win server 2003

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FACULDADES INTEGRADAS UNICESP CURSO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

RUBENS JOSÉ DE SOUZA

IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIDOR WEB SEGURO COM WINDOWS SERVER 2003 PARA A EMPRESA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BRASÍLIA 2007

RUBENS JOSÉ DE SOUZA

IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIDOR WEB SEGURO COM WINDOWS SERVER 2003 PARA A EMPRESA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Tecnologia em Segurança da Informação do Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa, como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Segurança da Informação. Área de concentração: Tecnologia em Segurança da Informação. Orientador: Prof. MSc. Cid Bendahan Coelho Cintra

BRASÍLIA 2007

SOUZA, Rubens José. Implementação de servidor web seguro com windows server 2003 para a Caixa Econômia Federal / Rubens José de Souza ; Professor orientador Cid Bendahan Coelho Cintra. – Guará : [s. n.], 2007. 134f; il. Monografia (Graduação em Tecnologia em Segurança da Informação) – Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa, 2007

I. Cintra, Cid Bendahan Coelho. II. Segurança da informação. III. Intranet.

FACULDADES INTEGRADAS UNICESP CURSO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

RUBENS JOSÉ DE SOUZA
Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Implementação de Servidor Web Seguro Com Windows Server 2003 para a Empresa Caixa Econômica Federal”, avaliado pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:

_____________________________________________________________

Prof. MSc. Cid Bendahan Coelho Cintra - Orientador

_____________________________________________________________

Prof. Charles Fernando Alves

_____________________________________________________________

Prof. Flávio Pelegrinelli

_____________________________________________________________

Prof. MSc. Paulo Hansen Coordenador do Curso de Tecnologia Em Segurança Da Informação FACCIG/UnICESP RESULTADO ( X ) APROVADO ( ) REPROVADO

Brasília, junho de 2007.

PROPRIEDADE INTELECTUAL DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – CESSÃO DE DIREITOS

Curso de Tecnologia em Segurança da Informação UnICESP Título do Trabalho: “Implementação de Servidor Web Seguro Com Windows Server 2003 para a Empresa Caixa Econômica Federal Autor: Rubens José de Souza Orientador: Prof. MSc. Cid Bendahan Coelho Cintra Data de apresentação do Trabalho: 26 de junho de 2007

Declaramos que o aluno Rubens José de Souza por meio da Coordenação do Curso de Tecnologia em Segurança da Informação, da Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso e da Coordenação Geral de Trabalhos de Conclusão de Curso, do UnICESP, estão autorizadas a fazer uso do Trabalho por nós desenvolvido para a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II – TCC II para: • • Objetivos estritamente acadêmicos, como exposição/apresentação em Seminários ou Simpósios e outros eventos internos ou externos; Divulgação interna ou externa, para fins acadêmicos.

________________________________

________________________________ Prof. MSc. Cid Bendahan Coelho

Rubens José de Souza

Cintra

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida que me concedeste e por mais esta conquista.

A minha querida esposa Leila Maria e às minhas queridas filhas Leilliany e Rubbiany, que de certa forma me ajudam a superar os desafios que me são impostos.

A todos os professores e colegas que com sua presença e companheirismo me incentivaram e proporcionaram-me vários momentos de aprendizagem e, principalmente, ao professor e mestre Cid Bendahan Coelho Cintra cuja paciência e conselho sempre vieram na hora certa e que não poupou esforços e preciosas horas de seu tempo em minha orientação.

Obrigado a todos.

RESUMO

Este trabalho apresenta e analisa a segurança da informação em servidores que disponibilizam informações voltadas para intranet da Caixa Econômica Federal. Primeiramente, são apresentados os conceitos de vários tópicos abordados no trabalho, como redes de computadores, protocolos, internet, intranet, extranet, política de segurança da informação, controle de acesso, infra-estrutura de chave pública, sistema operacional e serviços de informações voltados para intranet. A ênfase do trabalho foi a aplicação de questionário e análise de riscos e vulnerabilidades por meio de comparação dos resultados obtidos versus matriz de risco. Conclui-se que não existe situação efetiva de segurança nos servidores de informações e se propõe recomendações com base nas normas de segurança NBR ISO/IEC 17799:2005 e nas orientações emitidas pela Microsoft Corporation. Palavras chaves: Segurança da Informação. Intranet.

ABSTRACT
This work presents and it analyzes the safety of the information in servers that possess information of the intranet of Caixa Econômica Federal. Firstly, the concepts of several topics approached in the healthy work presented, as nets of computers, protocols, internet, intranet, extranet, politics of safety of the information, access control, and infrastructure of public key, operating system and services of information for intranet. The emphasis of the work is the questionnaire application and analysis of risks and flaws through comparison of the results obtained with the risk head office. I concluded that effective situation of safety doesn't exist in the servers of information and I propose recommendations with base in safety's NBR ISO/IEC 17799:2005 norms and in the orientations emitted by Microsoft Corporation. Word Keys: Safety of the Information. Intranet.

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Lista de tabelas
Tabela 1 – Recursos mínimos de hardwares para as diferentes edições do Windows Server 2003...............................................................................................................71 Tabela 2 – Portas TCP padrão para serviços web ....................................................80 Tabela 3 – Matriz de Risco – Política de Controle de Acesso ...................................94 Tabela 4 – Matriz de Risco – Gerenciamento de acesso de usuário ........................94 Tabela 5 – Matriz de Risco – Responsabilidades dos usuários ................................95 Tabela 6 – Matriz de Risco – Controle de acesso à rede..........................................95 Tabela 7 – Matriz de Risco – Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet ..........................................................96 Tabela 8 – Legenda ..................................................................................................96 Tabela 9 – Configurações de senha para conta......................................................101 Tabela 10 – Configurações de auditoria..................................................................102 Tabela 11 – Atribuições de direito do usuário .........................................................102 Tabela 12 – Opções de segurança .........................................................................104 Tabela 13 – Utilitários de linha de comando. ..........................................................109 Tabela 14 – Classificação de arquivos do site. .......................................................115 Tabela 15 – Extensões mapeadas e que deverão ser removidas...........................116

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Lista de Figuras
Figura 1 – Organograma da Empresa.......................................................................26 Figura 2 – Modelo baseado no mainframe e no acesso via “terminais burros”. ........28 Figura 3 – Modelo baseado em cliente/servidor e no acesso via cliente...................29 Figura 4 – Modelo de desenvolvimento em duas camadas. .....................................31 Figura 5 – Modelo de desenvolvimento em três camadas. .......................................32 Figura 6 – Modelo de desenvolvimento em quatro camadas. ...................................33 Figura 7 – Rede de pesquisadores depois da ARPAnet. ..........................................36 Figura 8 – Rede local baseada no protocolo TCP/IP. ...............................................37 Figura 9 – Ligação entre rede baseada no protocolo TCP/IP. ..................................38 Figura 10 – Criptografia com chave simétrica. ..........................................................54 Figura 11 – Criptografia com chave assimétrica. ......................................................55 Figura 12 – Controle de acesso do IIS ......................................................................75 Figura 13 – Diagrama Gerenciador de Autorização ..................................................79 Figura 14 – Configuração do arquivo de log Security..............................................100 Figura 15 – Exclusão dos diretórios da partição sistema no serviço de indexação.101 Figura 16 – Serviço de Terminal – Encryption level High ........................................111 Figura 17 – Serviço de Terminal – Configurações da guia sessions.......................112 Figura 18 – Serviço de Terminal – Configuração da guia remote control................112 Figura 19 – Serviço de Terminal – Configuração da guia Client Settings ...............113 Figura 20 – Serviço de Terminal – Configuração da guia “Client Settings” .............113 Figura 21 – Serviço de Terminal – Configuração da guia “Client Settings” .............114 Figura 22 – Configuração do arquivo de log do IIS. ................................................116 Figura 23 – Implementando criptografia de 128 bits no IIS. ....................................119

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Lista de Abreviaturas e Siglas
AD ADSL ANSI ARPA ARPANET ASCII ASP CEN CENELEC COM CPF CSP CTL DC DHCP DLL DNS DSA EAP ECDH ECDSA ETSI EUA FAT FTP GUID HD HDS HTML HTTP HTTPS Active Directory Asymmetric Digital Subscriber Line American National Standards Institute Advanced Research Project Agency Advanced Research Projects Agency Network American Standard Code for Information Interchange Active Server Pages Comité Européen de Normalisation Comité Européen de Normalisation Eléctrotechnique Component Object Model Cadastro de Pessoas Físicas Cryptographic Service Provider Certificate Trust List Domain Controler Dynamic Host Configuration Protocol Dynamically Linked Library Domain Name System Digital Signature Algorithm Extensible Authentication Protocol Elliptic Curve Diffie-Hellman Elliptic Curve Digital Signature Algorithm European Telecommunications Standards Institute Estados Unidos da América File Allocation Table File Transfer Protocol Globally Unique Identifier Hard Disk Hitachi Data Systems Hyper Text Markup Language Hypertext Transfer Protocol Hypertext Transfer Protocol Secure

11 IAS IBM ICF ICP IEC IEEE IIS IP IPSec IPX ISAPI ISO ITU MDAC MIPS MSU MUX NCP NCSA NETBEUI NIST NNTP NTFS ODBC PC PDF PGP PIN PKCS POP RAM RDS RPC RRAS Internet Authentication Service International Business Machines Internet Connection Firewall Infra-estrutura de Chave Pública International Electro technical Commission Institute of Electrical and Electronics Engineers Internet Information Services Internet Protocol Internet Protocol Security Internetwork Packet Exchange Application Programming Interface International Organization for Standardization International Telecommunications Union Microsoft Data Access Components Milhões de instruções por segundo Milhões de unidades de serviço Multiplexador Network Control Protocol National Center for Supercomputing Applications NetBIOS Extended User Interface National Institute for Standards and Technology Network News Transfer Protocol New Technology File System Open Data Base Connectivity Personal Computer Portable Document Format Pretty Good Privacy Personal Identification Number Public Key Cryptography Standard Post Office Protocol Random Access Memory Remote Data Services Remote Procedure Call Routing and Remote Access Service

12 RSA SDSI SET SGC SMTP SPKI SPX SQL SSH SSL TCP TLS UDP UNC URL W3C WINS WSRM WWW XML Ron Rivest e Adi Shamir Simple Distributed Security Infrastructure Secure Electronic Transaction Server-gated Cryptography Simple Mail Transfer Protocol Simple Public Key Infrastructure Sequenced Packet Exchange Structured Query Language Secure Shell Secure Sockets Layer Transmission Control Protocol Transport Layer Security User Datagram Protocol Universal Naming Convention Universal Resource Locator World Wide Web Consortium Windows Internet Naming Service Windows System Resource Manager World Wide Web extensible Markup Language

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Sumário

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................20 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................21 3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................................22 3.1 A EMPRESA .......................................................................................................22 3.2 MISSÃO .............................................................................................................22 3.3 ORGANOGRAMA .................................................................................................22 4 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................27 4.1 FUNDAMENTOS DE REDES ...................................................................................27 4.1.1 Introdução .................................................................................................27 4.1.2 Redes de computadores ...........................................................................27 4.1.2.1 Modelo centralizado baseado no mainframe ......................................27 4.1.2.2 Modelo descentralizado baseado em cliente/servidor ........................28 4.1.2.2.1 Servidores de rede.......................................................................29 4.1.2.3 Modelo de aplicações em duas camadas...........................................29 4.1.2.4 Modelo de aplicações em três camadas.............................................31 4.1.2.5 Modelo de aplicações em quatro camadas ........................................32 4.1.3 Papel do Windows Server 2003 na rede ...................................................33 4.2 PROTOCOLOS ....................................................................................................34 4.2.1 Fundamentos ............................................................................................34 4.2.2 Protocolo TCP/IP.......................................................................................35 4.2.2.1 Configurações do protocolo TCP/IP ...................................................36 4.3 INTERNET/INTRANET/EXTRANET ..........................................................................38 4.3.1 Internet ......................................................................................................38 4.3.2 Intranet ......................................................................................................40 4.3.3 Extranet.....................................................................................................41 4.4 POLÍTICA DE SEGURANÇA DE INFORMAÇÃO ..........................................................41 4.4.1 Introdução .................................................................................................41 4.4.2 Objetivos de segurança.............................................................................42 4.4.2.1 Diretrizes para implementação ...........................................................43

14 4.4.3 Legislação Brasileira e Instituições Padronizadas ....................................43 4.4.3.1 Legislação Brasileira...........................................................................44 4.4.3.2 Instituições Padronizadoras Nacionais e Internacionais.....................45 4.4.4 Identificando os Recursos .........................................................................45 4.4.4.1 Classificação das informações ...........................................................45 4.4.4.2 Classificação dos sistemas.................................................................46 4.4.5 Ativos ........................................................................................................46 4.4.6 Riscos .......................................................................................................47 4.4.7 Ameaças ...................................................................................................48 4.4.8 Ataques .....................................................................................................48 4.4.9 Manutenção da Política.............................................................................49 4.4.9.1 Diretrizes para implementação ...........................................................50 4.5 CONTROLES DE ACESSO .....................................................................................50 4.5.1 Lógico........................................................................................................51 4.5.2 Físico.........................................................................................................51 4.5.3 Ambiental ..................................................................................................52 4.6 INFRA-ESTRUTURA DE CHAVE PÚBLICA – ICP .......................................................52 4.6.1 Introdução à ICP .......................................................................................52 4.6.2 Conceitos Necessários..............................................................................52 4.6.2.1 Criptografia .........................................................................................53 4.6.2.1.1 Chaves simétricas........................................................................53 4.6.2.1.2 Chaves assimétricas ....................................................................54 4.6.2.1.3 Algoritmos ....................................................................................55 4.6.2.2 Autenticação .......................................................................................55 4.6.2.2.1 Sign-on.........................................................................................56 4.6.2.2.2 Single sing-on (SSO) ...................................................................56 4.6.2.3 Autenticação forte...............................................................................57 4.6.2.3.1 Tokens .........................................................................................57 4.6.2.3.2 Smartcards...................................................................................57 4.6.2.3.3 Biometria ......................................................................................57 4.6.3 Serviços oferecidos pela ICP ....................................................................58 4.6.3.1 Privacidade .........................................................................................58 4.6.3.2 Integridade..........................................................................................58 4.6.3.3 Autenticidade ......................................................................................58

