagramação: Leoart Design

PADRONIZAÇÃO DE CONDUTAS E ROTINAS TERAPÊUTICAS

Dr. Gustavo Cardoso Guimarães Dr. Fabio de Oliveira Ferreira Dr. Ademar Lopes

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PéLVICA

• • • • • • •

PADRONIZAÇÃO DE CONDUTAS E ROTINAS TERAPÊUTICAS TUMORES DE CóLON, RETO E âNUS TUMORES COLORRETAIS HEREDITáRIOS TUMORES UROLóGICOS SARCOMAS DE PARTES MOLES TUMORES óSSEOS DISSEMINAÇÃO PERITONEAL DAS NEOPLASIAS - CIRURGIA CITORREDUTORA E QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL HIPERTéRMICA

8

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PéLVICA

Padronização de Condutas e Rotinas Terapêuticas COORDENAÇÃO Dr. Ademar Lopes - CRM 21092 ORGANIZAÇÃO Dr. Gustavo Cardoso Guimarães - CRM 80506 Dr. Fábio de Oliveira Ferreira - CRM 72794 REVISÃO Departamento de Cirurgia Pélvica Dr. Ademar Lopes - CRM 21092 Dr. Adriano Carneiro da Costa - CRM 126790 Dr. Alexsander Koroiwa Bressan - CRM 109915 Dr. Carlos Alberto Ricetto Sacomani - CRM 72398 Dr. Fábio de Oliveira Ferreira - CRM 72794 Dr. Francisco Paulo da Fonseca - CRM 44006 Dr. Gustavo Cardoso Guimarães - CRM 80506 Dra. Luciola Assunção Alves - CRM 80668 Dr. Rodrigo Souza Madeira Campos - CRM 84397 Dr. Samuel Aguiar Jr. - CRM 84495 Dr. Stênio de Cássio Zequi - CRM 69358 Dra. Sueli Akiko Nakagawa - CRM 82918 Dr. Wilson Bachega Jr. - CRM 53560 Dr. Wilson Toshihiko Nakagawa - CRM 59519 Dr. Wu Tu Chung - CRM 53732 Departamento de Oncologia Clínica Dr. Celso Abdon Lopes de Mello - CRM 100667 Dr. Jose Augusto Rinck Junior - CRM 94128 Departamento de Radioterapia Dra. Maria Leticia Gobo Silva - CRM 107075

9

íNDICE

Prefácio........................................................................................................... 11 Deveres dos médicos residentes...................................................................... 12 Direitos dos médicos residentes....................................................................... 13 Critérios de avaliação dos médicos residentes................................................. 15 Preparo intestinal............................................................................................ 17 Uso de antibióticos......................................................................................... 19 Cuidados com pacientes cirúrgicos.................................................................. 22 Avaliação pré-anestésica................................................................................. 23 Pólipos e câncer colorretal: rastreamento e vigilância ..................................... 24 Adenocarcinoma do cólon.............................................................................. 28 Adenocarcinoma do reto ................................................................................ 36 Tumores colorretais hereditários...................................................................... 48 Carcinoma do canal anal................................................................................. 58 Sarcomas de Partes Moles............................................................................... 65 Cirurgia citorredutora e Quimioterapia intraperitone hipertérmica.................. 72 Osteosarcoma ................................................................................................. 79 Condrossarcoma............................................................................................. 85 Tumor de ewing.............................................................................................. 87 Metástases ósseas......................................................................................... 92 Carcinoma espinocelular do Pênis................................................................... 96 Carcinoma de células Transicionais de Bexiga................................................. 107 Adenocarcinoma da Próstata .......................................................................... 118 Tumores do Testículo....................................................................................... 135 Tumores Renais............................................................................................... 146

10

PREFáCIO

O

Centro de Tratamento e Pesquisa HOSPITAL DO CâNCER A. C. Camargo tem como finalidades básicas a assistência médica, o ensino e a pesquisa. Pela natureza da própria oncologia, melhores resultados são obtidos com o tratamento integrado e multidisciplinar, diferenciando um hospital especializado de um hospital geral que trata câncer. A padronização de procedimentos para diagnóstico, estadiamento e seguimento de pacientes com câncer é a única forma de se acumular experiência, apresentar resultados e propor mudanças com a finalidade de beneficiar os pacientes, mesmo se considerando as rápidas mudanças que podem ocorrer em função dos avanços científicos. A padronização terapêutica seguramente é o método mais apropriado para o oncologista (cirurgião, clínico, radioterapêuta) cumprir a sua responsabilidade nas áreas de ensino e pesquisa, contribuindo para uma melhor assistência. O oncologista deve ainda estar preparado para participar e/ou utilizar-se das descobertas do laboratório de pesquisa básica na prática clínica diária. Com esses conhecimentos biológicos e clínicos, padronização de procedimentos e prontuários bem elaborados, somados aos compromissos dos profissionais da área e de um Hospital que se propõe a ensinar, pesquisar e dar assistência médica de boa qualidade, a produção científica se torna uma conseqüência natural. Dentro dessas premissas, o Departamento de Cirurgia Pélvica edita periodicamente as padronizações terapêuticas relativas aos tumores de cólon, reto, ânus, colorretais hereditários, urológicos, ósseos, sarcomas de partes moles e, a partir dessa edição, uma proposta para o tratamento da disseminação peritoneal das neoplasias através de cirurgia citorredutora associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica. Além disso, informações relativas à organização estrutural e funcional do departamento, critérios de avaliação dos residentes, cuidados com pacientes cirúrgicos, uso de antibióticos e preparo intestinal, segundo as normas do departamento, fazem parte da edição. Agradacemos aos Departamentos do nosso Hospital que conosco participaram para a elaboração deste manual, com a certeza de que o beneficiário final será o paciente com câncer. Dr. Ademar Lopes Diretor do Departamento de Cirurgia Pélvica

11

DEVERES DOS MéDICOS RESIDENTES

Estar sempre de posse do BIP/telefone para atendimento das intercorrências com pacientes internados e emergências. Os pacientes deverão ser vistos pelo residente do departamento e não pelo plantonista do hospital; Responder prontamente aos chamados; Medicar os pacientes internados antes do início das atividades (cirurgias, atividades didáticas, ambulatório) durante a semana e antes das 9:00 horas aos sábados, domingos e feriados; Avaliar os pacientes que são internados em até 30 minutos após a internação, exceção feita às urgências, que deverão ser atendidas de imediato; Visitar os pacientes internados pelo menos duas vezes ao dia (uma pela manhã e outra ao final do dia) e, em casos especiais, quantas vezes forem necessárias. Comunicar ao titular responsável as intercorrências; Estar presente no horário nas atividades didáticas complementares e no ambulatório quando não houver atividade no centro cirúrgico; Preparar adequadamente os casos para a visita; Comparecer às reuniões de seminários às 4as feiras (7:00 as 8:00hs); Organizar no livro de cirurgias o agendamento cirúrgico; Chegar ao Centro Cirúrgico 15 minutos antes da hora programada para o ato operatório; Manter o prontuário em ordem e completo (anexar ao prontuário cópias dos exames feitos fora do hospital); Não se ausentar das atividades do hospital sem aviso e consentimento da chefia imediata; Preencher corretamente os avisos de internação, avisos de cirurgia, guias de AIH, relatórios médicos, pedidos de exames, resumo de admissão e resumo de alta, assim como outros formulários que sejam necessários; Tratar com respeito os colegas, paramédicos e, sobretudo, os pacientes; Usar o avental padronizado pelo hospital ou roupa branca e o crachá de identificação; Orientar os pacientes na alta quanto ao retorno para curativos: data, local, horário e nome do médico. Deixar com o paciente o pedido de guia para curativos; Fazer a prova de avaliação cognitiva ao final do estágio.

12

DIREITOS DOS MéDICOS RESIDENTES

1.

Ter o médico titular a disposição para orientar no atendimento ambulatorial e junto aos pacientes internados (o residente não pode atender no ambulatório sem a presença do titular); 2. Ter o titular localizável para orientar no atendimento das emergências ou intercorrências clínicas, quando necessário; 3. Ter o titular disponível para participar do ato operatório como cirurgião ou auxiliar, conforme escala pré-estabelecida; 4. Ter orientação para a produção de trabalhos científicos, preparo de casos clínicos e outras atividades didáticas; 5. Questionar, dentro de princípios éticos, as condutas do departamento; 6. Participar das atividades de atendimento ambulatorial, enfermaria e centro cirúrgico; 7. Ter um programa pré-estabelecido das atividades didáticas complementares: aulas, seminários, cursos, congressos, discussão de casos clínicos; 8. Realizar atos cirúrgicos assistidos pelo titular responsável pelo paciente, quando demonstrar conhecimentos cognitivos e psicomotores para tal; 9. Ser tratado com respeito e princípios éticos pelos membros da equipe; 10. Ter um BIP/telefone para responder aos chamados dos membros da equipe, telefonista, enfermagem, emergências e interconsultas.

OUTRAS ATIVIDADES DIDáTICAS Também são consideradas atividades didáticas complementares, com presença obrigatória, as reuniões científicas do corpo clínico às quartas-feiras. Conta-se como atividade didática complementar a participação em cursos, congressos e seminários etc. Ao residente “senior” do 3º ano é permitida a inscrição e freqüência, como aluno especial, nos cursos das disciplinas de pós-graduação da FAP para obtenção de créditos para o , mestrado; aqueles que tiverem interesse em fazer pós-graduação deverão, no início do estágio, procurar elaborar e desenvolver um projeto de pesquisa, sob a orientação do Departamento.

13

LEMBRETES

• • •

Os critérios de avaliação ao final do estágio estão na apostila de rotinas e programações terapêuticas do Departamento. A prova é obrigatória para todos os residentes. Aqueles que não comparecerem no dia da avaliação, receberão nota zero neste item. Os residentes “seniors” deverão dividir eqüitativamente os pacientes internados com os residentes “juniors”, Assim, os casos operados por residentes “seniors” deverão ser prescritos pelos mesmos (não é função do residente “junior” prescrever os casos operados por residentes “seniors”, inclusive nos finais de semana).

• •

Os casos deverão ser apresentados nas visitas pelo residente que participou da cirurgia. Pedimos a colaboração dos residentes para comparecerem às visitas de final de semana (“juniors” e “seniors”). O horário da visita será estabelecido pelos titulares responsáveis, conforme escala.



O coordenador/orientador (médico titular do Departamento) é o responsável pelo preparo das apresentações junto aos residentes, assim como, pela coordenação da reunião.

• • •

As reuniões terão o seguinte formato: Apresentação de um caso previamente escolhido e preparado que representa o tema do dia, seguida da apresentação de um artigo científico relacionado. Após a apresentação do artigo, serão apresentados os casos de pacientes internados e casos para decisão de conduta; Na apresentação dos casos, sempre que possível, os exames de imagem devem ser mostrados.



OBS: todos os residentes deverão estudar previamente o assunto do dia, pois serão convidados a comentar o tema sob seus diferentes aspectos: etiologia, quadro clínico, diagnóstico diferencial, história natural da doença, estadiamento, conduta (tratamento), taxas de sobrevida, aspectos do seguimento e atualidades.

14

CRITéRIOS DE AVALIAÇÃO DOS MéDICOS RESIDENTES

AVALIAÇÃO AFETIVA • relacionamento com colegas, pacientes e pessoal paramédico; • cuidados com o prontuário: anamnese, exame físico, observação dos protocolos, horário de prescrição; • cuidados com pacientes no pré e pós-operatório; • pontualidade: ambulatório, centro cirúrgico, atividades didáticas, atendimentos de emergência, plantões.

AVALIAÇÃO PSICOMOTORA • exame dos pacientes; • desempenho no ato cirúrgico.

AVALIAÇÃO COGNITIVA • atividades didáticas; • desempenho na prova.

OBS: Nota igual ou maior que 7 (sete) é pré-requisito para o residente candidatar-se ao estágio anual da especialidade no departamento (R3). Todos os titulares darão nota.

Avaliação Afetiva Psicomotora Cognitiva

Peso 3 3 4

15

RESIDENTE
Médico Titular Afetiva Psicomotora Atividades didáticas Prova

Média Notas parciais Média x 3

Média

Média

Nota

Média x 3

(Média +Prova) /2 x4

Notas parciais x pesos Nota Final Soma das notas parciais x pesos / 10

16

PRePARO InTesTInAL

O Departamento de Cirurgia Pélvica é responsável por um grande número de operações sobre o trato gastrointestinal. Por esta razão, decidiu-se pela padronização de uma forma de preparo intestinal de fácil execução, curta duração e baixa morbidade, com pouco desconforto para o paciente, a pequeno custo e com alta confiabilidade. O objetivo desse informe não é analisar as várias controvérsias relativas ao tema, mas sim o de relatar a padronização adotada no serviço. A seguir, encontramos um modelo de prescrição que poderá ser utilizado na maioria das vezes. A depender das condições clínicas e da patologia de cada paciente, as correções necessárias deverão ser feitas no sentido de evitar distúrbios volêmicos e metabólicos e garantir a eficácia do preparo. Modelo de prescrição - véspera da cirurgia: 1. Dieta líquida sem resíduos. Jejum após as 22h 2. SG 5% - 1000 ml } NaCl 20% KCl 19,1%4. Sintomáticos 20 ml } EV 8/8 hs. Início às 20h 10 ml }

3. Medicações de uso prévio (conforme orientações da avaliação pré-anestésica)

Observações: 1. O tipo de preparo intestinal (com manitol ou enteroclisma de solução glicerinada) deverá ser discutido com o médico titular do caso.

17

ReFeRênCIAs
• • • • • • • Hayashi MS, Wilson SE. Is there a current role for preoperative non-absorbable oral antimicrobial agents for prophylaxis of infection after colorectal surgery? Surg Infect (Larchmt). 2009 Jun;10(3):285-8. Review Pineda CE, Shelton AA, Hernandez-Boussard T, Morton JM, Welton ML. Mechanical bowel preparation in intestinal surgery: a meta-analysis and review of the literature. J Gastrointest Surg. 2008 Nov;12(11):203744. Epub 2008 Jul 12. Review , Wille-Jørgensen P Guenaga KF, Matos D, Castro AA. Pre-operative mechanical bowel cleansing or not? an updated meta-analysis. Colorectal Dis. 2005 Jul;7(4):304-10. Review Guenaga KF, Matos D, Castro AA, Atallah AN, Wille-Jørgensen P Mechanical bowel preparation for elective . colorectal surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jan 25;(1):CD001544. Review. Update in: Cochrane Database Syst Rev. 2009;(1) , Wille-Jørgensen P Guenaga KF, Castro AA, Matos D. Clinical value of preoperative mechanical bowel cleansing in elective colorectal surgery: a systematic review. Dis Colon Rectum. 2003 Aug;46(8):1013-20. Review. Guenaga KF, Matos D, Castro AA, Atallah AN, Wille-Jørgensen P Mechanical bowel preparation for elective . colorectal surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(2) , Muller-Stich BP Choudhry A, Vetter G, Antolovic D, Mehrabi A, Köninger J, Weitz J, Büchler MW, Gutt CN. Preoperative bowel preparation: surgical standard or past? Dig Surg. 2006;23(5-6):375-80

18

UsO de AnTIbIóTICO

O uso de antibióticos no Departamento de Cirurgia Pélvica obedece as regras gerais para uso de antibióticos em cirurgia. Duas situações distintas fazem parte da rotina: o uso profilático e o uso terapêutico. Para tanto, tem importância o conhecimento da flora bacteriana mais provável nos diferentes sítios cirúrgicos, assim como a classificação dos tipos de intervenções, a saber: • • • • Limpa: sem falhas na assepsia; sem abertura de órgão muscular oco; Potencialmente contaminada: com abertura de órgão muscular oco, sem derramamento de secreção; Contaminada: falha na assepsia; abertura de órgão muscular oco com derramamento de secreção; presença de inflamação aguda, sem pus; Infectada: presença de pus ou víscera perfurada.

Adotando-se essa classificação, as taxas de infeção pós-operatória aproximamse de 5%, 15%, 25% e 40%, respectivamente para intervenções limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. Com base nos princípios mencionados, temos adotado a seguinte padronização em colaboração com a SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) de: 1. Cirurgias Limpas Não utilizar antibióticos. A depender das características do paciente e da operação, fazer profilaxia com Cefazolina (Kefazol). Os pacientes que apresentam fatores de risco classicamente associados a aumento na incidência de infecção (doença reumatóide, diabetes mellitus, idade avançada, obesidade, desnutrição, terapia imunossupressora, tempo prolongado de cirurgia), devem ser considerados para a realização de antibioticoprofilaxia. Os pacientes submetidos a cirurgias limpas com colocação de próteses devem receber profilaxia antibiótica segundo protocolo anexo
19

PROFILAXIA ANTIMICROBIANA EM CIRURGIA - PéLVIS
CIRURGIA Orquiectomia Postectomia Varicocelecomia Vasectomia Nefrectomia Orquiectomia com Colocação de Prótese Prostatectomia Aberta RTU da Próstata ou Bexiga Prótese Peniana Biópsia da Próstata Transretal Estudos Urodinâmico de Alto Risco Cirurgias com Manipulação de Intestino Ortopedia – Sem Material de Osteossintese Ortopedia – Com Material de Osteossintese INDUÇÃO NÃO INDICADO NÃO INDICADO NÃO INDICADO NÃO INDICADO CEFAZOLINA 2g EV CEFAZOLINA 2g EV CEFAZOLINA 2g EV CEFAZOLINA 2g EV CEFUROXIMA 1,5g EV CIPROFLOXACINA 500mg VO 2h antes NORFLOXACINA 400mg VO CEFOXITINA 2g EV 1g 2/2h 1g 4/4h 1g 4/4h 1g 4/4h 1g 4/4h 750mg 4/4h 750mg 8/8h 12/12h 8/8h INTRA-OP ATé 24h INTRA-OP INTRA-OP 48h até 24h REPETIÇÃO INTRA-OP PóS-OP DURAÇÃO

12/12h 1g 6/6h

Até 24h Até 24h

CEFAZOLINA 2g EV

1g 4/4h

INTRA-OP

CEFAZOLINA 2g EV

1g 4/4h

8/8h

Até 24h

Fonte: SCIH Hospital A.C.Camargo 2010

20

1. Cirurgias Potencialmente Contaminadas Profilaxia com Cefoxitina sódica (Mefoxin) Pré-operatório: Cefoxitina (Mefoxin) - 1,0 g EV na indução anestésica. Trans-operatório: Cefoxitina (Mefoxin) - 1,0 g EV 6/6 h. Pós-operatório: Cefoxitina (Mefoxin) - 1,0 g EV 6/6 h. Suspender em 24 h. OBS: Para os pacientes em preparo intestinal, seguir a rotina padronizada (em anexo) 2 .Cirurgias Contaminadas e Infectadas (agente etiológico não conhecido) Uso terapêutico. A) Cirurgias colo-proctológicas Associar Ceftriaxone (Rocefin) e Metronidazol (Flagyl) Ceftriaxone (Rocefin) - 1,0 g EV 12/12h. Metronidazol (Flagyl) - 500 mg EV 8/8h. Iniciar quando do diagnóstico de contaminação ou achado de infecção. Manter por 7 dias até reavaliação ou identificação do agente etiológico. b) Cirurgias outras Iniciar antibioticoterapia empírica com base na maior probabilidade de atingir a flora bacteriana do sítio cirúrgico em questão. Reavaliar mediante identificação do agente etiológico e evolução clínica. 3. Infecções pós-operatórias e infecções em sítios não cirúrgicos: Iniciar antibioticoterapia empírica com base na maior probabilidade de atingir a flora bacteriana do sítio em questão. Antibioticoterapia dirigida por antibiograma mediante isolamento do agente etiológico.

21

Cuidados Com paCientes CirúrgiCos
Cuidados pré-operatórios Avaliação clínica e/ou pré-anestésica • • Tipagem sanguínea Exames específicos a depender da indicação clínica • • Reserva de sangue e derivados Reserva de UTI • • Solicitar com antecedência materiais especiais: Grampeadores mecânicos: circulares de 29 e 33 mm de diâmetro • • Grampeadores lineares rígidos ou flexíveis de 30, 45 e 60 mm Grampeadores lineares cortantes de 75 mm • • Bolsas de colostomia de duas peças Sistema fechado de drenagem por aspiração de baixa pressão • • Jackson Pratt ou Blake Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para procedimento terapêutico, • diagnóstico e para coleta de material (Modelo próprio do Hospital) Cuidados com o prontuário no pré-operatório • Solicitar ao paciente ou responsável que assine o termo de responsabilidade padronizado pelo hospital (consentimento informado), contendo autorização para coleta de material biológico para banco de tumores e projeto genoma humano; Checar se o prontuário encontra-se devidamente preenchido (história, • antecedentes pessoais e familiares, interrogatório sobre os diversos aparelhos, exame físico, exame loco-regional) Cuidados Intra-operatórios • Antibioticoterapia profilática segundo padronização • Anticoagulação profilática • Medidas de prevenção de hipotermia Pós-operatório imediato • Deve ser prevista a necessidade de UTI, semi-intensivo ou enfermaria a depender da indicação clínica • Fisioterapia motora e respiratória • Exames laboratoriais de controle de acordo com a indicação clínica • Atenção com preenchimento do pedido de exame anatomopatológico e anotações no prontuário (nota operatória, prescrição, descrição da operação) Coleta de material Avisar o departamento de patologia para coleta de material para o banco de • tumores; • No caso de tumores de reto, nas lesões T3, o patologista deve medir a invasão do mesorreto em milímetros; • No caso de carcinoma de canal anal, colher material para pesquisa de HPV por ocasião da biópsia

22

Avaliação pré-anestésica Recomendação sumária de exames pré-operatórios
Sem anteced. patólógicos mulher = SIM homen = >40a média / gde porte >40a * >65a *Tabag. >20a maço *cirurgia de gde porte Doença Cardiovasc. Doença renal Diabetes Doença pulmonar Doença do S.N.C. Doença Hepática

Hb / Ht

SIM SIM

SIM SIM *>65a * Tabag >20 a maço *cirurgia de gde porte * > 50a *cirurgia de gde porte

SIM SIM * >65a *Tabag >20a maço *cirurgia de gde porte

SIM SIM

SIM SIM * >65a * Tabag. >20a maço *cirurgia de gde porte

SIM >40a * >65a * Tabag. >20a maço * cirurgia de gde porte

E.C.G.

SIM

Rx. de Tx

SIM

Glicemia de Jejum

* >50a *cirurgia de gde porte

* > 50a *cirurgia de gde porte

SIM

* >50a *cirurgia de gde porte * >65a *cirurgia de gde porte Preparo de Cólon Cirurgia de grande porte

SIM

SIM

Uréia Creatinina

* >65a *cirurgia de gde porte

SIM

SIM

SIM

* >65a *cirurgia de gde porte Preparo de Cólon SIM

Eletrólitos

Preparo de Cólon Cirurgia de grande porte

SIM

SIM

SIM

SIM

Coagulograma

Cirurgia de grande porte

Cirurgia de grande porte

Cirurgia de grande porte

Cirurgia de grande porte

Obs.:

Pacientes submetidos à RADIOTERAPIA torácica ou cervical: Raio X de Tórax e ECG Pacientes submetidos à QUIMIOTERAPIA recente: ECG, TGO,TGP Hemograma,Coagulograma , Pacientes que fazem uso de corticoesteróides : Glicemia e Eletrólitos Pacientes que fazem uso de anticoagulantes: Coagulograma e Hemograma Pacientes portadores de doença hepática: TGO e TGP ( além dos citados acima) Fonte: Departamento de Anestesia - Hospital A.C.Camargo

23

Pólipos e câncer colorretal: rastreamento e vigilância
Detecção precoce de adenomas colorretais e câncer colorretal: diretrizes para o rastreamento na população de risco médio (indivíduos assintomáticos com idade ≥ 50 anos, sem fatores de riscos adicionais).
Testes que detectam pólipos adenomatosos e câncer Retossigmoidoscopia flexível (inserção até 40cm ou até a flexura esplênica) Colonoscopia Enema baritado de duplo contraste Colonografia por Tomografia Testes que primariamente detectam câncer gPSOF de alta sensibilidade para câncer FIT de alta sensibilidade para câncer sDNA de alta sensibilidade para câncer Intervalo A cada 5 anos A cada 10 anos A cada 5 anos A cada 5 anos Intervalo Anual Anual Não definido

24

Diretrizes para rastreamento e vigilância para detecção precoce de adenomas colorretais e câncer na população de risco aumentado.
Categoria Recomendação Comentário

(1) Risco aumentado – antecedente de pólipo em colonoscopia prévia A Pequenos pólipos hiperplásicos no reto Opções de rastreamento recomendadas para população de médio risco. Seguir diretrizes da população de médio risco, exceto na polipose hiperplásica (seguimento mais intensivo)

B

1 ou 2 adenomas com displasia de baixo grau

Colonoscopia 5 a 10 anos após a polipectomia inicial

Considerar fatores clínicos para determinação do intervalo (colonoscopia prévia, história familiar, preferências do paciente e julgamento médico) Os adenomas devem ter sido completamente removidos. Se colonoscopia de seguimento revelar categoria (1)B, o intervalo de controle deve ser de 5 anos Considerar a possibilidade de síndrome familiar não diagnosticada

C

3 a 10 adenomas ou 1 adenoma > 10mm ou componente viloso ou displasia de alto grau

Colonoscopia 3 anos após a polipectomia inicial

D

> 10 adenomas em único exame

Colonoscopia < 3 anos após a polipectomia inicial

E

Adenomas sésseis removidos em “piecemeal”

Colonoscopia em 2 a 6 meses para verificar se houve remoção completa

Se remoção completa, o intervalo para colonoscopia de vigilância deve ser individualizado com base no julgamento do endoscopista e do patologista

25

Categoria

Recomendação

Comentário

(2) Risco aumentado – pacientes com câncer colorretal (CCR) A CCR c/ colonoscopia pré-op. incompleta Colonoscopia 3 a 6 meses após a ressecção se ausência de metástases irressecáveis; alternativa de colonoscopia intraoperatória Colonoscopia 1 ano após a ressecção (ou 1 ano após a colonoscopia realizada para avaliação completa do cólon) Após retossigmoidectomia por câncer de reto, avaliação para detecção de recidiva local em intervalos de 3 a 6 meses nos primeiros 2 a 3 anos. A CTC com contraste endovenoso ou EBDC são alternativas para avaliação pré-operatoria Se a colonoscopia de 1 ano for normal, o intervalo até o próximo exame é de 3 anos. Se a colonoscopia de 3 anos for normal, o intervalo até o próximo exame é de 5 anos. Na evidência de HNPCC ou achado de adenomas, seguir recomendação da categoria

B

CCR c/ colonoscopia pré-op. completa e ressecções curativas

(3) Risco aumentado – história familiar A Câncer colorretal ou pólipos adenomatosos em um parente de 1º grau < 60 anos ou em dois ou mais parentes de 1º grau em qualquer idade Câncer colorretal ou pólipos adenomatosos em um parente de 1º grau ≥ 60 anos ou em dois parentes de 2º com câncer colorretal Colonoscopia com início aos 40 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem da família, a cada 5 anos Se colonoscopia de vigilância for normal, controle a cada 5 anos. Diante do colonoscopia alterada, seguir categoria conforme o achado

B

Colonoscopia ou outras opções de rastreamento recomendadas para população de médio risco com início aos 40 anos

Os indivíduos devem escolher o teste para rastreamento

26

Diretrizes para rastreamento e vigilância para detecção precoce de adenomas colorretais e câncer na população de alto risco.
Categoria Alto risco A Diagnóstico molecular de FAP ou suspeita de FAP sem teste molecular Retossigmoidoscopia flexível anual para determinar se o indivíduo expressa o fenótipo e para orientar aconselhamento genético e considerar teste genético Início entre 10 e 12 anos Colonoscopia a cada 1 a 2 anos e aconselhamento para considerer teste genético Início entre 20 e 25 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem da família Se teste positivo, considerar colectomia Recomendação Comentário

B

Diagnóstico molecular ou clínico de HNPCC ou indivíduos de reico aumentado para HNPCC

O teste genético deve ser oferecido para os parentes de 1º grau de pessoas sabidamente portadoras de mutação herdada em genes de reparo do DNA Também deve ser oferecido quando a mutação não ainda não é conhecida na família, mas 1 de 3 dos critérios de Bethesda modificado está presente Sugere-se que os pacientes sejam encaminhados para vigilância em centros com experiência no manejo de doença inflamatória intestinal

C

Doença inflamatória intestinal, colite ulcerative crônica e colite de Crohn

O risco de câncer começa a ser significante 8 anos após a instalação de pancolite ou 12 a 15 anos após a instalação da colite do cólon esquerdo Colonoscopia com biópsias para avaliar displasia a cada 1 a 2 anos

1. 2. 3.

Levin B, Lieberman DA, McFarland B, et al. Screening and surveillance for the early detection of colorectal cancer and adenomatous polyps, 2008: a joint guideline from the American Cancer Society, the US Multi-Society Task Force on Colorectal Cancer, and the American College of Radiology. CA Cancer J Clin. 2008;58:130-160. Smith RA, Cokkinides V, Brawley OW. Cancer screening in the United States, 2008: a review of current American Cancer Society guidelines and cancer screening issues. CA Cancer J Clin. 2008 May-Jun;58(3):161-79. Epub 2008 Apr 28. Smith RA, Cokkinides V, Brawley OW. Cancer screening in the United States, 2009: a review of current American Cancer Society guidelines and issues in cancer screening. CA Cancer J Clin. 2009 Jan-Feb;59(1):27-41.

27

adenoCarCinoma do Cólon doença loCorregional

28

Recidiva

29

Exames para diagnóstico e estadiamento
• • • • Colonoscopia com biópsia. Se colonoscopia incompleta, considerar colonografia por tomografia computadorizada com colonoscopia de controle até 6 meses após a cirurgia, ou colonoscopia intra-operatória. Tomografia computadorizada ou ultrassonografia de abdome Radiografia de tórax (frente e perfil) Dosagem pré-operatória de CEA

estadiamento (UICC 7ª ed. 2010 (CId-10 C18) TnM – Classificação Clínica
TX T0 Tis T1 T2 T3 T4 O tumor primário não pode ser avaliado Não há evidência de tumor primário Carcinoma “in situ”: intra-epitelial ou invasão da lâmina própria 1 Tumor que invade a submucosa Tumor que invade a muscular própria Invasão além da muscular própria (subserosa, tecidos pericolicos não peritonizados) Tumor que invade outros órgãos ou estruturas 2,3 e/ou que perfura o peritônio visceral T4a – perfura o peritôneo visceral T4b – invade diretamente outros órgãos ou estruturas Os linfonodos regionais não podem ser avaliados Ausência de metástases em linfonodos regionais Metástases em 1 a 3 linfonodos regionais N1a – 1 linfonodo N1b – 2 a 3 linfonodos N1c – nódulo satélite subseroso, sem comprometimento linfonodal regional4 Metástases em 4 ou mais linfonodos regionais N2a – 4 a 6 linfonodos N2b – 7 ou mais linfonodos Ausência de metástase à distância Presença de metástase à distância M1a – Um órgão M1b – Mais de um órgão ou peritôneo

NX N0 N1

N2

M0 M1

30

notas 1 Tis inclui as células neoplásicas confinadas à membrana basal glandular (intraepitelial) ou à lâmina própria (intramucoso), sem extensão pela muscularis mucosae e sem alcançar a submucosa. 2 No T4, a invasão direta inclui a invasão de outros segmentos do cólon e reto através da serosa. 3 O tumor que é aderente a outros órgãos ou estruturas, macroscopicamente, é classificado como cT4b. Entretanto, não existindo tumor na aderência, microscopicamente, a classificação deve ser pT1-4a, de acordo com a profundidade de invasão na parede intestinal. 4 Um nódulo peritumoral satélite no tecido adiposo pericolônico sem evidência histológica de linfonodo residual pode representar disseminação discontínua, invasão venosa com extensão extra-vascular (V1/2), ou substituição completa de linfonodo (N1/2). Linfonodos substituidos por tecido neoplásico devem ser contados separadamente como linfonodos positivos na categoria N, enquanto disseminação discontínua ou invasão venosa devem ser classificados e contados na categoria Tumor Deposit (TD). Se depósitos tumorais são observados em lesões classificadas como T1 ou T2, os nódulos devem ser registrados na categoria TD, e como comprometimento linfonodal N1c. pTnM – Classificação Patológica
As categorias pT, pN e pM correspondem às categorias T, N e M. pN0 O exame histológico do espécime de uma linfadenectomia regional incluirá, geralmente, pelo menos 10 a 14 linfondos. Se os linfonodos são negativos, mesmo que o número usualmente examinado não seja encontrado, classifica-se como pN0.1

1

Pacientes pN0 com número de linfonodos examinados inferior a 10 - 14 devem ser avaliados individualmente quanto à necessidade de tratamento adjuvante.

