Streamline

Published on December 2016 | Categories: Documents | Downloads: 46 | Comments: 0 | Views: 434
of 19
Download PDF   Embed   Report

Comments

Content

UC Design Contemporâneo 3º A1

IADE 2012|2013

INTRODUÇÃO CONTEXTO HISTÓRICO STREAMLINE|O ESTILO STREAMLINE|DESIGNERS
RAYMOND LOEWY HENRY DREYFUSS NORMAN BEL GEDDES WALTER DORWIN TEAGUE

AMERICAN WAY OF LIFE CONCLUSÃO

O tema “Streamline and American Way of Life” suscitou o nosso interesse pelo simples facto de ter sido um acontecimento que ainda hoje está presente na nossa sociedade. Com efeito o consumismo que marcou essa época, continua ainda firme nos dias de hoje. Actualmente, tal como nessa época continua-se a “vender” um futuro cheio de progresso para os consumidores. O designer continua a ter exactamente o mesmo papel, dar melhor aparência aos produtos, o aspecto visual da embalagem, tornou-se desde então quase tão importante como o produto. Na nossa sociedade, o sujeito continua a procurar produtos de qualidade e com um bom design, desde aquela época que se desenvolveu um novo tipo de consumidor. Este trabalho trata do impacto que o design causou após a Grande Depressão sentida nos Estados Unidos da América, na consequência do crash da Bolsa em 1929.

Para compreendermos de forma mais adequada as características e as relações da nossa actual sociedade capitalista com o "mundo material" e o design de maneira mais ampla, foi necessário traçar uma retrospectiva situando alguns momentos importantes que marcaram o desenvolvimento da industrialização e da sociedade, e que culminaram na configuração socioeconómica presente nos dias de hoje. O progresso científico e técnico permitia uma transformação radical das cidades e da sociedade e, com a industrialização crescente, vinha à tona o espirito de uma nova era onde a burguesia via no modelo capitalista a certeza de uma até então inimaginável prosperidade. A va1orizaçãoo da propriedade privada, da fartura de produtos e bens, trazia à população um novo tipo de "bem-estar", configurando o início de uma sociedade consumidora e consumista, que se faz presente até à actualidade. O conforto, assim como o consumo de maneira geral, passou a estabelecer novos tipos de relações e valores na sociedade. Este alterou de forma bastante significativa as relações entre os homens e as suas esposas, entre pais e filhos, amigos e parentes, transformando a vida social completa e decisivamente. Assim, podemos perceber uma relação de dependência recíproca entre a dinâmica da modernização e a difusão do conforto nas cidades e nas habitações. Particularmente o lar, passa a ser considerado como um microcosmo onde as pessoas têm o seu espaço, a sua privacidade, exemplificando perfeitamente a relação entre o conforto real e o percebido pela sociedade com a modernização dos ambientes domésticos, assim como, também passa a ocorrer nos ambientes públicos. Com o final da Primeira Guerra Mundial, os países europeus que nela se envolveram, necessitavam de reconstruir tudo o que havia sido destruído. Incrementaram as fábricas que passavam a produzir numa escala sem precedentes. A população, cada vez mais atraída pelo ideal burguês do conforto, progressivamente se tornava consumista, o que proporcionava a movimentação frenética dos mercados consumidores e embalava ainda mais o desenvolvimento do sector industrial e, por conseguinte, a produção de uma infinidade de produtos.