15 4.6.4 Serviços disponíveis com a utilização da ICP ...........................................59 4.6.4.1 Segurança na Comunicação...............................................................59 4.6.4.2 Carimbo de tempo seguro ..................................................................59 4.6.4.3 Não-repúdio ........................................................................................59 4.6.4.4 Gerência de privilégios .......................................................................60 4.6.4.5 Recuperação de chaves .....................................................................60 4.6.5 Ameaças e vulnerabilidades .....................................................................60 4.6.5.1 Perfil de um hacker.............................................................................61 4.6.5.2 Hackers x crackers .............................................................................61 4.6.5.3 Script kiddies ......................................................................................61 4.6.5.4 Funcionários insatisfeitos e ex-funcionários .......................................61 4.6.5.5 Engenharia Social...............................................................................61 4.6.5.6 Anatomia de um ataque de hacker .....................................................62 4.6.6 As vulnerabilidades mais críticas de segurança na Internet......................62 4.6.6.1 Instalações padrão de sistemas operacionais e softwares.................62 4.6.6.2 Contas de usuários e senhas .............................................................62 4.6.6.3 Backup incompleto ou inexistente ......................................................63 4.6.6.4 Grande número de serviços/portas abertas........................................63 4.6.6.5 Ausência de filtro da rede local da empresa.......................................63 4.6.6.6 Sistema de logs e auditorias incompletas ou inexistentes..................64 4.6.6.7 Buffer overflow....................................................................................64 4.6.6.7.1 Remote Procedure Call (RPC) .....................................................64 4.6.6.8 Brecha nos serviços de dados remotos (RDS) do IIS.........................65 4.6.7 Certificação e certificados .........................................................................65 4.6.7.1 Introdução...........................................................................................65 4.6.7.2 Tipos de certificado.............................................................................66 5.6.7.2.1 X.509............................................................................................66 4.6.7.2.2 Simple Public Key Infrastructure/Simple Distributed Security Infrastructure (SPKI/SDSI) ..........................................................................67 4.6.7.2.3 Secure Electronic Transaction (SET) ...........................................67 4.6.7.3 Public Key Cryptography Standards (PKCS) ......................................67 4.7 SISTEMA OPERACIONAL......................................................................................68 4.7.1 Introdução .................................................................................................68 4.7.2 Funções Básicas .......................................................................................69

16 4.7.3 Windows Server 2003 ...............................................................................69 4.7.3.1 Windows Server 2003 Standard Edition .............................................70 4.7.3.2 Windows Server 2003 Enterprise Edition ...........................................70 4.7.3.3 Windows Server 2003 Data Center Edition ........................................70 4.7.3.4 Windows Server 2003 Web Edition ....................................................71 4.7.4 Comparação entre as diferentes edições..................................................71 4.8 INTERNET INFORMATION SERVICES 6.0 (IIS).........................................................71 4.8.1 Introdução .................................................................................................71 4.8.2 Segurança.................................................................................................72 4.8.2.1 Recomendações para Servidor Web com IIS .....................................72 4.8.2.2 Tipo de Autenticação ..........................................................................73 4.8.2.2.1 Autenticação de Sites ..................................................................73 4.8.2.2.2 Autenticação de Sites FTP...........................................................74 4.8.2.3 Controle de Acesso.........................................................................74 4.8.2.3.1 Permissões NTFS ........................................................................75 4.8.2.3.2 Permissões de sites .....................................................................75 4.8.2.3.3 Contas do IIS e contas internas ...................................................76 4.8.2.3.4 Acesso anônimo...........................................................................77 4.8.2.3.5 Configurando identidade do processo de trabalho.......................77 4.8.2.3.6 Protegendo sites com restrições de endereço IP.........................77 4.8.2.3.7 Protegendo diretórios virtuais.......................................................78 4.8.2.3.8 Autorização da URL .....................................................................78 4.8.2.4 Filtragem de porta TCP/IP ..................................................................79 4.8.2.4.1 Atribuições de portas para serviços web......................................79 4.8.2.4.2 Ferramentas de filtragem de portas .............................................80 4.8.2.5 Criptografia .........................................................................................80 4.8.2.5.1 Ativando a criptografia .................................................................81 4.8.2.5.2 Definindo o nível de criptografia...................................................81 4.8.2.6 Certificado Digital................................................................................81 4.8.2.6.1 Autoridades de certificação ..........................................................82 4.8.2.6.2 Certificados de servidor................................................................82 4.8.2.6.3 Server-gated Cryptography (SGC)...............................................82 4.8.2.6.4 Provedor de serviços de criptografia selecionável .......................83 4.8.2.6.5 Certificados de cliente ..................................................................83

17 4.8.2.6.6 Lista de certificados confiáveis.....................................................83 4.8.2.6.7 Detecção de certificados de cliente revogados ............................83 4.8.3 LOGs de atividades do site .......................................................................84 4.8.3.1 Habilitando o log .................................................................................84 4.8.3.2 Personalizando o log estendido do W3C............................................84 4.8.3.3 Salvando arquivos de log ...................................................................85 4.8.3.4 Convertendo arquivos de log em formato NCSA ................................85 4.8.3.5 Log binário centralizado......................................................................85 4.8.3.6 Módulos de log personalizados ..........................................................86 4.8.3.7 Log remoto .........................................................................................86 4.8.3.8 Códigos de erro em arquivos de log ...................................................87 4.8.4 Metabase do IIS ........................................................................................87 4.8.4.1 Estrutura .............................................................................................87 4.8.4.2 Segurança ..........................................................................................87 4.8.4.3 Backup................................................................................................88 4.8.4.4 Importação e Exportação....................................................................88 4.8.5 Ajuste de desempenho..............................................................................88 4.8.5.1 Desempenho e Segurança .................................................................88 4.9 POLÍTICA DE CONTROLE DE ACESSO ....................................................................89 4.9.1 Ambiente centralizado (grande porte) .......................................................89 4.9.1.1 Ambiente mainframe IBM ...................................................................89 4.9.1.2 Ambiente SUN ....................................................................................90 4.9.1.3 Ambiente x86......................................................................................90 4.9.1.4 Storage em disco................................................................................90 4.9.1.5 Storage em fita ...................................................................................90 4.9.2 Ambiente descentralizado (baixa plataforma) ...........................................91 4.9.2.1 Servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet...........91 4.9.3 Ambiente de telecomunicações ................................................................92 4.9.4 Ambiente de telefonia................................................................................93 4.9.5 Recursos humanos ...................................................................................93 4.10 ANÁLISE DE RISCOS E VULNERABILIDADES ........................................................93 4.10.1 Avaliação de Risco..................................................................................93 4.10.2 Resultado da avaliação de risco .............................................................97 4.10.2.1 Política de controle de acesso ..........................................................97

18 4.10.2.2 Gerenciamento de acesso de usuário ..............................................97 4.10.2.3 Responsabilidades dos usuários ......................................................97 4.10.2.4 Controle de acesso à rede................................................................97 4.10.2.5 Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet .....................................................................................98 4.11 SOLUÇÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................................98 4.11.1 Política de controle de acesso ................................................................98 4.11.2 Gerenciamento de acesso de usuário.....................................................99 4.11.3 Controle de acesso à rede ......................................................................99 4.12 POLÍTICA DE SEGURANÇA PARA SERVIDORES QUE DISPONIBILIZAM SERVIÇOS
VOLTADOS PARA INTRANET .......................................................................................99

4.12.1 Configurações do Servidor ......................................................................99 4.12.1.1 Requisitos de Hardware ...................................................................99 4.12.1.2 Arquivos de log ...............................................................................100 4.12.1.3 Serviço de Indexação ....................................................................100 4.12.1.4 Proteção de tela..............................................................................101 4.12.1.5 Usuários administrator e guest .......................................................101 4.12.1.6 Política de segurança local .............................................................101 4.12.1.6.1 Senha.......................................................................................101 4.12.1.6.2 Auditoria ...................................................................................102 4.12.1.6.3 Atribuições de direitos do usuário ............................................102 4.12.1.6.4 Opções de segurança ..............................................................104 4.12.1.7 Configurações de registro...............................................................107 4.12.1.8 Permissões de Registro..................................................................108 4.12.1.9 Sistemas de arquivos - Access Control List (ACL) .........................109 4.12.1.10 Utilitários de linha de comando.....................................................109 4.12.1.11 Serviços ........................................................................................110 4.12.1.12 Configurações do serviço de terminal...........................................111 4.12.2 Configurações do serviço de informações da intranet (IIS) 6.0.............114 4.12.2.1 Configurações de registro específico do IIS ...................................114 4.12.2.2 Localização e permissão para arquivos..........................................115 4.12.2.3 Arquivo de log do IIS ......................................................................115 4.12.2.4 Extensões mapeadas e removidas.................................................116 4.12.2.5 Extensão WebDAV .........................................................................116

19 4.12.2.6 Método de autenticação .................................................................117 4.12.2.6.1 Autenticação do site.................................................................117 4.12.2.6.2 Permissões NTFS ....................................................................117 4.12.2.7 Criptografia .....................................................................................118 4.12.2.8 Certificado digital de servidor..........................................................119 4.12.2.9 Metabase do IIS..............................................................................119 4.12.2.9.1 Backup da metabase ...............................................................119 4.12.2.9.2 Segurança da metabase em nível de arquivo ..........................119 5 CONCLUSÃO ......................................................................................................121 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................122 GLOSSÁRIO...........................................................................................................124 ANEXO A ................................................................................................................126

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1 INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, a concorrência comercial entre as empresas assume caráter globalizado e faz com que os ganhos de competitividade sejam objeto de busca permanente. Nesse contexto, a informação passa a ser o bem maior de cada empresa como trunfo de negócios e, como tal, deve ser resguardada adequadamente segundo sua classificação e grau de importância. Como imperativo desta realidade tão mutante, criam-se novos métodos de trabalhos, novas formas de negócios e de relações entre empresas e clientes. O papel é gradualmente substituído por documentos digitais, altera-se, por conseguinte, o paradigma da concepção e da forma de guardar informações. Os acessos às informações tornam-se cada vez mais rápidos. O vaivém em formas digitais através de conexões de rede de computadores cresce em ritmo exponencial, pondo em risco de violação os dados mais secretos e sigilosos das empresas. Com este cenário convive presentemente toda sociedade empresária, e, como não poderia deixar de ser, afeta igualmente a economia interna da Caixa Econômica Federal, instituição financeira oficial que se toma como base para as propostas objeto deste trabalho. Propostas que têm em vista, essencialmente, a implantação de padrões capazes de respaldar os normativos da empresa e as normas técnicas de segurança, de forma que seja assegurada a indispensável confidencialidade e integridade às informações digitais da empresa, particularmente daquelas sob a guarda de seus servidores web regionais. Os servidores web regionais disponibilizam sites de conteúdos das várias filiais espalhadas pelo Brasil. Muitas dessas filiais possuem informações restritas, de acesso limitado e pertinentes apenas à sua área de atuação, afigurando-se necessário que se lhes garantir integridade e confidencialidade. Vários desses servidores ainda utilizam versões do Windows NT Server 4, sistema operacional que já foi descontinuado pelo fabricante e, por isso, não mais possui suporte nem patch de atualização contra vulnerabilidades. Daí, a necessidade de substituir-se a versão do sistema operacional em uso por versão mais recente (Windows Server 2003).

21 Nesta ordem de idéias, e, como objetivo geral, propõe-se neste trabalho nova política de segurança para os servidores que disponibilizam serviços voltados para Intranet da CEF, a fim de que se imprima confidencialidade e integridade aos respectivos conteúdos. Para esse efeito, cuidados de levar a cabo as seguintes e específicas tarefas: - Análise do problema apresentado; - levantamento da estrutura da empresa; - levantamento de risco e vulnerabilidades com aplicação de questionário; - avaliação de risco utilizando matriz de risco; - análise dos resultados da avaliação de risco; e - apresentação das soluções propostas e recomendações para o problema apresentado.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O desenvolvimento deste trabalho respalda-se em livros de Segurança da Informação e Sistemas Operacionais, na norma técnica NBR ISO/IEC 17799:2005 e NBR ISO/IEC 27001 e nas disciplinas estudadas no decorrer do curso. Realizou-se, por meio do inventário de hardware e software da empresa estudada, um mapeamento dos servidores Web a fim de verificar a necessidade de atualização de hardware de forma a atender os pré-requisitos para instalação do Windows Server 2003. Desse levantamento foi elaborada uma planilha da radiografia de tais servidores. Também se fez levantamento da versão do sistema operacional e versão do IIS utilizado bem como formas das configurações implementadas. Efetuou-se tal operação por meio de inventário de hardware e software e os dados tabulados em planilhas. Para fins de levantamento de risco e vulnerabilidades, foi aplicado questionário a qual se encontra no anexo A. A CEF possui normativos de Política de Segurança para Intranet, Política de Segurança da Informação e Classificação da Informação. Os dados levantados foram confrontados com estes normativos e com as normas ISO/IEC 17799 e

22 ISO/IEC 27001 a fim de indicar o que está em desacordo e recomendar um padrão de controle de acesso a ser implementado, compatíveis com as normas vigentes.

3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
3.1 A Empresa
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF) é uma instituição financeira criada sob a forma de empresa pública pelo Decreto Lei n°. 759, de 12 de agosto de 1969. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a CEF tem sede e foro na capital da República e atuação em todo o território nacional. A instituição integra o Sistema Financeiro Nacional e auxilia na execução da política de crédito do Governo Federal. Assim como as demais instituições financeiras, está sujeita às decisões e à disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do Banco Central do Brasil (CAIXA, 2006).

3.2 Missão
Essencialmente, a missão da CEF é promover a melhoria contínua da qualidade de vida da população brasileira, intermediando recursos e negócios financeiros, atuando no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infra-estrutura, e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social, tendo como valores fundamentais: - Direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e dos clientes; - busca permanente de excelência na qualidade dos serviços oferecidos; - equilíbrio financeiro em todos os negócios; - conduta ética pautada nos valores da sociedade e - respeito e valorização do ser humano (CAIXA, 2006).