G – Graduação Histopatológica
GX G1 G2 G3 G4 Grau de diferenciação não pode ser avaliado Bem diferenciado Moderadamente diferenciado Pouco diferenciado Indiferenciado

31

Grupamento por estádios

0 I IIA IIB IIC IIIA IIIB IIIC IVA IVB

Tis T1,2 T3 T4a T4b T1,2 T1 T3,4a T2,3 T1,2 T4a T3-T4a T4b Qualquer T Qualquer T

N0 N0 N0 N0 N0 N1/N1c N2a N1/N1c N2a N2b N2a N2b N1-N2 Qualquer N Qualquer N

M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M1a M1b

Quimioterapia adjuvante – alternativas Estádio II de alto risco 1. “Mayo Clinic”- 5FU 425 mg/m2 D1 a D5 em bolus, Leucovorin 20 mg/m2 D1 a D5 bolus, repetir a cada 21 ou 28 dias, por 6 ciclos 2. Capecitabina (Xeloda) – 2.000 mg/m2/dia, VO, D1 a D14 em duas tomas diárias, repetir a cada 21 dias, por 6 ciclos. Considerar redução de dose em pacientes idosos. Estádio III 1. mFOLFOX – 5FU 2.400 mg/m2 D1, infusão de 46 h, 5FU 400 mg/m2 D1, Leucovorin 400 mg/m2 D1, concomitante Oxaliplatina 85 mg/m2 D1, em 2h, repetir a cada 15 dias por 12 ciclos (6 meses) *Esquema de XELOX ou bFOL podem ser empregados em situações específicas.

32

Outras opções de QT para doença avançada

I. esquemas de Primeira Linha 1. mFOLFOX6 - 5FU 2.400 mg/m2 D1, infusão de 46 h, 5FU 400 mg/m2 D1, Leucovorin 400 mg/m2 D1, concomitante Oxaliplatina 85 mg/m2 D1, em 2h, repetir a cada 15 dias por 12 ciclos ou 1. FOLFIRI (5FU 180 mg/m2 D1, em 2h, Leucovorin 200 mg/m2 D1, em 2h, 5FU 400 mg/m2 D1, em bolus, 5FU 2.400 a 3.000 mg D1 em 46 h, repetir a cada 15 dias, por 12 ciclos 2. Bevacizumabe (Avastin) – associado aos esquemas acima na dose de 5 mg/ kg a a cada 15 dias. II. Outras opções na primeira linha: XELOX, bFOL, IFL, todos dispensam o uso do infusor portátil. III. esquemas de segunda Linha 1. Pacientes tratados com Oxaliplatina na primeira linha devem receber esquema contendo Irinotecano e pacientes que receberam Irinotecano na primeira linha devem receber Oxaliplatina Esquemas: mFOLFOX6 e FOLFIRI a cada 15 dias, por 12 ciclos Sem uso prévio de Bevacizumabe – opção de empregar Bevacizumabe associado a mFOLFOX ou FOLFIRI K-ras selvagem – Opção de empregar Cetuximabe (Erbitux 400 mg/m2 na semana 1, e 250 mg/m2 semanal) associado a FOLFIRI ou IFL

2. 3.

IV. esquemas de Terceira Linha 1. 2. 3. Xeloda 2.000 mg/m2 D1 a D14, a cada 21 dias. Raltitrexate 3 mg/m2 a cada 21 dias IFL + Cetuximabe (k-ras selvagem + sem uso prévio de Cetuximabe)
33

seguimento estádio I
1º e 2º anos meses Anamnese e EF CEA 3 X 6 X X 9 X 12 X X 3º ao 5º ano 6 X X 12 X X >5 anos 12 X X > 10 anos 12 X

estádios II, III e IV tratado com intenção curativa
1º e 2º anos meses Anamnese e EF CEA Rx de tórax USG ou TC abdome 3 X X 6 X X X X 9 X X 12 X X X X 3º ao 5º ano 6 X X X X 12 X X X X >5 anos 12 X X X X > 10 anos 12 X

Colonoscopia A primeira colonoscopia de seguimento deve ser realizada um ano após o exame pré-operatório completo. Em caso de exame normal, o exame seguinte deve ser realizado com intervalo de três anos e, após, a cada 5 anos.

34

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Rossi BM, Nakagawa WT, Ferreira FO, Aguiar Junior S, Lopes A. Câncer de Cólon, Reto e ânus. São Paulo: Lemar e Tecmedd Editoras, 2004. Nelson H, Petrelli N, Carlin A, Couture J, Fleshman J, Guillem J, et al. Guidelines 2000 for colon and rectal surgery. J Natl Cancer Inst 2001;93:583-96. Kemeny N, Saltz L, Cohen A. Adjuvant therapy of colorectal cancer. Surg Oncol Clin of N Am 1997; 6: 699-723. Ragnhammar P Halfström L, Nygrem P Glimelius B. A systematic overview of chemotherapy effects in , , colorectal cancer. Acta Oncologica 2001;40: 282-308. Greene FL, Page DL, Fleming ID, Fritz AG, Balch CM, Haller DG, Morrow M. AJCC Staging Manual. 6th ed. New York: Springer-Verlag, 2002. Vieira RA, Lopes A, Almeida PA, Rossi BM, Nakagawa WT, Ferreira FO, Melo CA. Prognostic factors in locally advanced colon cancer treated by extended resection. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo 2004; 59: 361-8. Aguiar Jr S, Lopes A, Soares FA, Rossi BM, Ferreira FO, Nakagawa WT, Carvalho AL, David Filho WJ. Prognostic and predictive value of the thymidylate synthase expression in non-metastatic colorectal cancer. In press. Eur J Surg Oncol 2005. Aguiar Jr S, Lopes A, Lima ACA, Ferreira FO, Rossi BM. Valor prognóstico da invasão vascular linfática em câncer coloretal. In: XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia. Rev Col Bras Cir 2005; 32: 329. Rex DK, Kahi CJ, Levin B. Guidelines for colonoscopy surveillance after cancer resection: A consensus update by the American Cancer Society and US Multi-Society Task Force on colorectal cancer. CA Cancer J Clin 2006;56;160-167.

8. 9.

35

adenoCarCinoma do reto
doença locorregional

36

OBS1: Os pacientes com lesões pT1,2 pN0 (ECI) são incluídos no grupo de baixo risco, independentemente das demais variáveis. OBS2: Serão considerados candidatos para ressecção local os portadores de lesões do reto baixo que reúnam as seguintes características: T1, bem diferenciado, tamanho até 3cm, sem embolização vascular sangüínea, sem embolização vascular linfática, sem invasão perineural e sem componente úlcero-vegetante.

doença Metastática

RT: radioterapia; QT: quimioterapia. * Considerar QT em casos de tumor primário pouco sintomático

37

doença locorregional

38

exames para diagnóstico e estadiamento • • • • • Colonoscopia com biópsia. Se colonoscopia incompleta, considerar colonografia por tomografia computadorizada com colonoscopia de controle até 6 meses após a cirurgia, ou colonoscopia intra-operatória. Tomografia computadorizada de abdome e pelve Radiografia de tórax (frente e perfil) Ultrassonografia endorretal ou Ressonância Nuclear Magnética com bobina endorretal, se necessário. Na opção por ressecção local, um dos exames torna-se obrigatório. Dosagem pré-operatória de CEA

Tratamento pré-operatório Quimioterapia neoadjuvante Esquema 1 (Radioterapia = 5040 cGy) 5-Fluorouracil 1g/m2/dia por 5 dias infusão contínua de 120h; 1ª e 5ª semanas de radioterapia Esquema 2 (radioterapia = 4500 cGy) 5-Fluorouracil 350mg/m2/dia + Ac. folínico 20mg/m2/dia por 5 dias 1ª e 5ª semanas de radioterapia Radioterapia neoadjuvante • • • • • Dose: 4500cGy / 5040 cGy Fracionamento: 180cGy/dia, cinco vezes por semana Tempo de tratamento: 25 a 28 dias úteis Composição de campos: 4 campos, 2 AP=PA e 2 laterais, com filtros Limites dos campos: inferior – protuberância isquiática; superior – transição L5-S1; lateral superior – 1cm acima da borda superior do sacro; lateral inferior – borda posterior da sínfese púbica

Controle e avaliação de resposta ao tratamento neoadjuvante 1. 2. 3. 4. Exames clínico e laboratorial periódicos para monitorizar os efeitos colaterais e adversos Exame proctológico com biópsia 15 a 30 dias após o término do tratamento neoadjuvante. Mesmo em caso de resposta completa endoscópica, biopsiar o sítio primário de lesão. Programar a cirurgia para 30 a 60 dias após o término do tratamento neoadjuvante A repetição de exames para re-estadiamento após o tratamento neoadjuvante fica a cargo do investigador, porém, de maneira geral não é necessária.

39

estadiamento (UICC 7ª ed. 2010 (CId-10 C20) TnM – Classificação Clínica TX T0 Tis T1 T2 T3 T4 O tumor primário não pode ser avaliado Não há evidência de tumor primário Carcinoma “in situ”: intra-epitelial ou invasão da lâmina própria 1 Tumor que invade a submucosa Tumor que invade a muscular própria Invasão além da muscular própria (subserosa, tecidos peri-colicos não peritonizados) Tumor que invade outros órgãos ou estruturas 2,3 e/ou que perfura o peritônio visceral T4a – perfura o peritôneo visceral T4b – invade diretamente outros órgãos ou estruturas Os linfonodos regionais não podem ser avaliados Ausência de metástases em linfonodos regionais Metástases em 1 a 3 linfonodos regionais N1a – 1 linfonodo N1b – 2 a 3 linfonodos N1c – nódulo satélite subseroso, sem comprometimento linfonodal regional4 Metástases em 4 ou mais linfonodos regionais N2a – 4 a 6 linfonodos N2b – 7 ou mais linfonodos Ausência de metástase à distância Presença de metástase à distância M1a – Um órgão M1b – Mais de um órgão ou peritôneo

NX N0 N1

N2

M0 M1

notas 1 Tis inclui as células neoplásicas confinadas à membrana basal glandular (intra-epitelial) ou à lâmina própria (intramucoso), sem extensão pela muscularis mucosae e sem alcançar a submucosa. 2 No T4, a invasão direta inclui a invasão de outros segmentos do cólon e reto através da serosa. 3 O tumor que é aderente a outros órgãos ou estruturas, macroscopicamente, é classificado como cT4b. Entretanto, não existindo tumor na aderência, microscopicamente, a classificação deve ser pT1-4a, de acordo com a profundidade de invasão na parede intestinal. 4 Um nódulo peritumoral satélite no tecido adiposo pericolônico sem evidência
40

histológica de linfonodo residual pode representar disseminação discontínua, invasão venosa com extensão extra-vascular (V1/2), ou substituição completa de linfonodo (N1/2). Linfonodos substituidos por tecido neoplásico devem ser contados separadamente como linfonodos positivos na categoria N, enquanto disseminação discontínua ou invasão venosa devem ser classificados e contados na categoria Tumor Deposit (TD). Se depósitos tumorais são observados em lesões classificadas como T1 ou T2, os nódulos devem ser registrados na categoria TD, e como comprometimento linfonodal N1c. pTnM – Classificação Patológica
As categorias pT, pN e pM correspondem às categorias T, N e M. pN0 O exame histológico do espécime de uma linfadenectomia regional incluirá, geralmente, pelo menos 10 a 14 linfondos. Se os linfonodos são negativos, mesmo que o número usualmente examinado não seja encontrado, classifica-se como pN0.1

1

Pacientes pN0 com número de linfonodos examinados inferior a 10 - 14 devem ser avaliados individualmente quanto à necessidade de tratamento adjuvante. G – Graduação Histopatológica
GX G1 G2 G3 G4 Grau de diferenciação não pode ser avaliado Bem diferenciado Moderadamente diferenciado Pouco diferenciado Indiferenciado

41

Grupamento por estádios 0 I IIA IIB IIC IIIA IIIB IIIC IVA IVB Tis T1,2 T3 T4a T4b T1,2 T1 T3,4a T2,3 T1,2 T4a T3-T4a T4b Qualquer T Qualquer T N0 N0 N0 N0 N0 N1/N1c N2a N1/N1c N2a N2b N2a N2b N1-N2 Qualquer N Qualquer N M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M1a M1b

Tratamento pós-operatório Quimioterapia adjuvante Esquema 1: quando radioterapia neoadjuvante = 5040cGy 5-Fluorouracil 500mg/m2/dia por 5 dias EV em bolus; 4 ciclos ou Esquema 2: quando radioterapia neoadjuvante = 4500 cGy 5-Fluorouracil 350mg/m2/dia + ácido folínico 20mg/m2/dia por 5 dias; 4 ciclos Quimioterapia + Radioterapia adjuvantes Esquemas de quimioterapia concomitante à Radioterapia para tumores de reto médio e baixo. 1. 5FU 1.000 mg/m2 D1 a D5 e D29 a D33, infusão contínua em 24 horas, durante radioterapia pré ou pós operatória

Esquemas alternativos que não requerem catéter central – 5FU 350 mg/m2 + Leucovorin 20 mg/m2 D1 a D5, bolus, na primeira e última semana da radioterapia. Quimioterapia adjuvante pós quimioradioterapia e/ou cirurgia para tumores de reto médio e baixo.
42

1. 2.

Tumores de alto risco (pT4, N+) – empregar mFOLFOX6 por 12 ciclos ( 8 ciclos se recebeu quimioterapia neoadjuvante concomitante radioterapia) Tumores de baixo risco ( estádio II de alto risco) – considerar apenas 5FU + Leucovorin (esquema de Mayo Clinic) por 4 ciclos

Outras opções de QT para doença avançada I. Esquemas de Primeira Linha 1. mFOLFOX6 - 5FU 2.400 mg/m2 D1, infusão de 46 h, 5FU 400 mg/m2 D1, Leucovorin 400 mg/m2 D1, concomitante Oxaliplatina 85 mg/m2 D1, em 2h, repetir a cada 15 dias por 12 ciclos ou 2. FOLFIRI (5FU 180 mg/m2 D1, em 2h, Leucovorin 200 mg/m2 D1, em 2h, 5FU 400 mg/m2 D1, em bolus, 5FU 2.400 a 3.000 mg D1 em 46 h, repetir a cada 15 dias, por 12 ciclos Bevacizumabe (Avastin) – associado aos esquemas acima na dose de 5 mg/kg a a cada 15 dias. II. Outras opções na primeira linha: XELOX, bFOL, IFL, todos dispensam o uso do infusor portátil. III. Esquemas de Segunda Linha Pacientes tratados com Oxaliplatina na primeira linha devem receber esquema contendo Irinotecano e pacientes que receberam Irinotecano na primeira linha devem receber Oxaliplatina Esquemas: mFOLFOX6 e FOLFIRI a cada 15 dias, por 12 ciclos Sem uso prévio de Bevacizumabe – opção de empregar Bevacizumabe associado a mFOLFOX ou FOLFIRI K-ras selvagem – Opção de empregar Cetuximabe (Erbitux 400 mg/m2 na semana 1, e 250 mg/m2 semanal) associado a FOLFIRI ou IFL IV. Esquemas de Terceira Linha Xeloda 2.000 mg/m2 D1 a D14, a cada 21 dias. Raltitrexate 3 mg/m2 a cada 21 dias IFL + Cetuximabe (k-ras selvagem + sem uso prévio de Cetuximabe) Radioterapia adjuvante • • • Indicação: pacientes de alto risco que não receberam radioterapia neoajuvante (vide fluxograma) Dose: 4500 cGy na pelve e 5040 cGy localizado no leito tumoral Fracionamento: 180 cGy por dia, cinco vezes por semana
43

• • •

Tempo de tratamento: 28 dias úteis Composição: 3 ou 4 campos • 3 campos em casos de colostomia dentro dos campos AP=PA Limites dos campos: considerar a cirurgia realizada e a extensão de doença: • Ressecção anterior: os mesmos limites da RT pré-operatória Ressecção abdominoperineal: extensão dos limites para inclusão da • cicatriz Extensão para vagina na mulher e próstata no homem: extensão anterior • dos campos laterais para inclusão dos linfonodos ilíacos externos

seguimento estádio I
1º e 2º anos meses Anamnese e EF CEA 3 X 6 X X 9 X 12 X X 3º ao 5º ano 6 X X 12 X X >5 anos 12 X X > 10 anos 12 X

esádios II, III e IV tratado com intenção curativa
1º e 2º anos meses Anamnese e EF CEA / Ca 19-9 Rx de tórax USG ou TC abdome 3 X X 6 X X X X 9 X X 12 X X X X 3º ao 5º ano 6 X X X X 12 X X X X >5 anos 12 X X X X > 10 anos 12 X

44

Colonoscopia A primeira colonoscopia de seguimento deve ser realizada um ano após o exame pré-operatório completo. Em caso de exame normal, o exame seguinte deve ser realizado com intervalo de três anos e, após, a cada 5 anos. Leituras sugeridas
1. 2. Rossi BM, Nakagawa WT, Ferreira FO, Aguiar Junior S, Lopes A. Câncer de Cólon, Reto e ânus. São Paulo: Lemar e Tecmedd Editoras, 2004. Laurent A, Parc Y, McNamara D, Parc R, Tiret E. Colonic J-pouch-anal anastomosis for rectal cancer: a prospective, randomized study comparing handsewn vs. stapled anastomosis. Dis Colon Rectum. 2005 Apr;48(4):729-34. Marijnen CA, Nagtegaal ID, Kapiteijn E, Kranenbarg EK, Noordijk EM, van Krieken JH, van de Velde CJ, Leer JW; Cooperative investigators of the Dutch Colerectal Cancer Group. Radiotherapy does not compensate for positive resection margins in rectal cancer patients: report of a multicenter randomized trial. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2003 Apr 1;55(5):1311-20. Kerr DJ, McArdle CS, Ledermann J, Taylor I, Sherlock DJ, Schlag PM, Buckels J, Mayer D, Cain D, Stephens RJ; Medical Research Council’s colorectal câncer study group; European Organisation for Research and Treatment of Cancer colorectal cancer study group. Intrahepatic arterial versus intravenous fluorouracil and folinic acid for colorectal cancer liver metastases: a multicentre randomised trial. Lancet. 2003 Feb 1;361(9355):368-73. Ho YH, Brown S, Heah SM, Tsang C, Seow-Choen F, Eu KW, Tang CL. Comparison of J-pouch and coloplasty pouch for low rectal cancers: a randomized, controlled trial investigating functional results and comparative anastomotic leak rates. Ann Surg. 2002 Jul;236(1):49-55. Nagawa H, Muto T, Sunouchi K, Higuchi Y, Tsurita G, Watanabe T, Sawada T. Randomized, controlled trial of lateral node dissection vs. nerve-preserving resection in patients with rectal cancer after preoperative radiotherapy. Dis Colon Rectum. 2001 Sep;44(9):1274-80. Ho YH, Seow-Choen F, Tan M. Colonic J-pouch function at six months versus straight coloanal anastomosis at two years: randomized controlled trial. World J Surg. 2001 Jul;25(7):876-81. Martling A, Holm T, Johansson H, Rutqvist LE, Cedermark B; Stockholm Colorectal Cancer Study Group. The Stockholm II trial on preoperative radiotherapy in rectal carcinoma: long-term follow-up of a populationbased study. Cancer. 2001 Aug 15;92(4):896-902. Kapiteijn E, Marijnen CA, Nagtegaal ID, Putter H, Steup WH, Wiggers T, Rutten HJ, Pahlman L, Glimelius B, van Krieken JH, Leer JW, van de Velde CJ; Dutch Colorectal Cancer Group. Preoperative radiotherapy combined with total mesorectal excision for resectable rectal cancer. N Engl J Med. 2001 Aug 30;345(9):638-46. Salerno G, Daniels I, Heald RJ, Brown G, Moran BJ. Management and imaging of low rectal carcinoma. Surg Oncol. 2004 Aug-Nov;13(2-3):55-61. Gerard JP Romestaing P Chapet O. Radiotherapy alone in the curative treatment of rectal carcinoma. Lancet , , Oncol. 2003 Mar;4(3):158-66. Nascimbeni R, Burgart LJ, Nivatvongs S, Larson DR. Risk of lymph node metastasis in T1 carcinoma of the colon and rectum. Dis Colon Rectum. 2002 Feb;45(2):200-6. Heald RJ, Ryall RD. Recurrence and survival after total mesorectal excision for rectal cancer. Lancet. 1986;1(8496):1479-82. Rullier E, Zerbib F, Laurent C, Bonnel C, Caudry M, Saric J et al. Intersphincteric resection with excision of internal anal sphincter for conservative treatment of very low rectal cancer. Dis Colon Rectum. 1999;42(9):1168-75. Heald RJ, Karanjia ND. Results of radical surgery for rectal cancer. World J Surg. 1992;16(5):848-57. Shirouzu K, Isomoto H, Kakegawa T. Distal spread of rectal cancer and optimal distal margin of resection for sphincter-preserving surgery. Cancer. 1995;76(3):388-92.

3.

4.

5.

6.

7. 8.

9.

10. 11. 12. 13. 14.

15. 16.

45

17.

18.

19. 20. 21.

22. 23. 24.

25. 26. 27.

28. 29. 30.

31. 32. 33. 34. 35. 36.

37.

Kuvshinoff B, Maghfoor I, Miedema B, Bryer M, Westgate S, Wilkes J et al. Distal margin requirements after preoperative chemoradiotherapy for distal rectal carcinomas: are < or = 1 cm distal margins sufficient? Ann Surg Oncol. 2001;8(2):163-9. Moore HG, Riedel E, Minsky BD, Saltz L, Paty P Wong D et al. Adequacy of 1-cm distal margin after restorative , rectal cancer resection with sharp mesorectal excision and preoperative combined-modality therapy. Ann Surg Oncol. 2003;10(1):80-5. Wiggers T, van de Velde CJ. The circumferential margin in rectal cancer. Recommendations based on the Dutch Total Mesorectal Excision Study. Eur J Cancer. 2002;38(7):973-6. Moore HG, Guillem JG. Multimodality management of locally advanced rectal cancer. Am Surg. 2003;69(7):612-9. Garcia-Aguilar J, Hernandez de Anda E, Sirivongs P Lee SH, Madoff RD, Rothenberger DA. A pathologic , complete response to preoperative chemoradiation is associated with lower local recurrence and improved survival in rectal cancer patients treated by mesorectal excision. Dis Colon Rectum. 2003;46(3):298-304. Murty M, Enker WE, Martz J. Current status of total mesorectal excision and autonomic nerve preservation in rectal cancer. Semin Surg Oncol. 2000;19(4):321-8. Carlsen E, Schlichting E, Guldvog I, Johnson E, Heald RJ. Effect of the introduction of total mesorectal excision for the treatment of rectal cancer. Br J Surg. 1998;85(4):526-9. Hermanek P Heald RJ. Pre-operative radiotherapy for rectal carcinoma? Has the case really been made for , short course pre-operative radiotherapy if surgical standards for rectal carcinoma are optimal? Colorectal Dis. 2004;6(1):10-4. Moriya Y, Hojo K, Sawada T, Koyama Y. Significance of lateral node dissection for advanced rectal carcinoma at or below the peritoneal reflection. Dis Colon Rectum. 1989;32(4):307-15. Fujita S, Yamamoto S, Akasu T, Moriya Y. Lateral pelvic lymph node dissection for advanced lower rectal cancer. Br J Surg. 2003;90(12):1580-5. Morita T, Murata A, Koyama M, Totsuka E, Sasaki M. Current status of autonomic nerve-preserving surgery for mid and lower rectal cancers: Japanese experience with lateral node dissection. Dis Colon Rectum. 2003;46(10 Suppl):S78-87. Takahashi T, Ueno M, Azekura K, Ohta H. Lateral node dissection and total mesorectal excision for rectal cancer. Dis Colon Rectum. 2000;43(10 Suppl):S59-68. Sugihara K, Moriya Y, Akasu T, Fujita S. Pelvic autonomic nerve preservation for patients with rectal carcinoma. Oncologic and functional outcome. Cancer. 1996;78(9):1871-80. Pocard M, Zinzindohoue F, Haab F, Caplin S, Parc R, Tiret E. A prospective study of sexual and urinary function before and after total mesorectal excision with autonomic nerve preservation for rectal cancer. Surgery. 2002;131(4):368-72. Law WL, Chu KW, Choi HK. Randomized clinical trial comparing loop ileostomy and loop transverse colostomy for faecal diversion following total mesorectal excision. Br J Surg. 2002;89(6):704-8. Rossi BM, Nakagawa WT, Lopes A. Surgical treatment in 354 patients with rectum adenocarcinoma. Ver Col Bras Cir. 1996;23(4):197-201. Rossi BM, Nakagawa WT, Novaes PE, Filho WD, Lopes A. Radiation and chemotherapy instead of surgery for low infiltrative rectal adenocarcinoma: a prospective trial. Ann Surg Oncol. 1998;5(2):113-8. Nakagawa WT, Rossi BM, de O Ferreira F, Ferrigno R, David Filho WJ, Nishimoto IN et al. Chemoradiation instead of surgery to treat mid and low rectal tumors: is it safe? Ann Surg Oncol. 2002;9(6):568-73. Habr-Gama A, de Souza PM, Ribeiro U Jr, Nadalin W, Gansl R, Sousa AH Jr et al. Low rectal cancer: impact of radiation and chemotherapy on surgical treatment. Dis Colon Rectum. 1998;41(9):1087-96. Enker WE, Merchant N, Cohen AM, Lanouette NM, Swallow C, Guillem J, Paty P Minsky B, Weyrauch , K, Quan SH. Safety and efficacy of low anterior resection for rectal cancer: 681 consecutive cases from a specialty service. Ann Surg. 1999;230(4):544-52. Bulow S, Christensen IJ, Harling H, Kronborg O, Fenger C, Nielsen HJ; Danish TME Study Group; RANX05 Colorectal Cancer Study Group. Recurrence and survival after mesorectal excision for rectal cancer. Br J Surg. 2003;90(8):974-80.

46

38.

39.

40. 41.

42.

43.

44.

45.

Kapiteijn E, Kranenbarg EK, Steup WH, Taat CW, Rutten HJ, Wiggers T et al. Total mesorectal excision (TME) with or without preoperative radiotherapy in the treatment of primary rectal cancer. Prospective randomised trial with standard operative and histopathological techniques. Dutch ColoRectal Cancer Group. Eur J Surg. 1999;165(5):410-20. Kapiteijn E, Marijnen CA, Nagtegaal ID, Putter H, Steup WH, Wiggers T et al.; Dutch Colorectal Cancer Group. Preoperative radiotherapy combined with total mesorectal excision for resectable rectal cancer. N Engl J Med. 2001;345(9):638-46. Peeters KC, Kapiteijn E, van de Velde CJ; Dutch ColoRectal Cancer Group. Managing rectal cancer: the Dutch experience. Colorectal Dis. 2003;5(5):423-6. Sauer R, Becker H, Hohenberger W, Rodel C, Wittekind C, Fietkau R, Martus P Tschmelitsch J, Hager E, Hess , CF, Karstens JH, Liersch T, Schmidberger H, Raab R; German Rectal Cancer Study Group. Preoperative versus postoperative chemoradiotherapy for rectal cancer. N Engl J Med. 2004 Oct 21;351(17):1731-40. Bosset JF, Calais G, Mineur L, Maingon P Radosevic-Jelic L, Daban A, Bardet E, Beny A, Briffaux A, Collette , L. Enhanced Tumorocidal Effect of Chemotherapy With Preoperative Radiotherapy for Rectal Cancer: Preliminary Results--EORTC 22921. J Clin Oncol. 2005 Aug 20;23(24):5620-7. Epub 2005 Jul 11. Tepper JE, O’Connell M, Niedzwiecki D, Hollis DR, Benson AB 3rd, Cummings B, Gunderson LL, Macdonald JS, Martenson JA, Mayer RJ. Adjuvant therapy in rectal cancer: analysis of stage, sex, and local control--final report of intergroup 0114. J Clin Oncol. 2002 Apr 1;20(7):1744-50. O’Connell MJ, Martenson JA, Wieand HS, Krook JE, Macdonald JS, Haller DG, Mayer RJ, Gunderson LL, Rich TA. Improving adjuvant therapy for rectal cancer by combining protracted-infusion fluorouracil with radiation therapy after curative surgery. N Engl J Med. 1994 Aug 25;331(8):502-7. Rex DK, Kahi CJ, Levin B. Guidelines for colonoscopy surveillance after cancer resection: A consensus update by the American Cancer Society and US Multi-Society Task Force on colorectal cancer. CA Cancer J Clin 2006;56;160-167.