Por outro lado, os Estados Unidos da América aproveitando a situação, conquistou um bom mercado para a sua crescente produção: a Europa Pós-Primeira Guerra. A aparição dos cartões de crédito nos anos 20 estimulava ainda mais o consumo desenfreado da sociedade norte-americana, que em pouco tempo, estava endividada e percebia a real fragilidade das acções, na bolsa de valores. O crash da bolsa, em Outubro de 1929, revelou uma nova realidade, mostrando ao mundo os perigos de uma dicotomia entre a especulação financeira e a realidade da produção industrial. Com o reaquecimento económico após a Segunda Guerra Mundial, a sociedade norte-americana passa a viver o "American way of life". O consumo é a tónica predominante deste modelo que defende fervorosamente a propriedade privada e o desenvolvimento económico a qualquer preço. As empresas crescem e transformam-se em superpotências multinacionais, ao instalarem filiais em diversos países criando monopólios que interferem e alteram a política e a economia desses países. Com esta conjuntura político-económica e uma impressionante superprodução capitalista, o modelo de consumo norte-americano influencia de maneira decisiva o restante mundo, principalmente ao estabelecer relações políticas positivas, de modo especial, junto aos governantes dos países "em desenvolvimento" cujos recursos naturais são de fundamental importância para a manutenção da sua economia. Por outro lado, este modelo que, ao mesmo tempo, veicula e universaliza um estilo de vida generoso, baseado no ideal sedutor da felicidade material, propiciou um notável desenvolvimento de uma nova área de conhecimento de fundamental importância para a conquista dos consumidores e dos mercados, a saber, o Design. Os projectistas dos inúmeros produtos industrializados passaram a levar em conta outros atributos que não apenas os funcionais e mercadológicos. A importância da subjectividade apresentada pelo design desses produtos e o seu papel como parâmetro de escolha e preferência por parte do público consumidor, modificaram as relações das pessoas com os objectos e levaram ao rápido desenvolvimento e à consolidação do estilo moderno e veloz onde tudo era produzido pelas indústrias.

O estilo "Streamline" que se colocava, teve o importante papel de trazer o Design para o conhecimento do grande público e teve como o principal ícone, Raymond Loewy, um imigrante francês instalado há muitos anos em Nova Iorque. Este estilo marcante foi muito representativo quanto às pressões e desejos da sociedade e do mercado na época e é muito valorizado pela sua expressividade mesmo na actualidade. O "Streamline", exalta a forma dos objectos em relação à noção de velocidade, utilizando formas e aspectos que lembravam os aviões e foguetes, símbolos máximos da modernidade, passa a ser o padrão para o Design dos bens de consumo, por mais de uma década. A noção de velocidade estava cada vez mais presente no design dos produtos e na vida quotidiana da sociedade. Os produtos aparentavam ser cada vez mais rápidos e modernos, acabando por alimentar não só as necessidades do mercado consumidor mas principalmente o desenvolvimento do sector industrial. O papel do designer não passa apenas por tratar da beleza estética dos produtos com que nos relacionamos na vida quotidiana, antes de projectar e desenvolver o produto, o designer deve rever o conceito do produto e reinterpretar as suas funções, e então aí projectar algo realmente novo. Apesar de ser o correto não é o que costuma acontecer, em muitos casos de redesign, onde os produtos eram apenas remodelados de maneira a dar uma ideia de novo enquanto que na realidade eram produtos antigos, apenas camuflados de modo a parecerem modernos.

“Como arte liberal de cultura tecnológica, o design aponta para uma nova atitude sobre a aparência dos produtos”
(BUCHANAN)

Cada vez mais, o sujeito procura produtos de qualidade e com um bom design. O consumidor tinha que ser atraído, o aspecto visual do produto e da embalagem tornou-se quase tão importante como o produto. Um novo tipo de consumidor desenvolveu-se e a relação com os objectos mudou. O usuário passa-se a colocar de outra forma em relação aos fabricantes. O valor atribuído às mercadorias pelo consumidor, começa a ter maior visibilidade para a indústria, aumentando a importância e a participação dos "indivíduos comuns" para a sociedade de maneira geral. Esta transformação do consumidor gera rapidamente a alteração da forma com que a indústria se coloca em relação ao mercado. O produto deve cumprir eficientemente as suas funções, sejam elas técnicas, de usabilidade, de nível simbólico e semiótico representados pelo seu estilo formal e estético, pela sua responsabilidade ambiental, ou como ocorre num novo modelo que começa a aparecer e ganhar espaço no mercado contemporâneo, o serviço que este produto pretende atender é mais importante do que a posse do mesmo. Esta é uma forma bem mais sustentável de utilizar os produtos, sendo um serviço, o uso é bem mais racional e demanda uma quantidade consideravelmente menor de produtos, que podem passar a ser vistos como "unidades de serviço" e ter a sua vida útil bastante optimizada.