3.3 Organograma
São órgãos de administração da CEF:

23 - Conselho de Administração, responsável pela orientação geral dos negócios da CEF, sendo composto de sete conselheiros nomeados pelo Ministro de Estado da Fazenda para mandatos de três anos, podendo ser reconduzidos por igual período. - Conselho Fiscal, que é composto de cinco membros efetivos (e suplentes), escolhidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. Ao Conselho Fiscal compete exercer as atribuições referentes ao seu poder de fiscalização, entre elas: fiscalizar os atos dos administradores, verificando o cumprimento de seus deveres legais e estatutários, e examinar as demonstrações financeiras semestrais e anuais da CEF. - Conselho Diretor, colegiado composto pelo presidente da CEF e por nove vice-presidentes, nomeado pelo Presidente da República por indicação do Ministro de Estado da Fazenda, ouvido o Conselho de Administração. Ao Conselho Diretor cabe, entre outras atividades, aprovar e apresentar ao Conselho de Administração as políticas, as estratégias corporativas, o plano geral de negócios, os programas de atuação de longo prazo e decidir sobre a estrutura organizacional da CEF. - Presidente e onze vice-presidentes, com a incumbência de executar e fazer executar as deliberações do Conselho de Administração e as decisões do Conselho Diretor. - A vice-presidência de tecnologia (VITEC) é a responsável pela tecnologia da empresa e possui duas superintendências sendo a superintendência de tecnologia (SUATE), responsável pela sustentação de tecnologia e a

superintendência de desenvolvimento (SUDES), responsável pelo desenvolvimento de software. Ligado a SUATE temos a hierarquia que se segue: - Gerência nacional (GEADE), responsável pelo processo instalar/manter infra-estrutura tecnológica descentralizada. Centralizadora de suporte tecnológico (CESUT), com as principais atividades: - Prestar suporte especializado de segundo nível nas demandas de usuários dos serviços intranet através de telefone, Caixa M@il e sistema de atendimento (SIATE); - coordenar e controlar a instalação/manutenção dos equipamentos e serviços intranet instalados nas gerências, representações e unidades regionais vinculadas, atuando junto aos analistas intranets das GISUT;

24 - auditar os servidores web regionais no tocante aos padrões e normas estabelecidos para sua instalação/manutenção; - coordenar e apoiar a instalação de novas versões dos sistemas e serviços intranet; - controlar e propor atualização para os equipamentos instalados no ambiente intranet; - publicar na intranet relatórios de avaliação e performance dos sites de conteúdo das unidades regionais; - controlar e apoiar a implementação de novos normativos e padrões por parte das gerências e representações regionais; - pesquisar bases de conhecimento objetivando a melhoria da performance dos serviços intranet e do suporte aos usuários; - acompanhar o desempenho dos servidores intranet instalados nas GISUT e RESUT; - propor e manter padronização de conteúdo para os sites regionais de responsabilidade da GISUT e RESUT; - gerenciamento de grupos e usuários dos controles de domínios da rede da CEF; - auditoria da utilização de senhas padronizadas nos banco de dados dos servidores bancários localizados em cada agência; - auditoria de segurança nos demais servidores e estações; - elaboração de boletins gerenciais de segurança, englobando os números da rede, as infecções e os novos vírus surgidos no período; - suporte a todos os sistemas operacionais Windows, além dos serviços básicos de rede, como DHCP, DNS e WINS; - monitoração de filas de mensagens e serviços ativos nos servidores Exchange; - verificação da execução do backup diária e semanal dos servidores Exchange; - Gerência regional de suporte tecnológico de segundo nível (GISUT). - Representação regional de suporte tecnológico de segundo nível (RESUT). As gerências e representações regionais de suporte tecnológico de segundo nível são responsáveis por manter os sites das unidades regionais da CEF bem

25 como prestar todo o suporte aos usuários finais com relação às ocorrências ligadas a hardware e software da baixa plataforma. A seguir, podemos observar a estrutura organizacional da CEF. Nela, encontra-se destacada, a repartição foco deste projeto (CAIXA, 2006).

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Figura 1 – Organograma da Empresa.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Fundamentos de Redes
4.1.1 Introdução

Durante a década de 70 e meados de 80 utilizava-se um modelo centralizado baseado em mainframe. Os programas e os dados eram disponibilizados em um computador de grande porte; e o acesso aos programas e dados era feitos por meio de terminais sem poder de processamento, conhecidos como “terminais burros”. Esse modelo possui inúmeras vantagens como, por exemplo, gerenciamento e administração centralizada, ambiente mais seguro e facilidade para atualização dos sistemas; entretanto, possui um custo alto, principalmente em questões de contingenciamento, dependência da linha de comunicação e quase sempre os dados das empresas eram administrados por terceiros. Tal arquitetura ainda é bastante utilizada atualmente, mas apenas para disponibilizar aplicações de cunho corporativo. Com a evolução da tecnologia de forma acelerada, os programas foram, e estão sendo transformados, passando a serem alocados em várias partes da rede corporativa. Surge o modelo ciente/servidor, com características diferentes das do mainframe, o primeiro com seus dados distribuídos e o segundo com seus dados centralizados.

4.1.2 Redes de computadores 4.1.2.1 Modelo centralizado baseado no mainframe

De acordo com Battisti (2003, p. 27), “Há algumas décadas, quando a informática começou a ser utilizada para automatizar tarefas administrativas nas empresas, tínhamos um modelo baseado nos computadores de grande porte, o chamado Mainframe”, conforme figura 2.
Os aplicativos e dados ficam armazenados no Mainframe. Vamos supor que a empresa X é a dona do Mainframe, no qual estão hospedados aplicativos e dados da empresa Y. Para ter acesso a estes dados, a empresa Y contrata uma linha de dados (que até o início da década de 90, aqui no Brasil, apresentava velocidades da ordem de 1 ou 2 kbps). Na sede da empresa, a linha de dados é conectada a um Modem, o qual era conectado com um equipamento chamado MUX. O papel do MUX é permitir que mais de um terminal burro possa se comunicar com o Mainframe, usando uma

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única linha de dados. Os terminais burros eram ligados ao equipamento MUX, diretamente através de cabos padrão para este tipo de ligação. Com isso, os terminais são na prática uma extensão da console do Mainframe, o qual permite que vários terminais estejam conectados simultaneamente, inclusive acessando diferentes sistemas. Este modelo ainda é muito utilizado, embora novos elementos tenham sido introduzidos. Por exemplo, os terminais burros foram praticamente extintos. Agora o terminal é simplesmente um software emulador de terminal, que fica instalado em um computador ligado em rede. Mas muitos dos sistemas e dados empresariais utilizados hoje em dia ainda estão hospedados no Mainframe. Pegue a lista dos dois maiores bancos brasileiros (públicos ou privados) e, no mínimo, cinco deles ainda têm grande parte dos dados no Mainframe (BATTISTI, 2003, p.28). Figura 2 – Modelo baseado no mainframe e no acesso via “terminais burros”.

FONTE: Battisti (2003, p.27)

4.1.2.2 Modelo descentralizado baseado em cliente/servidor Na década de 80 e inicio dos anos 90, os computadores padrão Personal Computer (PC), já eram uma realidade e as empresas passaram a utilizá-lo em grande escala. Por este motivo, os preços começaram a baixar e as empresas a usarem cada vez mais. O passo seguinte neste processo foi, de forma natural, a ligação dos computadores em rede de forma que pudesse facilitar a troca de informações de computador para computador, começava a nascer o modelo cliente/servidor, conforme podemos observar no diagrama da figura 3.
A idéia básica do modelo cliente/servidor era uma descentralização dos dados e dos aplicativos, trazendo os dados para servidores localizados na rede local onde os dados fossem necessários e os aplicativos instalados nos computadores da rede. Este movimento de um computador de grande porte - Mainframe -, em direção a servidores de menor porte - servidores de

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rede local - foi conhecido como Downsizing, que eu me atrevo a traduzir como "Redução de Tamanho" (BATTISTI, 2003, p.29). Figura 3 – Modelo baseado em cliente/servidor e no acesso via cliente.

FONTE: Battisti (2003, p. 30)

4.1.2.2.1 Servidores de rede São computadores localizados em pontos estratégicos da rede que possui um alto poder de processamento de informações e armazenamento de dados, com objetivo de executar e disponibilizar serviços de rede e aplicações de usuário como, por exemplo, disponibilização de páginas web, arquivos, banco de dados, serviços de Domain Name System (DNS), Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP), Windows Internet Naming Service (WINS), Post Office Protocol (POP), Simple Mail Transfer Protocol (SMTP), dentre outros. Com base nestas informações podemos apresentar o conceito da arquitetura cliente/servidor.
A Arquitetura cliente/servidor, de uma maneira simples, nada mais é do que uma rede de dispositivos, normalmente computadores, onde um número reduzido atua como Servidor - disponibilizando recursos e serviços para os demais - e a maioria dos dispositivos atua como cliente, acessando os recursos e serviços disponibilizados pelos Servidores (BATTISTI, 2003, p. 5).

4.1.2.3 Modelo de aplicações em duas camadas

Com o advento da descentralização e o uso do modelo cliente/servidor, aplicações foram sendo desenvolvidas em linguagens como Visual Basic, Delphi,

30 Power Builder. Estas aplicações utilizavam um modelo de desenvolvimento em duas camadas, ou seja, as aplicações são instaladas em cada computador cliente e a partir deste cliente efetuado a conexão com o servidor de banco de dados (figura 4).
[...] No modelo de duas camadas, a aplicação Cliente é responsável pelas seguintes funções: - Apresentação: O Código que gera a Interface visível do programa faz parte da aplicação Cliente. Todos os formulários, menus e demais elementos visuais estão contidos no código da aplicação Cliente. Caso sejam necessárias alterações na Interface do programa, faz-se necessária a geração de uma nova versão do programa, e todas as estações de trabalho que possuam a versão anterior devem receber a nova versão, para que o usuário possa ter acesso às alterações da Interface. Então começam a surgir os problemas no modelo em duas camadas: uma simples alteração de Interface é suficiente para gerar a necessidade de atualizar a aplicação em centenas ou milhares de estações de trabalho, dependendo do porte da empresa. O gerenciamento desta tarefa é algo extremamente complexo e oneroso. - Lógica do Negócio: As regras que definem a maneira como os dados serão acessados e processados são conhecidas como "Lógica do Negócio". Fazem parte da Lógica do Negócio, desde funções simples de validação da entrada de dados, como o cálculo do dígito verificador de um CPF, até funções mais complexas, como descontos escalonados para os maiores clientes, de acordo com o volume da compra. Questões relativas à legislação fiscal e escrita contábil também fazem parte da Lógica do Negócio. Por exemplo, um programa para gerência de Recursos Humanos, desenvolvido para a legislação dos EUA, não pode ser utilizado, sem modificações, por uma empresa brasileira. Isso acontece porque a legislação dos EUA é diferente da legislação brasileira. Em síntese, as regras para o sistema de Recursos humanos são diferentes. Alterações nas regras do negócio são bastante freqüentes, ainda mais com as repetidas mudanças na legislação do nosso país. Com isso, faz-se necessária a geração de uma nova versão do programa, cada vez que uma determinada regra muda ou quando regras forem acrescentadas ou retiradas. Desta forma, todas as estações de trabalho que possuem a versão anterior devem receber a nova versão, para que o usuário possa ter acesso às alterações. Agora temos mais um sério problema no modelo de duas camadas: qualquer alteração nas regras do negócio (o que ocorre com freqüência) é suficiente para gerar a necessidade de atualizar a aplicação, em centenas ou milhares de computadores. O que já era complicado piorou um pouco mais (BATTISTI, 2003, p.31).

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Figura 4 – Modelo de desenvolvimento em duas camadas.

FONTE: Battisti (2003, p. 31)

4.1.2.4 Modelo de aplicações em três camadas O modelo de aplicação em três camadas é uma evolução do modelo de aplicações de duas camadas. A idéia básica deste modelo é retirar as regras de negócios do cliente e centralizar em algum ponto da rede chamado de servidor de aplicações. Todos os clientes passam a acessar os dados através das regras contidas no servidor e desta forma a manutenção destas regras ficam muito mais fácil (figura 5).
[...] Com isso, as três camadas são as seguintes: - Apresentação - Continua no programa instalado no Cliente. Alterações na interface do programa ainda irão gerar a necessidade de atualizar a aplicação em todas as estações de trabalho, onde a aplicação estiver sendo utilizada. Cabe ressaltar, porém, que alterações na interface são menos freqüentes do que alterações nas regras do negócio. - Lógica - São as regras do negócio, que determinam de que maneira os dados serão utilizados e manipulados pelas aplicações. Esta camada foi deslocada para o Servidor de Aplicações. Desta maneira, quando uma regra do negócio for alterada, basta atualizá-la no Servidor de Aplicações. Após a atualização, todos os usuários passarão a ter acesso à nova versão, sem que seja necessário reinstalar o programa Cliente em cada um dos computadores da rede. Vejam que, ao centralizar as regras do negócio em um Servidor de Aplicações, estamos facilitando a tarefa de manter a aplicação atualizada. As coisas estão começando a melhorar. - Dados - Nesta camada temos o servidor de banco de dados, no qual reside toda a informação necessária para o funcionamento da aplicação. Cabe reforçar que os dados somente são acessados através do Servidor de Aplicação e não diretamente pela aplicação Cliente (BATTISTI, 2003, p.33).

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Figura 5 – Modelo de desenvolvimento em três camadas.

Servidor de aplicações

Servidor de banco de dados

Cliente
FONTE: Battisti (2003, p. 33)

Cliente

4.1.2.5 Modelo de aplicações em quatro camadas Este modelo é uma evolução do modelo de três camadas. A idéia consiste em retirar do cliente, a apresentação da aplicação e centralizá-la em um servidor assim como foi feito com as regras de negócios. Este é um modelo parecido com o modelo mainframe com a diferença que as aplicações são acessadas por computadores com poder de processamento e através de navegador como, por exemplo, o Internet Explorer e o Netscape (figura 6).
[...] Com isso, temos as seguintes camadas: - Cliente - Neste caso, o Cliente é o Navegador utilizado pelo usuário, quer seja o Internet Explorer, quer seja o Netscape Navigator, ou outro navegador qualquer. - Apresentação - Passa para o Servidor Web. A interface pode ser composta de páginas HTML, ASP, PHP, Flash ou qualquer outra tecnologia capaz de gerar conteúdo para o navegador. Com isso, alterações na interface da aplicação são feitas diretamente no servidor Web, sendo que estas alterações estarão, automaticamente, disponíveis para todos os Clientes. - Lógica - São as regras do negócio, as quais determinam de que maneira os dados serão utilizados. Esta camada está no Servidor de Aplicações. Desta maneira, quando uma regra do negócio for alterada, basta atualizá-la no Servidor de Aplicações. Após a atualização, todos os usuários passarão a ter acesso à nova versão, sem que seja necessário reinstalar o programa em cada estação de trabalho da rede. Vejam que, ao centralizar as regras do negócio em um Servidor de Aplicações, estamos facilitando a tarefa de manter a aplicação atualizada. - Dados - Nesta camada, temos o servidor de banco de dados, no qual reside toda a informação necessária para o funcionamento da aplicação (BATTISTI, 2003, p.34-35).