47

tumores Colorretais hereditários
Introdução As estratégias de investigação e acompanhamento da família de um indivíduo portador de câncer colorretal (CCR) estão diretamente ligadas ao risco estimado de desenvolvimento de neoplasias, seja de sítio primário colônico ou extra-colônico. Por sua vez, a estimativa do risco de neoplasias dentro de uma determinada família depende de fatores clínicos, patológicos e moleculares do próprio indivíduo com câncer e de seus antecedentes familiares: existência ou não de outros membros acometidos por neoplasia, número e grau de parentesco de indivíduos acometidos. Estratificar estas categorias de risco familiar é fundamental para planejar o manejo específico de cada grupo. O diagnóstico de indivíduos assintomáticos, portadores de mutações que aumentam o risco de neoplasias, pode trazer grandes conseqüências em várias esferas da vida, sejam elas psicológicas, sociais ou econômicas; portanto, a utilização de testes genéticos de predisposição necessita ser precedida de um amplo aconselhamento de risco, ou seja, esclarecimento da confiabilidade e da limitação do teste, do significado do resultado e das condutas que podem ser tomadas a partir dele, sempre com o consentimento informado do paciente em questão. Ainda em relação à investigação de mutações, é necessário lembrar que existem várias metodologias para a pesquisa das mesmas, cada uma com determinado grau de acurácia; pela extensão e diversidade destas técnicas, elas não serão explicitadas neste texto. Classificação das famílias As famílias de indivíduos portadores de CCR podem ser classificadas em três grupos de risco: aquelas que se encaixam nos critérios de síndromes hereditárias definidas e típicas; aquelas suspeitas de hereditariedade, chamadas de agregação familiar de câncer; e aquelas sem qualquer suspeita de hereditariedade. síndromes hereditárias Nesta categoria encontram-se várias síndromes que podem cursar com o fenótipo de CCR, entre elas: • Polipose adenomatosa familiar (FAP – Familial Adenomatous Polyposis) • Câncer colorretal hereditário sem polipose ou síndrome de Lynch (HNPCC – Hereditary Nonpolyposis Colorectal Cancer) • Polipose juvenil (JUP – Juvenile Polyposis) • Síndrome de Peutz-Jeghers (PJS – Peutz-Jeghers Syndrome) Polipose Adenomatosa Familiar – FAP A FAP é uma doença autossômica dominante, com penetrância próxima a 100% entre a segunda e terceira décadas de vida. é causada por uma mutação germinativa no gene APC (adenomatous polyposis coli), um gene supressor de tumor situado
48

no cromossomo 5q21. A FAP representa menos de 1% dos casos de CCR. Os indivíduos acometidos apresentam múltiplos adenomas no cólon, geralmente mais de 100, podendo chegar a milhares (existe uma variante atenuada onde esse número pode ser menor). Pacientes com FAP invariavelmente desenvolvem CCR, geralmente em torno dos 45 anos de idade. Ocorrem também várias manifestações extra-colônicas, entre as quais ressaltamos os tumores desmóides abdominais, as neoplasias de intestino delgado e de trato digestivo alto, os osteomas e a hipertrofia congênita do epitélio pigmentado retiniano (CHRPE). Em virtude da alta penetrância, o diagnóstico é feito pelo achado de múltiplos pólipos adenomatosos colônicos. A mutação causadora da predisposição da FAP pode ser confirmada pela pesquisa de mutações no gene APC.
Pessoas pertencentes a famílias com FAP devem ser rastreadas com sigmoidoscopias a partir da puberdade. Em caso de pólipos, deve-se indicar a colonoscopia para investigação de todo o cólon e planejamento de cirurgia, que pode ser a colectomia total com anastomose ileorretal ou a proctocolectomia total com bolsa ileal e anastomose anal. A remoção do reto está indicada quando existem muitos pólipos ou em casos de mutação agressiva no gene APC (existe maior risco de malignização em mutações entre os Codons 1250 e 1464). Além disso, se o reto for preservado, o paciente deve realizar exames endoscópicos de seguimento, pois o risco de malignização do coto retal varia de 12% a 20%, em 20 anos. Indivíduos que não apresentam adenomas colônicos não são portadores de FAP pois a penetrância é , praticamente total, podendo ser dispensados do seguimento intensivo. A idade em que é indicada a ressecção colônica baseia-se em dados objetivos, tais como: idade de surgimento dos pólipos, idade de transformação dos pólipos em outros membros da família, sinais e sintomas apresentados pelo paciente, risco de neoplasia com base em colonoscopias e biópsias periódicas, tipo de mutação específica identificada naquele paciente/família. Considerando-se as apresentações fenotípicas mais comuns da FAP a colectomia pode ser indicada inicialmente entre , os 15 e 25 anos, pois o risco de câncer aos 25 anos está entre 3,3% e 6%. Segundo dados do Leeds Castle Polyposis Group a ocorrência de CCR antes dos 20 anos é rara, sendo que apenas um caso está descrito antes dos 15 anos. Com a realização de colectomias nos pacientes portadores de FAP houve uma , mudança na evolução da doença, sendo, atualmente, as principais causas de morte as neoplasias de coto retal, os tumores desmóides e as neoplasias gastroduodenais. Isto ressalta a importância de também se investigar estes outros órgãos, através de endoscopias digestivas altas (EDA) e exames de imagem abdômino-pélvicos. A periodicidade e o início destes exames depende do perfil específico da síndrome na família e de achados de exames prévios. Em relação ao trato digestivo superior, alguns autores recomendam o início do seguimento aos 20 anos e repetir as EDAs em intervalos variando de 1 a 3 anos, dependendo do acometimento gastroduodenal encontrado.

49

esquema de seguimento de indivíduos de famílias com FAP

Correlação genótipo-fenótipo Em virtude de seu custo e disponibilidade, a pesquisa da mutação no gene APC é relativamente restrita em nosso meio. Além de obviamente explicitar o diagnóstico da mutação, este exame também fornece informações sobre a correlação genótipofenótipo, que pode dirigir os exames de seguimento e determinar condutas de tratamento.
Local da mutação do APC (códon) <436, >1597 479-1700, >1051 463-1444 1445-1578 >1250, 1309 >1256 Fenótipo mais comumente associado FAP atenuada Adenomas de duodeno Hipertrofia congênita do epitélio pigmentar retiniano Tumores desmóides Curso agressivo, CCR precoce Cistos, desmóides, osteomas, anormalidades dentárias

50

Pesquisa de predisposição genética na FAP O teste genético de predisposição deve ser realizado inicialmente em um indivíduo sabidamente portador FAP e, após a mutação ter sido identificada, pode ser , aplicado aos outros membros da família. Error! Objects cannot be created from editing field codes. Câncer colorretal hereditário sem polipose – HnPCC O HNPCC é uma síndrome hereditária autossômica dominante, associada a mutações em genes de reparo do DNA, representando entre 5% e 7% de todas os casos de CCR. Os indivíduos portadores da predisposição genética apresentam risco em torno de 70% a 80% de desenvolvimento de CCR durante a vida. A idade média de aparecimento é de 44 anos, com preferência para o lado direito do cólon em 60% a 80% dos casos, cursando com lesões sincrônicas ou metacrônicas em 45% das vezes. O risco de mulheres desenvolverem carcinoma de endométrio está entre 39% e 43%. Outras neoplasias estão associadas ao HNPCC: ureter e pelve renal, intestino delgado, estômago, sistema biliar, pâncreas, entre outras. Os critérios de diagnóstico do HNPCC são definidos por consensos internacionais conhecidos como Critérios de Amsterdam I e II . Critérios de Amsterdam I • • • • • • Pelo menos 3 membros da mesma família com CCR Um dos membros deve ser parente em 1º grau dos outros dois Acometimento de pelo menos duas gerações sucessivas Um dos membros deve ter menos de 50 anos na data do diagnóstico Deve ser excluído o diagnóstico de FAP Confirmação anatomopatológica de CCR

Critérios de Amsterdam II • Critério se Amsterdam I, podendo os 3 membros da mesma família serem portadores de tumores de endométrio, intestino delgado, ureter ou pelve renal, além do CCR

Diferente da FAP com centenas de adenomas colônicos, no HNPCC não existe , manifestação fenotípica que identifique indivíduos portadores da predisposição genética. Por isso, no HNPCC, é de extrema importância a identificação molecular dos portadores de predisposição genética antes do desenvolvimento de câncer. Para tanto, deve-se testar inicialmente um familiar com CCR, de preferência o mais jovem da família. Se a mutação for identificada no probando (resultado positivo),
51

o teste pode ser aplicado aos outros membros da família. Os principais genes de reparo estudados são o hMSH2, o hMLH1 e o hMSH6, responsáveis por cerca de dois terços das causas de HNPCC. Os indivíduos portadores da mutação devem ser seguidos com colonoscopia anual ou bianual a partir dos 20 ou 25 anos; outros exames que devem ser realizados são: ginecológico com ultrassom transvaginal, EDA, exames de imagem do abdome e pelve (ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética), CA125 e citologia urinária. A idade de início e a periodicidade (anual ou bianual) dependem do perfil que a síndrome apresenta em cada família. Exceto com relação à investigação do endométrio, na mulher, existem controvérsias sobre o real benefício desses exames no diagnóstico precoce de tumores extra-colônicos no HNPCC. Indivíduos sem mutação não são submetidos a um seguimento intensivo, com risco semelhante à população. Caso não seja possível identificar a mutação no probando (resultado inconclusivo), não há como testar os demais familiares, e, assim sendo, todos os membros dessa família estão sob risco e devem ser acompanhados como se fossem portadores da mutação. Quando o teste de predisposição não é realizado, da mesma forma, todos os membros dessa família estão sob risco e devem ser acompanhados como se fossem portadores da mutação. Pesquisa de predisposição genética e seguimento em famílias com HnPCC com mutações já identificadas no probando

52

sugestão para investigação de predisposição genética em pacientes com CCR e suspeita de HnPCC

Critérios de bethesda • • • • • • Indivíduos com dois tumores relacionados ao HNPCC (CCR, endométrio, ovário, estômago, trato hepato-biliar, intestino delgado, ureter/pelve renal) Indivíduos portadores de CCR com parente de 1º grau com CCR e/ou tumores relacionados ao HNPCC (<45 anos) e/ou adenomas colorretais (<40 anos) Indivíduos com CCR ou câncer de endométrio (<45 anos) Indivíduos com CCR de cólon D (<45 anos) padrão histológico indiferenciado (padrão cribiforme) Indivíduos com CCR (<45 anos) padrão histológico em anel de sinete (> 50%) Indivíduos com adenomas colorretais (<40 anos)
53

Agregação familiar de câncer Pertencem a este grupo as famílias que não podem ser caracterizadas em nenhuma das síndromes acima descritas, porém, possuem alguma singularidade suspeita de hereditariedade. Sabe-se que existe um aumento do risco de desenvolvimento de câncer nos familiares de indivíduos portadores de CCR, podendo variar de 1,72 a 5,37 vezes em relação à população geral, dependendo da idade em que o indivíduo afetado desenvolveu CCR. Existe uma ampla variedade de características, abrangendo desde associações de neoplasias aparentemente sem origem genética, até Critérios de Amsterdam quase completos. Provavelmente a agregação familiar de CCR seja resultado da combinação de genes de baixa penetrância e exposições ambientais. Esse grupo de pacientes representa cerca de 20% dos casos de CCR. Os Critérios de Bethesda caracterizam uma boa parte desses indivíduos, indicando a pesquisa de instabilidade de microssatélites mas não fechando, por si só, o diagnóstico clínico de HNPCC, como os critérios de Amsterdam. (MSI-mutações em pequenas seqüências repetidas de DNA causadas por defeito nos genes de reparo do DNA, ou seja, um indício indireto de HNPCC), Indivíduos e suas famílias classificados neste grupo devem ser investigados de maneira mais intensiva que a população geral, porém, não existe padronização do seguimento. Em virtude da maior chance de desenvolver neoplasias, indivíduos desse grupo devem iniciar o rastreamento com colonoscopias a partir dos 40 anos, ou 10 anos antes da idade de acometimento do CCR do indivíduo mais jovem da família, e repetir o exame a cada 5 anos, a depender dos achados; atenção maior deve ser dada quando o caso de CCR ocorrer abaixo dos 50 anos de idade. A investigação de tumores extra-colônicos deve ser feita a partir dos 40 anos, na dependência das características da família, ou seja, dos tipos de tumor mais freqüentes, e das associações mais comuns do HNPCC. Polipose Juvenil – JUP A polipose juvenil é uma síndrome caracterizada pelo aparecimento de pólipos hamartomatosos, no mínimo de 3 a 10, mas geralmente entre 50 e 100, em todo trato gastrintestinal, principalmente no intestino grosso, associada à história familiar em 20% a 50% das vezes. O padrão de transmissão é autossômico dominante e representa cerca de 0,01% dos casos de CCR. Manifesta-se clinicamente entre 10 e 20 anos de idade, geralmente com sangramento retal, e podendo apresentar manifestações extra-intestinais em 11% a 20% dos casos,
54

tais como telangiectasias, cardiopatias congênitas e malformações esqueléticas ou urinárias. Foi identificada associação com o gene DPC4/SMAD4, no cromossomo 18q21, que pode estar presente em 50% dos casos (ainda não há associação entre genótipo e fenótipo). O risco cumulativo de desenvolvimento de CCR durante a vida é de aproximadamente 50% a 68%, mais freqüentemente diagnosticado entre a 3ª e 4ª décadas de vida. O risco de desenvolvimento de câncer do trato gastrintestinal superior é de cerca de 21%. Nos casos de polipose juvenil é fundamental o seguimento com colonoscopias periódicas, entre 3 a 5 anos, à partir dos 25 anos, tendo em vista o risco de transformação maligna dos pólipos colorretais A cirurgia profilática pode estar indicada quando houver mais de 20 pólipos no intestino grosso, displasia severa em algum deles, sangramento intratável ou perda importante de proteínas por enteropatia. Geralmente a operação é indicada a partir da segunda década de vida. síndrome de Peutz-Jeghers A Síndrome de Peutz-Jeghers é caracterizada pela presença de pólipos hamartomatosos gastrintestinais, mais freqüentemente no intestino delgado, e manchas melanóticas de lábios, boca e dedos. é extremamente rara, com incidência de cerca de 1:200.000 nascidos vivos. O risco de desenvolvimento de câncer é 10 a 18 vezes maior que o da população geral, sendo que os sítios mais freqüentes são: intestinal, mamário, pulmonar, estômago, pancreático, ovário e testicular Está relacionada com o gene supressor de tumor LBK1/STK11 (serine threonine kinase) no cromossomo 19p13-3 e possui caráter autossômico dominante de transmissão. A maioria dos casos apresenta sintomas de dor abdominal, obstrução por intussucepção, anemia ou sangramento intestinal. Indivíduos portadores da Síndrome de Peutz-Jeghers também devem ser acompanhados com colonoscopias periódicas, entre 2 a 5 anos, inciando-se aos 15 ou 20 anos, e ressecção de eventuais pólipos do intestino grosso. Hyer adota o seguinte protocolo de tratamento para os pólipos de intestino delgado: se maiores que 1,5cm, sintomáticos ou múltiplos, indica a polipectomia intra-operatória profilática com o objetivo de evitar a obstrução ou a transformação maligna; se menores que 1,0cm e assintomáticos, indica apenas o acompanhamento. Como a palpação do intestino delgado durante a cirurgia apresenta alta taxa de achados falsos negativos, em torno de 38%, tem-se utilizado a enteroscopia intra-operatória para localização dos pólipos. Esta conduta aparentemente tem reduzido a necessidade de laparotomias para tratamento de complicações, bem como o número de ressecções de segmentos de intestino delgado, evitando que o paciente venha a apresentar a síndrome do intestino curto. Recentemente, o uso da cápsula endoscópica parece, em alguns centros especializados, abrir nova
55

perspectiva para investigação do intestino delgado. Outros exames de seguimento são a EDA, a mamografia e o exame ginecológico, que podem ser repetidos entre 1 a 3 anos, iniciando-se entre os 25 e 35 anos. Câncer esporádico Aqui estão classificados os casos isolados de CCR, em indivíduos sem antecedentes familiares, sem nenhuma mutação conhecida germinativa identificada. Representam aproximadamente 75% dos casos registrados de CCR. O rastreamento de CCR recomendado para a população em geral, sem antecedentes familiares, inicia-se aos 50 anos e consiste de exame proctológico anual, associado a colonocopias a cada 10 anos, ou na dependência dos achados. Podem ser realizados enemas opacos ou sigmoidoscopias, porém, com menor acurácia, principalmente para lesões menores que 1cm ou proximais no cólon. Leituras sugeridas
1. 2. Rossi BM, Nakagawa WT, Oliveira FO, Aguiar Junior S, Lopes A. Câncer de Cólon, Reto e ânus. Tecmedd Ed. São Paulo. 2005. Rossi BM, Corvello CM, Anelli A, Epelman C, Paegle LD, Nakagawa WT, Borges AY, Amorim C, Duarte APM, Simpson AJG, Lopes A. Hereditary colorectal tumors: routine care and multidisciplinary therapeutic approach. South Am J Cancer 1997;1:191-7. Rossi BM, Pinho MSL, Nakagawa WT, Johnson LFP Lopes A. Tumores colorretais hereditários. Rev Col Bras , Cir 1998;25:271-80. Corvello CM, Bevilacqua RAU, Rossi BM, Simpson AJG. A novel germline mutation at exon 7 of the hMSH2 gene (1249delG) in a large Brazilian kindred. Human Mutation 1999;13:506-8. Rossi BM, Ferreira FO, Nakagawa WT, Aguiar Jr. S, Rocha JCC, Lopes A. Câncer colorretal hereditário sem polipose. Acta Oncol Bras 2002;22:238-44. Rossi BM, Lopes A, Ferreira FO, Nakagawa WT, Rocha JCC, Ferreria CN, Simpson CC, Simpson AJG. hMLH1 and hMSH2 gene mutation in Brazilian families wtih suspected HNPCC. Ann Surg Oncol 2002;9:555-61. Ferreira CN, Ferreira FO, Rossi BM, Nakagawa WT, Santos EMM, Lopes A. Frequency of malignant neoplams in Brazilian famillies with HNPCC and familial colorectal câncer. Ann Surg Oncol 2002;9:565. Landman G, Rocha JCC, Wernek I, Santos EMM, Aguiar Jr. S, Ferreira FO, Nakagawa WT, Lopes A, Rossi BM. Retrieval of Muir-Torre Syndrome through file search for sebaceous adenomas and carcinomas. Familial Cancer 2003;2:s58. Ferreira FO, Ferreira CCN, Rossi BM, Nakagawa WT, Aguiar S, Santos EMM, Costa MLV, Lopes A. Frequency of extra-colonic tumors in hereditary nonpolyposis colorectal câncer (HNPCC) and familial câncer (FCC) Brazilian families: an analysis by a Brazilian Hereditary Colorectal Institutional Registry. Fam Cancer 2004;3:41-7. Anacleto C, Rossi B, Lopes A, Soares FA, Rocha JC, Caballero O, Camargo AA, Simpson AJ, Pena SD. Development and application of a multiplex PCR procedure for the detection of DNA methylation in colorectal cancer. Oncol Rep 2005;13:325-8. Carvalho F, Santos EMM, Pena SD, Vettore A, Lopes A, Ferreira FO, Aguiar S, Nakagawa WT, Rossi BM. Clinicopathological significance of BAT26 instability in 184 patients with colorectal cancer. Appl Cancer Res Rabelo R, Foulkes W, Gordon PH et al. Role of molecular diagnostic testing in familial adenomatous polyposis and hereditary nonpolyposis colorectal cancer families. Dis Colon Rectum 2001; 44: 437-46. Vasen HF, Mecklin JP Khan PM, Lynch HT: The International Collaborative Group on hereditary nonpolyposis , colorectal cancer (ICG-HNPCC). Dis Colon Rectum 1991; 34: 424-5.

3. 4. 5. 6. 7. 8.

9.

10.

11. 12. 13.

56

14.

15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.

26.

27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38.

Vasen HF, Watson P Mecklin JP Lynch HT. New clinical criteria for hereditary nonpolyposis colorectal cancer , , (HNPCC, Lynch syndrome) proposed by the International Collaborative Group on HNPCC. Gastroenterology 1999; 116: 1453. Desai DC, Neale fk, Talbot IC, Hodgson SV, Phillips RKS: Review: Juvenile polyposis. Br J Surg 1995; 82: 14-7. Soravia C, Berk T, Cohen Z: Genetic testing and surgical decision making in hereditary colorectal cancer. Int J Colorectal Dis 2000; 15: 21-8. Hyer W: Polyposis syndromes. Pediatric implications. Gastrointestinal Endoscopy Clinics of North America 2001; 11: 659-82. Dunlop MG. Guidance on gastrointestinal surveillance for hereditary non-polyposis colorectal cancer, familial adenomatous polyposis, juvenile polyposis, and Peutz-Jeghers syndrome. Gut 2002; 51 (Suppl V): 21-7. Agnifili A, Verzaro R, Gola P Marino M, Mancini E, Carducci G, Ibi I, Valenti: Juvenile polyposis: case report , and assessment of the neoplastic risk in 271 patients reported in the literature. Dig Surg 1999; 16: 161-6. Vasen HFA: Clinical diagnosis and management of hereditary colorectal cancer syndromes. J Clin Oncol 2000; 18(21 Suppl): s81-s92. Howe JR, Mitros FA, Summers RW: The risk of gastrointestinal carcinoma in familial juvenile polyposis. Ann Surg Oncol 1998; 5: 751-6. Peltomaki HH: Hereditary colorectal cancer: risk assessment and management. Clin Genet 2000; 58: 89-97. Fuchs CS, Giovannucci EL, Colditz GA et al. A prospective study of family history and the risk of colorectal cancer. N Engl J Med 1994; 331: 1669. Burt RW, Petersen GM. Familial colorectal cancer: diagnosis and management, in Young GP Rozen P Levin B , , (eds): Prevention and early detection of colorectal cancer. London, UK, Saunders.1996. p.171-94. Boland CR, Thibodeau SN, Hamilton SR et al. A national cancer institute workshop on microsatellite instability for cancer detection and familial predisposition: development of international criteria for the determination of microsatellite instability in colorectal cancer. Cancer Res 1998; 58: 5248-57. Rodriguez-Bigas MA, Boland CR, Hamilton SR et al. A National Câncer Institute workshop on hereditary nonpolyposis colorectal câncer syndrome: meeting highlights and Bethesda guidelines. J Natl Cancer Inst 1997; 89: 1758-62. Bertario L, Russo A, Radice P et al. Genotype and phenotype factors as determinants for rectal stump cancer in patients with familial adenomatous polyposis. Ann Surg 2000; 231: 538-43. Sare RG, Jagelman DG, Beck GJ, et al: Colectomy with ileorectal anastomosis for familial adenomatous polyposis: The risk of rectal cancer. Surgery 1987; 101: 20-6. Bess MA, Adson MA, Elveback LR, et al: Rectal cancer following colectomy for polyposis. Arch Surg 1980; 115: 460-7. Järvinen HJ: Time and type of prophylactic surgery for familial adenomatosis coli. Ann Surg Jul 1985; 202: 93-7. Church JM, McGannon E, Burke C, Clark B: Teenagers with familial adenomatous polyposis. What is their risk for colorectal cancer? Dis Colon Rectum 2002; 45: 887-9. Groves CJ, Saunders BP Spigelman AD, Phillips RKS. Duodenal cancer in patients with familial adenomatous , polyposis (FAP): results of a 10 year prospective study. Gut 2002; 50: 636-41. Bertario L, Russo A, Sala P et al. Multiple approach to the exploration of genotype-phenotype correlations in familial adenomatous polyposis. J Clin Oncol 2003; 21: 1698-707. Hernegger GS, Moore HG, Guillem JG. Attenuated familial adenomatous polyposis. An evolving and poorly understood entity. Dis Colon Rectum 2002; 45: 127-36. Vasen HFA, Nagengast FM, Meera Khan P Interval cancer in hereditary non-polyposis colorectal cancer . (Lynch syndrome). Lancet 1995; 345: 1183-4. Spigelman AD, Thompson JPS, Phillips. Toward decreasing que relapatoromy rate in the Peutz-Jeghers syndrome: the role of preoperative small bowel endoscopy. Br J Surg 1990; 77: 301-2. , Edwards DP Khosraviani K, Stafferton R, Phillips RKS. Long-term results of polyp clearance by intraoperative enteroscopy in the Peutz-Jeghers syndrome. Dis Colon Rectum 2003; 46: 48-50. Markowitz AJ, Winawer SJ. Screening and surveillance for colorectal cancer. Semin Oncol 1999; 26: 485-98.

57

CarCinoma do Canal anal
O tratamento delineado neste capítulo se refere aos tumores de canal anal, do tipo histológico que incluem o carcinoma espinocelular e o carcinoma cloacogênico (basalóide ou transicional). Os tumores de margem anal (carcinoma espino celular) devem ser considerados à parte. Estes últimos são tumores localizados em pele perianal e conceitualmente se originam externamente à borda anal dentro de um raio de 5 cm da mesma. Outros tipos histológicos que comprometem estas regiões também devem ser considerados à parte: melanona maligno, carcinóide, sarcoma, linfoma, carcinoma basocelular, adenocarcinoma, Doença de Paget, Doença de Bowen, carcinoma de glândulas anais e o carcinoma verrucoso. Conduta por estadiamento

58

doença linfonodal

59

doença metastática

60

diagnóstico e estadiamento • • • • • O tratamento delineado neste capítulo se refere aos tumores de canal anal, do tipo Retossigmoidoscopia ou colonoscopia com biópsia Biópsias de fora: recomenda-se revisão de lâmina TC ou RMN de abdome e pelve USG trans-retal Radiografia do tórax (PA e perfil)

estadiamento TnM 7ª edição - UICC 2010 (CId-10 C21) • • • • • • • • • Tis - “in situ” T1 - tumor até 2 cm T2 - tumor entre 2 e 5 cm T3 - tumor > 5cm T4 - Qualquer tamanho com invasão de órgãos adjacentes (ex.: vagina, uretra, bexiga). OBS: invasão do esfíncter anal isoladamente não é T4. N1 - Linfonodos perirretais N2 - Linfonodos ilíacos internos e/ou inguinais unilaterais N3 - Linfonodos perirretais e inguinais e/ou ilíacos internos bilaterais e/ou inguinais bilaterais M1 – Metástase

Agrupamento por estádios
Estádio 0 I II IIIA T is 1 2 3 1 2 3 4 4 qq qq N 0 0 0 0 1 1 1 0 1 2, 3 qq M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

IIIB IV

61

Radioterapia exclusiva: eC I (T1) Radioterapia externa perineal: 4500cGy 1. Boost: Braquiterapia LDR: 1500 cGy HDR: 1200 cGy (4 x 300) ou Campo perineal direto no Cobalto 2000 cGy (10 x 200) calculado a 3 cm de profundidade Radioquimioterapia concomitante: eC II, IIIa, IIIb (T2, T3, T4) Esquema de Quimioterapia Mitomicina C 10 mg/m2 D1 e D9, IV. “bolus” + 5 FU 1000 mg/m2 D1 a D4 em infusão de 24horas e D29 a D32 Esquema de Radioterapia 1a fase: Campos pélvicos anterior e posterior. Dose: 36 Gy (26x1,8Gy) EC II a 45 Gy (25 x 1,8Gy) para EC III Cálculo: escolha da isodose Limite superior dos campos: transição L5-S1 Limite inferior: Borda anal com margem de 1 cm Posição: decúbito dorsal Técnica: bloco de transmissão parcial ou colimador de múltiplas folhas para inclusão das drenagens inguinais. 2a fase: Boost no canal anal até dose de 54 Gy Técnica: 3 campos (1 lateral e 2 laterais) Fracionamento: + 13 x 1,8 Gy Posição: decúbito ventral esquema de quimioterapia para tratamento de recidivas 5FU 1.000 mg/m2 D1 a D5 em Infusão 24h + Cisplatina 80 mg/m2 em 2 h D1, repetir a cada 21 dias. eC IV - Mesmo esquema de RT + QT com complementação de dose em linfonodos inguinais se estiver clinicamente comprometidos, até dose de 60 Gy, dependendo da resposta e tolerância da pele. O esvaziamento linfonodal inguinal poderá ser considerado. OBS: cada caso deverá ser avaliado individualmente.

62

Papel da cirurgia A cirurgia tem papel no tratamento nos tumores de canal anal para controle de recidiva local ou de persistência de tumor após tratamento com RT ou RT associado à QT. A cirurgia indicada deve ser a mais adequada para a remoção do tumor com margem adequada, mesmo que isto signifique a realização de ressecções múltiplas, incluindo a exenteração pélvica total. A cirurgia padrão para as situações de doença local é a amputação abdómino perineal de reto. Em caso de pacientes do sexo feminino, recomenda-se a ressecção de parede posterior de vagina para tumores circunferenciais ou de parede anterior de ânus. esvaziamento inguinal Indicado na persistência de linfonodos inguinais após o tratamento com RT e QT. O esvaziamento deve ser do lado afetado. A extensão para a cadeia ilíaca deve ser considerada individualmente para cada caso. Tumores de margem anal Tratamento principal é a cirurgia local com margem adequada. Em caso de envolvimento de aparelho esfincteriano recomenda-se esquema de RT e QT conforme indicado para os tumores de canal anal. seguimento Após o término do tratamento seja com RT exclusiva ou a associação RT e QT a primeira avaliação deve ser realizada com 60 dias. Esta avaliação deve incluir exame físico e a retossigmoidoscopia flexível com biópsia. Em caso de regressão completa do tumor a biópsia deve ser obtida em área onde supostamente se encontrava o tumor. Nos exames subseqüentes de avaliação local com a retossigmoidoscopia é facultativa a realização de biópsias, desde que não haja mudanças no padrão endoscópico de resposta completa. Situações em que existam dúvidas quanto à persistência ou recidiva de tumor com biópsia persistentemente negativa, está indicado exame sob narcose. Recidiva versus ausência de resposta (persistência do tumor): aplicar o limite de 6 meses após resposta completa com o tratamento com RT exclusiva ou RT e QT. Presença de tumor ou recidiva antes de 6 meses deve ser considerado persistência de tumor (tumor residual) quando a recidiva local do tumor ocorre após 6 meses considerar recidiva.

63

1º e 2º anos meses Anamnese e EF Rx de tórax USG ou CT Ex. proctológico* X 3 X 6 X X X X X 9 X 12 X X X X

3º ao 5º ano 6 X X X X 12 X X X X

>5 anos 12 X X X X

> 10 anos 12 X X X X

*c/ ou s/ biópsia Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Nigro ND, Vaitkevicius VK, Considine Jr B. Combined therapy for cancer of the anal canal: a preliminary report. Dis Colon Rectum 1974;17:354-6. Meeker WR, Sickle-Santanello BJ, Philpott G, et al. Combined chemotherapy, radiation and surgery for apithelial cancer of the anal canal. Cancer 1986;52:5-9. Papillon J, Montbarbon JF Epidermoid carcinoma of the anal canal: a series of 276 cases. Dis Colon Rectum . 1987;30:324-33. Cummings BJ, Keane TJ, O´Sullivan B, et al. Epidermoid anal cancer: treatment by radiation alone of by radiation and 5-Fluorouracil with and without Mitomycin C. Int J Radiat Oncol Biol Phys 1991;21: 1115-25. Schneider IHF Grabenbauer GG, Reck T, et al. Combined radiation and chemotherapy for epidermoid carcinoma of , the anal canal. Int J Colorect Dis 1991;7: 192-6. Doci R, Zucali R, Bombelli L, et al. Combined radiation and chemotherapy for anal cancer. Ann Surg 1992;215: 150-6. Quan SHQ. Squamous cancer of the anus. In: Wanebo HJ, editor. Colorectal cancer. St. Louis: Mosby; 1993. p.56570. Keighley MRB, Williams NS. Surgery of the anus, rectum and colon. London: W. B. Saunders; 1993. Cohen AM, Winaver SJ, Friedman MA, et al. Cancer of colon, rectum and anus. New York: McGraw-Hill; 1995. Nakagawa WT, Vieira RAC, Rossi BM, et al. Carcinoma do canal anal: análise de 69 pacientes. Rev Col Bras Cir 1996;23:105-9. Cummings BJ, Ajani JA, Swallow CJ. Cancer of anal region. In: DeVita Jr VT, Hellman S, Rosenberg AS, editors. Cancer principles and practice of oncology. 7th ed. Philadelphia: Lippincott-Raven; 2005. Rossi BM, Nakagawa WT, Ferreira FO, Aguiar jr S, Lopes A, editors. Câncer de Cólon, Reto e ânus. 1a ed. Tecmedd; 2005. Nivatvongs S. Perianal and anal canal neoplasm. In Neoplasm of the colon, rectum, and anus. 1st ed. QMP; 2000. p. 291-315. Ferrigno R, Nakamura RA, Novaes PERS, et al. Radiotherapy in the conservative treatment of anal canal carcinoma: retrospective analysis of results and radiation dose effectiveness. Int J Radiation Oncology Biol Phys 2005; 61: 113642.

64

sarComas de partes moles
doença locorregional em pacientes sem tratamento prévio

65

doença locorregional em pacientes previamente manipulados

OBS: Os pacientes inicialmente considerados como não passíveis de ressecção adequada que falharem ao esquema neoadjuvante não permitindo ressecção adequada ou marginal, poderão ser submetidos a cirurgias de amputações e desarticulações, desde que se consiga o controle do primário (finalidade curativa).