Raymond Loewy foi um designer brilhante e, sem dúvida, o embaixador mais versátil desta disciplina, tornou-se uma lenda na Historia do Design. Ele foi o protagonista mais influente do design industrial e teve um impacto significativo sobre os gostos e estilos de vida de várias gerações. A filosofia de Loewy ainda tem uma influência sobre o mundo do design industrial dos dias de hoje. Raymond Loewy conseguiu em curto espaço de tempo tornar o design num meio de incentivo às vendas. O seu lema de vida e titulo da sua autobiografia em alemão, “O feio vende mal” (1953) e o original em inglês foi editado em 1951 com o titulo “Never leave well enough alone”, passou a ser a obra de referência para uma geração de designers, não apenas Americanos. Loewy foi o primeiro a relacionar o factor Marketing no produto em si, ele citou:“If you have two products wich do not differ in terms of price, function and quality, it is the product’s attractive external appereance which wins the race” ou seja, “Se tem dois produtos que não diferem no preço, função e qualidade, é a aparência exterior do produto, que ganha a corrida”. Entre 1925 a 1980 a teoria de Leowy teve um grande impacto na cultura Americana. A sua marca era o design aerodinâmico, dando uma nova identidade ao “American way of life”. A indústria atribui-lhe a tarefa de criar novos projectos e fazer o Redesign para todos outro tipo de produtos como carros, material de escritório, pasta de dentes, chávenas e entre outros. Alguns produtos que Leowy desenhou ainda são familiares hoje em dia tal como, “Studebaker” e o “Frigidaire”. O livro de Leowy: “Never leave well enough alone” tornou-se num verdadeiro best-seller causando noticias em jornais como o Times dedicando o seu titulo do livro e a sua campanha contra o mau gosto.

The $100,000 Loewy Pencil Sharpener, 1933

Coke Dispenser by Raymond Loewy, 1947

RCA Radio, 1933 Electric range for Frigidaire, 1956

Jaguar Coupe, 1956

Anscoflex camera II, 1954

BMW CP, 1957

Le Creuset, 1958

Henry Dreyfuss estudou na Ethical Culture School em Nova Iorque antes de fazer uma parendizagem com o designer industrial Norman Bel Geddes em 1923. Enquanto trabalhava no ateliar de Geddes, Dreyfuss concentrou-se principalmente em trabalhos para o teatro, desenhando guarda-roupas, cenários e iluminação para o Strand Theater em Nova Iorque e para a cadeia de teatros de revista R.K.O (Radio-Keith-Orpheum). Durante algum tempo Dreyfuss trabalhou como consultor para os armazens Macy's, antes de montar o seu próprio atelier de design industrial em Nova Iorque em 1929. A sua intrepertação directa e prática do processo de design contribui para o sucesso da sua firma, que acabou por conseguir uma importante clientela. As suas criações, como o telefne Trimline de 1965, eram caracterizadas pelo uso de formas esculturais arrojadas e, como tal, exemplificavam o aerodinamismo no design americano. Redesenhou muitos produtos para empresas com a intenção de aumentar a procura do consumidor, não tanto através da inovação tecnológica, mas através da aparência dos produtos. Grande parte da ciência da antropometria - muito utilizadas em projectos de produtos de hoje - são baseados na "Medida do Homem" conceito filosófico de Dreyfuss de 1960.