33
Figura 6 – Modelo de desenvolvimento em quatro camadas.

Servidor Web

Servidor de Servidor de aplicações banco de dados

Cliente
FONTE: Battisti (2003, p. 34)

Cliente

4.1.3 Papel do Windows Server 2003 na rede

Com o crescimento das migrações de dados e aplicações dos grandes portes para a baixa plataforma, houve a necessidade de inserir em vários pontos da rede da empresa, servidores que pudesse executar diferentes tipos de funções como servidor de banco de dados, servidor de aplicações, servidor de acesso remoto, servidor web, etc.. O Windows Server 2003 foi projetado pela Microsoft para ser o sistema operacional dos servidores da rede para atender estas necessidades. O que define o papel a ser desempenhado por um sistema operacional Windows Server 2003, basicamente são as configurações e os serviços instalados e configurados no servidor. Dentre os vários papéis que poderá ser desempenhado pelo Windows Server 2003, destacamos os principais:
Controlador de domínio - Em uma floresta do Active Directory, um servidor que contém uma cópia gravável do banco de dados do Active Directory participa da duplicação do Active Directory e controla o acesso a recursos de rede. Os administradores podem gerenciar contas de usuário, acesso à rede, recursos compartilhados, topologia de sites e outros objetos de diretório a partir de qualquer controlador de domínio na floresta. Servidor de arquivos - Os servidores de arquivos fornecem e gerenciam o acesso a arquivos. Se você planeja usar o espaço em disco do computador para armazenar, gerenciar e compartilhar informações, como arquivos e aplicativos acessíveis pela rede, configure-o como um servidor de arquivos. Servidor de Impressão - Os servidores de impressão fornecem e gerenciam o acesso às impressoras. Configure o computador como servidor de impressão se você planeja gerenciar impressoras remotamente ou usando a instrumentação de gerenciamento do Windows (WMI), ou se

34
deseja imprimir de um computador servidor ou cliente para um servidor de impressão usando um URL. Servidor DNS - Banco de dados distribuído de modo hierárquico que contém mapeamentos de nomes de domínios DNS para vários tipos de dados, como, por exemplo, endereços IP. O DNS permite a localização de computadores e serviços por nomes amigáveis, além de possibilitar a descoberta de outras informações armazenadas no banco de dados. Servidor WINS - Um serviço de software que mapeia endereços IP dinamicamente para nomes de computadores (nomes NetBIOS). Permite que os usuários acessem os recursos pelo nome em vez de solicitar que usem endereços IP difíceis de serem reconhecidos e lembrados. Servidor DHCP - Os servidores DHCP gerenciam centralmente endereços IP e informações afins, fornecendo-as aos clientes. Isso permite que você defina configurações de rede cliente em um servidor, em vez de configurálas em cada computador clientes. Servidor Web – [...] Os Serviços de Informações da Internet (IIS) fornecem recursos de servidor Web integrados, confiáveis, escalonáveis, seguros e gerenciáveis em uma intranet, na Internet ou em uma extranet. Você pode usar o IIS 6.0 para criar uma plataforma forte de comunicação de aplicativos de rede dinâmicos. O IIS 6.0 inclui novos recursos projetados para ajudar organizações, profissionais da área de informática e administradores da Web a atingir seus objetivos de desempenho, confiabilidade, desempenho e segurança em milhares de sites possíveis, em um único servidor IIS [...]. Servidor de e-mail - Os Serviços de email incluem os serviços POP3 e SMTP, que oferecem, respectivamente, a recuperação e a transferência de emails. Os administradores podem usar o serviço POP3 para armazenar e gerenciar contas de email no servidor de email. Servidor de acesso remoto - Você pode configurar um servidor que permita aos usuários remotos acessar recursos de sua rede privada através de conexões dial-up ou de redes virtuais privadas (VPN). Esse tipo de servidor é chamado de servidor de acesso remoto/VPN. Os servidores de acesso remoto/VPN também podem oferecer a conversão de endereços de rede (NAT). Com a NAT, os computadores da rede privada podem compartilhar uma única conexão com a Internet. Servidor de fluxo de mídia - Você pode usar o Windows Media Services para disponibilizar o fluxo do conteúdo de áudio e vídeo pela Internet ou por uma intranet. Os clientes podem ser computadores ou dispositivos que reproduzem conteúdo usando um player, como o Windows Media Player, ou computadores que executam o Windows Media Services (chamados de servidores Windows Media) que armazenam em proxy ou em cache ou redistribuem o conteúdo (MICROSOFT, 2003).

4.2 Protocolos
4.2.1 Fundamentos

Protocolo é um conjunto de regras adotado por todos os computadores de uma rede de forma que estes computadores tenham capacidade de se comunicar entre si. São no protocolo de comunicação que estão definidos todas as regras para que cada computador entenda uns aos outros, desta forma podemos afirmar que dois computadores utilizando protocolos de comunicação diferentes não serão capazes de se comunicar.

35 Antes do advento da Internet existiam e eram utilizados pelas empresas, vários tipos de protocolos, dentre eles: Transport Layer Security/Internet Protocol (TCP/IP), NetBIOS Extended User Interface(NETBEUI), Internetwork Packet Exchange/ Sequenced Packet Exchange (IPX/SPX), Apple Talk, etc.. Com o crescimento da Internet, o protocolo TCP/IP tornou-se padrão na rede mundial e diante das necessidades das empresas se conectarem nesta rede, também tiveram que adotar como protocolo padrão em suas rede interna, o protocolo TCP/IP. Segundo Battisti (2003, p. 41), “O que temos hoje, na prática, é a utilização do protocolo TCP/IP na esmagadora maioria das redes [...]”, sendo este o protocolo padrão utilizado pelo Windows Server 2003.

4.2.2 Protocolo TCP/IP O TCP/IP é uma coleção de software criada em grande parte com ajuda de recursos governamentais do departamento de defesa do Estados Unidos das Américas (EUA). Conforme podemos observar no diagrama da figura 7, o departamento de defesa do EUA criou uma rede chamada Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) onde eram feitas grandes partes das pesquisas, do departamento de defesa, chamada Advanced Research Project Agency (ARPA). Esta rede, considerada rede de redes, foi projetada e implementada por uma empreiteira privada chamada Bolt Beranek and Newman, interligando professores, universitários, lideres de projetos civis e militares por todo o EUA. O primeiro protocolo utilizado nesta rede foi o Network Control Protocol (NCP) sendo posteriormente dividido em dois componentes: o IP e o TCP.
A mudança do NCP para o TCP/IP é a diferença técnica entre a ARPANET e a Internet. Em 1º de janeiro de 1983, os dispositivos de comutação de pacotes da ARPANET pararam de aceitar pacotes NCP, para transmitir apenas pacotes TCP/IP; portanto, de certo modo, 1º de janeiro de 1983 é considerado o dia do nascimento “oficial” da Internet (MINASI, 2003, p.151).

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Figura 7 – Rede de pesquisadores depois da ARPAnet.

FONTE: Minasi (2003, p. 152).

4.2.2.1 Configurações do protocolo TCP/IP

Não basta que os computadores estejam utilizando o mesmo protocolo para comunicação entre si. Vários são os parâmetros que deverão ser configurados em todos os ativos de rede como computadores, hubs, switches, impressoras de rede, etc. E uma rede local, cada ativo de rede deverá ter pelo menos dois parâmetros de rede configurados: número IP e máscara de sub-rede. O número IP é um número do tipo x.y.z.w, separados por ponto e não poderá existir dois ou mais números idênticos de endereço IP no mesmo segmento de rede, sendo o valor máximo para cada um dos números x, y, z ou w, 255 (figura 8).

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Figura 8 – Rede local baseada no protocolo TCP/IP.

IP: 10.192.168.4 IP: 10.192.168.3 IP: 10.192.168.2 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0

IP: 10.192.168.5 Subnet: 255.255.255.0

IP: 10.192.168.6 Subnet: 255.255.255.0

FONTE: Battisti (2003, p. 42) Uma parte do Número IP (1, 2 ou 3 dos 4 números) é a identificação da rede, a outra parte é a identificação da máquina dentro da rede. O que definem quantos dos quatros números faz parte da identificação da rede e quantos fazem parte da identificação da máquina é a máscara de sub-rede (subnet mask). Vamos considerar o exemplo de um dos computadores da rede da Figura 7.2: Número IP: 10.192.168.2 e Sub-rede: 255.255.255.0 As três primeiras partes da máscara de sub-rede (subnet) iguais a 255 indicam que os três primeiros números representam à identificação da rede e o último número é a identificação do equipamento dentro da rede. Para o nosso exemplo, teríamos a rede: 10.192.168, ou seja, todos os equipamentos do nosso exemplo fazem parte da rede 10.192.168 (BATTISTI, 2003, p.42).

Os computadores de uma rede isolada que não esteja conectada a outras sub-redes se comunicarão apenas com os dois parâmetros IP e máscara de subrede, entretanto, caso haja necessidade de conectar esta rede com outras subredes, é necessário acrescentar e configurar um roteador com seu respectivo endereço IP e máscara de sub-rede para que a comunicação entre estas redes seja estabelecida. Todas as informações enviadas ou recebidas entre estas redes, passarão necessariamente pelo roteador. O número IP do roteador deverá ser informado em todas os computadores no parâmetro gateway. No diagrama da figura 9 podemos observar que o segmento de endereçamento IP da rede A (10.192.168), é diferente do segmento de endereçamento IP da rede B (10.10.168), assim, para que estas duas sub-redes se comuniquem é necessário ter um roteador para enviar e receber as informações entre as duas redes. conhecido como default

38
Figura 9 – Ligação entre rede baseada no protocolo TCP/IP.

IP: 10.192.168.3 IP: 10.192.168.4 IP: 10.192.168.2 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.192.168.1 Gateway: 10.192.168.1 Gateway: 10.192.168.1

REDE A

IP: 10.192.168.1 Subnet: 255.255.255.0 IP: 10.192.168.5 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.192.168.1 IP: 10.192.168.6 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.192.168.1

ROTEADOR
IP: 10.10.168.1 Subnet: 255.255.255.0

IP: 10.10.168.2 IP: 10.10.168.3 IP: 10.10.168.4 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.10.168.1 Gateway: 10.10.168.1 Gateway: 10.10.168.1

REDE B

IP: 10.10.168.5 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.10.168.1

IP: 10.10.168.6 Subnet: 255.255.255.0 Gateway: 10.10.168.1

Outro parâmetro importante que deverá está presente nas redes empresarial e que é comum seu uso na Internet é o DNS. O DNS é o serviço de rede responsável pela resolução de nomes na rede.
Toda a comunicação, em redes baseadas no protocolo TCP/IP é feita através do Número IP. Por exemplo, quando vamos acessar um site: http://www.juliobattidti.com.br/, tem que haver uma maneira de encontrar o Número IP do Servidor onde fica hospedado o site. O serviço que localiza o Número IP associado a um nome é o DNS. Por isso a necessidade de informarmos o Número IP de pelo menos um Servidor DNS, pois, sem este serviço de resolução de nomes, muitos recursos da rede estarão indisponíveis (BATTISTI, 2003, p.44).

4.3 Internet/Intranet/Extranet
4.3.1 Internet

Em meados da década de 80, o computador já era considerado uma fonte de entretenimento e de informação. Apesar de especialistas acreditarem que essas máquinas distanciariam o homem do convívio social, o surgimento da Internet

39 extinguiu esse pensamento, pois esta possibilitava uma maior interação entre seus usuários, tornando o computador uma eficiente fonte comunicação mundial. A Internet surgiu por projetos desenvolvidos pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que visavam à comunicação entre os centros militares e a criação de uma rede de computadores capaz de resistir a um ataque nuclear. Hoje, é uma enorme rede mundial de computadores, em que pode se conectar através de: - linha telefônica - com o uso de um MODEM você se comunica a um provedor de acesso via conexão discada; - fibra ótica – o uso destas conexões são as que mais crescem atualmente devidos principalmente à velocidade de conexão e a vantagem de não utilização da linha de telefone convencional. Seu serviço mais utilizado é o Asymmetric Digital Subscriber Line (ADSL); - cabo - o tipo de conexão a cabo no Brasil é fornecido pelos operadores de TV por assinatura aproveitando a mesma rede física; - rádio e satélite - as comunicações de rádio e satélite necessitam de uma antena para envio e recebimento. A comunicação por satélite é a forma mais rápida de conexão e também a mais cara; - provedores de acesso - são empresas que conectam usuários à Internet cobrando uma taxa mensal, hora/uso ou uma taxa fixa para acesso por tempo indeterminado. Há ainda dois tipos de conexão: as diretas, que são indicadas aos fornecedores de serviços que vendem conexões de todos os tipos para pessoas e organizações, e as conexões dial-up. A Internet tem se tornado cada vez mais comum e necessária. É um mundo virtual onde não há diferenças de cor, raça e idade. Ninguém a controla. Para sua organização, existem associações e grupos que se dedicam para suportar, ratificar padrões e resolver questões operacionais, visando promover os objetivos da Internet. A World Wide Web (WWW) possibilita a manipulação multimídia da informação através de hipertextos (sistemas em que texto, imagens, som e vídeo são acessados juntos de maneira arbitrária), que são exibidos em “páginas Web” interligadas entre si através de links. Atualmente, seu uso é fácil, o contrário de quando foi criada, que exibia apenas textos em uma interface não tão acessiva. Qualquer pessoa pode ter sua página na Internet e falar do assunto que desejar e as

40 empresas vêem na Web um excelente veículo para venda e divulgação de produtos e serviços. Para acessar os sites disponibilizados na Internet é necessário utilizar um programa chamado browser, conhecido no Brasil como navegador. Os mais utilizados hoje são Microsoft Internet Explorer, Ópera, Mozilla e Netscape Navigator. As páginas da Web ficam armazenadas em computadores permanentemente conectados à Internet chamados servidores. Um conjunto de páginas Web armazenadas em um servidor é chamado de Web site e cada site possui um endereço único em toda a Internet conhecido como Universal Resource Locator (URL) e é por meio deste endereço que se acessa o site via browser. A linguagem usada para a criação de páginas Web é chamada Hyper Text Markup Language (HTML). É através desta linguagem que são definidos a aparência do documento. Na Internet existem dois tipos de comunicação entre usuários: o modo assíncrono, na qual o usuário pode enviar uma mensagem sem a necessidade do destinatário esta utilizando a rede no momento como, por exemplo, o e-mail; a comunicação em tempo real, como as salas de bate papo. Para Internet, existem também programas auxiliares, como o Adobe Acrobat Reader com arquivos em Portable Document Format (PDF), um formato de distribuição de documentos compactados e que podem ser protegidos contra alteração e até mesmo contra cópias; o Winzip que, com certeza, é o programa mais utilizado por ser um compactador, permitindo que o arquivo fique em tamanho menor para o armazenamento ou transferência. O File Transfer Protocol (FTP), é um protocolo utilizado para transferência de arquivos de uma máquina remota para um computador local, ambos conectados à Internet. Pode ser usado através de cadastro com conta (login) e senha (password) ou com conta anônima (anonymous).