66

doença metastática Para os pacientes que se apresentam com metástases à distância, as opções terapêuticas quanto ao tumor primário são: • se o tumor é ressecável com margens adequadas, a cirurgia deve ser realizada primariamente; • se o tumor não é passível de ressecção com margens adequadas associar quimioterapia e radioterapia pré-operatória, seguida de cirurgia quando possível. Discutir complementação com RT-QT após a cirurgia; • se o tumor primário for irressecável, a irradiação com altas doses associada à quimioterapia, pode ser realizada, com consentimento escrito informado. OBS: Mediante controle do primário os pacientes deverão ser avaliados para tratamento das metástases (ressecção e/ou quimioterapia) estadiamento TnMG – 7ª edição (2010) Classificação Clínica

T - Tumor Primário Tx - não pode ser avaliado T0 - não há evidência de tumor primário T1 - tumor ≤ 5cm T1a - tumor superficial T1b - tumor profundo T2 - tumor > 5 cm T2a - tumor superficial T2b - tumor profundo

N - Linfonodos Regionais Nx - não pode ser avaliado N0 - ausência de metástase linfonodal N1 - metástase linfonodal M - Metástases à Distância Mx - não pode ser avaliado M0 - ausência de metástase M1 - metástase à distância

G - Grau Histológico Gx - não pode ser avaliado G1 – grau 1 G2 – grau 2 G3 – grau 3

Notas 1. pTNM - As categorias pT, pN, e pM correspondem às categorias T, N, e M 2. O grau histológico é determinado a partir de 3 parâmetros: diferenciação, atividade mitótica e extensão de necrose

67

Agrupamento por estádios

Estádio IA IB IIA IIB III IV

Grau G1,Gx T1a, T1b G1,Gx G2,G3 G2 G3 qqG qqG

T T1a, T1b T2a, T2b T1a, T1b T2a,T2b T2a,T2b qqT qqT

N N0 N0 N0 N0 N0 N1 qqN

M M0 M0 M0 M0 M0 M0 M1

Padronizações do departamento 1. 2. 3. 4. • • • 5. 6. 7. Tumor superficial: localizado acima da fáscia superficial, sem invadi-la Tumor profundo: invade a fáscia superficial ou está localizado abaixo da mesma; sarcomas do mediastino, retroperitônio e pélvis são considerados tumores profundos O Grau histológico será assim considerado com finalidade terapêutica: Baixo Grau: G1; Alto Grau: G2, G3, G4 Biópsias Excisional: para lesões pequenas e superficiais; Tru-cut e/ou Incisional: para lesões maiores e/ou profundas; A incisão deve obedecer o maior eixo da localização topográfica do tumor. é considerada cirurgia adequada aquela que obedece os princípios de ressecção tridimensional As linfadenectomias em monobloco ou dibloco serão realizadas na presença de linfonodos clinicamente tumorais ou quando o tumor está centrado em área de drenagem linfática. O cirurgião deve colher material para o banco de tumores por ocasião da biópsia, em conjunto com o patologista

Aspectos do tratamento Tumores de alto grau passíveis de ressecção adequada: Cirurgia 1. Braquiterapia: HDR 18 Gy em 6 frações de 3 Gy, 2x ao dia em 3 dias com início no 5º PO + Teleterapia 45 Gy: 180 cGy/dia, 5 vezes por semana (25 sessões) ou 2. Teleterapia (quando não fez 1.) Dose total 60 Gy, com reduções aos 45 e 55 Gy Fracionamento: 180 cGy/dia, 5 vezes por semana (33 sessões)

68

3. QT adjuvante para KPS > 70% Tumores não passíveis de ressecção adequada, de baixo grau ou que não foram incluídos em protocolo: radioquimioterapia neoadjuvante Teleterapia: 30 Gy Fracionamento: 250 cGy/dia, 5 vezes por semana (12 sessões) + Quimioterapia: Adriamicina 20mg/m2 , bolus, semanal durante Radioterapia + Cirurgia 4 semanas após Se ressecção marginal, completar Radioterapia: 1. Braquiterapia: HDR 21 Gy em 6 frações de 3,5 Gy em 3 dias com início no 5o PO ou 2. Teleterapia: 25 Gy (quando não fez 1.) Fracionamento: 180 cGy/d, 5 vezes por semana (14 sessões) Se não for possível ressecção marginal → Amputação * Tumores não passíveis de ressecção adequada, de alto grau e que aceitam inclusão em protocolo: quimioterapia neoadjuvante e radioterapia pós-operatória Quimioterapia neoadjuvante (3 ciclos): Adriamicina: 30 mg / m2 D1 e D2, em bolus Ifosfamida: 2 g / m2 / dia D1 a D5 Mesna: 100% da dose de ifosfamida Cirurgia 4 semanas após o 3º ciclo Radioterapia adjuvante (teleterapia ou braquiterapia) Quimioterapia neoadjuvante concomitante à radioterapia • Adriamicina 20mg/m2 EV em “bolus” D1,D8,D15

Quimioterapia neoadjuvante sem radioterapia

(Protocolo investigacional - termo de consentimento pós-informado)
Protocolo: 3 ciclos → reavaliação para cirurgia → avaliação AP • Ifosfamida 2,0 g/m2 EV D1 a D5, em 2 horas • Mesna 100 % da dose de ifosfamida em infusão continua em 24 hors ou 1/3 dose meia hora antes de IFO, 4h e 8h pós IFO + • Adriamicina 60mg/m2 EV D1 em bolus ou • Adriamicina 30mg/m2 EV D1 e D2 repetir a cada 21 dias, por 3 ciclos pré-operatório. Considerar fortemente uso de fator de crescimento de colônias (Filgrastima) 300 mcg/dia por 5 a 7 dias pós quimioterapia. Quimioterapia adjuvante 1. 2. Ifosfamida + Mesna + Doxorrubicina, conforme item II, por 5 ciclos Se recebeu 3 ciclos neoadjuvante, considerar completar 2 ciclos adjuvante.

69

** Protocolo sPM de alto grau não passível de ressecção com margem adequada

70

seguimento 1º e 2º anos Meses Anamnese e EF TC ou RMN do local Rx de tórax USG ou TC abdome* 3 X X X 6 X 9 X X X X 12 X 3º ao 5º ano 6 X X X 12 X X X X >5 anos 12 X X X X * a depender da queixas X > 10 anos 12 X

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

Rosenberg SA, Tepper J, Glatstein E, et al. The treatment of soft tissue sarcoma of the extremities: prospective randomized evaluation of (1) limb-aparing surgery plus radiation therapy compared with amputation and (2) the role of adjuvant chemotherapy. Ann Surg 1982;196:305-9. Pisters PWT, Leung D, Woodruff J, et al. Analysis of prognostic factors in 1041 patients with localized soft tissue sarcomas of the extremities. J Clin Oncol 1996;14:1679-84. Brennan FM, Casper ES, Harrison LB. Soft tissue sarcoma. In: De Vita Jr VT, Hellman S, Rosenberg AS, editors. Principles and practice of oncology. Philadelphia: Lippincott Raven, 1997. p.1738-88. Sarcoma Meta-analysis Collaboration. Adjuvant chemotherapy for localised resectable soft-tissue sarcoma of adults: meta-analysis of individual data. Lancet 1997; 350: 1647-54. Lopes A. Sarcomas de partes moles. Rio de Janeiro: MEDSI; 1999. Pisters PWT. Chemoradiation treatment strategies for localized sarcoma: conventional and investigational approaches. Semin Surg Oncol 1999; 17: 66-71. Ferreira FO. Estudo de fatores prognósticos e da expressão histoquímica de AgNOR e imunohistoquímica de Ki-67 e p53 em pacientes adultos portadores de lipossarcomas de extremidades. 2000, São Paulo. [Tesedoutorado - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo]. Greene FL, Page DL, Fleming ID, Fritz AG, Balch CM, Haller DG, Morrow M. AJCC Cancer Staging Manual – 6 th ed. New York: Springer-Verlag; 2002. p. 125-30. Weitz J, Antonescu CR, Brennan MF. Localized extremity soft tissue sarcoma: improved knowledge with unchanged survival over time. J Clin Oncol 2003; 21: 2719-25. Sarcoma Meta-analysis Collaborattion. Adjuvant chemotherapy for localised soft tissue sarcoma in adults (Cochrane Review) . Oxford, UK, The Cochrane Library, Update Software, 2003. Cormier JN, Pollock R. Soft tissue sarcomas. CA Cancer J Clin 2004; 54: 94-109. Scoggins CR, Pollock R. Extremity soft tissue sarcoma: evidence-based multidisciplinary management. J Surg Oncol 2005; 90: 10-13. Lopes FC, Lopes A, Aguiar Jr S, Coelho EG, Benevides GM. Valor da biópsia guiada por tomografia computadorizada no diagnóstico de sarcomas de partes moles. In: XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia. Rev Col Bras Cir 2005; 32: 332-3.

71

Cirurgia Citorredutora e Quimioterapia intraperitoneal hipertérmiCa
Princípio: A cirurgia citorredutora (CC) associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QIPH), tem seus princípios fundamentados na suposição de que a cirurgia possibilita a redução da doença peritoneal a uma condição microscópica ou mínima e permite a lise de aderências, o que cria condições para maior eficácia dos quimioterápicos, potencializados pela ação do calor.

Exames obrigatórios para avaliação pré-anestésica • Eletrocardiograma • Ecocardiograma • Albumina sérica • Clearance de creatinina • Coagulograma • Enzimas hepáticas • Hemograma, Na, K, Ca, Mg, U, Cr

72

73

Classificação do Índice de Citorredução (ICC)
CC0 CC1 CC2 CC3 Ausência de doença macroscópica após a citorredução Doença residual < 2,5mm Nódulos residuais entre 2,5mm e 25mm Nódulos residuais > 25mm ou confluentes, em qualquer localização

Classificação da citorredução segundo o padrão de ressecção
R0 R1 R2a R2b R2c Ressecção macroscópica completa e citológico negativo ou margens microscópicas livres Ressecção macroscópica completa e citológico positivo ou margens microscópicas comprometidas Tumor residual mínimo; nódulos < 0,5 cm Tumor residual; nódulos > 0,5 cm e ≤ 2 cm Doença residual extensa; nódulos > 2 cm

Classificação de Gilly
0 1 2 3 4 Ausência de tumor macroscópico Implantes < 5mm localizados em uma região do abdome Implantes < 5mm difusos difusos em todo o abdome Implantes localizados ou difusos entre 5 e 20mm Implantes localizados ou difusos > 20mm

Técnica fechada de perfusão – aspectos técnicos 1. 2. 3. 4. 5.
74

Terminada a etapa de citorredução, 1 um cateter de infusão quadrifurcado (Braile Biomédica) tem suas extremidades posicionadas nos espaços subdiafragmáticos direito e esquerdo, no mesogátrio e na cavidade pélvica O sistema de drenagem é composto por 3 drenos multiperfurados interligados em ‘Y”assim posicionados: 1 na cavidade pélvica e 1 em cada espaço subdiafragmático. São colocados 3 termômetros intra-peritoneais, sendo um na cavidade pélvica, um no andar superior do abdome, e um no mesogástrio, além do termômetro esofágico A cavidade peritoneal é temporariamente fechada através de sutura contínua da pele com fio de nylon 2.0. Inicia-se a perfusão com solução de quimioterapia, previamente estabelecida segundo a origem da disseminação peritoneal

6.

7. 8. 9.

O equipamento de perfusão (Braile Biomédica) consta de um rolete propulsor que impulsiona a solução de quimioterapia pelo cateter de infusão e a retira através dos drenos de sucção, retornando o fluído para um reservatório. Um trocador de calor acoplado ao sistema mantém o fluído entre 44o e 46o C, de modo que a perfusão seja mantida por 90 minutos com a temperatura intraperitoneal entre 41o e 42o C. Controlar a pressão intra-abdominal através de sonda de Levine posicionada na cavidade e conectada ao monitor de pressão evitando-se medidas > 20mmHg. Ao término da perfusão intra-operatória, procede-se a irrigação da cavidade com soro fisiológico 0,9% realiza-se a abertura da cavidade e então são realizadas as anastomoses. Quando se procede a etapa de peritoniectomia subdiafragmática, é aconselhável a drenagem pleural ipsi-lateral. Utilizar sitema fechado de drenagem conforme a necessidade.

Cálculo do índice Peritoneal de Câncer (IPC)
 
Regiões 0 Central 1 Hipocôndrio D 2 Epigástrio 3 Hipocôndrio E 4 Flanco E 5 Fossa ilíaca E 6 Pelve 7 Fossa ilíaca D TL

 

Tamanho da lesão (TL) TL0 sem tumor TL1 Nódulos até 0,5cm TL2 Nódulos até 5cm TL3 Nódulos > 5cm ou confluentes

 
1 8 7 2 0 6 3 4 5

11

9

8 Flanco D 9 Jejuno proximal 10 Jejuno distal 11 Íleo proximal 12 Íleo distal IPC

12 10

Quimioterapia intraperitoneal hipertérmica intra-operatória Pseudomixoma peritoneal, Adenocarcinoma de apêndice, cólon e reto Mitomicina C Mitomicina C - 18 mg/m2 diluída em 1000ml de solução de diálise peritoneal • glicosada a 1,5% para aplicação no início da perfusão, após testar o circuito • Seguido de Mitomicina C 8,0 mg/m2 diluída em 250ml de SF0,9% para aplicação 30 minutos após o início da perfusão • Seguido de Mitomicina C 8,0 mg/m2 diluída em 250ml de SF0,9% para aplicação 60 minutos após o início da perfusão
75

OBS: checar necessidade de reduzir a dose em 33% para os pacientes previamente submetidos a quimioterapia intensa, função renal limítrofe, idade acima de 60 anos, traumatismo intra-operatório intenso à superfície do intestino delgado ou radioterapia abdominal e/ou pélvica prévia • Antes da adição de solução de quimioterapia, preencher o reservatório com 3 litros de solução de diálise peritoneal glicosada a 1,5% para testar o circuito Quando o sistema estiver com o volume total, controlar o volume a ser • mantido na cavidade peritoneal aumentando ou diminuindo o volume no reservatório, conforme a necessidade Quimioterapia intraperitoneal hipertérmica intra-operatória Mesotelioma peritoneal, carcinoma de ovário e carcinoma de estômago Cisplatina e doxorrubicina • Mitomicina 10 mg/m2 + Cisplatina 50 mg/m2 *, diluídos em 1.000 ml de Solução de diálise peritoneal 1,5% glicosada. Ou • Cisplatina 50 mg/m2* + Doxorrubicina 15 mg/m2, diluídos em 1.000 ml de Solução de diálise peritoneal 1,5% glicosada.

* considerar redução de dose em pacientes com exposição prolongada Cisplatina ou Carboplatina. • Diluir a dose total adicionando as 2 drogas em 2 litros de solução de diálise peritoneal glicosada a 1,5% para aplicação no início da perfusão, após testar o circuito

OBS: reduzir a dose em 33% para os pacientes previamente submetidos a quimioterapia intensa, função renal limítrofe, idade acima de 60 anos, traumatismo intra-operatório intenso à superfície do intestino delgado ou radioterapia abdominal e/ou pélvica prévia • Antes da adição de solução de quimioterapia, preencher o reservatório com 3 litros de solução de diálise peritoneal glicosada a 1,5% para testar o circuito • Quando o sistema estiver com o volume total, controlar o volume a ser mantido na cavidade peritoneal aumentando ou diminuindo o volume no reservatório, conforme a necessidade

76

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Brodsky JT, Cohen AM. Peritoneal seeding following potentially curative resection of colonic carcinoma: implications for adjuvant therapy. Dis Colon Rectum. 1991;34(8):723-7. Cavaliere F, Perri P Rossi CR, Pilati PL, De Simone M, Vaira M et al. Indications for integrated surgical , treatment of peritoneal carcinomatosis of colorectal origin: experience of the Italian Society of Locoregional Integrated Therapy in Oncology Tumori. 2003;89(4 Suppl):21-3. Chu DZ, Lang NP Thompson C, Osteen PK, Westbrook KC. Peritoneal carcinomatosis in nongynecologic , malignancy. A prospective study of prognostic factors. Cancer. 1989;63(2):364-7. Culliford AT 4th, Brooks AD, Sharma S, Saltz LB, Schwartz GK, O’Reilly EM et al. Surgical debulking and intraperitoneal chemotherapy for established peritoneal metastases from colon and appendix cancer. Ann Surg Oncol. 2001;8(10):787-95. Dawson LE, Russell AH, Tong D, Wisbeck WM. Adenocarcinoma of the sigmoid colon: sites of initial dissemination and clinical patterns of recurrence following surgery alone. J Surg Oncol. 1983;22(2):95-9. Elias D, Blot F, El Otmany A, Antoun S, Lasser P Boige V, Rougier P Ducreux M. Curative treatment of , , peritoneal carcinomatosis arising from colorectal cancer by complete resection and intraperitoneal chemotherapy. Cancer. 2001;92(1):71-6. Feldman AL, Libutti SK, Pingpank JF, Bartlett DL, Beresnev TH, Mavroukakis SM, Steinberg SM, Liewehr DJ, Kleiner DE, Alexander HR. Analysis of factors associated with outcome in patients with malignant peritoneal mesothelioma undergoing surgical debulking and intraperitoneal chemotherapy. J Clin Oncol. 2003 Dec 15;21(24):4560-7. Fujimura T, Yonemura Y, Fujita H, Michiwa Y, Kawamura T, Nojima N et al. Chemohyperthermic peritoneal perfusion for peritoneal dissemination in various intra-abdominal malignancies. Int Surg. 1999;84(1):60-6. Glehen O, Kwiatkowski F, Sugarbaker PH, Elias D, Levine EA, De Simone M, Barone R, Yonemura Y, Cavaliere F, Quenet F, Gutman M, Tentes AA, Lorimier G, Bernard JL, Bereder JM, Porcheron J, Gomez-Portilla A, Shen P Deraco M, Rat P Cytoreductive surgery combined with perioperative intraperitoneal chemotherapy for the , . management of peritoneal carcinomatosis from colorectal cancer: a multi-institutional study. J Clin Oncol. 2004 Aug 15;22(16):3284-92. Glehen O, Mohamed F, Gilly FN. Peritoneal carcinomatosis from digestive tract cancer: new management by cytoreductive surgery and intraperitoneal chemohyperthermia. Lancet Oncol. 2004 Apr;5(4):219-28. Isacoff WH, Borud K. Chemotherapy for the treatment of patients with metastatic colorectal cancer: an overview. World J Surg. 1997;21(7):748-62. , Jacquet P Sugarbaker PH. Clinical research methodologies in diagnosis and staging of patients with peritoneal carcinomatosis. Cancer Treat Res. 1996;82:359-74. , Jacquet P Sugarbaker PH. Current methodologies for clinical assessment of patients with peritoneal carcinomatosis. J Exp Clin Cancer Res. 1996;15:49-58. Loungnarath R, Causeret S, Bossard N, Faheez M, Sayag-Beaujard AC, Brigand C, Gilly F, Glehen O. Cytoreductive surgery with intraperitoneal chemohyperthermia for the treatment of pseudomyxoma peritonei: a prospective study. Dis Colon Rectum. 2005 Jul;48(7):1372-9. Machover D. A comprehensive review of 5-fluorouracil and leucovorin in patients with metastatic colorectal carcinoma. Cancer. 1997;80(7):1179-87. Mansfield PF. Management of peritoneal carcinomatosis: is an answer at hand? Ann Surg Oncol. 2003;10(8):827-8 Midgley R, Kerr D. Colorectal cancer. Lancet. 1999;353(9150):391-9. Minsky BD, Mies C, Recht A, Rich TA, Chaffey JT. Resectable adenocarcinoma of the rectosigmoid and rectum. I. Patterns of failure and survival. Cancer. 1988;61(7):1408-16. Minsky BD, Mies C, Rich TA, Recht A, Chaffey JT. Potentially curative surgery of colon cancer: patterns of failure and survival. J Clin Oncol. 1988;6(1):106-18. Pestieau SR, Sugarbaker PH. Treatment of primary colon cancer with peritoneal carcinomatosis: comparison of concomitant vs. delayed management. Dis Colon Rectum. 2000;43(10):1341-6. Pilati P Mocellin S, Rossi CR, Foletto M, Campana L, Nitti D et al. Cytoreductive surgery combined with , hyperthermic intraperitoneal intraoperative chemotherapy for peritoneal carcinomatosis arising from colon adenocarcinoma. Ann Surg Oncol. 2003;10(5):508-13. Russell AH, Tong D, Dawson LE, Wisbeck W. Adenocarcinoma of the proximal colon. Sites of initial dissemination and patterns of recurrence following surgery alone. Cancer. 1984;53(2):360-7. Russell AH, Tong D, Dawson LE, Wisbeck WM, Griffin TW, Laramore GE et al. Adenocarcinoma of the retroperitoneal ascending and descending colon: sites of initial dissemination and clinical patterns of recurrence following surgery alone. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1983;9(3):361-5.

8. 9.

10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23.

77

24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38.

Sadeghi B, Arvieux C, Glehen O, Beaujard AC, Rivoire M, Baulieux J et al. Peritoneal carcinomatosis from nongynecologic malignancies: results of the EVOCAPE 1 multicentric prospective study. Cancer. 2000;88(2):35863. Shen P Hawksworth J, Lovato J, Loggie BW, Geisinger KR, Fleming RA et al. Cytoreductive surgery and , intraperitoneal hyperthermic chemotherapy with mitomycin C for peritoneal carcinomatosis from nonappendiceal colorectal carcinoma. Ann Surg Oncol. 2004;11(2):178-86. Spratt JS, Adcock RA, Muskovin M, Sherrill W, McKeown J. Clinical delivery system for intraperitoneal hyperthermic chemotherapy. Cancer Res. 1980;40(2):256-60. Stephens AD, Alderman R, Chang D, Edwards GD, Esquivel J, Sebbag G, Steves MA, Sugarbaker PH. Morbidity and mortality analysis of 200 treatments with cytoreductive surgery and hyperthermic intraoperative intraperitoneal chemotherapy using the coliseum technique. Ann Surg Oncol. 1999 Dec;6(8):790-6. Sugarbaker PH, Chang D. Results of treatment of 385 patients with peritoneal surface spread of appendiceal malignancy. Ann Surg Oncol. 1999 Dec;6(8):727-31. Sugarbaker PH, Jablonski KA. Prognostic features of 51 colorectal and 130 appendiceal cancer patients with peritoneal carcinomatosis treated by cytoreductive surgery and intraperitoneal chemotherapy. Ann Surg. 1995;221(2):124-32. Sugarbaker PH, Welch LS, Mohamed F, Glehen O. A review of peritoneal mesothelioma at the Washington Cancer Institute. Surg Oncol Clin N Am. 2003 Jul;12(3):605-21, xi. Sugarbaker PH. Clinical research to standard of care: when does the transition occur? Ann Surg Oncol. 2003;10(8):825-6. Sugarbaker PH. Cytoreductive surgery and peri-operative intraperitoneal chemotherapy as a curative approach to pseudomyxoma peritonei syndrome. Eur J Surg Oncol. 2001 Apr;27(3):239-43. Sugarbaker PH. Peritonectomy procedures. Ann Surg. 1995;221(1):29-42. Tong D, Russell AH, Dawson LE, Wisbeck W. Second laparotomy for proximal colon cancer. Sites of recurrence and implications for adjuvant therapy. Am J Surg. 1983;145(3):382-6. Verwaal VJ, van Ruth S, de Bree E, van Sloothen GW, van Tinteren H, Boot H et al. Randomized trial of cytoreduction and hyperthermic intraperitoneal chemotherapy versus systemic chemotherapy and palliative surgery in patients with peritoneal carcinomatosis of colorectal cancer. J Clin Oncol. 2003;21(20):3737-43. Witkamp AJ, de Bree E, Kaag MM, Boot H, Beijnen JH, van Slooten GW, van Coevorden F, Zoetmulder FA. Extensive cytoreductive surgery followed by intra-operative hyperthermic intraperitoneal chemotherapy with mitomycin-C in patients with peritoneal carcinomatosis of colorectal origin. Eur J Cancer. 2001;37(8):979-84. Witkamp AJ, de Bree E, Van Goethem R, Zoetmulder FA. Rationale and techniques of intra-operative hyperthermic intraperitoneal chemotherapy. Cancer Treat Rev. 2001;27(6):365-74. Zoetmulder FAN, Verwaal V, Ruth S. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy (HIPEC) with mitomycin C significantly improves survival in patients with peritoneal carcinomatosis of colorectal origen. ASCO Prog Proc 2002;21:147ª.

78

osteossarComa

79

desenho do protocolo – não metastático Quimioterapia CIS=Cisplatina iv 60mg/m2 /dia (D1-D2) DOX=Doxorrubicina iv 37,5mg/m2/dia (D1-D2) MTX=Metotrexato iv 12g/m2/dia (D1) dex=Dexrazoxane iv 375mg/ m2/dia (D1-D2) ciclo=ciclofosfamida vo 25mg/ m2/dia (todos os dias) mtx=metotrexato vo 1,5mg/m2/2x dia (segunda e quinta)
CIS DOXO S1 MTX S4 MTX S5 CIS DOXO S6 MTX S9 MTX S10 CIS DOXO S14 MTX S17 MTX S18 CIS DOXO S19 MTX S22 MTX S23 DOXO dex S24 MTX S26 MTX S27 DOXO dex S28

RANDOMIZAÇAO

CIRUGGIA S11/12

Regime 1

Ciclo 1

Ciclo 2

Ciclo 3
CIS DOXO S14 Regime 2 MTX S17 MTX S18

Ciclo 4
CIS DOXO S19 MTX S22 MTX S23

Ciclo 5
DOXO dex S24 MTX S26 MTX S27

Ciclo 6
DOXO dex S28

desenho do protocolo – metastático Quimioterapia CIS=Cisplatina iv 60mg/m2 /dia (D1-D2) DOX=Doxorrubicina iv 37,5mg/m2/dia (D1-D2) MTX=Metotrexato iv 12g/m2/dia (D1) dex=Dexrazoxane iv 375mg/ m2/dia (D1-D2) ciclo=ciclofosfamida vo 25mg/ m2/dia (todos os dias) mtx=metotrexato vo 1,5mg/m2/2x dia (segunda e quinta)

Ciclo 1
CIS DOX ciclo mtx S1 ciclo mtx S2 ciclo mtx S3 MTX ciclo mtx S4 MTX ciclo mtx S5

Ciclo 2
CIS DOX ciclo mtx S6 ciclo mtx S7 ciclo mtx S8 MTX ciclo mtx S9 MTX ciclo mtx S10
Cirugia S11/12

Ciclo 3
CIS DOX ciclo mtx S14 ciclo mtx S15 ciclo mtx S16 MTX ciclo mtx S17 MTX ciclo mtx S18

Ciclo 4
CIS DOX ciclo mtx S19 Toracotomia S20 ciclo mtx S20 ciclo mtx S21

Ciclo 5
MTX ciclo mtx S22 MTX ciclo mtx S23 DOX dex ciclo mtx S24 ciclo mtx S25 MTX ciclo mtx S26 MTX ciclo mtx S27

Ciclo 6
DOX dex ciclo mtx S28 ciclo mtx S29 MTX ciclo mtx S30 MTX ciclo mtx S31 ciclo mtx S32
ciclo mtx S104

80

• •

é a mais freqüente neoplasia maligna primária óssea; Formas: • Central • Periférico • Parostal ou justacortical • Periostal • De alto grau de malignidade

Osteossarcoma central Forma mais comum dos osteossarcomas; Variedades histológicas: osteoblástico, condroblástico, fibroblástico, telangectásico, pequenas células indiferenciadas; • Predomina na metáfise de ossos longos; • Localizações mais freqüentes: fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal, fêmur proximal, rádio distal; • Predomínio na 2a. década da vida; • Critérios de Huvos – avaliação do grau de resposta à quimioterapia: Grau I: até 50% de necrose tumoral; Grau II: de 50 a 90% de necrose tumoral; Grau III: de 90 a 99% de necrose tumoral Grau IV: 100% de necrose tumoral estadiamento TnM - UICC 2010 (CId-O C40, 41) Tumores ósseos Tx - tumor primário não pode ser avaliado T0 - não há evidência de tumor primário T1 - tumor ≤8 cm T2 - tumor >8 cm T3 - Tumor descontinuo na localização óssea primária Nx – linfonodos não podem ser avaliados N0 - ausência de metástases linfonodais N1 - metástases em linfonodos regionais Mx – metástase à distância não pode ser avaliada M0 - ausência de metástases M1 – metástase a distância M1a – metástase pulmonar M1b – outros sitios Gx - grau não pode ser avaliado G1 - bem diferenciado G2 - moderadamente diferenciado G3 - pouco difrenciado G4 - indifrenciado OBS: Sarcoma de Ewing é classificado como G4 • •

81

Agrupamento por estádios

Estádio IA Estádio IB

T1 T2 T3 Estádio IIA T1 Estádio IIB T2 Estádio III T3 Estádio IVA Qualquer T Estádio IVB Qualquer T Qualquer T

N0 N0 N0 N0 N0 N0 N0, N1 Qualquer N

M0 M0 M0 M0 M0 M0 M1a Qualquer M M1b

G1, G2, Baixo grau, GX G1, G2, Baixo grau, GX G1, G2, Baixo grau, GX G3, G4, Alto grau G3, G4, Alto grau G3, G4 Qualquer grau Qualquer grau Qualquer grau

Sistema 3 graus Baixo grau Alto grau Grau 1 Grau 2 Grau 3

Sistema 4 graus Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4

Classificação de enneking para tumores ósseos: Os tumores ósseos raramente se apresentam com metástases linfonodais. Por esse motivo, muitos oncologistas ortopédicos adotam o estadiamento da Sociedade de Tumores Musculoesqueléticos descrito por ENNEKING (1985), em substituiçãp à classificação pelo sistema TNM.

Estadiamento dos Tumores ósseos Estadiamento IA IB IIA IIB III
82

Grau Histológico Baixo grau Baixo brau Alto grau Alto grau Baixo ou alto grau

Localização Intracompartimental Extracompartimental Intracompartimental Extracompartimental Metástase

seguimento - Osteossarcoma 1º e 2º anos meses Anamnese e EF Rx do local Rx de tórax RNM do local Cintilografia óssea 3 X X X 6 X X X 9 X X X 12 X X X X X 3º ao 5º ano 6 X X X 12 X X X X X >5 anos 12 X X X X X > 10 anos 12 X X X X X

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Enneking WF, Spanier SS, Goodman MA. A system for the surgical staging of musculoskeletal sarcoma. Clin Orthop Rel Res 1980;153:106-9. Enneking WF. Musculoskeletal tumor surgery. New York: Churchill Livingstone; 1983. Campanacci M, et al. The role of resection and reconstruction in the treatment of bone tumors. In: Enneking WF, editor. Current concepts of diagnosis and tratment of bone and soft-tissue tumors. Berlin: Springer Verlag; 1984. p.175-85. Pritchard DJ. Surgical management of osteossarcoma at the Mayo Clinic. In: Enneking WF, editor. Current concepts of diagnosis and tratment of bone and soft-tissue tumors. Berlin: Springer Verlag; 1984. p.219-26. Lewis MM. An approach to the treatment of malignant bone tumors. Orthopedics 1985;8:655-8. Wilkins RM, Pritchard DJ, Burgert EO, et al. Ewing’s sarcoma of bone, experience with 140 patients. Cancer 1986;48:2551-7. Eckhardt JJ, Eiber FR, Grant TG, et al. The UCLA experience in the management of stage IIB osteossarcoma: 1972-1983. In: Enneking WF, editor. Limb salvage in musculoskeletal oncology. New York: Churchill Livingstone; 1987. p.314-26. Halperin EC, Kun LE, Constantine LS, et al. Pediatric radiation oncology. Philadelphia: Raven Press; 1989. 187-210: Ewing’s sarcoma. Petrilli AS, Gentil FC, Lopes A, et al. Osteosarcoma: Current management, local contral and survival statistics – São Paulo, Brazil. Clinical Ortop Nel Res 1991;270:60-6. Lopes A, Penna V, Rossi BM, et al. Hemipelvectomia interna total no tratamento do osteossarcoma localmente avançado do osso ilíaco. Rev Bras Ortop 1993;28:825-8. Lopes A, Penna V, Rossi BM, et al. Cirurgia de Tikhoff-Limberg no tratamento do osteossarcoma localmente avançado do úmero. Rev Bras Ortop 1993;28:281-4. Faisham WI, Zulmi W, Halim AS, Biswal BM, Mutum SS. Osteosarcoma: the outcome of limb salvage surgery. Med J Malaysia. 2004 Dec;59 Suppl F:24-34. Kasper B, Ho AD, Egerer G. Is there an indication for high-dose chemotherapy in the treatment of bone and soft-tissue sarcoma? Oncology. 2005;68(2-3):115-21. Womer R, Grier H. Osteosarcoma: a randomized, prospective trial of the addition of ifosfamide and/ or muramyl tripeptide to cisplatin, doxorubicin, and high-dose methotrexate. J Clin Oncol. 2005 Mar 20;23(9):2004-11. Moon SH, Shin KH, Suh JS, Yang WI, Noh JK, Hahn SB. Tumor volume change after chemotheraphy as a predictive factor of disease free survival for osteosarcoma. Yonsei Med J. 2005 Feb 28;46(1):119-24.