Home Phone, 1937 Single lens reflex, 1972

Hoover Model 150, Vacuum cleaner, 1936

Iron for Hover

Electric toaster for birtman electric, 1932

Jar, 1935

Nesta época, poucas pessoas houve que tenham sido tão influentes como Norman Bel Geddes, prolífico criador de objectos que são hoje tão comuns no nosso dia-a-dia que julgamos que sempre existiram. Foi ele "apenas" o autor de conceitos que permanecem actuais como também estabeleceu um padrão estético que dominou grande parte do design do século XX: o streamlining. Tinha também um espírito imaginativo e visionário que o levou a ir mais além e a propor grandes e fantásticos projectos. A mente do visionário Bel Geddes fervilhava de ideias e projectos inovadores que iam por vezes muito além do que a própria indústria considerava ser o progresso. Alguns eram praticamente irrealizáveis com a tecnologia da época e não passaram, por isso, do papel. Entre eles contavam-se locomotivas e automóveis em forma de gota de água, transatlânticos e aviões fabulosos, mas também grandes projectos de arquitectura, como o de uma cidade do futuro exibida na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1939, profeticamente denominada Futurama. O seu livro de 1932 "Horizons" - título significativo - encontrava-se recheado de propostas fantásticas, nomeadamente para meios de transporte diversos, como um automóvel voador e um avião gigantesco: o airliner number 4. As ilustrações deste livro correram o mundo e influenciaram toda uma geração de artistas e criadores que, não obstante, ficaram sempre aquém da criatividade e imaginação imensas de Norman Bel Geddes, o designer do futuro.

Airliner no. 4, 1929

Flying car design (concept model), 1945

Chairs, by Geddes and Max Cobb

One piece school desk

Streamlined bus design

Patent Model Concept, 1934

Futurama Exhibit, GM Pavillion, NY World Fair, 1939

Cobra desk lamp, 1930

Walter Dorwin Teague foi um designer industrial que foi pioneiro na criação de design industrial como uma profissão nos Estados Unidos. Teague, que estudou pintura na Art Students League, em Nova Iorque (1903-1907), começou a sua carreira profissional como designer gráfico, ilustrando revistas. Walter Teague começou a ser contactado, procurando conselhos acerca de projectos de design de produto, quando em 1926 forma um escritório dedicado exclusivamente ao design industrial. Este iria criar produtos, exposições e decoração de interiores. Nesta época a América estava a entrar na Grande Depressão e as grandes empresas, decididas a encontrar medidas para sobreviver, procuraram talentosos designers industriais. Teague foi recomendado por curadores da Metropolitan Museum a Eastman Kodak, em 1928, que o manteve a produzir câmaras fotográficas. Teague insistiu trabalhar em estreita colaboração com os engenheiros da fábrica Eastman e os resultados foram bem sucedidos. Dados os bons resultados a Kodak, manteve Walter Teague como seu designer, até ao fim da sua vida. Em 1930 o design revolucionário de Teague para a Marmon 16 Automobile, concebido com o seu filho Dorwin, atraiu atenção generalizada. No final da década, este projectou uma série de exposições para a Feira Mundial de Nova Iorque e da Golden Gate (São Francisco) Exposição Internacional, ambos em 1939 e 1940. Outros projectos notáveis foram para Corning Glass, Polaroid, Montgomery Ward e a New Haven, empresa ferroviária.