4.3.2 Intranet As empresas descobriram que podem criar redes como a Internet, porém privadas, restrita à empresa ou parceiros de negócios. A Intranet cumprem o papel de conectar entre filiais, departamentos, fornecedores, clientes, etc., mesclando com

41 segurança as redes particulares de informação com a estrutura de comunicações da Internet. A Intranet simplifica a interação do usuário, tornando fácil o acesso a aplicações e a informações estáticas e dinâmicas. Viabiliza uma publicação em tempo real, com informação muito mais atual, favorecendo o desempenho dos funcionários da empresa. Auxilia no processo de descentralização das informações, da distribuição de dados e do desenvolvimento de aplicações, além de permitir maior participação do usuário final na criação de aplicações. Hoje em dia, neste mundo competitivo de negócios, um mínimo de diferenciação em produtos e serviços, redução de custos e facilidades de relacionamento nos negócios são pontos chaves. A rigor uma intranet pode operar apenas como uma rede corporativa dentro dos limites da empresa, porém pode ser vantajosa a ligação da intranet com a internet.

4.3.3 Extranet Extranet (ou extended Internet) é a ligação das redes Intranet entre duas empresas parceiras de negócios. Com o advento da Internet e o crescimento das redes internas nas empresas, verificou-se que seria vantajoso interligar empresa e fornecedores que compartilham objetivos comuns e assim facilitar a troca de informações entre estas empresas.

4.4 Política de Segurança de Informação
4.4.1 Introdução Atualmente as informações constituem o objeto de maior valor para as empresas. O progresso da informática e das redes de comunicação nos apresenta um novo cenário, no qual os objetos do mundo real estão representados por bits e bytes, que ocupam lugar em outra dimensão e possuem formas diferentes das originais, sem deixar de ter o mesmo valor que os objetos reais e, em muitos casos, chegando a ter um valor maior.

42 De acordo com Associação... (2005, p. 8), “Prover uma orientação e apoio da direção para a segurança da informação de acordo com os requisitos do negócio e com as leis e regulamentações relevantes”.
Desde o surgimento da raça humana na terra, a informação esteve presente através de diferentes formas e técnicas. O homem buscava representar seus hábitos, costumes e intenções com diversos meios que pudessem ser utilizados por ele e por outras pessoas e que pudessem ser levados de um lugar para outro. As informações importantes eram registradas em objetos preciosos e sofisticados e pinturas magníficas, entre outros, que eram armazenados com muito cuidado em locais de difícil acesso (MÓDULO; MICROSOFT, 2005).

4.4.2 Objetivos de segurança Segundo Ferreira; Araújo (2006, p. 9), “A Política de Segurança define o conjunto de normas, métodos e procedimentos utilizados para a manutenção da segurança da informação, devendo ser formalizada a todos os usuários que fazem uso dos ativos de informação”. Segundo Dias (2000, p. 42), “[...] Os objetivos de segurança variam de acordo com o tipo de ambiente computacional e a natureza do sistema (administrativo, financeiro, militar, etc.)”. Os objetivos de segurança as quais os usuários e profissionais de informáticas devem se preocupar são:
- Confidencialidade ou privacidade - proteger as informações contra acesso de qualquer pessoa não explicitamente autorizada pelo dono da informação, isto é, as informações e processos são liberados apenas a pessoas autorizadas. - Integridade de dados - evitar que dados sejam apagados ou de alguma forma alterados, sem a permissão do proprietário da informação. - Disponibilidade - proteger os serviços de informática de tal forma que não sejam degradados ou tornados indisponíveis sem a devida autorização. Para um usuário autorizado, um sistema não disponível, quando se necessita dele, pode ser tão ruim quanto um sistema inexistente ou destruído. - Consistência - certificar-se de que o sistema atua de acordo com as expectativas dos usuários autorizados. - Isolamento ou uso legítimo - regular o acesso ao sistema. O acesso não autorizado é sempre um problema, pois além de ser necessário identificar quem acessou e como, é preciso se certificar de que nada importante do sistema foi adulterado ou apagado. - Auditoria - proteger os sistemas contra erros e atos maliciosos cometidos por usuários autorizados. Para identificar os autores e suas ações, são utilizadas trilhas de auditoria e logs, que registram tudo que foi executado no sistema, por quem e quando. - Confiabilidade - garantir que, mesmo em condições adversas, o sistema atuará conforme o esperado (DIAS, 2000, p. 42-44).

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Os objetivos citados têm seu grau de importância dependendo o tipo de negócio da empresa. Alguns são mais importantes outros nem tanto, por exemplo, um sistema que necessita de 24 horas de disponibilidade e não possuem dados confidenciais deverá prioriza a alta disponibilidade e não a privacidade dos dados. A integridade e a disponibilidade são na maioria os dois objetivos mais enfatizados nos sistemas de uma empresa, entretanto em um sistema bancário os objetivos mais relevantes são a integridade e auditoria seguidos de privacidade e disponibilidade.

4.4.2.1 Diretrizes para implementação
Convém que o documento da política de segurança da informação declare o comprometimento da direção e estabeleça o enfoque da organização para gerenciar a segurança da informação. Convém que o documento da política contenha declarações relativas a: a) uma definição de segurança da informação, suas metas globais, escopo e importância da segurança da informação como um mecanismo que habilita o compartilhamento da informação (ver introdução); b) uma declaração do comprometimento da direção, apoiando as metas e princípios da segurança da informação, alinhada com os objetivos e estratégias do negócio; c) uma estrutura para estabelecer os objetivos de controle e os controles, incluindo a estrutura de análise/avaliação e gerenciamento de risco; d) breve explanação das políticas, princípios, normas e requisitos de conformidade de segurança da informação específicos para a organização, incluindo: 1) conformidade com a legislação e com. requisitos regulamentares e contratuais; 2) requisitos de conscientização, treinamento e educação em segurança da informação; 3) gestão da continuidade do negócio; 4) conseqüências das violações na política de segurança da informação; e) definição das responsabilidades gerais e específicas na gestão da segurança da informação, incluindo o registro dos incidentes de segurança da informação; f) referências à documentação que possam apoiar a política, por exemplo, políticas e procedimentos de segurança mais detalhados de sistemas de informação específicos ou regras de segurança que os usuários devem seguir. Convém que esta política de segurança da informação seja comunicada através de toda a organização para os usuários de forma que seja relevante acessível e compreensível para o leitor em foco (ABNT BNR ISO/IEC 17799, 2005, P.8).

4.4.3 Legislação Brasileira e Instituições Padronizadas De acordo com Dias (2000, p. 45), “A segurança de informações, em função de sua grande importância para a sociedade moderna, deu origem a diversos grupos

44 de pesquisa, cujos trabalhos muitas vezes são traduzidos em padrões de segurança [...]”. Os padrões de segurança são utilizados de certa forma em âmbito internacional enquanto que as leis e normas são estabelecidas em caráter nacional podendo, às vezes, haver similares entre legislação de países diferentes.

4.4.3.1 Legislação Brasileira Segundo Dias (2000, p. 46), “A nossa legislação, com relação à segurança de informações, não está tão consolidada como a legislação americana, porém já existem alguns dispositivos legais sobre assuntos relativos à informática”, conforme segue: - lei n° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998 - dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no país. - Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 - altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais; - lei n° 9.296, de 24 de julho de 1996 - regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5°, da Constituição Federal. O disposto nessa lei aplica-se a interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática; - decreto n° 96.036, de 12 de maio de 1988 - regulamenta a Lei n° 7.646, de 18 de dezembro de 1987, revogada pela Lei n° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998; - decreto n° 79.099, de 06 de janeiro de 1977 - aprova o regulamento para salvaguarda de assuntos sigilosos. Também temos tramitando na câmara e no senado, os seguintes projetos de lei relativo à Segurança da Informação: - projeto de Lei do Senador Renan Calheiros, de 2000 - define e tipifica os delitos informáticos; - projeto de Lei n° 84, de 1999 - dispõe sobre os crimes cometidos na área de informática e suas penalidades; - projeto de Lei do Senado n° 234, de 1996 - dispõe sobre crime contra a inviolabilidade de comunicação de dados de computador; - projeto de Lei da Câmara dos Deputados n° 1.713, de 1996 - dispõe sobre o acesso, a responsabilidade e os crimes cometidos nas redes integradas de computadores.

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4.4.3.2 Instituições Padronizadoras Nacionais e Internacionais
No que diz respeito a normas técnicas, o Brasil conta com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelece padrões a serem seguidos por produtos e serviços de várias áreas, inclusive segurança de informações. Abrange algoritmos de criptografia, técnicas criptográficas, gerência de senhas, controle de acesso para segurança física de instalações de processamento de dados, critérios de segurança física relativos ao armazenamento de dados, a microcomputadores e terminais, além das normas de segurança física e ambiental que se aplica a qualquer tipo de prédio, tais como as normas de combate e prevenção a incêndios (DIAS, 2000, p. 46-47).

No âmbito internacional temos algumas instituições cuja função básica é estabelecer padrões, dentre elas: - International Organization for Standardization (ISO); - International Electrotechnical Comission (IEC); - International Telecommunications Union (ITU); - Comité Européen de Normalisation (CEN); - Comité Européen de Normalisation Eléctrotechnique (CENELEC); - European Telecommunications Standards Institute (ETSI). Apesar de não serem instituições internacionais, existem vários organismos padronizadores norte-americanos cujos padrões são utilizados mundialmente, tais como: - Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE); - National Institute for Standards and Technology (NIST); - American National Standards Institute (ANSI).

4.4.4 Identificando os Recursos O que precisa ser protegido? Sob que formas as informações estão armazenadas? Estas são perguntas que deverão ser respondidas na identificação dos recursos. Há necessidade de saber quais os recursos mais importantes para assim estabelecer uma política adequada. Em um ambiente de informática os tipos de recursos mais comuns são: hardware, software, dados, pessoas, documentação e suprimentos.

4.4.4.1 Classificação das informações

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A classificação das informações é o primeiro passo para o estabelecimento de uma política de segurança de informações, pois diferentes tipos de informações devem ser protegidos de diferentes maneiras. Segundo Dias (2000, p.52-53), “A classificação mais comum de informações é aquela que as divides em quatro níveis”:
- Públicas ou de uso irrestrito - as informações e os sistemas assim classificados podem ser divulgados a qualquer pessoa sem que haja implicações para a instituição. Exemplos: serviços de informação ao público em geral, informações divulgadas à imprensa ou pela Internet. - Internas ou de uso interno - as informações e os sistemas assim classificados não devem sair do âmbito da instituição. Porém, se isso ocorrer, as conseqüências não serão críticas. Exemplos: serviços de informação interna ou documentos de trabalho corriqueiros que só interessam aos funcionários. - Confidenciais - informações e sistemas tratados como confidenciais dentro da instituição e protegidos contra acesso externo. O acesso a esses sistemas e informações é feito de acordo com sua estrita necessidade, isto é, os usuários só podem acessá-los se estes forem fundamentais para o desempenho satisfatório de suas funções na instituição. O acesso não autorizado a esses dados e sistemas pode comprometer o funcionamento da instituição, causar danos financeiros ou perda de fatias de mercado para o concorrente. Exemplos: dados pessoais de clientes e funcionários, senhas, informações sobre as vulnerabilidades de segurança dos sistemas institucionais, contratos, balanços, etc. - Secretas - o acesso interno ou externo de pessoas não autorizadas a esse tipo de informações é extremamente crítico para a instituição. É imprescindível que o número de pessoas autorizadas seja muito restrito e o controle sobre o uso dessas informações seja total. Exemplos: dados militares e de segurança nacional (DIAS, 2000, p. 52-53).

4.4.4.2 Classificação dos sistemas

As divisões poderiam ser, por exemplo, aplicativos, serviços, sistema operacional e hardware. Cada uma das camadas deverá ser analisada individualmente, configuradas e monitoradas de forma a atender os requisitos de segurança estabelecida. Segundo Dias (2000, p. 53), “Com relação a sistemas, a melhor estratégia de implementação de segurança é utilizar controle em vários níveis diferentes”.

4.4.5 Ativos

47 Um ativo é todo elemento que compõe o processo da comunicação, partindo da informação, seu emissor, o meio pelo qual ela é transmitida, até chegar a seu receptor. De acordo com Associação... (2005, p. 3), “Qualquer coisa que tenha valor para a organização”. De acordo com Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 4), “Algo de valor resguardado pelo sistema”. Os ativos são elementos que a segurança da informação busca proteger. Os ativos possuem valor para as empresas e, como conseqüências, precisam receber uma proteção adequada para que seus negócios não sejam prejudicados. As informações, os equipamentos que oferecem suporte a elas e as pessoas que as utilizam são os elementos que compõem o que chamamos de ativo. Informações – elementos que contem informações registradas em meio eletrônico ou físico como, por exemplo: documentos, relatórios, livros, manuais, correspondências, informações de mercado, código de programação, linhas de comando, arquivos de configuração, planilhas de remuneração de funcionários, plano de negócios da empresa, etc.. Equipamentos que oferecem suporte às informações: software – grupo de ativos composto por todos os programas de computador, utilizado para a automatização de processos; hardware – esses ativos representam toda a infra-estrutura tecnológica que oferece suporte à informação durante seu uso, trânsito e armazenamento; organização – neste grupo estão incluídos os aspectos que compõem a estrutura física e organizacional das empresas; usuários – O grupo de usuários refere-se aos indivíduos que utilizam a estrutura tecnológica e de comunicação da empresa e que lidam com a informação.