83

16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29.

Gajewska J, Abroszkiewicz J, Rychlowska-Pruszynska M, Laskowska-Klita T. Markers of bone formation in children with osteossarcoma. Med Wieku Rozwoj. 2004 Apr-Jun;8(2 Pt 1):235-43. Polish. Wunder JS, Gokgoz N, Parkes R, Bull SB, Eskandarian S, Davis AM, Beauchamp CP Conrad EU, Grimer , RJ, Healey JH, Malkin D, Mangham DC, Rock MJ, Bell RS, Andrulis IL. TP53 mutations and outcome in osteosarcoma: a prospective, multicenter study. J Clin Oncol. 2005 Mar 1;23(7):1483-90. Moschovi M, Trimis G, Stefanaki K, Anastasopoulos J, Syriopoulou V, Koultouki E, Tzortzatou-Stathopoulou F. Favorable outcome of Ewing sarcoma family tumors to multiagent intensive preoperative chemotherapy: a single institution experience. J Surg Oncol. 2005 Mar 15;89(4):239-43. Longhi A, Pasini E, Bertoni F, Pignotti E, Ferrari C, Bacci G.Twenty-year follow-up of osteosarcoma of the extremity treated with adjuvant chemotherapy. J Chemother. 2004 Dec;16(6):582-8. , Huang HY, Illei PB, Zhao Z, Mazumdar M, Huvos AG, Healey JH, Wexler LH, Gorlick R, Meyers P Ladanyi M. Ewing sarcomas with p53 mutation or p16/p14ARF homozygous deletion: a highly lethal subset associated with poor chemoresponse. J Clin Oncol. 2005 Jan 20;23(3):548-58. del Prever AB, Fagioli F, Berta M, Bertoni F, Ferrari S, Mercuri M. Long-term survival in high-grade axial osteosarcoma with bone and lung metastases treated with chemotherapy only. J Pediatr Hematol Oncol. 2005 Jan;27(1):42-5. Argon A, Basaran M, Yaman F, Dizdar Y, Sakar B, Camlica H, Bavbek SE, Ozger H, Darendeliler E, Onat H. Ewing’s sarcoma of the axial system in patients older than 15 years: dismal prognosis despite intensive multiagent chemotherapy and aggressive local treatment. Jpn J Clin Oncol. 2004 Nov;34(11):667-72. El Weshi A, Memon M, Raja M, Bazarbashi S, Rahal M, El Foudeh M, Pai C, Allam A, El Hassan I, Ezzat A. VIP (etoposide, ifosfamide, cisplatin) in adult patients with recurrent or refractory Ewing sarcoma family of tumors. Am J Clin Oncol. 2004 Oct;27(5):529-34. Berrak SG, Pearson M, Berberoglu S, Ilhan IE, Jaffe N. High-dose ifosfamide in relapsed pediatric osteosarcoma: therapeutic effects and renal toxicity. Pediatr Blood Cancer. 2005 Mar;44(3):215-9. Whelan JS, McTiernan A, Kakouri E, Kilby A; London Bone and Soft Tissue Tumour Service. Carboplatin-based chemotherapy for refractory and recurrent Ewing’s tumours. Pediatr Blood Cancer. 2004 Sep;43(3):237-42. Smeland S, Wiebe T, Bohling T, Brosjo O, Jonsson K, Alvegard TA. Chemotherapy in osteosarcoma. The Scandinavian Sarcoma Group experience. Acta Orthop Scand Suppl. 2004 Apr;75(311):92-8. Smeland S, Wiebe T, Brosjo O, Bohling T, Alvegard TA. Chemotherapy in Ewing’s sarcoma. The Scandinavian Sarcoma Group experience. Acta Orthop Scand Suppl. 2004 Apr;75(311):87-91. Zheng N, Felix CA, Pang S, Boston R, Moate P Scavuzzo J, Blair IA. Plasma etoposide catechol increases , in pediatric patients undergoing multiple-day chemotherapy with etoposide. Clin Cancer Res. 2004 May 1;10(9):2977-85.

84

CondrossarComa

• • • • •

é o segundo mais freqüente tumor maligno primário ósseo; Incidência entre as 5a. e 7a. décadas da vida; Localizações mais freqüentes: pelve; costelas; fêmur e úmero; 90% são condrossarcomas primários, centrais; 90% são condrossarcomas grau I e II;

85

Classificação: 1. Condrossarcoma Central, Primário ou Convencional 2. Condrossarcoma Periférico ou Periosteal 3. Condrossarcoma Secundário 4. Condrossarcoma Desdiferenciado 5. Condrossarcoma Mesenquimal 6. Condrossarcoma de Células Claras Leituras Sugeridas:
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Ayala G, Liu C, Nicosia R, Horowitz S, Lachman R. Microvasculature and VEGF expression in cartilaginous tumors. Hum Pathol 2000; 31:341-6. Dorfman HD, Czerniak B. Epidemiology of bone tumors: SEER population – based data, 1973-1987. Cancer 1995; 75:223-7. Dorfman HD, Czerniak B. Bone tumors. St. Louis: C V Mosby; 1997. Enneking WF. Staging of musculoskeletal neoplasms. Skeletal Radiol 1985; 13:183-94. Fletcher CDM, Unni KK, Mertens F, editors. Pathology and genetics tumors of soft tissue and bone. Lyon: IARC Press; 2002. (World Health Organization Classification of Tumours, 4). Furumatsu T, Nishida K, Kawai A, Namba M, Inoue H, Ninomiya Y. Human chondrosarcoma secretes vascular endothelial growth factor to induce tumor angiogenesis and stores basic fibrobast growth factor for regulation of its own growth. Int J Cancer 2002; 97:313-22. Gitelis S, Bertoni F, Picci P Campanacci M. Chondrosarcoma of bone: the experience at the Instituto , Ortopedico Rizzoli. J Bone and Joint Surg 1981; 63A:1248-57. Healey JH, Lane JM. Chondrosarcoma. Clin Orthop 1986; 204:119-29. Kreicbergs AS, Boquist L, Borssen B, Larsson SE. Prognostic factors in chondrosarcoma: a comparative study of cellular DNA content and clinicopathologic feactures. Cancer 1982; 20:577-83. Lee FY, Mankin HJ, Sondren G, et al. Chondrosarcoma of bone: an assessment of outcome. J Bone Joint Surg Am 1999; 81:326-38. McGough RI, Aswad BI, Terek RM. Pathologic neovascularization in cartilage tumors. Clin Orthop 2002; 397:76-82. O’neal LW, Ackermann LV. Chondrosarcoma of bone. Cancer 1952; 5:551-9. Próspero JD. Tumores ósseos. São Paulo: Roca, 2001. Reith JD, Horodyski MB, Scarborough MT. Grade 2 chondrosarcoma: stage I or stage II tumor? Clin Orthop 2003; 415:45-51. Rizzo M, Ghert MA, Harrelson JM, Scully SP Chondrosarcoma of bone: analysis of 108 cases and evaluation . for predictor of outcome. Clin Orthop and Rel Res 2001; 391:224-33. Schajowicz F. Tumores y lesiones pseudotumorales de huesos y articulaciones. Buenos Aires: Médica Panamericana; 1982. Sutton KM, Wright M, Fondren G, Towle CA, Mankin HJ. Cyclooxygenase-2 expression in chondrossarcoma. Oncology 2004; 66:275-80.

86

tumor de ewing

87

88

• • • • •

é a terceira mais freqüente neoplasia maligna primária óssea; Predomínio na 1a. e 2a. décadas da vida; 80% dos casos - podem ser identificadas translocações entre os cromossomos 11 e 22 – t(11;22) (q24;q12), resultando na expressão da proteína EWS/FLI1; Predomínio das lesões na região diafisária dos ossos longos; Localizações mais freqüentes: fêmur, tíbia; úmero; bacia; escápula.

Margem Cirúrgica Livre: Distância entre o limite do tumor e a margem de ressecção cirúrgica: • 1 cm no canal medular; • 2 mm na fáscia, adventícia do vaso ou bainha nervosa, na cortical ou cartilagem articular quando na epífise; • 5 mm na periferia do tumor não margeada por fáscias; • 3 mm na epífise de ressecções transepifisárias. Tratamento Radioterápico: • Pacientes que responderem à Qt de indução devem ser avaliados para ressecção cirúrgica, se previsível margem adequada e resultado funcional razoável; • Lesões irressecáveis ou margens cirúrgicas inadequadas: Rxt; • Boa resposta à Rtx: paciente poderá ser reconsiderado para cirurgia desde que esta não seja mutilante ou cause perda funcional inaceitável; • Tumores pélvicos volumosos ressecados com margens livres e resposta histológica de necreose pobre (graus I e II): cnsiderar Rxt. • Ressecção completa e com margem adequada do tumor primário + metástases pulmonares em remissão completa: Rxt pulmonar; • Metástases pulmonares ressecadas e AP com necrose completa: Rxt Avaliação das Lesões: • Resposta completa: desaparecimento completo das lesões; • Resposta parcial: Redução ≥30% da soma dos maiores diâmetros das lesões/ volume tumoral; • Doença em progressão: Aumento de ≥20% da soma dos maiores diâmetros/ volume ou o aparecimento de novas lesões; • Doença estável: Redução de <30% ou aumento <20% na soma dos maiores diâmetros/volume das lesões. Critérios de Huvos Avalia o grau de resposta à quimioterapia neoadjuvante, preconizada inicialmente para os osteossarcomas
89

Seguimento:
1º e 2º anos meses Anamnese, EF e DHL Rx do local Rx/TC de tórax RNM do local Cintilografia óssea
Leituras sugeridas:
1. 2. 3. Atra A, Whelan JS, Calvagna V, Shankar AG, Ashley S, Shepherd V, Souhami RL, Pinkerton CR. High-dose busulfan/ melphalan with autologous stem cell rescue in Ewing´s sarcoma. Bone Marrow Transplant 1997;20:843-6. Burdach S, Jurgens H, Peters C, Numberger W, Mauz-Korholz C, Korholz D, et al. Myeloablative radiochemotherapy and stem-cell rescue in poor-prognosis Ewing´s sarcoma. J Clin Oncol 1993;11:1402-8. Burdach S, Van Kaick B, Laws HJ, Ahrens S, Haase R, Korholozs D, Pape H, et al. Allogeneic and autologous stem cell transplantation in advanced Ewing tumors. An update after long-term follow-up from two centers of the European Intergroup study EICESS. Stem-Cell Transplantation Programs at Dusseldorf University Medical Center, Germany and St. Anna Kinderspital, Vienna, Austria. Ann Oncol 2000;11:1451-62. Czyzewski EA, Goldman S, Mundt AJ, Nachman J, Rubin C, Hallahan DE. Radiation therapy for consolidation of metastatic or recurrent sarcomas in children treated with intensive chemotherapy and stem cell rescue. A feasibility study. Int J Radiat Oncol Biol Phys 1999;44:569-77. Diaz MS, Vincent MG, Madero L. High-dose busulfan/melphalan as condiotioning for autologous PBPC in pediatric patients with solid tumors. Bone Marrow Transplant 1999;24:1157-9. Dorfman HD, Czerniak B. Bone tumors. St. Louis: C V Mosby; 1997. Fletcher CDM, Unni KK, Mertens F editors. Pathology and genetics tumors of soft tissue and bone. Lyon: IARC Press; , 2002. (World Health Organization Classification of Tumours, 4). Frohlich B, Ahrens S, Burdach S, Klingebiel T, Ladenstein R, Paulussen M, Zoubek A, Jurgens H. High-dosage chemotherapy in primaty metastasized and relapsed Ewing´s sarcoma. Klin Padiatr 1999;211:284-90. Ginsberg JP Woo Sy, Johnson ME, Hicks MJ, Horowitz ME. Ewing´s sarcoma family of tumors. In Pizzo PA, Poplack , DG. Principles and practice of pediatric oncology, 4ª ed. Philadelphia – EUA 2002, Lippicott Williams & Wilkins, 973-1016. Gordon BG, Coccia PF High dose therapy and stem cell transplantation for neuroblastoma and other pediatric solid . tumors. In Armitage JO, Antman KH (Eds.) High Dose Cancer Therapy: Pharmacology, Hematopoietins, Stem Cells. Ed. 3rd ed. Philadelphia – EUA 2000, Lippincott Williams & Wilkins 871-893. Grier HE. The Ewing family of tumors: Ewing´s sarcoma and primitive neuroectodermal tumors. Pediatr Clini N Am 1997;44:991-1004. Hawkins D, Barnett T, Besinger W, Gooley T, Sanders J. Busulfan, Melfalan and thiotepa with or without hematopoietic stem cell rescue for poor-risk Ewing-sarcoma-family tumors. Med Ped Oncol 2000;34:328-37. Horowitz MW, Kinsella TJ, Wexler LH, Belasco J, Triche T, Tsokos M, et al. Total-body irradiation and autologous bone marrow transplant in tratment of high-risk Ewing´s sarcoma and rhabdomyosarcoma. J Clin Oncol 1993;11:191118. Ladenstein R, Lasset C, Pinkerton R, Zuker JM, Peters C, Burdach S, et al. Impact of megatherapy in children with

3º ao 5º ano 12 X X X X X 6 X X X 12 X X X X X

>5 anos 12 X X X X X

> 10 anos 12 X X X X X

3 X X X

6 X X X

9 X X X

4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

90

15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

high-risk Ewing´s tumours in complete remission: a report from the EBMT Solid Tumour Registry. Bone Marrow Transplant 1995,15:697-705. Meyers PA, Krailo MD, Ladanyi M, Chan KW, Sailer SL, Dickman PS, et al. High-dose melphalan, etoposide, totalbody irradiation, and autologous stem-cell reconstitution as consolidation therapy for high-risk Ewing´s sacoma does not improve prognosis. J Clin Oncol 2001;19911:2912-20. Miser JS, Krailo M, Meyers P et al. Metastatic Ewing´s sarcoma (ES) and primitive neuroectodermal tumor (PNET) of , bone: Failure of new regimens to improve outcome. Proc ASCO 1996;15:467. Ozkaynak MF Matthay K, Cairo M, Harris RE, Feig S, Reynolds CP Buckley J, VillablancaJG, Seeger RC. Double, , alkylator non-total-body irradiation regimen with autologous hematopoietic stem-cell transplantation in pediatric solid tumors. J Clin Oncol 1998;16(3):937-44. Pape H, Laws HJ, Burdach S, Van Kaik B, Glag M, Gripp S. Radiotherapy and high-dose chemotherapy in advanced Ewing´s tumors. Strahlether Onkol 1999;175:484-7. Paulussen M, Ahrens S, Burdach S, Craft A, Dockhorn-Dworniczak B, Dunst J, Frohlich B, Winkelmann W, Zoubek A, Jurgens H. Primary metastatic (stage IV) Ewing tumor: survival analysis of 171 patients from the EICESS studies. European Intergroup Cooperative Ewing Sarcoma Studies. Ann Oncol 1998;9:275-81. Perentesis J, Katsanis E, DeFor T, Neglia J, Ramsay N. Autologous stem cell transplantation for high-risk pediatric solid tumors. Bone Marrow Transplant 1999;24:609-15. Prete A, Rosito P Alvisi P Rondelli R, Melchionda F Magrini E, Pession A. G-CSF-primed peripheral blood progenitor , , , cells (PBPC) support in high-risk Ewing sarcoma of childhood. Bone Marrow Transplant 1998;22 Suppl 5:S21-3. Próspero JD. Tumores ósseos. São Paulo: Roca, 2001. Schajowicz F Tumores y lesiones pseudotumorales de huesos y articulaciones. Buenos Aires: Médica Panamericana; . 1982. Stewart DA, Gyonyor E, Paterson AH, Arthur K, Temple W, Schachar NS, et al. High-dose melphalan +/- total body irradiation and autologous hematopoietic stem cell rescue for adult patients with Ewing´s sarcoma or peripheral neuroectodermal tumor. Bone Marrow Transplant 1996;2:315-8.

91

metástases ósseas

92

• • • • • • •

São as neoplasias ósseas malignas mais freqüentes; Idade de acometimento >30 anos; Incidência cada vez maior com avançar da idade; 70% das lesões: esqueleto axial; Nos membros: mais freqüente no fêmur e úmero; Lesões metastáticas ósseas freqüentes: carcinomas primitivos da mama, pulmão, próstata, tireóide, útero, rins, fígado e gastrointestinais; Lesões metastáticas ósseas distais aos cotovelos e joelhos são raras. Quando presentes, o sítio primário freqüentemente é pulmonar.

Rx •

Lesões líticas Permeativas nos ossos longos; Vértebra “caolha”; Lesões arredondadas, em “mapa geográfico” ou de duplo contorno no crânio; Metástases de rim, tireóide, intestino, fígado, pulmão. • Lesões condensantes • Difuso ou nodular • Metástases de carcinomas de próstata • Lesões mistas • Metástases de carcinomas de mama • • • • Leituras sugeridas:

1. 2. 3. 4.

Dorfman HD, Czerniak B. Epidemiology of bone tumors: SEER population – based data, 1973-1987. Cancer 1995; 75:223-7. Dorfman HD, Czerniak B. Bone tumors. St. Louis: C V Mosby; 1997. Próspero JD. Tumores ósseos. São Paulo: Roca, 2001. Schajowicz F Tumores y lesiones pseudotumorales de huesos y articulaciones. Buenos Aires: Médica Panamericana; . 1982.

93

mieloma múltiplo

94

• • •

Neoplasia primitiva da medula óssea; Predomínio em indivíduos acima de 40 anos de idade; Localizações mais freqüentes: calota craniana, vértebras, bacia, escápula, costelas, 1/3 proximal do úmero e fêmur; • Critérios estabelecidos por Wintrobe: • Citológicos • Morfologia medular: plasmócitos ou células do mieloma > 10% por 1000 ou mais células contadas; • Biópsia comprovando plasmocitoma; Clínico e laboratorial • • Eletroforese de proteínas com pico monoclonal de Igs; • Proteínas do mieloma demonstrável por imunoeletroforese da urina; • Radiografia com lesões líticas ou osteoporose generalizada, e medula óssea contendo acima de 30% de células do mieloma; • Células do mieloma no sangue periférico • • • • Mieloma solitário o plasmocitoma: constitui 10% das doenças malignas por plasmócitos; Idade é em média 7 a 10 anos menor que dos pacientes com mieloma múltiplo; 70% evoluem para disseminação no período de 10 anos;

Leituras sugeridas:
1. 2. 3. 4. Dorfman HD, Czerniak B. Epidemiology of bone tumors: SEER population – based data, 1973-1987. Cancer 1995; 75:223-7. Dorfman HD, Czerniak B. Bone tumors. St. Louis: C V Mosby; 1997. Próspero JD. Tumores ósseos. São Paulo: Roca, 2001. Schajowicz F Tumores y lesiones pseudotumorales de huesos y articulaciones. Buenos Aires: Médica Panamericana; . 1982.

95

CarCinoma espinoCelular do pênis
diagnóstico e estadiamento

96

Tratamento do Tumor primário

97

TRATAMenTO dOs LInFOnOdOs

98

TRATAMenTO dOs LInFOnOdOs

99

TRATAMenTO dOs LInFOnOdOs

100

estadiamento pTnM UICC 2010 (CID-10 C67) • • • • • • • • • • • • • • • • Tx - tumor primário não pode ser avaliado T0 - não há evidência de tumor primário Tis - carcinoma “in situ” Ta - carcinoma verrucoso não invasivo T1a - tumor invade o tecido conjuntivo subepitelial, sem invasão vascular linfática e não é pouco diferenciado. T1b- tumor invade o tecido conjuntivo subepitelial com invasão vascular linfática ou pouco diferenciado T2 - tumor invade corpos esponjosos ou cavernosos T3 - tumor invade uretra ou próstata T4 - tumor invade estruturas adjacentes Nx - linfonodos não podem ser avaliados N0 - ausência de metástases N1 - metástase em um único linfonodo inguinal superficial N2 - metástases em linfonodos múltiplos ou bilaterais inguinais superficiais N3 - metástases em linfonodos regionais inguinais profundos ou pélvicos, uni ou bilaterais M0 - ausência de metástase M1 - metástase T is Ta 1a 1b 2 3 1-3 1-3 4 qq qq N 0 0 0 0 0 0 1 2 qq 3 qq M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
101

Estádio 0 I II

IIIa IIIb IV

Cirurgia Tumor primário • pacientes com lesões em prepúcio serão submetidos a postectomia alargada; • pacientes com lesões infiltrativas (T2, T3) serão submetidos a amputação parcial ou total na dependência da extensão da lesão - a margem macroscópica deve ser de 1,5 cm em relação ao tumor. Nos casos de amputação com coto menor ou igual a 2 cm, uretrostomia perineal. os pacientes com lesões Ta, T1, T2 e T3 candidatos à cirurgia para ressecção do primário receberão antibióticos de largo espectro segundo o esquema:



Clindamicina - 600 mg EV 6/6 h (pré e trans operatório) Clindamicina - 300 mg VO 6/6 h por 10 dias (pós operatório) OBS: após a ressecção da peça operatória, o patologista deverá coletar material para o banco de tumores. Linfonodos os pacientes com lesões Tis, Ta, T1 serão excepcionalmente submetidos à • linfadenectomia na presença de linfonodos clinicamente tumorais, detectados no mínimo 4 semanas após o controle do tumor primário; • os pacientes com lesões infiltrativas (T2, T3), que 6 semanas após o controle do primario forem restadiados como (cN1 - cN2) serão submetidos sistematicamente a linfadenectomia inguino-crural bilateral 6 semanas após o controle do tumor primário; • Os pacientes com lesões T2 e T3 que 4 a 6 semanas após o controle do primário forem reestadiados como cN0,que tiverem no tumor primário ausência de embolizacao tumoral linfática ou venosa e expressão imunoistoquimica de p53 negativa (< que 20% de células coradas), ficarão em observação. Se no seguimento estes pacientes vierem apresentar linfonodos clinicamente tumorais( cN1-cN2) serão submetidos a linfadenectomia inguino-crural. • A linfadenectomia pélvica será feita nos pacientes que tenham linfonodos histologicamente tumorais na região inguino-crural. • Após a linfadenectomia inguino-crural, o cirurgião escolherá os linfonodos que
102



• • •

lhe parecerem mais significativos (especialmente os dos quadrantes súperomediais), e os encaminhará para exame de congelação. Caso sejam positivos, fará a linfadenectomia pélvica no mesmo ato operatório; Caso o exame de congelação seja negativo para os linfonodos inguino-crurais e o exame de parafina revele comprometimento neoplásico, o paciente será submetido a linfadenectomia pélvica 30 dias após; durante a linfadenectomia o cirurgião deverá separar os linfonodos para exame histopatológico dividindo-os em pélvicos (ilíacos e obturadores) e inguino-crurais. para a linfadenectomia inguino-crural bilateral serão utilizadas incisões paralelas às arcadas inguinais, distando de 1,5 a 2,0 cm para baixo das mesmas; A linfadenectomia pélvica (ilíaca e obturadora) será feita por via videolaparoscopica, não devendo ser realizada naqueles pacientes que apresentarem blocos linfonodais fixos ao feixe vascular e ou nervoso;

Quimioterapia Lesões T4 e N3 • Quimioterapia neoadjuvante • 3 ou 4 ciclos QT + reavaliação p/ cirurgia N(+) histológico • Quimioterapia adjuvante (3 ciclos QT) Esquema de QT Pacientes com bom PS (KPS≥80%) Opção 1. (cada 3 – 4 semanas) Cisplatina 100mg/m2 EV em 4h Fluoruracil 1000mg/ m2 IC D1 a D4 Opção 2 ( cada 3semanas) Ifosfamida 1.2g/m2 D1-3 Paclitaxel 175mg/m2 D1 Cisplatina 20mg/m2 D1-3

103

Opção 3. (cada 3 semanas) Cisplatina 75mg/m2 EV, D1 (ou 35 mg/m2 D1 e D8) Bleomicina 10mg EV, D1 e D8 Metotrexate 25 mg/m2 EV D1 e D8 Pacientes com ruim PS (KPS<80%) Opção 1 Vincristina (VCR) 1mg Bleomicina 15mg EV 6 e 24 horas após VCR Metotrexate 30mg EV D3 Semanal por 12 semanas Opção 2 Carboplatina AUC 6 D1 Paclitaxel 175mg/m2 D1 Cada 21 dias Radioterapia Tis lesões múltiplas Roentgenterapia - 120Kv - 5500 cGy: 22 x 250 cGy 5 vezes por semana Campo localizado, delimitado com lâmina de chumbo, margens de 1-2 cm, e com proteção testicular T1 < 3cm Teleterapia 6 MV - 4000 cGy: 20 x 200cGy 5 vezes por semana Campos laterais paralelos e opostos, com imobilizador peniano de gesso ou similar, e a seguir “boost” com Roentgenterapia (120-160 Kv), na dose de 2000 cGy: 8x250cGy 5 vezes por semana OBS: Se necessário, avaliar braquiterapia com técnica intersticial (implantes), em casos com redução parcial de volume após a primeira fase. Deverá ser realizada 2-4 semanas após a teleterapia, na dose de 1500 cGy: 4x375cGy com intervalos de 6 horas, 2 vezes por dia.
104

exame anatomopatológico A. Tumor primário 1. Estadiamento conforme o sistema pTNM do tumor primário; 2. Grau de malignidade histológica; 3. Embolização vascular venosa e linfática; 4. Espessura do tumor em milímetros; 5. Infiltrado mononuclear (diferenciar: leve, moderado, acentuado); 6. Infiltrado eosinofílico (diferenciar: leve, moderado, acentuado); 7-sinais histopatologicos de HPV, coilocitose 8-. “status” do p53. 9-. Ploidia do DNA 10. “status” do Rb * 11. PCR e tipagem de HPV * 12-Expressão Imunohistoquimica de metaloproteinases*; 13-Expressao Imunohistoquimica de caderinas* 14- PCNA e Ki-67* * se possível b. Linfonodos 1. Número de linfonodos dissecados com referência ao “status” histopatológico e localização; 2. Ruptura da cápsula (presente ou ausente) seguimento outros exames serão solicitados de acordo com a indicação clínica
1º e 2º anos meses Anamnese+ EF Rx tórax USG abdome e pelve 3 X 4 X 6 X X X 8 X 10 X 12 X X X 3º ao 5º ano 4 X 8 X 12 X X X X > 5 A 12 anos 12 X

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. Srivinas V, Morse MJ, Herr WH, et al. Penile cancer: ralation of extent of nodal metastasis to survival. J Urol 1987;137:880Catalona WJ. Modified inguinal lymphadenectomy for carcinoma of the penis with preservation of the saphenous veins: technique and preliminary results. J Urol 1988;140:836-9. Horenblas S, Van Tinteren H. Squamous cell carcinoma of the penis: prognostic factors of survival: analysis of tumor, nodes and matastasis classification system. J Urol 1994;151:1239-43. Mc Dougal WS. Carcinoma of the penis: improving survival by only regional lymphadenectomy based on the histological grade and depth of invasion of the primary lesion. J Urol 1995;154:1364-6.

105

5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

15. 16. 17. 18.