Polaroid Lamp, 1937

Blue bird Radio, 1934

Spartan Table Radio, 1936

Vanity Kodak, 1928

Kodak Bantam, 1935

Baby Brownie, 1934

Durante o século XX, sobretudo na segunda metade, as sociedades do mundo inteiro sofreram grandes mudanças tanto no âmbito político quanto no cultural – este, mais um reflexo daquele. O final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, foi marcado pela perda da hegemonia dos países europeus e o surgimento de uma nova potência mundial, os Estados Unidos da América, consolidando, assim, o capitalismo como sistema económico e social dominante. Após o término da Segunda Guerra Mundial, os EUA preocupavam-se em difundir para o resto do mundo uma imagem positiva do seu governo, do seu povo e do seu modo de vida. O chamado American Way of Life ou estilo era um modelo de “modernidade e progresso” que se empregava como sendo um estímulo para o consumo, principalmente, de bens simbólicos norte-americanos que seriam difundidos. Este novo "estilo de vida” foi ainda mais divulgado durante os anos 60 e 70 do século XX, quando esta potência económica, ainda se esbarrava no contexto da Guerra do Vietname e da Guerra Fria. Durante os anos de batalhas no Vietname, houve uma superexposição dos valores, hábitos e costumes norte-americanos. A identidade nacional norte-americana, construída durante os anos 20 e intensificada na década de 1960 com a produção maciça de produtos de utilidade doméstica que facilitassem a vida da dona de casa americana, já trazia a ideia de como a sociedade se moveria em torno de uma industrialização desenfreada, voltada para o consumismo, com o pretexto da independência e da praticidade no trabalho doméstico. Mesmo não vencendo os vietnamitas, os EUA, mais adiante, conseguiriam manter-se à frente dos oponentes soviéticos até que a queda do Muro de Berlim significasse a aparente vitória do capitalismo e a confirmação da hegemonia norte-americana que, mesmo esporadicamente ameaçada, vigora até os dias de hoje. O cinema de Hollywood carrega consigo diversas ideologias socioculturais e políticas que tendem a enaltecer uma elite dominante no processo de produção de bens simbólicos e não-simbólicos. Nos anos 40 e 50, o cinema, por meio do star system, criava ídolos que se tornavam mensageiros dessa dominação. Como exemplo, cita-se a indústria de tabaco, que financiava diversas produtoras de filmes em troca da exposição dos seus cigarros como um elemento na cenografia de diversos filmes. Já nos anos que sucederam o fim da Guerra do Vietname o cinema passou a exercer a função de propagar a ideologia do American Way of Life, que consistia muma espécie de pacote no qual continham o estabilishment da família feliz. Foi neste contexto que foram produzidos filmes que exaltavam os veteranos de guerra, o patriotismo e a estabilização dos valores burgueses da época. .

A indústria cinematográfica teve um grande poder de influência no que toca há divulgação do American Way of Life. Através da transmissão de traços da cultura americana, o modo de vida americano do século XX flui para todos os lados do mundo. O consumismo é o principal objectivo a ser alcançado pela indústria ao espalhar a influência. O cinema de Hollywood, contribuiu para a valorização dos ideais de beleza através da criação de ídolos, a indústria dos cosméticos foi ajustada à indústria cultural. As estrelas de Hollywood provocaram uma grande influência na moda. Designers de moda, como Tommy Hilfiger, Calvin Klein e Ralph Lauren, também contribuiram para exportar este movimento American Way of Life. A manutenção do corpo tornou-se cada vez mais uma preocupação, os cosméticos, os aparelhos de ginástica, suplementos nutricionais, revistas especializadas sobre a boa forma, saúde e regimes alimentares e cuidados corporais vitaminas invadiram o mercado. A publicidade da estética e da moda começaram a ser principais divulgadoras de um corpo ideal. Houve uma crescente necessidade por parte dos indivíduos de cuidar do corpo de forma a alcançar uma melhor aparência, o consumismo estava cada vez mais presente. Origina-se assim um mercado de aparências onde constavam inúmeros profissionais especializados em tratamentos de cabelo, pele, gordura, pelos, unhas, entre outros. Em torno de toda esta aparência e consumismo surgiram também vários objectos, tais como alisadores de cabelo, raio-laser para remover pelos e máquinas de bronzeamento

Apos a realização do trabalho tomámos consciência de que o design industrial da década do Streamline, não era um design “puro/genuÍno” . Nesta época era dada uma maior importância ao valor simbólico do objecto e nao ao valor funcional. O papel do design passava por tratar da parte estética do objeto e não funcional. Os objectos tornavam-se assim “enganosos” e ilusórios face ao consumidor, eles pretendiam comprar algo novo e no fundo não era o que acontecia, acabavam por comprar apenas a parte estética do objecto. Os objectos continham apenas uma nova aparência sendo a parte funcional exactamente a mesma dos objectos já introduzidos no mercado. Tratava-se assim de um mercado de híper-sedução em que os objectos eram apenas atractivos. Entra então aqui a expressão que mais marcou esta época “o feio vende mal”. Hoje em dia o designer desempenha um papel mais completo, tratando as duas partes: estética e funcional.

Sponsor Documents

Or use your account on DocShare.tips

Hide

Forgot your password?

Or register your new account on DocShare.tips

Hide

Lost your password? Please enter your email address. You will receive a link to create a new password.

Back to log-in

Close