4.4.6 Riscos

O risco é a probabilidade de que as ameaças explorem os pontos fracos, causando perdas ou danos aos ativos e impactos no negócio afetando a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da informação. De acordo com Associação... (2005, p. 2), “Combinação da probabilidade de um evento e de suas conseqüências”.

48 Segundo Dias (2000 p. 54), “[...] Risco é uma combinação de componentes, tais como ameaças, vulnerabilidades e impactos”. A segurança é uma prática orientada para a eliminação das vulnerabilidades a fim de evitar ou reduzir a possibilidade de que as ameaças potenciais se concretizem no ambiente que se deseja proteger. Segundo Dias, (2000, p. 54), “[...] Os riscos podem ser apenas reduzidos, já que é impossível eliminar todos os riscos. Tomando medidas de segurança mais rígidas, os riscos podem ser cada vez menores, mas nunca serão totalmente anulados”.

4.4.7 Ameaças As ameaças são agentes capazes de explorar as falhas de segurança, que denominamos pontos fracos e como conseqüência, provocar perdas ou danos aos ativos de uma empresa, afetando os seus negócios. De acordo com Associação... (2005, p. 3), “Causa potencial de um incidente indesejado, que pode resultar em dano para um sistema ou organização”. De acordo com Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 4), “Um ataque potencial, ou seja, um conjunto der três elementos: o agente (ou atacante), a vulnerabilidade e o ativo com o valor, que permitem um ataque”.
Ameaça é tudo aquilo que pode comprometer a segurança de um sistema, podendo ser acidental (falha de hardware, erros de programação, desastres naturais, erros do usuário, bugs de software, uma mensagem secreta enviada a um endereço incorreto, etc.) ou deliberada (roubo, espionagem, fraude, sabotagem, invasão de hackers, entre outros). Ameaça pode ser uma pessoa, uma coisa, um evento ou uma idéia capaz de causar dano a um recurso, em termos de confidencialidade, integridade, disponibilidade, etc.. Os ativos estão constantemente sob ameaças que podem colocar em risco a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade das informações. Essas ameaças sempre existirão e estão relacionadas a causas que representam riscos, as quais podem ser: - causas naturais ou não-naturais; - causas internas ou externas Dessa forma, entendemos que um dos objetivos da segurança da informação é impedir que as ameaças explorem os pontos fracos e afetem um dos princípios básicos da segurança da informação (integridade, disponibilidade, confidencialidade), provocando danos ao negócio das empresas (MÓDULO; MICROSOFT, 2005, CD-ROM).

4.4.8 Ataques

49 De acordo com Associação... (2005, p. 3), “Um incidente de segurança da informação é indicado por um simples ou por uma série de eventos de segurança da informação indesejados ou inesperados, que tenham uma grande probabilidade de comprometer as operações do negócio e ameaçar a segurança da informação”. De acordo com Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 4), “É um tipo de problema de segurança caracterizado pela existência de um agente que busca obter algum tipo de retorno, atingindo um ativo de valor”. Os ataques podem ser subentendidos de duas formas: ataques passivos – são os ataques que não interferem no conteúdo do recurso do conteúdo que foi atacado como, por exemplo, análise de tráfego de rede; ataques ativos – são os ataques que prejudicam diretamente o conteúdo do recurso atacado, modificando e eliminando informações ou gerando informações falsas como, por exemplo, a interceptação de uma mensagem trafegando na rede.

4.4.9 Manutenção da Política Segundo Ferreira; Araújo (2006, p. 125), “É necessário especificar procedimentos ou uma metodologia formal para uma manutenção periódica e aprovação das políticas de forma a mantê-los atualizados frente a novas tendências, tecnologias e acontecimentos”. O intervalo médio utilizado para a revisão da política é de seis meses ou um ano, porém deve ser realizada uma revisão sempre que forem identificados fatos novos, não previstos na versão atual que possam ter impacto na segurança das informações da organização. O processo de revisão deve abranger: - Eventuais riscos identificados; - alterações na legislação do negócio; - incidentes de segurança; - vulnerabilidades encontradas; - alterações na estrutura organizacional e - mercado.

50 4.4.9.1 Diretrizes para implementação
Convém que os procedimentos de controle de mudanças sejam documentados e reforçados com a finalidade de minimizar a corrupção dos sistemas da informação. Convém que a introdução de novos sistemas e mudanças maiores em sistemas existentes siga um processo formal de documentação; especificação, teste, controle da qualidade e gestão da implementação. Convém que o processo inclua uma análise/avaliação de riscos, análise do impacto das mudanças e a especificação dos controles de segurança requeridos. Convém que o processo garanta que a segurança e os procedimentos de controle atuais não sejam comprometidos, que os programadores de suporte tenham acesso somente às partes do sistema necessárias para o cumprimento das tarefas e que sejam obtidas concordância e aprovação formal para qualquer mudança obtida. Convém que, quando praticável, os procedimentos de controle de mudanças sejam integrados. Convém que os procedimentos de mudanças incluam: a) a manutenção de um registro dos níveis acordados de autorização; b) a garantia de que as mudanças sejam submetidas por usuários autorizados; c) a análise crítica dos procedimentos de controle e integridade para assegurar que as mudanças não os comprometam; d) a identificação de todo software, informação, entidades em bancos de dados e hardware que precisam de emendas; e) a obtenção de aprovação formal para propostas detalhadas antes da implementação; f) a garantia da aceitação das mudanças por usuários autorizados, antes da implementação; g) a garantia da atualização da documentação do sistema após conclusão de cada mudança e de que a documentação antiga seja arquivada ou descartada; h) a manutenção de um controle de versão de todas as atualizações de softwares; i) a manutenção de uma trilha para auditoria de todas as mudanças solicitadas; j) a garantia de que toda a documentação operacional e procedimentos dos usuários sejam alterados conforme necessário e que se mantenham apropriados; k) a garantia de que as mudanças sejam implementadas sem horários apropriados, ser a perturbação dos processos de negócios cabíveis (ASSOCIAÇÃO..., 2005, p. 93-94).

4.5 Controles de acesso
O controle de acesso são as regras estabelecidas e implementadas para regulamentar o acesso físico, lógico e controle ambiental de acordo com a classificação das informações estabelecidas. De acordo com Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 61), “A função básica da proteção dos dados e do controle de acesso em um sistema é garantir a confidencialidade e a disponibilidade das informações armazenadas”.

51 De acordo com Associação... (2005, p. 65), “Convêm que a política de controle de acesso seja estabelecida documentada e analisada criticamente, tomando-se como base os requisitos de acesso dos negócios e segurança da informação”.
Convém que as regras de controle de acesso e direitos para cada usuário ou grupos de usuários sejam expressas claramente na política de controle de acesso. Convém considerar os controles de acesso lógico e físico de forma conjunta. Convém fornecer aos usuários e provedores de serviços uma declaração nítida dos requisitos do negócio a serem atendidos pelos controles de acessos (ASSOCIAÇÃO..., 2005, p. 65).

De acordo com Dias (2000, p. 84), “A primeira coisa a fazer, quando se trata de controles de acesso, é determinar o que se pretende proteger”.

4.5.1 Lógico

São todas as informações que foram transformadas para código binário e que estão armazenados em algum meio físico e são passíveis de trafegar em uma rede de computadores. Segundo Dias (2000, p. 84), “O acesso lógico nada mais é do que um processo em que um sujeito ativo deseja acessar um objeto passivo [...]”. Dias (2000, p. 84), “[...] ressalta que, mesmo que os controles de acesso sejam ultra-sofisticados, seu ponto fraco será sempre o usuário”. Na elaboração da política de controle de acesso, os seguintes elementos deverão ser levados em consideração: processo de logon, identificação de usuário, autenticação de usuário, senhas, tokens e sistemas biométricos.

4.5.2 Físico

São os ativos de rede de uma empresa composto por hardwares (computadores, switch’s, hubs, roteadores, firewall, cabos de redes, etc.). Segundo Dias (2000, p. 100), “Os controles de acesso físico têm como objetivo proteger equipamentos e informações contra usuários não autorizados, prevenindo o acesso a esses recursos”.

52 De acordo com Associação... (2005, p. 33), “Convém que as áreas seguras sejam protegidas por controles apropriados de entrada para assegurar que somente pessoas autorizadas tenham acesso”.

4.5.3 Ambiental Segundo Dias (2000, p. 104), “Os controles ambientais visam proteger os recursos e a integridade contra danos provocados por desastres naturais (incêndios, enchentes), por falhas na rede de fornecimento de energia, ou no sistema de ar condicionado [...]”.
Convém que sejam projetadas e aplicadas proteção física contra incêndios, enchentes, terremotos, explosões, perturbações da ordem pública e outras formas de desastres naturais ou causados pelo homem. Convém que sejam levadas em consideração as seguintes diretrizes para evitar danos causados por incêndios, enchentes, terremotos, explosões, perturbações da ordem pública e outras formas de desastres naturais ou causados pelo homem: a) os materiais perigosos ou combustíveis sejam armazenados a uma distância segura da área de segurança. Suprimentos em grande volume, como materiais de papelaria, não devem ser armazenados dentro de uma área segura; b) os equipamentos para contingência e mídia de backup fiquem a uma distância segura, para que não sejam danificados por um desastre que afete o local principal; c) os equipamentos apropriados de detecção e combate a incêndios sejam providenciados e posicionados corretamente (ASSOCIAÇÃO..., 2005, p. 34).

4.6 Infra-estrutura de chave pública – ICP
4.6.1 Introdução à ICP Com a evolução da tecnologia das comunicações, os documentos reais, a presença física e a burocracia em geral estão sendo substituídos pelo universo digital. Mas a facilidade e rapidez de se realizar transações comerciais também ocorrem para a prática de atos ilegais pela rede. De acordo com Silva (2004, p. 22), “A infra-estrutura de chaves públicas permite que as empresas utilizem redes abertas [...]”, onde “envelopes e firmas de envio são substituídos por sofisticados métodos de criptografia de dados, garantindo que as mensagens sejam lidas apenas pelos devidos destinatários”.

4.6.2 Conceitos Necessários

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Neste tópico serão apresentados alguns conceitos importantes sobre criptografia, autenticação e autenticação forte, necessários para o entendimento da infra-estrutura de chave pública.

4.6.2.1 Criptografia

A criptografia pode ser usada para garantir a confidencialidade das informações, implementar assinaturas digitais, garantir o não-repúdio de origem e de recebimento, garantir a privacidade com responsabilidade do usuário e garantir a integridade das informações. Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 155), descreve “CRIPTOGRAFIA É O PROCESSO pelo qual uma informação ou um texto é embaralhado de forma que só seja possível a obtenção do texto original aplicando-se uma operação baseada em uma chave de acesso”.
Criptografia é o estudo de códigos e cifras, cujo nome vem do grego kryptos, que significa oculto, e graphen, que significa escrever. Já a palavra cifra vem do hebraico saphar, que significa dar números. A maioria delas é sistemática, baseada em técnicas de sistemas numéricos (SILVA, 2004, P. 43).

4.6.2.1.1 Chaves simétricas Chave simétrica, também conhecida por chave única, utiliza à mesma chave tanto para a cifragem como para a decifragem, conforme podemos observar na figura 10. Este método é bastante limitado, pois emissor e receptor devem conhecer antecipadamente a chave, e é bastante difícil de se conseguir um meio seguro de se passar a chave secreta. Segundo Silva (2004, 44), “Mais conhecida como chave secreta. A chave é compartilhada pelos dois pontos, ou seja, o destinatário sabe qual é a chave que utilizará para voltar a informação a sua forma original [...]”.

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Figura 10 – Criptografia com chave simétrica.

4.6.2.1.2 Chaves assimétricas

Chave assimétrica, também chamada de algoritmos de chave pública e privada, utiliza chaves diferentes para cifrar e decifrar os dados. Em um sistema de chave assimétrica cada pessoa tem duas chaves: uma chave pública que pode ser divulgada e outra privada que deve ser mantida em segredo, conforme podemos observar na figura 11.
Na criptografia assimétrica dividi-se uma chave ou segredo em duas partes relacionadas matematicamente (no fundo dois números primos gigantescos fatorados entre si). Uma chave é distribuída livremente para qualquer pessoa e a outra chave, conhecida como privada fica guardada a sete chaves por quem fatorou os dois números primos que só ele sabe quais escolheu. A segurança dessa equação está no fator tempo, ou seja, com os recursos computacionais que dispomos hoje em dia, mesmo conectando milhares de computadores ao redor do mundo, levaria centena de anos para derivar o número e descobrir os dois primos que foram escolhidos. Enquanto não existir uma fórmula mágica para resolver o problema matemático, relativamente simples, estaremos protegidos pelo tempo tecnológico dos computadores e calculadoras (SILVA, 2004, p. 49).

Internet Protocol Security (IPSec), Secure Sockets Layer/Transport Layer Security (SSL/TLS), Pretty Good Privacy (PGP), Secure Electronic Transaction (SET) e X.509, são alguns exemplos de protocolos que empregam sistemas de criptografia.

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Figura 11 – Criptografia com chave assimétrica.

4.6.2.1.3 Algoritmos

Os algoritmos servem para atender um ou mais serviços da criptografia por chave pública. Sua fragilidade é explicada por Silva (2004, p. 57): “Isso ocorre no momento de pegar a chave pública do outro usuário, pois sendo essa ação realizada de forma insegura, outro usuário qualquer pode responder ao pedido se fazendo passar pelo destinatário para quem queremos enviar dados seguros”. O sistema de Criptografia será seguro somente se obedecer a alguns critérios, como ao tanto que ele é conhecido e foi testado, tendo sido corrigidas as suas falhas; e ao tamanho de sua chave que deve ser grande o suficiente para que seja impossível ser descoberta. Os mais utilizados são o Diffie-Hellman e o RSA (ambos com os nomes dos criadores), o Digital Signature Algorihm (DSA), o Elliptic Curve Digital Signature Algorithm (ECDSA) e Elliptic Curve Diffie- Hellman (ECDH).