Lopes A. Fatores clínicos e anatomopatológicos envolvidos nos riscos de metástases linfonodais e no prognóstico dos pacientes portadores de carcinoma de pênis tratados por cirugia. São Paulo, 1995. [Tese-doutorado - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 6. Lopes A, Hidalgo GS, Kowalski LP et al. Prognostic factors in carcinoma of the penis: multivariate analysis of 145 , patients treated with amputation and lymphadenectomy. J Urol 1996;156:1637-42. Lopes A, Rossi BM, Fonseca FP et al. Unreliability of modified inguinal lymphadenectomy for clinical stage of penile , carcinoma. Cancer 1996;77:1099-2002. Cabanas RM. An approach for the tratment of penile cancer. Cancer 1997;39:456-66. Lopes A, Lício A. Penile carcinoma: An update. South Am J Cancer 1998;2:1-8. Lopes A, Bezerra, ALR, Serrano, SV et al. Iliac nodal metastases from carcinoma of the penis treated surgically. British Journal of Urology 2000;86:1-4. Lopes A. Avaliação himunoistoquimica do p53 no prognostico de pacientes portadores de carcinoma de pênis submetidos a amputação e linfadenectomia bilateral.São Paulo, 2001, 144 p. Tese (Livre Docência) Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Bezerra ALR, Lopes A, Landman G, et al.Clinicopatologic Features in Human Papilomavirus DNA Prevalence of Warty and Squamous Cell carcinoma of the penis. American Journal of Surgical Pathology 2001,25:673-78. Bezerra ALR, Lopes A, Hidalgo GH et al. Human Papiloma Virus as a Prognostic Factor in Carcinoma of the Penis. Cancer 2001;91:2315-21. Campos RSM. Avaliação do valor da expressão imunoistoquímica da pan-caderina e metaloproteases da matriz extra-celular tipo 2 e tipo 9 como fatores preditivos do risco de metástases linfonodais em pacientes portadores de carcinoma epirdermóide de pênis. São Paulo 2003, 112 p. Tese (Mestrado). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Guimarães GC. Estudo dos fatores prognósticos e da expressão imunoistoquímica de PCNA e Mib/Ki - 67 em pacientes portadores de carcinoma espinocelular de pênis. São Paulo, 2003. Tese (Mestrado). Curso de PósGraduação da Fundação Antonio Prudente. Kroon BK et al. Dynamic sentinel node biopsy in penile carcinoma: evaluation of 10 years experience. Eur Urol 2005, 47: 601-606. Bermejo C, Busby JE, Spiess PE, Heller L, Pagliaro LC, Pettaway CA. Neoadjuvant chemotherapy followed by aggressive surgical consolidation for metastatic penile squamous cell carcinoma. J Urol. 2007 Apr;177(4):1335-8 Haas GP Blumenstein BA, Gagliano RG, Russell CA, Rivkin SE, Culkin DJ, Wolf M, Crawford ED. Cisplatin, , methotrexate and bleomycin for the treatment of carcinoma of the penis: a Southwest Oncology Group study. J Urol. 1999 Jun;161(6):1823-5

106

CarCinoma de Células transiCionais de Bexiga
diagnóstico

107

Tumores superficiais (Imunoterapia com BCG liofilizado da cepa Moreau-Rio de Janeiro ou Connaught – Immucyst 81 mg )

108

109

estadiamento pTnM UICC 2010 (CID-10 C67) Classificação clínica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Tx - tumor primário não pode ser avaliado T0 - não há evidência de tumor primário Ta - carcinoma papilífero não invasivo Tis - carcinoma “in situ” – tumor plano T1 - tumor invade o tecido conjuntivo sub-epitelial T2 - tumor invade a camada muscular T2a - invasão da muscular superficial (metade interna) T2b - invasão da muscular profunda (metade externa) T3 - tumor invade tecidos perivesical T3a - invasão microscópica T3b - invasão macroscópica (massa extra-vesical) T4 - tumor invade quaisquer dos seguintes órgãos: próstata, útero, vagina, parede abdominal, parede pélvica T4a - invasão de próstata ou útero ou vagina T4b - invasão de parede pélvica ou abdominal Nx - linfonodos regionais não podem ser avaliados N0 - ausência de metástases em linfonodos regionais N1 - metástase regional linfonodal única na pelve verdadeira. (hipogastrico, obturatorio, ilíaco externo, ou linfonodo pré-sacral. N2 - metástase regional linfonodal multipla na pelve verdadeira. (hipogastrico, obturatorio, ilíaco externo, ou linfonodo pré-sacral. N3 - metástase linfonodal na cadeia linfonodal ilíaca comum. M0 - ausência de metástase M1 - metástase à distância

Classificação Patológica Classificação do WHO(2004)/Sistema ISUP LG (low grade) – baixo grau HG (high grade) – alto grau • • • •
110

As categorias pT, pN, pM correspondem as categorias T, N e M. Graduação histológica: Gx - não pode ser avaliado G1 - bem diferenciado

• • •

G2 - moderadamente diferenciado G3 - pouco diferenciado G4 - indiferenciado

Classificação do WHO(2004)/Sistema ISUP • Papiloma • Neoplasia papilar de baixo potencial de malignidade • Carcinoma papilar de baixo grau • Carcinoma papilar de alto grau Agrupamento por estádios Estádio 0a 0is I II T Ta Tis 1 2a 2b 3a 3b 4a 4b qq qq N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1, 2, 3 qq M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

III

IV

esquema Cisplatina/Genciatbina: Cisplatina 70mg/m2 Gencitabina 1000mg/m2 MVAC (cada 28 dias) 30mg/m2 3mg/m2 D1, D15 e D22 D2, D15 e D22
111

D1 (ou 35mg/m2 D1 e D8) D1, D8 e D15

Metrotrexate Vinblastina

Doxorrubicina Cisplatina MVAC

30mg/m2 D2 70mg/m2 D2

dose densa (cada 14 dias) 30mg/m2 3mg/m2 30mg/m2 70mg/m2 D1, D2, D2 D2 D4 a D10

Metrotrexate Vinblastina Doxorrubicina Cisplatina G-CSF

Carbo/Paclitaxel/Gencitabina Carboplatina Paclitaxel Gencitabina AUC 5 200mg/m2 1000mg/m2 D1 D1 D1, D8 em 100 minutos

Radiossensibilizante Cisplatina 100 mg/m2(durante RT) D1 e D22 ** Considerar dividir a dose de cisplatina em D1 e D8 e D22 e D29

Risco Baixo Intermediário

Característica do tumor pTaG1 unifocal pTa-pTG2 pTa 3-5 cm pTa multifocal pT1G1 pT1G3 pT1 multifocal pT1 recorrente CIS

Alto

112

Radioterapia - Indicações e técnica • Indicações • T2-3 N0-2 M0 (sem condições clínicas e/ou recusa para cistectomia radical; a hidronefrose contra-indica essa alternativa terapêutica) • Técnica • RTU seguido por: • RT 45Gy / 5 semanas + CDDP 20-25 mg/m2 (4-5 semanas) • Resposta Parcial / Falha - Cistectomia radical (pacientes com condição clínica) • Resposta Completa - “boost” com RT externa 18 Gy / 2 semanas • Volume alvo: incluir a pelve (toda a bexiga, próstata e uretra prostática, linfonodos adjacentes à bexiga) • 4 campos: AP / PA e laterais D e E • limites • inferior: 1 cm abaixo do forame obturador • superior: inter-espaço S1-L5 na projeção AP • laterais: 1,5 cm lateral à margem óssea da pelve, no seu ponto mais largo. Para os campos laterais o limite anterior corresponde a 1 cm anterior à mucosa vesical vista à cistografia com contraste na simulação. Posteriormente o campo deve extender-se pelo menos 2,5 cm posterior à bexiga, ou 2,5 cm posterior ao tumor visto no CT. Esse limite geralmente coincide com a junção S1-S2. Realiza-se a proteção das cabeças femorais nos campos AP/PA, e a confecção de blocos individuais quando possível. simulação com contraste na bexiga (150-200 ml de contraste e 100-150 • ml de ar) volume de “boost”: Se o volume do tumor inicial estava limitado a uma • seção da bexiga, usualmente trígono e/ou parede posterior, a dose de reforço deve ser desenhada de forma a excluir as áreas não envolvidas da bexiga. Isto pode ser obtido através de técnicas de composição de campos confomrados. doses • • fase 1 - 4500 cGy em 25 frações de 180 cGy / 5 semanas • fase 2 - 1800 cGy em 10 frações de 180 cGy / 2 semanas Aspectos da cirurgia e tratamento adjuvante • Ressecção endoscópica do tumor de bexiga Durante a cistoscopia se deve colher a urina para realização do lavado vesical que é armazenada em álcool à 70% para identificação do CIS. • Pacientes dos estádios pTa e pT1 podem ser submetidos à nova ressecção endoscópica, dentro de 4 a 6 semanas da primeira RTU, no caso de tumores multifocais, grau III, de base larga, recidiva precoce, com volume tumoral > 3 cm e com CIS associado. •
113

• •





Pacientes sintomáticos (LUTS) e com obstrução infravesical devem ser submetidos em tempo único à RTU do tumor de bexiga e depois da próstata. A quimiioterapia intravesical pós operatóroa imediata com Mitomicina C intravesical na dose de 40 mg diluído em SF 0,9% 60ml no pós-operatório imediato ou em até 24 horas apos a RTU. A solução deve ser instilada, a sonda fechada por cerca de 40 a 60 minutos e depois reiniciada a irrigação. Em casos de ressecção muito extensa e/ou suspeita de prefuração vesicak, a mitomicina deve ser suspença. Os pacientes que forem ser submetidos à imunoterapia com BCG liofilizado devem receber 20 mg da cepa Moreau-Rio de Janeiro (Fundação Ataulpho de Paiva) por dose aplicada intravesical, que corresponde a 100.000 micobactérias (meia dose de 40 mg), ou Immmucisty 81mg, cepa Connaught Indicações da cistectomia radical em pacientes portadores de tumor superficial: doença de alto risco que não responde ao tratamento intravesical, em bexiga com baixa complacência e de função insatisfatória, doença de baixo risco, mas com lesão extensa irressecáveis, em pacientes do estádio T1 com grande extensão multifocal.



Cistectomia radical Consiste na cistoprostatectomia em pacientes do sexo masculino e na exenteração pélvica anterior no sexo feminino, associadas à linfadenectomia pélvica alargada bilateral. • A linfadenectomia deve ser alargada com dissecção acima da bifurcação da aorta até a artéria mesentérica inferirior. O número de linfonodos removidos e a densidade maior ou menor de 20% são fatores prognósticos. • Reconstrução do trato urinário Reservatórios ortotópicos continentes: são candidatos a esse tipo de reconstrução do trato urinário os pacientes com função renal normal, boa função hepática, ausência de carcinoma “in situ” difuso, ausência de doença inflamatória intestinal, biópsia negativa na uretra prostática e do colo vesical nas mulheres e expectativa de vida longa. Caso haja estas contraindicações a uretra deve ser removida em bloco. Utilizar preferencialmente o íleo terminal na derivação urinária.





Critérios de Mcdogal para eleição de reservatórios continentes: 1. creatinina < 2,0 2. osmolaridade > 600 mOsm 3. clearance de creatinina ≥ 35 ml/min 4. acidificação urinária: pH=5,8 (após sobrecarga de cloreto de amônio) 5. proteinúria mínima 6. aceitação e compreensão pelo paciente 7. Destreza para autocateterismo intermitente 114



Sintomas de acidose: fraqueza, fadiga, cor acinzentada, perda de apetite, pirose epigástrica, náusea, vômito (gasometria venosa). Oferecer bicarbonato de sódio (2-6 g/dia) e sal. condutos urinários: são candidatos a esse tipo de derivação os pacientes com insuficiência renal, presença de carcinoma “in situ” difuso, presença de invasão de uretra prostática, presença de invasão do colo vesical na mulher (situações onde se faz necessária a uretrectomia), e expectativa de vida curta ou condição clínica precária. Utilizar preferencialmente os condutos ileais (Bricker) ou colônicos (Mogg). Técnicas alternativas como derivações continentes não ortotópicas (Indiana Pouch) poderão ser empregadas. a confecção dos condutos e reservatórios urinários será feita por sutura manual com fio absorvível (poligalactina 00 e 000 (Vicryl) ou Caprofil.





seguimento • Tumores superficiais baixo risco (pacientes de baixo risco, pTa, lesão única, inicial, podem ser • submetidos a controle semestras) • alto risco (após imunoterapia)

1º e 2º anos meses Anamnese + EF Cistoscopia com biópsia s/n Lavado vesical CT ou urografia 3 X X X X 6 X X X 9 X X X 12 X X X X

3º ao 5º ano 6 X X X 12 X X X X

>5 anos 12 X X X X

> 10 anos 12 X X X

* Acrescentar exames de imagem para o seguimento dos pacientes com tumores invasivos submetidos à cistectomia parcial.

115



Tumores invasivos - pacientes submetidos à cistectomia radical •
1º e 2º anos 3º ao 5º ano 12 X X X 6 X X X 12 X X X >5 anos 12 X X X > 10 anos 12 X X X

meses Anamnese + EF Rx de tórax USG ou CT

3 X X X

6 X X X

9 X X X

Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Morales A, Eidinger D, Bruce AW. Intracavitary bacillus Calmette-Guerin in the treatment of superficial bladder tumors. J Urol 1976;116:180-3. Cookson MS, Sarosdy MF Management of stage T1 superficial bladder cancer with intravesical bacillus Calmette-Guérin . therapy. J Urol 1992;148:797-801. Lamm DL. Long term results of intravesical therapy for superficial bladder cancer. Urol Clin North Am 1992;19:573-80. Fonseca FP Lopes A. carcinoma “in situ” urotelial – atualização no diagnóstico e na conduta terapêutica. Acta Oncol , Bras 1997;17(1):12-6. Zequi SC, Fonseca FP Bachega Jr W, Lopes A. Ressecção endoscópica de carcinoma superficial da bexiga e da próstata , em tempo único versus ressecção endoscópica de tumor vesical exclusiva – análise de recorrência na uretra prostática. J Bras Urol 1997;23:33-7. Cordon-Cardo C, Zhang Z, Dalbagni G, et al. Cooperative effects of p53 and pRB alterations in primary superficial bladder cancer. Cancer Res 1997;57:1217-21. Nseyo UO, Lamm DL. Immunotherapy of bladder cancer. Semin Surg Oncol 1997;13:342-9. Serth J, Kuczyk MA, Bokemeyer C, et al. P53 immunohistochemistry as an independent prognostic factor for superficial transitional cell carcinoma of the bladder. Br J Cancer 1995;71:201-5. Kock MO, Smith JA. Management of superficial bladder cancer Ta/T1/TIS. In: Volgelzang NJ, Sacrdino PS, Shipley WU, et al. editors. Comprehemsive textbook of genitourinary oncology. Baltimore: Williams and Wilkins; 1996. p.405-15. Sobin,LH, Wittekind Ch. TNM Classification of malignant tumours. 5th ed. New York: Wiley-Liss; 1997. p.187-9, 1997. Suttmann H, Jacobsen M, Reiss K, Jocham D, Bohle A, Brandau S. Mechanisms of bacillus Calmette-Guerin mediated natural killer cell activation. J Urol 2004 Oct;172(4 Pt 1):1490-5. Fleischmann A, Thalmann GN, Markwalder R, Studer UE. Prognostic implications of extracapsular extension of pelvic lymph node metastases in urothelial carcinoma of the bladder. Am J Surg Pathol 2005 Jan;29(1):89-95. Shelley MD, Wilt TJ, Court J, Coles B, Kynaston H, Mason MD. Intravesical bacillus Calmette-Guerin is superior to mitomycin C in reducing tumour recurrence in high-risk superficial bladder cancer: a meta-analysis of randomized trials. BJU Int 2004 Mar;93(4):485-90. Review. Stein JP Skinner DG. The role of lymphadenectomy in high-grade invasive bladder cancer. Urol Clin North Am 2005 , May;32(2):187-97. Review. Fonseca FP Lopes A, Hidalgo GS. Imunoterapia profilática com bacilo Calmette-Guérin no tratamento do câncer , superficial da bexiga. J Bras Urol 1993;19:225-9. Witjes JA, Fransen MPH, Van Der Meijden APM, et al. Use maintenance intravesical bacillus Calmette-Guérin (BCG), with or without intradermal BCG, in patients with recurrent superficial bladder cancer. Urol Int 1993;51:67-72. Fonseca FP Campos WP Ferro JC, Kotssuibo MTK, Hidalgo GS, Lopes A. Nefrostomia percutânea guiada pela ultra, , sonografia em oncologia. J Bras Urol 1993;19:88-91. Fonseca FP Lopes A, Melarato Jr. WA, Bachega Jr. W, Lopes MMF Carvalho LV Cistectomia parcial e ressecção a , , . céu aberto associadas a imunoterapia profilática com BCG liofilizado no tratamento do câncer de bexiga. J Bras Urol

116

19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.

41. 42. 43.

1994;20(3):124-8. Sarkis AS, Dalbagni G, Condon-Cardo C, et al. Association of p53 nuclear overexpression and tumor progression in carcinoma in situ of the bladder. J Urol 1994;152:388-92. Fonseca FP Lopes A, Melarato Jr. WA, Bachega Jr W. Avanços em onco-urologia na última década e perspectivas futuras. , Acta Oncol Bras 1995;15(1):5-8. Messing EM, Catalona, WJ. Urothelial tumors of the urinary tract. In: Walsh PC, Retik AB, Vaughan Jr, ED, et al. Campbell’s urology. 7th ed. Philadelphia: W.B. Saunders; 1998. p.2327-410. Fonseca FP Lopes A. Bacilo de Calmette-Guérin intravesical em pacientes com carcinoma superficial de bexiga – , atualização. Acta Oncol Bras 1998;17:157-68. Bochner BH, Cho D, Herr HW, Donat M, Kattan MW, Dalbagni G. Prospectively packaged lymph node dissections with radical cystectomy: evaluation of node count variability and node mapping. J Urol. 2004 Oct;172(4 Pt 1):1286-90. Bianco FJ Jr, Justa D, Grignon DJ, Sakr WA, Pontes JE, Wood DP Jr. Management of clinical T1 bladder transitional cell carcinoma by radical cystectomy. Urol Oncol 2004 Jul-Aug;22(4):290-4. Thalmann GN, Markwalder R, Shahin O, Burkhard FC, Hochreiter WW, Studer UE. Primary T1G3 bladder cancer: organ preserving approach or immediate cystectomy? J Urol 2004 Jul;172(1):70-5. Sylvester RJ, van der Meijden AP Witjes JA, Kurth K. Bacillus calmette-guerin versus chemotherapy for the intravesical , treatment of patients with carcinoma in situ of the bladder: a meta-analysis of the published results of randomized clinical trials. J Urol 2005 Jul;174(1):86-91; discussion 91-2. Dutta SC, Chang SC, Coffey CS, Smith JA Jr, Jack G, Cookson MS. Health related quality of life assessment after radical cystectomy: comparison of ileal conduit with continent orthotopic neobladder. J Urol 2002 Jul;168(1):164-7. Dutta SC, Smith JA Jr, Shappell SB, Coffey CS, Chang SS, Cookson MS. Clinical under staging of high risk nonmuscle invasive urothelial carcinoma treated with radical cystectomy. J Urol 2001 Aug;166(2):490-3. Bochner BH, Cho D, Herr HW, Donat M, Kattan MW, Dalbagni G. Prospectively packaged lymph node dissections with radical cystectomy: evaluation of node count variability and node mapping. J Urol. 2004 Oct;172(4 Pt 1):1286-90. Herr HW, Dalbagni G. Defining bacillus Calmette-Guerin refractory superficial bladder tumors. J Urol 2003 May;169(5):1706-8. Herr HW, Bochner BH, Dalbagni G, Donat SM, Reuter VE, Bajorin DF Impact of the number of lymph nodes retrieved . on outcome in patients with muscle invasive bladder cancer. J Urol 2002 Mar;167(3):1295-8. Herr HW. The value of a second transurethral resection in evaluating patients with bladder tumors. J Urol 1999 Jul;162(1):74-6. Sylvester RJ, van der MEIJDEN AP Lamm DL. Intravesical bacillus Calmette-Guerin reduces the risk of progression in , patients with superficial bladder cancer: a meta-analysis of the published results of randomized clinical trials. J Urol 2002 Nov;168(5):1964-70. Millan-Rodriguez F Chechile-Toniolo G, Salvador-Bayarri J, Palou J, Vicente-Rodriguez J. Multivariate analysis of the , prognostic factors of primary superficial bladder cancer. J Urol 2000 Jan;163(1):73-8. Review. Thalmann GN, Markwalder R, Shahin O, Burkhard FC, Hochreiter WW, Studer UE. Primary T1G3 bladder cancer: organ preserving approach or immediate cystectomy? J Urol 2004 Jul;172(1):70-5. Lokeshwar VB, Soloway MS. Current bladder tumor tests: does their projected utility fulfill clinical necessity? J Urol 2001 Apr;165(4):1067-77. Review. 37. Mullerad M, Russo P Golijanin D, Chen HN, Tsai HH, Donat SM, Bochner BH, Herr HW, Sheinfeld J, Sogani PC, , Kattan MW, Dalbagni G. Bladder cancer as a prognostic factor for upper tract transitional cell carcinoma. J Urol 2004 Dec;172(6 Pt 1):2177-81. Dalbagni G, Herr HW, Reuter VE. Impact of a second transurethral resection on the staging of T1 bladder cancer. Urology 2002 Nov;60(5):822-4; discussion 824-5. von der Maase H, Gemcitabine and cisplatin versus methotrexate, vinblastine, doxorubicin, and cisplatin in advanced or metastatic bladder cancer: results of a large, randomized, multinational, multicenter, phase III study. J Clin Oncol. 2000 Sep;18(17):3068-77. Sternberg CN, Randomized phase III trial of high-dose-intensity methotrexate, vinblastine, doxorubicin, and cisplatin (MVAC) chemotherapy and recombinant human granulocyte colony-stimulating factor versus classic MVAC in advanced urothelial tract tumors: European Organization for Research and Treatment of Cancer Protocol no.30924. J Clin Oncol. 2001 May 15;19(10):2638-46. Grossman HB, Neoadjuvant chemotherapy plus cystectomy compared with cystectomy alone for locally advanced bladder cancer. N Engl J Med. 2003 Aug 28;349(9):859-66. Tester W, Combined modality program with possible organ preservation for invasive bladder carcinoma: results of RTOG protocol 85-12. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1993 Apr 2;25(5):783-90. Fonseca FP Bachega W Jr, Zequi SC, Sarkis AS, Guimaraes G, Priante AV, Lopes Treatment of patients with superficial , bladder cancer stratified by risk groupstreated with lyophilized Moreau-Rio de Janeiro BCG strain. Int Braz J Urol. 2002 Sep-Oct;28(5):426-35; discussion 435-6.

117

adenoCarCinoma da próstata
doença Locorregional

118

*De acordo com a elevação dos níveis e da cinetica de PSA pós-operatório e estadiamento patológico: 1) se elevação precoce (até 18 meses) ou vesiculas seminais comprometidas, ou Gleason ≥ 8, ou linfonodos comprometidos e/ou PSA ”doubling time” < 10 meses prefere-se hormonioterapia; 2) se elevação tardia (18 a 30 meses) e vesículas seminais livres, linfonodos negativos e PSA “doubling time” > 10 meses, prefere-se radioterapia. ** Em pacientes muito jovens (< 50 anos) pode ser considerada cirurgia se PSA > 20 e próstata móvel, mesmo em T3. Vigilância Ativa intervention) e intervenção postergada ( Active surveillance and delayed

Protocolo para casos selecinonados, que não desejam se submeter a tratamentos, porém que apresentem neoplasias de baixo riscos e compatíveis com observação. Em caso de progressão, a intervenção deverá ser instituída. O objetivo deste programa é não supertratar pacientes que possuam tumores de baixo risco, e ao mesmo tempo, não subtratar aqueles se progridam e tragam risco. A intervenção postergarda deverá ser oportuna, a ponto de oferecer as mesmas taxas de cura da intervenção primária. Critérios para admissão: Estádio ≤pT1c2a PSA ≤ 10 ng/mL Gleason ≤6 ( 3+3) em no máximo 3 de fragmentos positivos e todos os fragmentos com menos de 50% de acometimento. Seguimento confiável seguimento: Paciente deverá ter repetida uma primeira biópsia 6 a 12 meses após a primeira. E depois, a cada 3 a 5 anos até a idade de 80 anos. PSA e Exame físico a cada 3/4 meses (ao menos 3 x/ano) Intervenção se: PSADT< 3 anos Incremento do grau de Gleason 7 (3+4) ou maior nas biópsias Incrmento do tumor no toque Instabilidade psíquica ou desejo do paciente.

119

doença Metastática

120

*Pacientes que mesmo após QT apresentem dor difusa e condições clínicas poderão ser considerado para o uso de Samário ** Pacientes que após falha da Ht de segunda linha devem ser avaliados individualmente e considerados para Qt, baseado expectativa de vida, performance status e funções orgânica, ou Estrogenoterapia com DES (dietil-etilbestrol) 1mg/dia + ASS – Contraindicado para pacientes com doença isquêmica e tromboembólicas e cardiovasculares. *** Acido zoledronioco esta indicado em pacientes com metástases ósseas com função renal adequada independente de quimioterapia ou hormonioterapia *** Bisfosfonados: M1 (osso) com ClCr > 30ml/min Considerar uso de ácido Zoledrônico Mensal. Benefício: diminuição de eventos ósseos M0 em terapia de privação androgênica (HT) com Cl Cr > 30mL/min Considerar uso de ácido Zoledrônico Trimestral durante HT. Benefício: < Perda óssea Após Falha de Um método de castração (orquiectomia ou análogo LHRH) + 1 Bloqueador Androgênico Periférico o paciente já pode ser considerado para candidato a Quimioterapia com Taxano - Indicação deve ser individualizada e casos selecionados estadiamento TnM UICC 2010 (CID-O C61) • Tx - tumor primário não pode ser avaliado • T0 - não há evidências de tu primário • T1 - tumor não palpável e não detectável por exame de imagem • T1a - achado histológico incidental em <5% do tecido ressecado • T1b - achado histológico incidental em >5% do tecido ressecado • T1c - identificado por biópsia por agulha (elevação do PSA) • T2 - tumor confinado à próstata • T2a – envolve metade de um lobo ou menos • T2b – envolve mais da metade de um lobo, mas não ambos os lobos • T2c – tumor envolve ambos os lobos • T3 - tumor se extende através da cápsula prostática • T3a - extensão extracapsular (unilateral ou bilateral) • T3b - invasão de vesícula seminal • T4 - tumor fixo ou com invasão de estruturas adjacentes: colo vesical, esfíncter externo, reto, músculos elevadores, e/ou parede pélvica.

121

NOTA: 1. Tumor diagnosticado através de biópsia por agulha, não palpável e não visível por imagem, é classificado como T1c. 2. Invasão do ápice prostático ou da cápsula prostática (sem ultrapassá-la) é classificada como T2 • Nx - linfonodos regionais não podem ser avaliados • N0 - ausência de metástases linfonodais • N1 - metástases em linfonodos regionais • Mx - metástases não podem ser avaliadas • M0 - ausência de metástases • M1 – metástase • M1a - linfonodos não regionais • M1b - osso(s) • M1c - outro sítio estadiamento patológico As categorias pT, pN, e pM correspondem as categorias T, N, M. No entanto, não há pT1 pois o material é insuficiente para determinar a categoria de pT. Classificação de Gleason é a classificação de escolha: Gleason X – escore de Gleason não pode ser acessada Gleason ≤ 6 – bem diferenciado (anaplasia leve) Gleason 7 – moderadamente diferenciado (anaplaisa moderada) Gleason 8-10 – pouco diferenciado/indiferenciado (anaplasia severa) Agrupamento por estádio Estádio I IIA T 1a-c 2a 1-2a 1a-c 1a-c 2a 2b 2b 2c 1-2 1-2 3a-b 4 qq qq N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 qq M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Gleason ≤6 ≤6 x 7 ≤6 ≤7 ≤7 x qq qq ≥8 qq qq qq qq PSA < 10 < 10 x < 20 ≥10 <20 <20 <20 x qq ≥20 qq qq qq qq qq

IIB III IV

122

Níveis normais de PSA por idade Idade 40 - 49 50 - 59 60 - 69 70 - 79 PSA normal (ng/ml) 0 - 2,5 0 - 3,5 0 - 4,5 0 - 6,5

diagnóstico • Solicitar PSA em pacientes com: - Mais de 40 anos de idade e história familiar de um parente direto ou mais que dois de segundo grau. - Mais de 50 anos de idade A chance de CaP com PSA entre 2-10 é de 25%. Para esta faixa de PSA, com percentual do PSA livre/PSA total entre 0-10%, 10-15%, 15-20%, 20-25%, >25%, a chance de CaP é de 56%, 28%, 20%, 16% e 8%, respectivamente. Obs: O PSA se correlaciona com idade, estádio clinicopatológico, volume de neoplasia na próstata, penetração capsular, percentual do volume de grau 4/5 na neoplasia e invasão da vesícula seminal (p<0,05). • Solicitar PSA total e livre quando: - Toque retal suspeito com PSA normal - PSA maior do que o esperado para idade* e menor que 10 ng/mL (entre 2 e 10) - Densidade de PSA > 0,15 - Velocidade anual de aumento do PSA > 0,75 ou 20% • Realizar biópsia de próstata dirigida por ultra-sonografia quando: - Relação PSA livre / PSA total < 10% - PSA > 10 ng/mL - Ultra-sonografia trans-retal com nódulo prostático suspeito - Toque retal altamente sugestivo - Re-biópsia: depois de 12 fragmentos negativos em pacientes com PSA livre/PSA total <15%, velocidade PSA > 0,75 ng/ml/ano, PIN de alto grau e/ou ASAP / Atipias. Biópsia (+) ou achado de RTU (+) → Estadiamento Biópsia (-) → Repetir PSA total e livre em 3 meses

123

Grupo de risco para recidiva da doença no pré-operatório. Avaliar chance do estadiamento da doença na peça conforme prostatograma de Kattan e pelo Search Database Study group no pré-operatório.

124

Probabilidade estimada de sobrevida livre de recidiva bioquímica conforme quatro grupos de risco: (Kan MA, Walsh P Urology 2003, 62:866.) .

OC-órgão confinado, EEC- extensão extra capsular, VS-vesícula seminal, LN-linfonodo Indicações de exames para estadiamento: - Cintilografia óssea: PSA > 10 ng/ml, ou escore de Gleason 8-10, ou EC T3 ou T4 ou sintomas sugestivos de metástases óssea. Se escore de Gleason < 8 e EC < T3, só quando PSA > 20 ng/ml. - TC ou RNM é recomendada para pacientes EC T3 ou T4 ou nomogramas preditivos indicar > 20% probabilidade de LND +. Não indicar TC ou RNM em pacientes com PSA < 20 ng/ ml. Indicação da terapia baseada no risco de recidiva e expectativa de vida Risco baixo - Expectativa de vida < 10 anos: observação ou RXT. - Expectativa de vida > 10 anos: PR Risco intermediário - RXT ou prostatectomia radical com LND alargada Risco alto

125

- Expectativa de vida menor de 5 anos: supressão hormonal ou observação - Expectativa de vida maior de 5 anos: HT neo-adjuvante, RXT e 2-3 anos de ablação hormonal ou PR com LND alargada - Expectativa de vida maior que 10 anos: PR com LND alargada Risco muito alto - pacientes do EC T3c ou T4 não são candidatos à PR. Indicado ablação hormonal exclusiva ou associada à RXT. Tratamento Cirurgia - Prostatectomia radical com linfadenectomia (LDN) seletiva para pacientes de baixo risco e PR com LND alargada para os com risco intermediário ou alto. - Linfadenectomia obturadora estadiadora. Na presença de linfonodos suspeitos, encaminhar para congelação. Se N(-) prosseguir PR. Se N(+), tratar igual à doença metastática. Em doença micrometastática, pode ser considerada linfadenectomia alargada e Prostatectomia seguida de hormonioterapia. - Prostatectomia de resgate (pós-radioterapia) deverá ser oferecida aos pacientes com baixo risco anestésico, se próstata móvel ao toque e boa expectativa de vida. Alem disso, somente para casos de tumores de baixo risco antes da radiotrsapia e que na indicação do resgate tenham PSA < 10 ng/ml (preferencialmente < 4,0 ng/ml) ausência de franco extravasamento capsular e PSa “doubling time” < 10 meses. Linfadenectomia laparoscópica estadiadora São candidatos os pacientes de alto e muito alto risco para metástases linfonodais que não tenham metástases à distância PSA > 20ng/ml e/ou Gleason > 7 e/ou ≥ T2b e candidatos à radioterapia/braquiterapia Hormonioterapia neoadjuvante à Radioterapia Bloqueio androgênico máximo: - Gosserrelina (Duas aplicações, sendo uma a cada 3 meses) e Bicalutamida (50mg V. O. dia) ou Ciproterona (100 mg V.O. a cada 12 hs). Sempre manter antiandrogênicos duas semans antes e duas semanas apos a aplicação da Gosserrelina. - Inicia-se a radioterapia após três meses de bloqueio. NOTA: Está contra-indicado o bloqueio androgênico com análogo LHRH quando houver sinais de compressão raquimedular ou obstrução urinária e hidronefrose. NOTA - Pacientes com evidências de obstrução urinária instalada ou iminente serão submetidos a RTU de próstata e a radioterapia poderá ter início somente após três a seis meses. Durante esse período o paciente poderá receber hormonioterapia.