4.6.2.2 Autenticação A informação de autenticação pode ser dividida em categorias, sendo elas: algo que sabemos; algo que somos; físico que temos ou algum lugar que estamos. De acordo com Silva (2004, p. 66), “Autenticação é a capacidade de garantir que alguém, ou alguma coisa, é de fato quem diz ser, dentro de um contexto

56 definido”. De acordo com Dias (2000, p. 87), “[...] O sistema confirma se o usuário é ele mesmo”. Ao combinarmos métodos de autenticação, obtemos a chamada autenticação forte. Se a informação estiver sob controle do autenticado e do autenticador, o esquema é chamado de Two-Party Authentication. De acordo com Silva (2004, p. 67), “Outro fator importante a ser destacado é manter a integridade e confidencialidade da informação de autenticação. É necessário que a informação usada na autenticação seja segura e não possa ser obtida por pessoas não autorizadas”. A seguir, serão apresentados os tipos de autenticação mais relevantes para a ICP.

4.6.2.2.1 Sign-on Também conhecido como login, é o processo pelo qual o usuário fornece uma identificação e uma informação de autenticação (normalmente nome de usuário e senha). Pode ser usado seguramente, mas a escolha de senhas difíceis que induzem os usuários a deixarem escritas em algum lugar ou fáceis que podem ser facilmente deduzidas pode dificultar o processo da segurança. O servidor precisa de um lugar seguro para armazenar a senha e compará-la com a fornecida pelo usuário. Pode-se utilizar a função hash, que embaralhará a forma original. Porém, por ser uma função conhecida produz um resultado que pode ser descoberto após a utilização de um ataque de força bruta por um invasor.

4.6.2.2.2 Single sing-on (SSO) Se houver necessidade de acesso a várias aplicações, será melhor o uso de diferentes senhas, pois se conseguirem descobrir uma senha, se todas forem iguais, o usuário terá que bloquear todas as aplicações, ou servidores.
A infra-estrutura de segurança pode prover a comunicação entre entidades e garantir que a informação seja entregue de uma forma confiável para os integrantes. Essa segurança pode ser estendida para que um evento de autenticação bem-sucedido seja sinalizado para vários dispositivos remotos, eliminando a necessidade de múltiplas autenticações (SILVA, 2004, p. 71).

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A esse processo chamamos Single Singn-One (SSO), que pode ser usado por todos os dispositivos dentro da ICP, quando e onde for necessário.

4.6.2.3 Autenticação forte São os tipos de autenticação que combinam mais de uma característica e, portanto torna mais difíceis de ser descobertas por usuários não autorizados. A seguir veremos os principais métodos de autenticação que combinam mais de uma característica.

4.6.2.3.1 Tokens

É definido por Silva (2005, p. 72) como “[...] Um dispositivo do tamanho de um chaveiro que gera uma seqüência de números, a cada fração de tempo, baseado numa semente (seed)”, que fornece uma senha eficaz para o usuário e que possa acompanhá-lo a qualquer lugar. Esse sistema de autenticação é classificado no conjunto autenticação forte, porque agrega vários conceitos de segurança extremamente eficientes.

4.6.2.3.2 Smartcards O smartcard é utilizado da mesma forma como utilizamos um cartão de crédito quando vamos sacar dinheiro no banco. Ele guarda em seu chip a chave de criptografia e ao utilizá-lo, é solicitado ao usuário o seu Personal Identification Number (PIN) como é solicitado senha no cartão de credito. Segundo Silva (2004, p. 73), “É um dispositivo, no formato de um cartão de crédito, com um chip de computador, que tem funções de armazenamento e processamento interno”.

4.6.2.3.3 Biometria A Biometria é um tipo de autenticação baseado em algo que somos, ou seja, pode ser leitura da íris, impressão digital, vasos sanguíneos da mão, dentre outros.

58 Segundo Silva (2004, p. 75), “A vantagem sobre os outros esquemas de autenticação é que o usuário é identificado por características únicas, pessoais e intransferíveis, dispensando o uso de senhas, cartões, tokens ou crachás”.

4.6.3 Serviços oferecidos pela ICP De acordo com Silva (2004, p. 25), “A infra-estrutura de chaves públicas oferece vários serviços de segurança, que podem ou não ser utilizados, dependendo da política de segurança adotada na empresa e do comprometimento dos usuários dos certificados digitais”. Dentre os principais serviços oferecidos pela ICP, destacamos a privacidade, a integridade e a autenticidade descrita a seguir.

4.6.3.1 Privacidade Para garantir que usuários da Internet tentem capturar dados que não lhes pertencem, deve-se “[...] usar técnicas modernas de criptografia e mecanismos matemáticos, embaralhando a informação de tal forma que leve centenas ou milhares de anos para que o dado criptografado volte à sua forma original” (SILVA, 2004, p. 26), sendo a maior força da criptografia, o seu tamanho, e não o algoritmo.

4.6.3.2 Integridade

O objetivo da integridade é fazer com que a informação enviada chegue ao seu destino sem modificações. Ela é verificada por meio da função hash, que, em vez de impedir que essas modificações sejam feitas, apenas verifica se houve alterações nas informações.

4.6.3.3 Autenticidade A certeza de quem é o emissor de uma informação é garantida por meio de assinaturas digitais, que funciona da seguinte forma:
[...] calcula-se o hash da mensagem original e criptografa-se o resultado com a chave privada do autor. Ao resultado dessa operação chamamos assinatura digital, e esta é adicionada ao final da mensagem. Quando o

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destinatário recebe a mensagem, usa a chave pública do emissor para decifrar a assinatura digital, descobrindo o hash, que permite saber se a mensagem foi alterada de alguma maneira. Essa operação só é possível se a assinatura digital tiver sido criptografada com a chave privada do emissor, que é única e de propriedade dele, por meio da qual certifica quem escreveu a mensagem, ou seja, a sua autenticidade. Dessa forma, o emissor passa a não conseguir negar que a enviou (SILVA, 2004, p. 28).

4.6.4 Serviços disponíveis com a utilização da ICP 4.6.4.1 Segurança na Comunicação

Segurança na comunicação é a transmissão de dados de um ponto a outro com propriedades de segurança, como autenticidade, privacidade e integridade, que são serviços que fazem parte do conjunto oferecido pela ICP. Porém a utilização deles com algum protocolo de comunicação ou de rede podem criar extensões ou aprimoramentos de outros serviços, fazendo com que sejam qualificados como serviços disponíveis.

4.6.4.2 Carimbo de tempo seguro
Mais conhecido como Time Stamping consiste na geração de uma marcação de tempo, emitido por uma autoridade de tempo confiável, para uma determinada informação com as propriedades de autenticidade dessa autoridade e integridade desse tempo gerado. Essa marca de tempo, ou temporalidade, é obtida com o chamado carimbo de tempo produzido pela entidade denominada Protocolizadora Digital de Documentos Eletrônicos (PDDE). O carimbo de tempo emitido pela PDDE é obtido mediante um processo, pelo qual são anexadas a data e a hora de protocolação a um documento. Essas data e hora devem condizer com a data e a hora correntes, de modo a garantir que aquele documento foi protocolado em um determinado momento no tempo (SILVA, 2004, p. 37-38).

4.6.4.3 Não-repúdio Conforme Albuquerque; Ribeiro (2002, p. 167), “O REPÚDIO É UMA FORMA DE ATAQUE. O agente do ataque executa uma função no sistema e posteriormente nega tê-la efetuada [...]”. De acordo com Silva (2004, p. 39), “O não-repúdio evita que um dos participantes da comunicação negue que esta tenha ocorrido. Isso não significa que os participantes tendem a não repudiar, mas, sim, que é fácil provar que o repúdio é falso”.

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Exemplos de objetivos de segurança que indicam necessidade de mecanismos de não repúdios: O.GarantiaOrigem – As mensagens recebidas pelo sistema devem ter a identidade do emissor assegurada. O.Responsabilização – Os usuários devem ser responsabilizados por seus atos no sistema e em outros sistemas acoplados (ALBUQUERQUE; RIBEIRO, 2002, p. 169).

4.6.4.4 Gerência de privilégios Segundo Silva (2004, p. 40), “Os certificados podem ser usados para garantir a identidade de um usuário e também estabelecer privilégios que foram concedidos a ele. Os privilégios podem incluir autorização para o acesso a informações sigilosas ou para modificar arquivos em um servidor Web, além de outros”.

4.6.4.5 Recuperação de chaves Conforme Silva (2004, p. 41), “Se um usuário perder a sua chave de assinatura, uma nova chave com seu certificado associado poderá ser gerada facilmente. A ICP deve poder rastrear a posse da chave por parte do usuário, mas não copiá-la”.

4.6.5 Ameaças e vulnerabilidades Segundo Dias (2000, p. 55), “Ameaça – evento ou atitude indesejável (roubo, incêndio, vírus, etc.), que potencialmente remove, desabilita, danifica ou destrói um recurso”. Segundo Silva (2004, p. 90), “As ameaças que podemos citar são hackers, antigos funcionários ou funcionários insatisfeitos, parceiros extranet e usuários curiosos que querem ter posse de determinada informação para uso pessoal ou para benefício próprio”. Segundo Dias (2000, p. 55), “Vulnerabilidade – fraqueza ou deficiência que pode ser explorada por uma ameaça. Pode ser associada à probabilidade da ameaça ocorrer”.
A vulnerabilidade que a empresa tem se dá pela falta de uma política de segurança (regras e métodos de proteção a serem usados dentro da empresa), sistemas desatualizados (principalmente versões antigas com furos de proteção conhecidos e ainda não corrigidos), gestão inadequada

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dos softwares e dispositivos existentes praticados por pessoas sem o conhecimento necessário para tal (SILVA, 2004, p. 90).

4.6.5.1 Perfil de um hacker De acordo com Silva (2004, p. 90), “A maioria dos hackers é jovem. São pessoas que trabalham em projetos de computadores e técnicos altamente especializados”.

4.6.5.2 Hackers x crackers
Convencionou-se chamar qualquer pessoa especializada em sistemas de computação de hacker. Mas existem diferenças de caráter. Os que usam suas habilidades para solucionar problemas de segurança em sistemas, contribuindo para o desenvolvimento de correções (patches) para esses sistemas, são chamados de hackers. O seu oposto em termos de comportamento (mas com capacitação técnica similar), ou seja, o que invade sistemas com finalidades ilícitas, visando ao lucro, roubo de informações, etc., é chamado de cracker (SILVA, 2004, p. 90-91).

4.6.5.3 Script kiddies Segundo Silva (2004, p. 91), “São crackers que não fazem nada original, apenas usam informações, ferramentas e programas desenvolvidos por terceiros para realizar suas invasões. A maioria das tentativas de invasão é feita por Script kiddies”.

4.6.5.4 Funcionários insatisfeitos e ex-funcionários

Segundo Silva (2004, p. 91), “Grande parte das invasões bem-sucedidas vem de dentro da própria empresa. A disponibilidade de informações sensíveis na rede para diversos funcionários [...] pode comprometer bastante a política de segurança implementada.”.

4.6.5.5 Engenharia Social Segundo Silva (2004, p. 91), “[...] Informações preciosas ou obtenção de privilégios de acesso por um indivíduo fora da organização, baseado em uma

62 relação de confiança estabelecida, inadequadamente, com um indivíduo de dentro da organização”, em outras palavras é a arte de se contar uma mentira convincente.

4.6.5.6 Anatomia de um ataque de hacker De acordo com Silva (2004, p. 93), “Antes de qualquer atividade ilícita, o hacker gasta de 80% a 90% do seu tempo em busca de informações sobre sistemas internos da empresa”, por isso, os computadores que armazenam informações importantes da empresa devem está bem protegido, com implementação de controle de acesso forte.

4.6.6 As vulnerabilidades mais críticas de segurança na Internet Segundo Silva (2004, p. 111), “A grande parte dos ataques bem-sucedidos é alcançada por meio das vulnerabilidades encontradas nos software e sistemas operacionais [...]”. Muitas destas vulnerabilidades são próprias do sistema operacional ou softwares e a grande maioria dos administradores de rede não prioriza as correções de tais vulnerabilidades deixando as informações da empresa exposta a usuários mal-intencionados. A seguir serão apresentadas as vulnerabilidades mais críticas.

4.6.6.1 Instalações padrão de sistemas operacionais e softwares
A maioria dos softwares, incluindo sistemas operacionais, aplicativos, banco de dados etc., vem com scripts ou programas que têm por objetivo instalar os sistemas o mais rapidamente possível, com a máxima funcionalidade e com o mínimo de esforço por parte do administrador [...]. Mas essa premissa é sempre prejudicial para os administradores de segurança, porque normalmente expõe o servidor que está hospedando esse software. Para atingir o objetivo da simplicidade, os programas normalmente instalam mais componentes do que a maioria dos usuários necessita [...]. Essa visão, embora seja conveniente para o usuário e para o marketing do produto, abre um grande conjunto de vulnerabilidades críticas [...] (SILVA, 2004, p. 112-113).

4.6.6.2 Contas de usuários e senhas

Normalmente são fáceis de obter contas de usuários e estas contas na maioria dos casos possuem senhas padrão ou senha em branco. De acordo com

63 Silva (2004, p. 114), “Na prática, todas essas contas com senha fracas, senhaspadrão ou sem senhas devem ser removidas do seu sistema”.

4.6.6.3 Backup incompleto ou inexistente De acordo com dias (2004, p. 116), “Algumas empresas fazem backups diários, mas nunca verificam se estão realmente funcionando [...]. Um segundo problema que envolve backups é a falta de proteção física das mídias [...]”. Normalmente estes problemas são detectados após ocorrer um incidente que necessite a restauração destes backups. 4.6.6.4 Grande número de serviços/portas abertas De acordo com Silva (2004, p. 117), “Tanto os usuários legítimos como os atacantes conectam-se aos sistemas por meio de portas abertas. Quanto maior o número de portas abertas, maiores serão as possibilidades de alguém se conectar ao sistema”. Desta forma são importantes que esteja aberta apenas as portas necessárias pertinentes aos serviços disponibilizados pelo servidor.