126

Radioterapia A indicação terapêutica se faz de acordo com essa classificação, sendo utilizada uma das seguintes opções : MUITO bAIXO RIsCO 1- Radioterapia Conformacional Tridimensional – 72 Gy – 76 Gy 2- Braquiterapia de Baixa Taxa de Dose com Iodo-125 – 145 Gy 3- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) - 72 Gy – 76 Gy bAIXO RIsCO 1- Radioterapia Conformacional Tridimensional – 74 Gy – 76 Gy 2- Braquiterapia de Baixa Taxa de Dose com Iodo-125 - 145 Gy 3- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) – 74 Gy – 76 Gy RIsCO InTeRMedIÁRIO 1-Radioterapia Conformacional Tridimensional – 76 Gy 2-Radioterapia Conformacional Tridimensional – 45 A 50,4 Gy boost com Braquiterapia de Baixa Taxa de Dose com Iodo-125 - 115 Gy 3-Radioterapia Conformacional Tridimensional – 45 A 50,4 Gy boost com Braquiterapia de AltaTaxa de Dose com Irídio 192 - 24 Gy 4- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) - 76 Gy – 78 Gy ALTO RIsCO A-Irradiação localizada 1-Radioterapia Conformacional Tridimensional – 76 a 77,4 Gy 2-Radioterapia Conformacional Tridimensional –50,4 a 54 Gy boost com Braquiterapia de Baixa Taxa de Dose com Iodo-125 - 115 Gy 3-Radioterapia Conformacional Tridimensional – 50,4 a 54 Gy boost com Braquiterapia de AltaTaxa de Dose com Irídio 192 - 30 Gy 4- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) – 78 Gy B- Irradiação pélvica [pacientes jovens (65 anos), expectativa de vida superior a 10 anos, risco de linfonodos pelvicos acometidos maior que 15% (Nomograma de Partin)] 1ª Fase do tratamento – Radioterapia Pélvica – 45 GY com: 1-Radioterapia Conformacional Tridimensional ou preferencialmente 2- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) 2ª Fase do tratamento – Boost em próstata e vesículas seminais para dose final de 76–78 Gy. 1-Radioterapia Conformacional Tridimensional ou preferencialmente 2- Radioterapia com intensidade modulada do feixe (IMRT) TÉCnICAs de RAdIOTeRAPIA CAMPOS LOCALIZADOS 1 – 4 campos 10 x 10cm - AP/PA e laterais para localização do isocentro; limite inferior = ramo ísquio pubiano e anterior do lateral = superior da sínfise púbica. - Radiografar (AP e lateral E) com contraste uretral (Optiray – 20ml)

127

TRATAMenTO - energia: 10 MV (preferencial) ou 6 MV - colimações: MLC (preferencial) ou blocos de cerrobend - técnica isocêntrica - isodose de prescrição: Isodose que englobe o PTV ( ≥ 95%) - GTV = CTV PTV = CTV + 10mm (exceto para o reto = 7mm) TV (treatment volume) = PTV + 5mm - estruturas críticas: Bexiga (toda); cabeças femurais, e reto (1,0cm acima e abaixo do PTV) Doses / Campos: MUITO bAIXO RIsCO (PSA ≤ 10; GL ≤ 6; T1c/T2a;( biópsias (+) < 50%, IP (-) biópsias (+) < 50% 6 campos - Dose = 72 a 76 Gy - 36/ 38 fr. GTV = CTV = P (sem VVSS) * Aos 64 Gy = excluir o reto nos laterais (PTV=CTV + 5mm) Total = 72 a 76 Gy bAIXO RIsCO (PSAi ≤ 10; GL ≤ 6; EC T1c/T2a, IP (+) ou biópsias (+) > 50%) 1a.fase: - 4 campos (AP/PA e laterais) - Dose = 50,4 Gy / 28 fr. ou 54 Gy / 27 fr - GTV = CTV = P + VVSS 2a.fase: - 6 campos - Dose = 24 Gy / 12 fr. – 22 Gy / 11 fr - GTV = CTV = P (sem VVSS) * Aos 65 Gy = excluir o reto (PTV = CTV + 5mm para o reto) Total: 74 - 76 Gy RIsCO InTeRMedIÁRIO PSA: 10 – 20 ou GL – 7 ou EC T2b – T2c 1a.fase: - GTV = CTV = (P + VVSS) - 4 campos: - Dose: 54 Gy / 27 fr. 2a.fase: - GTV = CTV (P) Total: 74 - 76 Gy - 6 campos - Dose = 22 Gy / 11 fr. * excluir reto nos laterais aos 64 Gy (PTV = CTV + 5 mm p/o reto) ALTO RIsCO PSA > 20; GL 4 + 3 ou ≥ 8; RC T3a – T3b – T4 ou 2 fatores do intermediário associados) A) RT pélvica: pacientes jovens (< 65 a), sem comorbidades e expectativa de vida > 10 anos e RLN (+) > 15%

128

1a.fase: - GTV = P + VVSS - CTV = P + VVSS + linfonodos pélvicos + 1,0cm - PTV = CTV + 15mm - TV = PTV + 5mm - Técnica: 04 campos - Dose = 45 Gy / 25 fr. 2a.fase: - GTV = CTV = P + VVS - Técnica: 04 campos - Dose = 12 Gy / 6 fr. 3a.fase: - GTV = CTV = P (sem VVSS) - Técnica: 06 campos - Dose = 2000 cGy / 10 fr. * excluir reto nos laterais / oblíquos aos 65 Gy; PTV = CTV + 5 mm p/ o reto * pacientes que farão campos localizados manter as VVSS até 54 Gy exceto pacientes com VVSS (+) deverão receber 64 Gy e passar para 06 campos a partir de 50 Gy ObseRVAÇÕes 1. decúbito dorsal exceto para pacientes com incontinência urinária 2. apoio dos pés 3. orientar para realizar os procedimentos com o reto vazio e bexiga cheia (3-4 copos d’água 1h antes) 4. Pacientes do grupo intermediário deverão realizar NAAD 3 meses pré RT e durante a mesma (2m) 5. Pacientes de alto risco deverão fazer NAAD e adjuvância hormonal (2 – 3 anos) 6. Próstatas > 45 cc deverão fazer NAAD p/ citoredução ( 3m) Pacientes candidatos a braquiterapia (boost c/HDR) deverão receber 45 Gy / 25 fr. (P + VVSS) Constraints órgão Bexiga Reto Cabeça de Fêmur Volume máximo / dose máxima total ≤ 50% : ≥ 50 Gy ≤ 50% : ≥ 50 Gy ≤ 25% : ≥ 70 Gy D. Max. : 55 Gy ≤ 30% : ≥ 70 Gy ≤ 35% : ≥ 60 Gy ≤ 10% : ≥ 75 Gy D. Max.: 82Gy D. Max.: 82Gy

129

Tratamento Adjuvante: Pacientes de alto risco: Gosserrelina 10,8mg a cada 3 meses por 36 meses. Risco Intermediário: Gosserrelina 10,8mg a cada 3 meses por 36 meses. (avaliando risco X beneficio)Considerar uso de Bifosfonato. **Pacientes de ato e muito alto risco: considerar Gosserrelina 10,8mg a cada 3 meses por 36 meses. *** Após divulgação dos dados do estudo RTOG 85-31, o uso continuo adjuvante de Gosserrelina 10,8mg a cada 3 meses, mostrou beneficio na redução de progressão de doença e ganho real de sobrevida, preferencialmente em pacientes com escore de Gleason de 7 a 10 e pode ser considerado em pacientes de risco alto e muito alto com Gleason maior que 7. Quimioterapia • Opção 1. Docetaxel: 75 mg/m2 cada 21 dias Prednisona: 5mg VO 12/12h ininterrupto Obs: Quando possível favorecemos o uso de Estramustine 2 comp 3 x dia por 5 dias, inicinado 2 dias antes da Qt. •Opção 2. (repetir a cada 6 semanas) Docetaxel: 30 mg/m2 D1, D8, D15, D22 e D29 Prednisona: 5mg VO 12/12h Obs: Esquema que pode ser melhor tolerado por idoso com KPS reduzido A todos os pacientes com metástases ósseas recomenda-se acrescentar ácido Zolendronico (4mg EV em 15 minutos) a cada 28 dias. Avaliação periodontal prévia. Uso do samário • dose - 1,2 mCi / Kg • confecção da imagem 2 horas após aplicação • intervalo entre as aplicações - mínimo de 2 meses ou quando as contagens hematológicas permitirem • contra-indicações - isuficiência renal - plaquetopenia (< 150 mil plaquetas) - QT e/ou RT há menos de 60 dias - iminência de fratura patológica ou compressão medular - obstrução urinária / ureterohidronefrose - leucopenia (< 3000 neutrófilos) (contra-indicação relativa) - eritropenia (< 4 milhões) (contra-indicação relativa) - uso de anticoagulantes e/ou antiagregantes plaquetários - infecção sistêmica coagulopatia, hemorragia recente

130

seguimento a) Exames 1º ano meses Anamnese + EF PSA Exame Urina USG vias Urinárias X 4 sem X X 8 sem X X X 4 X X 8 X X 12 X X X X 2º ao 5º ano 6 X X 12 X X X > 5º ano 12 X X X

seguimento a) Interpretação do PSA no seguimento - A meia vida do PSA é de 2,2 dias, portanto pacientes com PSA menor que 10ng/ml podem realizar o primeiro PSA com 45 dias. Até 77% das falhas ocorrem até 2 anos. Considera-se falha após prostatectomia radical: 1) PSA > 0,4ng/ml após no 45o pós-operatório da prostatectomia radical. (Pode ser considerado nível de PSA de 0,2ng/ml após no 45o conforme consenso da Sociedade Européia de Urologia/2005) 2) Aumento do PSA após 0,2ng/ml em pelo menos 2 exames consecutivos com elevação Considera-se falha após radioterapia: 1) PSA nadir deve ser < 1,0ng/ml após 2 anos da radioterapia. 2) A ASTRO considera falha pelo consenso de Phenix: Como elevação acima de 2ng/ml apos o valor de Nadir. - A freqüência da realização do exame do PSA no seguimento dos pacientes vai depender do anatomopatológico: patologia desfavorável: PSA cada 3-6 meses por 2-3 anos, patologia favorável: PSA anualmente. (Avaliar prostatograma de Kattan no pré e pósoperatório. O índice de concordância em estudos de validação do prostatograma está ao redor de 70%). - O aumento do PSA depois de 2 anos da prostatectomia radical, com aumento lento (<2ng/ml/ano) e tempo de duplicação do PSA maior que 10 meses refletem comportamento menos agressivo da neoplasia. O contrário, em maior agressividade. No primeiro caso é mais previsível o desenvolvimento de recidiva local e no segundo de doença disseminada. - Fatores preditivos indicativos de progressão disseminada da doença: escore de Gleason 810, margem cirúrgica negativa, tempo de duplicação do PSA menor que 10 meses e invasão da vesícula seminal. - No paciente com doença metastática virgem de tratamento submetido a hormonioterapia, a queda do PSA abaixo de 4ng/ml com manutenção deste nadir configura em geral os pacientes com melhor resposta clínica e melhor evolução

131

- No paciente hormônio refratário que após algum tipo de manipulação hormonal de 2a linha ou uso de quimioterapia ocorra queda do PSA ≥ 50-80% dos valores iniciais nos quais se observa manutenção desses níveis por pelo menos 6 semanas, verifica-se resposta objetiva com melhor evolução, ainda que existam casos de queda do PSA com evolução clínica ruim. Leituras sugeridas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. Miller JI, Ahmann FR, Drach GW, et al. Clinical usefulness of serum prostate specific antigen after hormonal therapy of metastatic prostate cancer. J Urol 1992, 147:956. Soloway MS, Sharifi R, Wajsman Z, et al. Randomized prospective study comparing radical prostatectomy alone versus radical prostatectomy preceded by androgen blockade in clinical stageB2(T2bNxM0) prostate cancer. J Urol 1995, 154:424. Fonseca FP Lopes A, Melarato Jr. WA, Bachega Jr. W, Marques OJB, Pereira RN. Evaluation of prostate specific antigen , in the prognosis of patients with advanced prostatecancer. São Paulo Medical J 1998;116(5):1798-802. Granero LCS, Callegari FM, Fonseca FP Correa A, Lopes A. Freqüência de neoplasia intraepitelial no carcinoma de , próstata. J Bras Urol 1998 24(2):88-92. Fonseca FP Lopes A. Diagnóstico do câncer de próstata. Diagnóstico & Tratamento 1999, 4(4):12-5. , Zequi SC, Fonseca FP Bachega Jr. W, Lima ENP Nishimoto IN, Moura BFJ, Lopes A. Emprego do samário 153 EDTMP , , no tratamento do adenocarcinoma de próstata avançado.J Bras Urol 1999;25(2):214-20. Stamey TA, Caldwell M, McNeal JE, Nolley R, Hemenez M, Downs J. The prostate specific antigen era in the United States is over for prostate cancer: what happened in the last 20 years? J Urol. 2004 Oct;172(4 Pt 1):1297-301. Lin DD, Schultz D, Renshaw AA, Rubin MA, Richie JP D’Amico AV. Predictors of short postoperative prostate-specific , antigen doubling time for patients diagnosed during PSA era. Urology. 2005 Mar 65(3):528-32. D’Amico AV, Moul J, Carroll PR, Sun L, Lubeck D, Chen MH. Prostate specific antigen doubling time as a surrogate end point for prostate cancer specific mortality following radical prostatectomy or radiation therapy. J Urol. 2004 Nov 172(5 Pt 2):S42-6; discussion S46-7. , Okotie OT, Aronson WJ, Wieder JA, Liao Y, Dorey F DeKernion JB, Freedland SJ. Predictors of metastatic disease in men with biochemical failure following radical prostatectomy. J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2260-4. Greene KL, Meng MV, Elkin EP Cooperberg MR, Pasta DJ, Kattan MW, Wallace K, Carroll PR. Validation of the Kattan , preoperative nomogram for prostate cancer recurrence using a community based cohort: results from cancer of the prostate strategic urological research endeavor (capsure). J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2255-9. , Raaijmakers R, Blijenberg BG, Finlay JA, Rittenhouse HG, Wildhagen MF Roobol MJ, Schroder FH. Prostate cancer detection in the prostate specific antigen range of 2.0 to 3.9 ng/ml: value of percent free prostate specific antigen on tumor detection and tumor aggressiveness. J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2245-9. Roehl KA, Han M, Ramos CG, Antenor JA, Catalona WJ. Cancer progression and survival rate following anatomical radical retropubic prostatectomy in 3,478 consecutive patients: longterm results. J Urol. 2004 Sep;172(3):910-4. D’Amico AV, Chen MH, Roehl KA, Catalona WJ. Preoperative PSA velocity and the risk of death from prostate cancer after radical prostatectomy. N Engl J Med. 2004 Jul 8;351(2):125-35. Ramos CG, Roehl KA, Antenor JA, Humphrey PA, Catalona WJ. Percent carcinoma in prostatectomy specimen is associated with risk of recurrence after radical prostatectomy in patients with pathologically organ confined prostate cancer. J Urol. 2004 Jul;172(1):137-40. Catalona WJ, Bartsch G, Rittenhouse HG, Evans CL, Linton HJ, Horninger W, Klocker H, Mikolajczyk SD. Serum proprostate specific antigen preferentially detects aggressive prostate cancers in men with 2 to 4 ng/ml prostate specific antigen. J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2239-44. Zhu H, Roehl KA, Antenor JA, Catalona WJ. Clinical value of longitudinal free-to-total prostate specific antigen ratio slope to diagnosis of prostate cancer. J Urol. 2004 Feb;171(2 Pt1):661-3. Eggener SE, Roehl KA, Catalona WJ. Predictors of subsequent prostate cancer in men with a prostate specific antigen of 2.6 to 4.0 ng/ml and an initially negative biopsy. J Urol. 200 Aug;174(2):500-4. Gonzalez CM, Roehl KA, Antenor JV, Blunt LW, Han M, Catalona WJ. Preoperative PSA level significantly associated with interval to biochemical progression after radical retropubic prostatectomy. Urology. 2004 Oct;64(4):723-8. D’Amico AV, Chen MH, Roehl KA, Catalona WJ. Preoperative PSA velocity and the risk ofdeath from prostate cancer after radical prostatectomy. N Engl J Med. 2004 Jul 8;351(2):125- 35. D’Amico AV, Chen MH, Roehl KA, Catalona WJ. Identifying patients at risk for significant versus clinically insignificant

132

22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29.

30. 31.

32. 33. 34. 35.

36. 37.

38.

39. 40.

postoperative prostate-specific antigen failure. J Clin Oncol. 2005 Aug 1;23(22):4975-9. D’Amico AV, Renshaw AA, Sussman B, Chen MH. Pretreatment PSA velocity and risk of death from prostate cancer following external beam radiation therapy. JAMA2005 Jul 27;294(4):440-7 Yanke BV, Gonen M, Scardino PT, Kattan MW. Validation of a nomogram for predicting positive repeat biopsy for prostate cancer. J Urol. 2005 Feb;173(2):421-4. Khan MA, Partin AW, Mangold LA, Epstein JI, Walsh PC. Probability of biochemical recurrence by analysis of pathologic stage, Gleason score, and margin status for localized prostate cancer. Urology. 2003 Nov;62(5):866-71. Diblasio CJ, Kattan MW. Use of nomograms to predict the risk of disease recurrence after definitive local therapy for prostate cancer. Urology. 2003 Dec 29;62 Suppl 1:9-18. Review. Carter HB, Pearson JD, Metter EJ, Brant LJ, Chan DW, Andres R, Fozard JL, Walsh PC. Longitudinal evaluation of prostate-specific antigen levels in men with and without prostatedisease. JAMA. 1992 Apr 22-29;267(16):2215-20. Allaf ME, Palapattu GS, Trock BJ, Carter HB, Walsh PC. Anatomical extent of lymph node dissection: impact on men with clinically localized prostate cancer. J Urol. 2004 Nov;172(5 Pt1):1840-4. Stephenson AJ, Shariat SF Zelefsky MJ, Kattan MW, Butler EB, Teh BS, Klein EA, Kupelian PA, Roehrborn CG, , Pistenmaa DA, Pacholke HD, Liauw SL, Katz MS, Leibel SA, Scardino PT, Slawin KM. Salvage radiotherapy for recurrent prostate cancer after radical prostatectomy. JAMA. 2004 Mar 17;291(11):1325-32. Thompson IM, Pauler DK, Goodman PJ, Tangen CM, Lucia MS, Parnes HL,Minasian LM, Ford LG, Lippman SM, Crawford ED, Crowley JJ, Coltman CA Jr. Prevalence of prostate cancer among men with a prostate-specific antigen level < or =4.0 ng per milliliter. N Engl J Med. 2004 May 27;350(22):2239-46. Erratum in: N Engl J Med. 2004 Sep 30;351(14):1470. Cannon GM Jr, Walsh PC, Partin AW, Pound CR. Prostate-specific antigen doubling time in the identification of patients at risk for progression after treatment and biochemical recurrence for prostate cancer. Urology. 2003 Dec 29;62 Suppl 1:2-8. Review. , Freedland SJ, Terris MK, Csathy GS, Kane CJ, Amling CL, Presti JC Jr, Dorey F AronsonWJ; Search Database Study Group. Preoperative model for predicting prostate specific antigen recurrence after radical prostatectomy using percent of biopsy tissue with cancer, biopsy Gleason grade and serum prostate specific antigen. J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2215- 20. Greene KL, Meng MV, Elkin EP Cooperberg MR, Pasta DJ, Kattan MW, Wallace K, Carroll PR. Validation of the , Kattan preoperative nomogram for prostate cancer recurrence using a community based cohort: results from cancer of the prostate strategic urological research endeavor (capsure). J Urol. 2004 Jun;171(6 Pt 1):2255-9. Zhu H, Roehl KA, Antenor JA, Catalona WJ. Clinical value of longitudinal free-to-total prostate specific antigen ratio slope to diagnosis of prostate cancer.J Urol. 2004 Feb;171(2 Pt1):661-3. Bianco FJ Jr, Riedel ER, Begg CB, Kattan MW, Scardino PT. Variations among high volume surgeons in the rate of complications after radical prostatectomy: further evidence that technique matters. J Urol. 2005 Jun;173(6):2099103. , Karakiewicz PI, Benayoun S, Kattan MW, Perrotte P Valiquette L, Scardino PT, Cagiannos I, Heinzer H, Tanguay S, Aprikian AG, Huland H, Graefen M. Development and validation of a nomogram predicting the outcome of prostate biopsy based on patient age,digital rectal examination and serum prostate specific antigen. J Urol. 2005 Jun;173(6):1930-4. Pilepich MV, Winter K, Lawton CA, Krisch RE, Wolkov HB, et al. Androgen suppression adjuvant to definitive radiotherapy in prostate carcinoma-Long-Term results of phase III RTOG 85-31. Urol Oncol 2005. 23 (6) 462-3. M. Bolla, G. van Tienhoven, T. M. de Reijke, A. C. van den Bergh, A. P van der Meijden,P M. Poortmans, E. Gez, P . . . Kil, M. Piérart, L. Collette, EORTC Radiation Oncology and Genito- Urinary TractCancer Groups. Concomitant and adjuvant androgen deprivation (ADT) with external beam irradiation (RT) for locally advanced prostate cancer: 6 months versus 3 years ADT--Results of the randomized EORTC Phase III trial 22961. Journal of Clinical Oncology, 2007 ASCO Annual Meeting Proceedings Part I. Vol 25, No. 18S (June 20 Supplement), 2007: 5014 Michel Bolla, Laurence Collette, Léo Blank, Padraig Warde, Jean Bernard Dubois, René- Olivier Mirimanoff, Guy Storme, Jacques Bernier, Abraham Kuten, Cora Sternberg, Johan Mattelaer, José Lopez Torecilla, J Rafael Pfeffer, Carmel Lino Cutajar, Alfredo Zurlo, Marianne Pierart. Long-term results with immediate androgen suppression and external irradiation in patients with locally advanced prostate cancer (an EORTC study): a phase III randomised trial. Lancet 2002; 360: 103–08. MILJENKO V. PILEPICH, KATHRYN WINTER, COLLEEN A. LAWTON, ROBERT E.KRISCH, HARVEY B. WOLKOV, BENJAMIN MOVSAS, EUGEN B. HUG, SUCHA O. ASBELL, AND DAVID GRIGNON. ANDROGEN SUPPRESSION ADJUVANT TO DEFINITIVE RADIOTHERAPY IN PROSTATE CARCINOMA—LONG-TERM RESULTS OF PHASE III RTOG 85-31. Int. J. Radiation Oncology Biol. Phys., Vol. 61, No. 5, pp. 1285–1290, 2005 40. Mack Roach III, Kyounghwa Bae, Joycelyn Speight, Harvey B. Wolkov, Phillip Rubin, R. Jeffrey Lee, Colleen Lawton, Richard Valicenti, David Grignon, and Miljenko V. Pilepich Short-Term Neoadjuvant Androgen Deprivation Therapy and External-Beam Radiotherapy for Locally Advanced Prostate Cancer: Long-Term Results of RTOG 8610. J Clin Oncol 26:585-591, 2008.

133

41.

42. 43. 44. 45. 46. 47.

Eric M. Horwitz, Kyounghwa Bae, Gerald E. Hanks, Arthur Porter, David J. Grignon,Harmar D. Brereton, Varagur Venkatesan, Colleen A. Lawton, Seth A. Rosenthal, Howard M. Sandler, and William U. Shipley Ten-Year Follow-Up of Radiation Therapy Oncology Group Protocol 92-02: A Phase III Trial of the Duration of Elective Androgen Deprivation in Locally Advanced Prostate Cancer. J Clin Oncol 26:2497-2504, 2008 Tannock IF de Wit R, Berry WR, Horti J, Pluzanska A, Chi KN, Oudard S, Théodore C, James ND, Turesson I, Rosenthal , MA, Eisenberger MA; TAX 327 Investigators. Docetaxel plus prednisone or mitoxantrone plus prednisone for advanced prostate cancer. N Engl J Med. 2004 Oct 7;351(15):1502-12. , Petrylak DP Tangen CM, Hussain MH, Lara PN Jr, Jones JA, Taplin ME, Burch PA, BerryD, Moinpour C, Kohli M, Benson MC, Small EJ, Raghavan D, Crawford ED. Docetaxel and estramustine compared with mitoxantrone and prednisone for advanced refractory prostate cancer. N Engl J Med. 2004 Oct 7;351(15):1513-20. Smith MR, Eastham J, Gleason DM, Shasha D, Tchekmedyian S, Zinner N. Randomized controlled trial of zoledronic acid to prevent bone loss in men receiving androgen deprivation therapy for nonmetastatic prostate cancer. J Urol. 2003 Jun;169(6):2008-12. Saad F Gleason DM, Murray R, Tchekmedyian S, Venner P Lacombe L, Chin JL, Vinholes JJ, Goas JA, Chen B; , , Zoledronic Acid Prostate Cancer Study Group. A randomized, placebo-controlled trial of zoledronic acid in patients with hormone-refractory metastatic prostate carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2002 Oct 2;94(19):1458-68. Klotz L.Active surveillance for prostate cancer: trials and tribulations.World J Urol. 2008 Oct;26(5):437-42. Epub 2008 Sep 24 Bastian PJ, Carter BH, Bjartell A, Seitz M, Stanislaus P Montorsi F Stief CG, Schröder F Insignificant prostate cancer , , . and active surveillance: from definition to clinical implications.Eur Urol. 2009 Jun;55(6):1321-30. Epub 2009 Mar 6. Review.

134

tumores do testíCulo
diagnóstico e estadiamento

135

* De acordo com a classificação de risco do IGCCCG *1 Videolaparoscópica - investigacional

136

seminoma

* Nestas situações poderá ser realizado PET-CT

137

eC I não seminomatoso •Avaliação de Fatores de Risco: – Estádio pT2 ou maior - Invasão Vascular (Venosa e/ou Linfática) e/ou túnica vaginal (T2) –Invasão de Cordão Espermático (T3), Invasão Escrotal (T4) –Carcinoma Embrionário em mais de 45% –Ausência de Elementos do Saco Vitelínico (Tumor de Seio Endodérmico) •Ausência: Seguimento •Presença: Discussão –Dissecção Linfonodal Retroperitoneal com Preservação de Nervos OU –Quimioterapia (2x BEP) eC Is não seminomatoso • Definição: – Ausência de linfonodos acometidos e sem metástase a distância, mas com marcadores elevados (AFP e/ou HCG) 30 dias após cirurgia • Tratamento: – 3 ciclos de Quimioterapia BEP ( ou 4x EP) eC II Tumor não seminomatoso •LND < 3 cm (exame de imagem) e marcadores normais –Linfadenectomia Retroperitoneal • N0 ou N1 : < 2 cm ou ≤ 5 LND (+) ( Recidiva < 35%) - => Seguimento • N2: >2 cm ou > 5 LND (+) ou Invasão Extralinfonodal –=> Quimioterapia (2 ciclos baseado em Platina) •LND > 3 cm (exame de imagem) ou N3 p: –Classificação de Grupo de Risco –Quimioterapia de acordo com a classificação IGCCCG Tumor não seminomatoso eC IIC ou III Prognóstico Bom: •3 x PEB OU •4 x E(500)P Prognóstico Intermediário ou Ruim: - 4 x PEB seminoma eC IIC e III •Classificação de IGCCCG •Quimioterapia Prognóstico Bom: PEB x3 ou E(500) P x4 Prognóstico Intermediário: PEB x 4

138

QT para Massa Residual Ressecada com Células Tumorais Viáveis que Não Teratoma Maduro: 2x PE OU 2x VeIP OU 2x TIP Terapia de Resgate (2a Linha) VeIP ou TIP ou QT Alta Dose com Resgate de Stem- Cell estadiamento TnM UICC 2010 (CID-O C62) Classificação Clínica • T - a categoria T corresponde ao estadiamento patológico, possível apenas após orquiectomia radical. Quando a orquiectomia radical não foi realizada, utilizar Tx. • Nx - linfonodos regionais não podem ser avaliados • N0 - ausência de metástases em linfonodos regionais • N1 - metástase em massa linfonodal única < 2 cm ou múltiplos linfonodos < 2 cm • N2 - metástase em massa linfonodal > 2 cm e < 5 cm ou em múltiplos linfonodos > 2cm e < 5cm • N3 - metástase em massa linfonodal > 5 cm • M1 - metástases à distância • M1a - metástases para linfonodos não-regionais ou metástases pulmonares • M1b - metástases para outros sítios Classificação Patológica • pTx - não pode ser avaliado (quando orquiectomia não foi realizada, utilizar Tx) • pT0 - não há evidência de tumor primário • pTis - neoplasia de células germinativas intratubular (carcinoma “in situ”) • pT1 - tumor limitado ao testículo e epidídimo sem invasão vascular/linfática; pode invadir a túnica albugínea, mas não a túnica vaginal • pT2 - tumor limitado ao testículo e epidídimo com invasão vascular/linfática, ou extensão através da túnica albugínea com envolvimento da túnica vaginal • pT3 - tumor invade o cordão espermático com ou sem invasão vascular/linfática • pT4 - tumor invade o escroto com ou sem invasão vascular/linfática • pN1 - metástase em massa linfonodal única < 2 cm; ou até 5 linfonodos de tamanho < 2 cm • pN2 - metástase em massa linfonodal > 2 cm e < 5 cm ou em múltiplos linfonodos > 2cm e < 5cm; ou mais de 5 linfonodos positivos, não maiores do que 5 cm; ou evidência de tumor extranodal • pN3 - metástase em massa linfonodal > 5 cm pM1 - corresponde à categoria M1 Marcadores Para finalidades de completar o estadiamento são válidos os marcadores dosados no PO 30 dias após a orquiectomia e não ao diagóstico. • Sx - marcadores séricos não podem ser avaliados • S0 - marcadores séricos dentro dos limites normais • S1, S2, S3 (tabela abaixo)

139

N: valor limite superior de DHL DHL S1 S2 S3 < 1,5 x N e 1,5 - 10 x N ou > 10 x N ou β-hCG mlU/ml < 5000 e 5000-50000 ou > 50000 ou AFP ng/ml < 1000 1000-10000 > 10000

Agrupamento por estádio Estádio 0 I IA IB IS II IIA IIB IIC III IIIA IIIB IIIC pT Tis 1-4 1 2-4 qq/x qq/x qq/x qq qq qq qq qq qq qq qq qq N 0 0 0 0 0 1-3 1 2 3 qq qq 1-3 qq 1-3 qq qq M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1a 0 1a 0 1a 1b S 0 X 0 0 1-3 (medido pós-orquiectomia) X 0-1 0-1 0-1 X 0-1 2 2 3 3 qq

tratamento cirúrgico • Orquiectomia - Em todos os casos o acesso será por inguinotomia com ligadura alta dos elementos do cordão espermático. - Nos tumores não-seminomatosos de estadio I onde ocorreu violação escrotal e não será realizado tratamento sistêmico, será realizado hemiescrotectomia. • Linfadenectomia Retroperitoneal e Ressecção de massa residual Linfadenectomia retroperitoneal seletiva: - Linfadenectomia retroperitoneal seletiva: os limites são dados pelo hilo renal ipsilateral ao tumor (em tumores à direita, extende-se até o hilo esquerdo), grande vaso ipsilateral, sulco interaórticocaval, até a emergência da artéria mesentérica inferior. A partir dela a dissecção se extende inferiormente interessando apenas os linfonodos dispostos lateralmente aos vasos ilíacos ipsilaterais ao tumor. Nesta cirurgia devemos preservar as fibras simpáticas lombares retroperitoniais, no intuito de preservar a ejaculação anterógrada. - A linfadenectomia seletiva só deve ser feita quando os marcadores forem negativos no pós-operatório 30 dias da orquiectomia (S0). Se marcadores permanecerem elevados (S1) a

140

cirurgia não deve ser feita, a QT deve ser realizada. Nas linfadenectomais pós-QT: -Nas linfadenectomais pós-QT, em massas residuais, a cirurgia poderá se estende além dos limites descritos acima, podendo incluir a região contra-lateral, supra-hilar renal ou mesmo a ressecção de órgãos adjacentes, sempre a juízo clínico. Nesta situação a remoção é imperativa, nem sempre sendo possível a preservação das fibras simpáticas e da ejaculação. Em massas unilaterais de pequeno volume a preservação neurológica pode ser realizada. Observação**: Sob pena de permanência de neoplasia ou teratoma residual alguns casos de resposta completa após QT poderão ser observados, desde que cumpram todas as seguintes condições: TC normal Ausência de teratoma no Tu primário Bom prognóstico na IGCCCG 1997 Marcadores S1-2 Massa pré-Qt <10 cm Regressão pós Qt > 90% Seguimento confiável Havendo massa residual retroperitonial e em outros sítios (tórax, por exemplo), A cirurgia inicial será a do retroperitônio, em caso de fibrose, os outros sítios poderão ser seguidos clinicamente, porém há risco de 25% em média de haver histologias distintas entre o retroperitônio e outros sítios. • Orientações - Seminomas com aumento exclusivo de β−HCG serão tratados como tal. Se houver aumento de AFP revisar a lâmina e considerar como não seminoma. , - Todos os pacientes candidatos a QT e/ou RT deverão ser encaminhados para avaliação e coleta de esperma em bancos de sêmen Quimioterapia Esquema PEB VP16 CDDP VeIP drogas CDDP VP16 ou Etoposide Bleomicina VP16 ou Etoposide CDDP Vinblastina Mesna (uroproteção) Ifosfamida CDDP Taxol IC em 24 h Mesna (uroproteção) Ifosfamida 4h CDDP dose 20 mg/m2 100 mg/m2 30 UI 100 mg/m2 20 mg/m2 0,11 mg/Kg 1,2 g/m2 20 mg/m2 250 mg/m2 1,2 g/m2 20 mg/m2 período D1aD5 D1aD5 D2, D9, D16 D1aD5 D1aD5 D1e D2 D1aD5 D1aD5 D1 D1aD6 D2aD6

TIP

141

Classificação de Prognóstico para pacientes com tumores Metástáticos IGCCCG ( IGCCCG, J Clin Oncol 15:594-603. 1997) Pacientes com tumores metástáticos têm repostas distintas ao tratamento de acordo com os níveis de extensão de doença e dos marcadores sérico. O IGCCCG - International Germ Cell Cancer Colaborative Group através de um consenso, criou uma classificação de risco para tumores testiculares. Conforme os quadros abaixo. Entre não seminomatosos, pacientes de Risco Intermediário têm Sobrevida Global em 5 anos de 80% , os de baixo risco 80 a90%, já pacientes de alto risco atingem 30 a 48%. Esta classificação tem importância prognostica e no plano terapêutico: Tus não seminomatosos

Risco Baixo

Marcador sérico S1 BHCG<5000 IU/L AFP<1000ng/ml DHL< 1,5 normal S2 BHCG:5000 - 50000 IU/L AFP: 1000 – 10000 ng/ml DHL: 1,5 a 10xnormal

Extensão da doença Metástase Pulmonar Tu Primário testículo Metástase Pulmonar Tu Primário testículo ou retroperitônio

Intermediário

Alto

S1 BHCG: ≥ 50000 IU/L AFP: ≥10000 ng/ml DHL: ≥10xnormal

Metástase visceral não pulmonar Tu primário mediastinal

seminomas

isco Intermediário

Tumores extra-gonadais Presença de metástases viscerais não pulmonares AFP; BHCG e DHL Normais Seminomas puros não são assim classificados

Alto risco

142

Pacientes submetidos a cirurgia pós-QT, quando tiverem ressecção completa (p<0,001), <10%células viáveis (p=0,001) e pertencerem ao grupo de bom prognóstico prévio do IGCC (p=0.01), segundo Fiazzi et al, não necessitam de QT pós-operatória. Os demais casos serão avaliados individualmente, quanto ao emprego de QT. Pacientes para os quais tenham se esgotado todas as possibilidades de QT e permanecem com massas residuais e marcadores positivos, poderão ser submetidos a cirurgias como última medida, a despeito do prgonóstico reservado e morbidade. A decisão deverá ser individualizada Radioterapia • Seminomas Ia de alto risco e Ib • radioterapia para região retroperitoneal, sem inclusão das cadeias ínguino-ilíacas • técnica antero-posterior, com acelerador linear 6 MV, na dose final de 2520 cGy em 14 frações de 180 cGy / 5 vezes por semana, calculados na metade da espessura do paciente • limites do campo • superior: transição T10 - T11 • inferior: transição L5 - S1 • laterais: 1 cm da apófise transversa do corpo vertebral. Para tumores primários do testículo esquerdo, o limite lateral deverá acompanhar a drenagem da veia espermática na veia renal, com traçado de campo delimitado por “cerrobend” próprio para cada paciente. • Seminomas IIa incluir a cadeia ilíaca homolateral em campo único com o campo retroperitoneal com blocos confeccionados individualmente. A dose será de 2550 cGy / em 17 frações de 150 cGy / 5 vezes por semana, e a seguir um “boost” de 1000 cGy na lesão retroperitoneal, localizado através do CT pré-tratamento. OBS: • não é necessário incluir a cicatriz cirúrgica inguinal no campo de irradiação • pode ser necessário incluir a hemi-bolsa em caso de violação escrotal prévia ou contaminação grosseira • recomenda-se a preservação seminal em pacientes com inclusão da região ínguinoilíaca seguimento A) pacientes operados • orquiectomia (ECI) • orquiectomia + linfadenectomia retroperitoneal (EC I - II) anos Anamnese + EF Rx tórax DHL, β-hCG, AFP 1º 1/1mês 2º 2/2m 3ºao 5º 6/6m > 5º 1/1ano

143

OBS1: quando se realiza apenas orquiectomia (EC I), acrescentar CT de abdome: 1o ano - 2/2 meses; 2o ano - 4/4meses; 3o ao 5o anos - 6/6meses; após 5 anos - 1/1 ano OBS2: quando se realiza QT adjuvante para Estádio II patológico, o retorno e os exames podem ser feitos no 1o ano - 3/3meses; no 2o ano - 6/6meses; e após 2 anos - 1/1 ano OBS3: nos casos de remissão completa pós QT para câncer metastático: 1o ano - 2/2meses; 2o ano - 4/4meses; 3o ao 5o anos - 6/6meses; após - 1/1ano anos Anamnese + EF Rx tórax DHL, β-hCG, AFP OBS: Fazer TC de abdome ao término da RT, dois meses e um ano após. Nos pacientes submetidos a linfadenectomia retroperitonial com linfonodos negativos (pN0) com marcadores normais, a TC de abdome pode ser realizada 1 vez ao ano (recorrência local < 2%) OBS1: os pacientes portadores de não seminoma estádio patológico IIB tratados com QT adjuvante não necessitam de TC no seguimento caso tenham apresentado remissão completa OBS2: TC é necessário apenas para os portadores de não seminoma EC I que não fizeram adjuvância e portadores de seminoma em vigilância C) Pacientes submetidos a quimioterapia (seminoma e não seminoma) anos Anamnese + EF Rx tórax DHL, β-hCG, AFP Referências:
1. 2. Pont J, Albrecht W, Postner G, Sellner F, Angel K, Höltl W. Adjuvant chemotherapy for highrisk clinical stage I nonseminomatous testicular germ cell cancer: long-term results of a prospective trial. J Clin Oncol. 1996 Feb;14(2):441-8 Krege S, Beyer J, Souchon R, Albers P Albrecht W, Algaba F, Bamberg M, Bodrogi I,Bokemeyer C, Cavallin, Ståhl E, Classen J, Clemm C, Cohn-Cedermark G, Culine S, Daugaard G, De Mulder PH, De Santis M, de Wit M, de Wit R, Derigs HG, Dieckmann KP Dieing A, Droz JP Fenner M, Fizazi K, Flechon A, Fosså SD, del , , Muro XG, Gauler T, Geczi L, Gerl A, Germa-Lluch JR, Gillessen S, Hartmann JT, Hartmann M, Heidenreich A, Hoeltl W, Horwich A, Huddart R, Jewett M, Joffe J, Jones WG, Kisbenedek L, Klepp O, Kliesch S, Koehrmann KU, Kollmannsberger C, Kuczyk M, Laguna P Galvis OL, Loy V, Mason MD, Mead GM, Mueller R,Nichols , C, Nicolai N, Oliver T, Ondrus D, Oosterhof GO, Ares LP Pizzocaro G, Pont J, Pottek T, Powles T, Rick O, , Rosti G, Salvioni R, Scheiderbauer J, Schmelz HU, Schmidberger H, Schmoll HJ, Schrader M, Sedlmayer F, Skakkebaek NE, Sohaib A, Tjulandin S, Warde P Weinknecht S, Weissbach L, Wittekind C, Winter E, Wood L, , von der Maase H. European consensus conference on diagnosis and treatment of germ cell cancer: a report of the second meeting of the European Germ Cell Cancer Consensus group (EGCCCG): part I. Eur Urol. 2008

1º 2/2m

2º 4/4m

3º 6/6m

> 5º 1/1ano

1º 1/1m

2º 2/2m

3º 3/3m

> 4º 6/6m

> 5º 1/1ano

144

3.

4. 5. 6. 7.

8. 9. 10. 11.

12. 13. 14.

15. 16.

Mar;53(3):478-96. Krege S, Beyer J, Souchon R, Albers P Albrecht W, Algaba F, Bamberg M, Bodrogi I, Bokemeyer C, Cavallin , Ståhl E, Classen J, Clemm C, Cohn-Cedermark G, Culine S, Daugaard G, De Mulder PH, De Santis M, de Wit M, de Wit R, Derigs HG, Dieckmann KP Dieing A, Droz JP Fenner M, Fizazi K, Flechon A, Fosså SD, del , , Muro XG, Gauler T, Geczi L, Gerl A, Germa- Lluch JR, Gillessen S, Hartmann JT, Hartmann M, Heidenreich A, Hoeltl W, Horwich A, Huddart R, Jewett M, Joffe J, Jones WG, Kisbenedek L, Klepp O, Kliesch S, Koehrmann KU, Kollmannsberger C, Kuczyk M, Laguna P Galvis OL, Loy V, Mason MD, Mead GM, Mueller R, Nichols , C, Nicolai N, Oliver T, Ondrus D, Oosterhof GO, Paz-Ares L, Pizzocaro G, Pont J, Pottek T, Powles T, Rick O, Rosti G, Salvioni R, Scheiderbauer J, Schmelz HU, Schmidberger H, Schmoll HJ, Schrader M, Sedlmayer F, Skakkebaek NE, Sohaib A, Tjulandin S, Warde P Weinknecht S, Weissbach L, Wittekind C, Winter E, Wood L, , von der Maase H. European consensus conference on diagnosis and treatment of germ cell cancer: a report of the second meeting of the European Germ Cell Cancer Consensus Group (EGCCCG): part II. Eur Urol. 2008 Mar;53(3):497-513. Albers P Surgery is an essential part of salvage treatment in refractory germ cell tumors. Eur Urol. 2006 . Nov;50(5):893-4. Davis BE, Herr HW, Fair WR, Bosl GJ. The management of patients with nonseminomatous germ cell tumors of the testis with serologic disease only after orchiectomy. J Urol. 1994 Jul;152(1):111-3 Culine S, Theodore C, Terrier-Lacombe MJ, Droz JP Primary chemotherapy in patients withnonseminomatous . germ cell tumors of the testis and biological disease only after orchiectomy. JUrol. 1996 Apr;155(4):1296-8. Saxman SB, Nichols CR, Foster RS, Messemer JE, Donohue JP Einhorn LH. The management of patients with , clinical stage I nonseminomatous testicular tumors and persistently elevated serologic markers. J Urol. 1996 Feb;155(2):587-9 8. Bosl GJ, Motzer RJ. Testicular germ-cell cancer. N Engl J Med. 1997 Jul 24;337(4):24253. Review Kondagunta GV, Sheinfeld J, Mazumdar M, Mariani TV, Bajorin D, Bacik J, Bosl GJ, MotzerRJ. Relapse-free and overall survival in patients with pathologic stage II nonseminomatous germ cell cancer treated with etoposide and cisplatin adjuvant chemotherapy. J Clin Oncol. 2004 Feb 1;22(3):464-7 Williams SD, Birch R, Einhorn LH, Irwin L, Greco FA, Loehrer PJ. Treatment ofdisseminated germ-cell tumors with cisplatin, bleomycin, and either vinblastine or etoposide. N Engl J Med. 1987 Jun 4;316(23):1435-40 Culine S, Kerbrat P Kramar A, Théodore C, Chevreau C, Geoffrois L, Bui NB, Pény J, CatyA, Delva R, Biron P , , Fizazi K, Bouzy J, Droz JP; Genito-Urinary Group of the French Federation of Cancer Center (GETUG T93BP). Refining the optimal chemotherapy regimen for good-risk metastatic nonseminomatous germ-cell tumors: a randomized trial of the Genito-Urinary Group of the French Federation of Cancer Centers (GETUG T93BP). Ann Oncol. 2007 May;18(5):917-24. Bosl GJ, Geller NL, Bajorin D, Leitner SP Yagoda A, Golbey RB, Scher H, Vogelzang NJ,Auman J, Carey R, et al. , A randomized trial of etoposide + cisplatin versus vinblastine + bleomycin + cisplatin + cyclophosphamide + dactinomycin in patients with good-prognosis germ cell tumors. J Clin Oncol. 1988 Aug;6(8):1231-8 Williams SD, Birch R, Einhorn LH, Irwin L, Greco FA, Loehrer PJ. Treatment of disseminated germcell tumors with cisplatin, bleomycin, and either vinblastine or etoposide. N Engl J Med. 1987 Jun 4;316(23):1435-40 Fizazi K, Tjulandin S, Salvioni R, Germà-Lluch JR, Bouzy J, Ragan D, Bokemeyer C, GerlA, Fléchon A, de Bono JS, Stenning S, Horwich A, Pont J, Albers P De Giorgi U, Bower M, Bulanov A, Pizzocaro G, Aparicio , J, Nichols CR, Théodore C, Hartmann JT, Schmoll HJ, Kaye SB, Culine S, Droz JP Mahé C. Viable malignant , cells after primary chemotherapy for disseminated nonseminomatous germ cell tumors: prognostic factors and role of postsurgery chemotherapy--results from an international study group. J Clin Oncol. 2001 May 15;19(10):2647-5 Kondagunta GV, Bacik J, Donadio A, Bajorin D, Marion S, Sheinfeld J, Bosl GJ, Motzer RJ.Combination of paclitaxel, ifosfamide, and cisplatin is an effective second-line therapy for patients with relapsed testicular germ cell tumors. J Clin Oncol. 2005 Sep 20;23(27):6549-55 Einhorn LH, Williams SD, Chamness A, Brames MJ, Perkins SM, Abonour R. High-dose chemotherapy and stem-cell rescue for metastatic germ-cell tumors. N Engl J Med. 2007 Jul 26;357(4):340-8

145

tumores renais
doença Locorregional

146

Outras Lesões Renais

OBS: os angiomiolipomas devem ser seguidos trimestralmente no primeiro ano com USG ou TC e semestralmente após. Em caso de aumento do volume, sintomatologia sangramento espontâneo ou dúvida diagnóstica,deve-se realizar preferencialmente cirurgia preservadora de néfrons ou em casos de certeza diagnóstica, a embolização do tumor. Evaliar a presença de Esclerose Tuberosa. ** Recentemente incorporamos junto com o Departamento de Imagem o método de radiofreqüência, que está indicado para casos de casos de tumores pequenos ( < 2,5 cm), idealmente perif[ericos, múltiplos, em portadores de síndromes de carcinoma de ce’lulas renais familiares ou em condições clínicas precárias para cirurgia.

147

Cistos renais Classificação de bosniak A Classificação de Bosniak é uma classificação realizada através do emprego de tomografia computadorizada. Estima os risco de presença de neoplasia e determina as condutas terapêuticas.

148

doença Metastática

Exames para diagnóstico e estadiamento • Performance Status: Classificações de Acordo com Karnofski e ECOG • Cálcio, VHS, fosfatase alcalina, provas de função hepática • USG e/ou CT de abdome e pelve • Rx de tórax (frente e perfil) • Angio-ressonância (se suspeita de trombo venoso, insuficiência renal ou alergia a contraste iodado)

149

• TC de crânio e cintilografia óssea se achados clínicos ou laboratoriais • Ecocadiograma transesofágico se suspeita de trombo artrial Estadiamento TNM UICC 2010 (CID-O C64) • Tx - tumor primário não pode ser avaliado • T0 - não há evidência de tumor primário •T1 – tumor menor que 7 cm, limitado ao rim. • T1a - tumor < 4,0, limitado ao rim, limitado ao rim. • T1b - tumor > 4 e < 7,0 cm no maior eixo, limitado ao rim •T2- tumor > 7,0 cm no maior eixo, limitado ao rim •T2a – tumor maior que 7 porem ≤ 10 cm, limitado ao rim •T2b – tumor maio r que 10 cm, limitado ao rim. • T3 - tumor estende-se às veias maiores ou tecidos perinefréticos, mas não invade adrenal ipsilateral, sem ultrapassar a fáscia de Gerota • T3a – tumor estende-se às veias renais ou seus segmentos, ou invade seio renal ou gordura perirenal, sem ultrapassar a fáscia de Gerota • T3b - extensão franca à veia cava abaixo do diafragma • T3c - extensão franca à veia cava acima do diafragma ou invade a parede da veia cava • T4 - tumor ultrapassa a fáscia de Gerota (inclue extensão para adrenal) • NX – Linfonodso regionais não podem ser acessados • N0 – ausência de metástase linfonodal • N1 - metástase linfonodal regional • M0 – sem metástase à distância • M1 – metástase à distância Agrupamento por estádios Estádio I II III T 1 2 1 2 3 N 0 0 1 1 0, 1 M 0 0 0 0 0

escala de Karnofsky e Colaboradores para Avaliação do estado Geral 100-Normal, sem queixas 90-Normal, queixas menores 80-Normal, alguns sintomas 70-Cuida-se sozinho, incapacitado 60-Requer assitência ocasional 50- Assistência considerável freqüentes cuidados médicos 40-Incapacitado, requer assistência especial 30-Incapacitado, hospitalização 20-Muito doente, requer assitência permanente 10-Moribundo 0- Morto

150

escala eCOG – eastern Cooperative Cancer Group 0- Ativo, Karnofsky 90-100 1- Restrições, cuida-se sozinho, Karnofsky 70-80 2- Incapacitado, deambula, cuida-se sozinho, Karnofsky 50-60 3- Somente cuidados pessoais, sentado ou deitado >50% Karnofsky 30-40 4- Inativo, dependente, acamado, Karnofsky 10-20 estratificação de Risco Motzer- MsKCC: Grupos de Risco: Baixo Risco - 0 Fatores Intermediário - 1 ou 2 Fatores Alto Risco - 3 ou + Fatores Fatores: LDH > 1.5x LSN Hb < 9g/dL Ca corrigido <10mg/dL KPS < 80% Tempo entre Diagnóstico/INF <1ano Cirurgia • A nefrectomia radical envolve a retirada total do rim, gordura peri-renal, supra-renal, e linfadenectomia regional (hilo renal homolateral entre as artérias mesentéricas). A Adrenal só será removida nos casos de tumores > 6,0 cm, estádio ≥ T3, tumores com invasão do pólo superior, com linfonodos positivos ou se a CT ou RM sugerirem acometimento da glândula. • Para os tumores < 4 cm com rim contralateral normal, tumores bilaterais, tumores em rim único, insuficiência renal, Doença de Von Hippel-Lindau e outras doenças associadas a maior risco de comprometimento da função renal (neoplasia renal familiar), pode-se indicar cirurgia preservadora de nefrons (nefrectomia parcial). • Neoplasias exofíticas, entre 4,0 e 7,0 cm, á juízo clínico poderam ser submetidas a ressecções parciais. • Na presença de trombos de veia renal e veia cava cuidados apropriados devem ser tomados para evitar o risco de embolização. A angiorressonancia deve ser solicitada previamente. Se houver suspeita de trombo supradiafragmático, deve-se solicitar se necessário ecocardigrama transesofágico. •A ressecção de metástases isoladas deve ser realizada, desde que tecnicamente possível •A radiofreqênca poderá ser indicada para casos de neoplasias restritas( < 2,5 cm) em anatomia favorável ( face posterior) e para pacientes com limitações para cirrugia, baixa expectativa de vida ou que necessitaem de preservação de parênquima renal ao máximo (tumores bilaterais, tumores em rins únicos, portadores de insuficiência renal e portadores de

151

síndromes familiares para carcinoma de células renais), Tratamento sistêmico 1ª Linha Baixo ou Intermediário: Sunitinib 50mg VO/d 28 dias a cada 42 dias OU Interferon Alfa 9.000.000 UI SC 3x / semana por 52 semanas + Bevacizumab 10mg/kg 15 /15 dias OU IL-2 Altas Dose 600.000 UI /kg IV bolus 8/8hs por no máximo 14 doses (dose toxicidade limitante) a cd 7-10 dias por 2 x e reavaliação após 6 semanas, se DE ou RP mais um ciclo(paciente < 50 anos, KPS >80%, sem comorbidades, tumor de células claras do tipo alveolar predominante 50%, sem componentes eosinofílicos ou papilares, com hiperexpressão de anidrase carbônica IX (>85%) e mestastases somente em pulmões e subcutâneo) Alto: Temsirolimus (preferencial)IV em 30 min 25 mg por semana OU Sunitinib 50mg VO/d 28 dias a cada 42 dias OU Interferon Alfa 9.000.000 UI SC 3x / semana por 52 semanas + Bevacizumab 10mg/kg 15 /15 dias 2ªLinha Pacientes que já receberam Imunoterapia: Sorafenib 400mg 2x/d continuamente Pacientes que já receberam Sunitinib ou Sorafenib ou INF + Bevacizumab Everolimus 5mg 2x/d continuamente Se Metástases óssea: Associar a terapia sistêmica: ácido Zoledrônico 4mg IV mensal (se CL CR > 30ml/min) Atenção para avaliação periodontal prévias seguimento 1º e 2º anos meses Anamnese + EF Rx de tórax CT abdome Cintilografia óssea 3 X X 6 X X 9 X X 12 X X X X 3º ao 5º ano 6 X X 12 X X X X >5 anos 12 X X X X > 10 anos 12 X X X X

152

Carcinoma de Células Renais familiar A suspeita de CCR sempre deve ser levantada nos casos de pacientes que tenham como antecedentes mais de dois parentes com CCR, ou que tenham casos de parente com CCR em idades mais jovens (40-50anos ou menos). Todos pacientes que desenvolvam CCR bilaterais ou múltiplos, ou com CCR em idade entre 30 e 50/60anos a 60 anos devem ser suspeitos como portadores de CCCR familiar (podendo ser o caso índice) Pacientes portadores de síndromes ou doenças frequentemente associados a CCR familiar: Moléstia de von Hippeu Lindau, Síndrome de Carcinoma de Células Renais Papilífero, Síndrome de Birt Hogge-Dubé, Síndrome de Carcinoma de Células Claras Hereditário, Síndrome de CCR de Células Claras não-VHL com translocação do cromossomo 3, Síndrome de CCR de Células Claras nãoVHL sem deleção do cromossomo 3, Carcinoma Papilífero Familiar de Tireóide associado à Carcinoma Renal Papilífero, Síndrome de Leiomiomatose hereditária e CCR Papilífero Tipo 2 (leiomiossarcomas uterinos e cutâneos associados ao CCR), Hamartoma Renal associado a Síndrome Hiperparatireoidismo-Tumor de Mandíbula e Complexo da esclerose Tuberosa, Síndrome HNPCC. Conduta Conforme organograma acima, estes pacientes sempre devem ser submetidos a cirurgia poupadora de néfrons. A nefrectomia bilateral e diálise devem ser protelados ao máximo. De acordo com vários estudos, a cirurgias sempre devem ser indicadas quando as lesões renais atingirem ou ultrapassarem 3,0 cm. Lesões com tamanhos inferiores podem ser seguidos conservadoramente. A ablação de lesões através de crioterapia ou rdiofrequencia, guiadas por métodos de imagem ou laparoscopia são opções. Para pacientes com CCR familiar, atenção tem de ser dada ás manifestações clínicas associadas a neoplasia renais. Para tanto médico deverá solicitar exames rotineiros para as principais manifestações de cada síndrome. Os portadores de CCR familiar devem ser encaminhados ao setor de Oncogenética para avaliação e orientação multidisciplinar. LeITURAs sUGeRIdAs
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 1. Skinner DG. Diagnosis and management of renal cell carcinoma: a clinical and pathologic study of 309 cases. Cancer 1971;28:1165-9. Ogan K, Cadeddu JA, Stifelman MD. Laparoscopic radical nephrectomy: oncologic efficacy. Urol Clin North Am 003;30:543. Walther MM, Lyne JC, Libutti SK, et al. Laparoscopic cytoreductive nephrectomy as preparation for administration of systemic interleukin-2 in the treatment of metastatic renal cell carcinoma: a pilot study. J Urol 1999;53:496. Herring JC, Enquist EG, Chernoff AC, et al. Parenchymal sparing surgery in patients with hereditary renal cell carcinoma—ten year experience. J Urol 2001;165:777. Volpe A, Panzarella T, Rendon RA, et al. The natural history of incidentally detected small renal masses. Cancer 2004;100:738. Walther MM, Yang JC, Pass HI, et al. Cytoreductive surgery prior to high dose interleukin-2 based therapy in patients with metastatic renal cell carcinoma. J Urol 1997;158:1675. Flanigan RC, Salmon SE, Blumenstein BA, et al. Nephrectomy followed by interferon alfa-2b compared with interferon alfa-2b alone for metastatic renal-cell cancer. N Engl J Med 2001;345:1655. Mickisch GH, Garin A, Van Poppel H, et al. Radical nephrectomy plus interferon-alfa-based immunotherapy compared with interferon alfa alone in metastatic renal-cell carcinoma: a randomised trial. Lancet 2001;358:966. Middleton RG. Surgery for metastatic renal cell carcinoma. J Urol 1967;97:973. van der Poel HG, Roukema JA, Horenblas S, et al. Metastasectomy in renal cell carcinoma: a multicenter retrospective

153

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28.

29.

30.

31.

analysis. Eur Urol 1999;35:197. O’Dea MJ, Zincke H, Utz DC. The treatment of renal cell carcinoma with solitary metastasis. J Urol 1978;120:540. Motzer RJ, Russo P Systemic therapy for renal cell carcinoma. J Urol 2000;163:408. . Zequi SC. Fatores clínicos, epidemológicos e anatomopatolgógicos associados aos índices de proliferação celular ( MIB-1) em paciente portadores de carcinoma de células renais tratados por cirurgia exclusiva. Dissertação de Mestrado. Fundação Antonio Prudente. 144 pp-2000 Ahmad T, Eisen T: kinase inhibition with BAY 43-9006 in renal cell carcinoma. Clin cancer Res 2004:10(18 Pt 2); 6388S-92S. Motzer RJ, Michaelson MD , et al. Activity of SU11248, a multitarget inhibitor of VEGFR and PDGFR in patients with metastatic renal cell carcinoma. O’Malley RL, Godoy G, Hecht EM, Stifelman MD, Taneja SS. Bosniak category IIF designation and surgery for complex renal cysts. J Urol. 2009 Sep;182(3):1091-5. Long JA, Neuzillet Y, Correas JM, de Fromont M, Lang H, Mejean A, Poissonnier L, Patard JJ, Escudier B, Davin JL; Sous-comité rein CCAFU. [Atypical cysts and cystic tumours of the kidney: histological, radiological and surgical considerations. Conclusions of the AFU 2007 forum]. Prog Urol. 2009 Jan;19(1):8-14. Clevert DA, Minaifar N, Weckbach S, Jung EM, Stock K, Reiser M, Staehler M. Multislice computed tomography versus contrast-enhanced ultrasound in evaluation of complex cystic renal masses using the Bosniak classification system. Clin Hemorheol Microcirc. 2008;39(1-4):171-8. Park BK, Kim B, Kim SH, Ko K, Lee HM, Choi HY. Assessment of cystic renal masses based on Bosniak classification: comparison of CT and contrast-enhanced US. Eur J Radiol. 2007 Feb;61(2):310-4. , de Cássio Zequi S, de Campos EC, Guimarães GC, Bachega W Jr, da Fonseca FP Lopes A. The use of the American Society of Anesthesiology Classification as a prognostic factor in patients with renal cell carcinoma. Urol Int. 2010;84(1):67-72. Thomas AA, Rini BI, Stephenson AJ, Garcia JA, Fergany A, Krishnamurthi V, Novick AC, Gill IS, Klein EA, Zhou M, Campbell SC. Surgical resection of renal cell carcinoma after targeted therapy. J Urol. 2009 Sep;182(3):881-6. Epub 2009 Jul 17. PubMed PMID: 19616232. Boorjian SA, Blute ML. Surgery for vena caval tumor extension in renal cancer. Curr Opin Urol. 2009 Sep;19(5):4737. Review. PubMed PMID: 19584733. Harshman LC, Srinivas S, Kamaya A, Chung BI. Laparoscopic radical nephrectomy after shrinkage of a caval tumor thrombus with sunitinib. Nat Rev Urol. 2009 Jun;6(6):338-43. PubMed PMID: 19498412. Sternberg CN. Expanding the boundaries of clinical practice: building on experience with targeted therapies. Ann Oncol. 2009 May;20 Suppl 1:i1-6. PubMed PMID: 19430002. Wood CG, Margulis V. Neoadjuvant (presurgical) therapy for renal cell carcinoma: a new treatment paradigm for locally advanced and metastatic disease. Cancer. 2009 May 15;115(10 Suppl):2355-60. PubMed PMID: 19402066. Upton MP Parker RA, Youmans A, McDermott DF Atkins MB. Histologic predictors of renal cell carcinoma response , , to interleukin-2-based therapy. J Immunother. 2005 Sep-Oct;28(5):488-95 Motzer RJ, Hutson TE, Tomczak P Michaelson MD, Bukowski RM, Rixe O, Oudard S, Negrier S, Szczylik C, Kim ST, , Chen I, Bycott PW, Baum CM, Figlin RA. Sunitinib versus interferon alfa in metastatic renal-cell carcinoma. N Engl J Med. 2007 Jan 11;356(2):115-24 Escudier B, Pluzanska A, Koralewski P Ravaud A, Bracarda S, Szczylik C, Chevreau C, Filipek M, Melichar B, Bajetta , E, Gorbunova V, Bay JO, Bodrogi I, Jagiello-Gruszfeld A, Moore N; AVOREN Trial investigators. Bevacizumab plus interferon alfa-2a for treatment of metastatic renal cell carcinoma: a randomised, double-blind phase III trial. Lancet. 2007 22;370(9605):2103-11 Shariat SF Karam JA, Karakiewicz PI. Words of wisdom. Re: Temsirolimus, interferon alfa, or both for advanced renal, cell carcinoma. Hudes G, Carducci M, Tomczak P Dutcher J, Figlin R, Kapoor A, Staroslawska E, Sosman J, McDermott , D, Bodrogi I, Kovacevic Z, Lesovoy V, Schmidt-Wolf IG, Barbarash O, Gokmen E, O’Toole T, Lustgarten S, Moore L, Motzer RJ; Global ARCC Trial. N Engl J Med 2007;356:2271-81. Eur Urol. 2009 Jan;55(1):250-2 Motzer RJ, Escudier B, Oudard S, Hutson TE, Porta C, Bracarda S, Grünwald V, Thompson JA, Figlin RA, Hollaender N, Urbanowitz G, Berg WJ, Kay A, Lebwohl D, Ravaud A; RECORD-1 Study Group. Efficacy of everolimus in advanced renal cell carcinoma: a double-blind, randomised, placebo-controlled phase III trial. Lancet. 2008 Aug 9;372(9637):449-5 Escudier B, Eisen T, Stadler WM, Szczylik C, Oudard S, Siebels M, Negrier S, Chevreau C, Solska E, Desai AA, Rolland F Demkow T, Hutson TE, Gore M, Freeman S, Schwartz B, Shan M, Simantov R, Bukowski RM; TARGET Study Group. , Sorafenib in advanced clear-cell renal-cell carcinoma. N Engl J Med. 2007 Jan 11;356(2):125-34. Erratum in: N Engl J Med. 2007 Jul 12;357(2):20

154

155

R. Professor Antônio Prudente, 211 São Paulo - SP - Liberdade - CEP 01509-010 Tel. +55 11 2189-5000 www.accamargo.org.br

Sponsor Documents

Or use your account on DocShare.tips

Hide

Forgot your password?

Or register your new account on DocShare.tips

Hide

Lost your password? Please enter your email address. You will receive a link to create a new password.

Back to log-in

Close