4.6.6.5 Ausência de filtro da rede local da empresa É importante que se faça análise de pacotes de rede para que seja implementado filtro de entrada e saída das informações.
Ao se filtrar o tráfego que entra na rede (ingress filtering) e o que sai (egress filtering), pode-se ajudar a elevar o nível de proteção. As regras básicas de filtragem são: - Nenhum pacote que entra na rede pode ter como endereço de origem qualquer IP da sua rede interna, porque não é possível que um usuário da rede interna esteja conectado simultaneamente à rede externa. - Todo pacote que entra em sua rede deve ter como endereço de destino algum endereço pertencente à sua rede interna. - Qualquer pacote que sai da sua rede deve ter como endereço de origem algum IP que pertença à sua rede interna. - Nenhum pacote que sai da sua rede deve ter como endereço de destino algum IP de sua rede interna. - Bloqueie qualquer pacote que tenha a opção "source routing" ativada ou o campo "IP Options" ativado. - Endereços reservados de autoconfiguração DHCP e Multicast também devem ser bloqueados, tais como: 0.0.0.0/8, 169.254.0.0/16, 192.0.2.0/24, 224.0.0.0/4, 240.0.0.0/4 (SILVA, 2004, p. 119).

64 4.6.6.6 Sistema de logs e auditorias incompletas ou inexistentes Segundo Silva (2004, p. 120), “Uma das premissas de segurança é: “A prevenção é ideal, mas a detecção é imprescindível””. Os logs são os registros armazenados em trilhas que da a condição de analisar todos os procedimentos efetuados no servidor. É através dos logs que se verifica desempenho de hardware ou software, se houve tentativa de ataque ou não, se estas tentativas foram feitas por usuários internos ou externos, dentre várias outras informações. Entretanto, há necessidade de se fazer a ativação de captura destes logs e de forma correta. É necessário verificar quais tipos de informação se deseja armazenar e por quanto tempo e ainda, onde armazenar, pois caso esteja no mesmo servidor atacado por um hacker, este poderá apagar os registros. De acordo com Silva (2004, p. 120), “O registro de eventos deve ser feito de maneira regular em todos os sistemas críticos, e os logs devidamente armazenados e arquivados, pois nunca se sabe quando eles serão necessários”.

4.6.6.7 Buffer overflow Internet Server Application Programming Interface (ISAPI), são extensões que são normalmente instados com o Internet Information Services (IIS) para estender a potencialidade do servidor utilizando Dynamically Linked Library (DLL). Segundo Silva, (2004, p. 123), “Várias DLLs, como idq.dll, contêm erros de programação que resultam na realização imprópria da checagem de erros. Em particular, não bloqueiam strings de entrada longos (long input strings)”. Esta vulnerabilidade poderá ser explorada por um atacante de forma que este poderá assumir o controle total do servidor. Segundo Silva (2004, p. 123), “Recomenda-se utilizar a ferramenta IIS Lockdown para proteger servidores IIS e a ferramenta URLScan para filtrar requisições HTTP”.

4.6.6.7.1 Remote Procedure Call (RPC) RPC é um dos recursos mais utilizado em uma rede e sua função é permitir que programas de um computador executem outro programa, em outro computador.

65 Devido a esta característica e a várias vulnerabilidades causadas pelo RPC, os atacantes de todo mundo exploram com freqüência esta falha através de ataques de buffer overflow. As seguintes verificação e implementação deverão ser consideradas:
Verifique se você está usando um dos três serviços de RPC mais freqüentemente explorado, a saber: - rpc.ttdbserverd - rpc.cmsd - rpc.statd [...] Siga os passos a seguir para proteger seus sistemas de ataques de RPC: - Onde for possível, desligue e/ou elimine esses serviços das máquinas diretamente acessíveis via Internet. - Onde for, de fato, necessário utilizar RPC, instale os patches mais recentes. - Consulte regularmente a base de dados de patches do fabricante, buscando novas versões e instalando-as imediatamente. - Bloqueie a porta de RPC (porta 111) no roteador de borda ou no firewall. - Bloqueie as portas de "Ioopback" do RPC: 32770-32789 (TCP e UDP). (SILVA, 2004, p. 124).

4.6.6.8 Brecha nos serviços de dados remotos (RDS) do IIS
Atacantes exploram falhas de programação nos serviços RDS (Remote Data Services) para executar comandos remotos com privilégios de administrador. Não é possível corrigir essa falha com um patch. Para se proteger contra essa vulnerabilidade, deve-se seguir os passos encontrados nos boletins de segurança do site Microsoft. Recomenda-se também a atualização para uma das versões de MDAC mais recentes, que estão disponíveis no site da Microsoft (SILVA, 2004, p. 124).

4.6.7 Certificação e certificados 4.6.7.1 Introdução

A certificação digital garante a autenticidade, a integridade a confidencialidade e o não-repúdio de uma mensagem, ou seja, impede que o remetente negue que foi o autor de uma determinada mensagem, desta forma permite aumentar o nível de segurança em transações pela Internet. Os certificados digitais são a base de uma ICP e cada usuário recebe seu certificado digital. Estes certificados são emitidos e mantidos por uma autoridade certificadora que funciona como uma espécie de cartório digital.

66 De acordo com Silva, (2004, p. 139), “Certificação é a junção entre uma entidade ou atributo com uma chave pública. A chave pública e a entidade ou atributo e algumas informações únicas são colocados dentro de um documento digital, chamado certificado”.

4.6.7.2 Tipos de certificado

Apesar da variedade de tipos de certificados digitais, o padrão X.509 é o mais difundido em todo mundo e por esta razão este é o padrão adotado pela ICP Brasil, infra-estrutura de chaves pública do Governo Federal. Segundo Silva (2004, p. 144), “À medida que o mercado foi utilizando as soluções e a popularidade dos certificados digitais atingiu níveis elevados na Internet, as organizações que definem os padrões foram se mobilizando para propor especificações, cujo objetivo era reunir o que há de melhor em cada proposta”.

5.6.7.2.1 X.509 Segundo Silva (2004, p. 144), “O padrão X.509 surgiu em 1988, como uma camada de autenticação recomendada para o padrão de diretório X.500, pelo CCITT, posteriormente ITU-T. Podemos definir diretório como uma base de dados on-line contendo várias informações”. As principais variáveis do padrão X.509 são o certificado, o algoritmo da assinatura do certificado e a assinatura digital. O certificado é descrito por atributos tais como a versão, o algoritmo ID, o número de série, assunto, validez, a chave pública, dentre outros. O SSL/TLS, IPSec, S/MIME, Secure Sockets Layer (SSH), LDAPv3, Extensible Authentication Protocol (EAP), HyperText Transfer Protocol Secure (HTTPS), são protocolos que suportam os certificados X.509
As extensões dos certificados possibilitam que uma AC inclua informação que normalmente não seria fornecida pelo conteúdo básico de um certificado. Qualquer organização pode definir suas extensões próprias, de acordo com suas necessidades. O sujeito de um certificado pode ser um usuário final ou outra AC. Os campos básicos de um certificado não diferenciam esses dois tipos de usuários. A extensão de restrições básicas aparece em um certificado de uma AC, indicando que esse certificado pode ser usado para construir caminhos de validação.

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O campo serviço contido nas extensões do certificado é utilizado para indicar os serviços de segurança que a chave pública poderá implementar, tais como: validação de assinatura digital em certificados LCR, criptografia dos dados etc. (SILVA, 2004, p.147).

4.6.7.2.2 Simple Public Key Infrastructure/Simple Distributed Security Infrastructure (SPKI/SDSI)

De acordo com Silva (2004, p. 151), “O SDSI é uma infra-estrutura cujo objetivo principal é facilitar a construção de sistemas distribuídos seguros e escaláveis. Já o SPKI foi projetado para ser um modelo de autorização simples, flexível e bem definido”. Nestes padrões (SPKI/SDSI) não há uma infra-estrutura de chaves públicas como o padrão X.509 sendo cada chave pública uma entidade certificadora.
Dois tipos de certificados são definidos no SPKI/SDSI: certificados de nomes e de autorização. Um certificado de nomes define um nome local no espaço de nomes do emissor e liga esse nome a uma chave pública ou, ainda, a outro nome. O emissor do certificado é sempre identificado por sua chave pública. A combinação dessa chave pública mais um nome local formam um identificador global único (SILVA, 2004, p. 152).

4.6.7.2.3 Secure Electronic Transaction (SET) Padrão público para transações de pagamentos desenvolvido pela empresa de cartão de crédito VISA e MasterCard com a participação da Microsoft, Netscape, International Business Machines (IBM) e Verisign, com objetivo de prover aos usuários a confidencialidade da informação, a integridade dos dados, a autenticação do usuário e a interoperabilidade. Segundo Silva (2004, p. 154), “O SET está baseado na distribuição de certificados digitais para as partes envolvidas na transação, evitando-se, assim, que seja divulgado o número do cartão de crédito”.

4.6.7.3 Public Key Cryptography Standards (PKCS)

De acordo com Silva (2004, p. 156), “Os PKCS visam a preencher o vazio que existe nas normas internacionais relativas a formatos para transferência de dados

68 que permitam a compatibilidade e a interoperabilidade entre aplicações que utilizem criptografia de chave pública”. Ao todo, são doze padrões conforme segue:
PKCS#1: RSA Encryption Standards - Tem por objetivo servir de normalização para a utilização do algoritmo RSA nas seguintes aplicações: - Assinaturas digitais - A informação a assinar é inicialmente reduzida a um valor de hash, utilizando um algoritmo de message digest, como o MD5. O resultado é, então, criptografado com a chave privada RSA. - Envelopes digitais - A informação a proteger é criptografada com a chave de sessão, utilizando um algoritmo simétrico, como o DES. Posteriormente, a chave de sessão é criptografada com a chave pública RSA. PKCS#3: Diffie-Hellman Key Agreement Standard - Normaliza a utilização do protocolo de acordo com as chaves Diffie-Hellman no estabelecimento de chaves secretas, ou de sessão [...]. PKCS#5: Password-Based Encryption Standard - Descreve um método para criptografar um array de bytes utilizando uma chave secreta calculada com base em uma password (Password-Based Encryption ou PBE) [...]. PKCS#6: Extended-Certificate Syntax Standard - Estende a definição de certificados X.509, permitindo a associação de outros atributos à entidade titular do certificado [...]. PKCS#7: Cryptographic Message Syntax Standard - Define uma sintaxe para mensagens criptografadas, como assinaturas digitais e envelopes digitais [...]. PKCS#8: Private-Key Information Syntax Standard - Define uma sintaxe para informações relativas a chaves privadas, tais como: o valor da chave, o algoritmo correspondente e um conjunto de atributos associados [...]. PKCS#9: Selected Attribute Types - Lista alguns dos atributos que podem ser associados a uma chave privada [...]. PKCS#10: Certification Request Syntax Standard - Define uma sintaxe para pedidos de certificação [...]. PKCS#12: Personal Information Exchange Syntax - Descreve uma sintaxe para a transferência de informação de identificação pessoal, incluindo chaves privadas, certificados, chaves secretas e extensões [...]. PKCS#11, PKCS#13 e PKCS#15 - [...] referem-se à utilização de dispositivos portáteis em criptografia [...] (SILVA, 2004 p. 157-159).

4.7 Sistema Operacional
4.7.1 Introdução

Sistema Operacional é um conjunto de aplicativos com objetivo de controlar softwares, hardwares e fluxos de informação e serve como alicerce para execução de qualquer outro software. Ao se ligar qualquer computador, é o sistema operacional que “da vida” à máquina. É o sistema operacional o responsável por controlar o computador de uma forma geral.

69 Segundo Machado; Maia (2004, p. 1), “[...] É apenas um conjunto de rotinas executado pelo processador, de forma semelhante aos programas dos usuários. Sua principal função é controlar o funcionamento de um computador [...]”. A evolução dos sistemas operacionais está totalmente ligada à evolução dos hardwares.

4.7.2 Funções Básicas Dentre as várias funcionalidades básicas de um sistema operacional podemos citar: - O sistema operacional é o responsável por integrar todos os periféricos (CDROM, pendrive, disquetes, Hard Disk (HD), monitor, mouse, teclado, memória, impressora, scanner, etc.), e o usuário não tem que se preocupar com estes procedimentos. - Em uma rede onde existem recursos compartilhados como, por exemplo, impressoras arquivos, dentre outros, é o sistema operacional que controla estes recursos. Conforme Machado; Maia, (2004, p. 2), “Para a maioria dos usuários, uma operação como a leitura de um arquivo em disco pode parecer simples. Na realidade, existe um conjunto de rotinas específicas, controladas pelo sistema operacional [...]”. Machado; Maia, (2004, p. 3) declara que “O compartilhamento de recursos permite, também, a diminuição de custos, na medida em que mais de um usuário pode utilizar as mesmas facilidades concorrentes, como discos, impressoras, linhas de comunicações, etc.”.

4.7.3 Windows Server 2003 Sistema operacional desenvolvido pela Microsoft para atender a plataforma cliente/servidor e poderá desempenhar a função de servidor de arquivos, de impressão, de aplicativos, de e-mail, de terminal, de acesso remoto, DNS, DHCP, WINS, controlador de domínio e em conjunto com outras aplicações poderá fornecer aos usuários acesso a banco de dados.

70 As configurações das funcionalidades disponíveis em cada servidor Windows Server 2003 vão depender do usuário que deverá configurá-lo de acordo com suas necessidades. Existem quatro edições do Windows Server 2003.
O que diferencia uma edição da outra são as funcionalidade disponíveis em cada edição, as necessidade mínimas de hardware e os limites máximos suportados, tais como quantidade máxima de memória RAM, números de processadores, número máximo de servidores em cluster e assim por diante (BATTISTI, 2003, p. 8).

4.7.3.1 Windows Server 2003 Standard Edition
Esta edição é indicada para ser utilizada em servidores de pequenas e médias organizações ou servidores departamentais com um número médio de usuários. Normalmente utilizado para serviços tais como o compartilhamento de arquivos e impressoras, gerenciamento centralizado das estações de trabalho, servidor de Intranet e servidor de conectividade com a Internet [...]. Serviços e/ou Recursos Não Disponíveis no Windows Server 2003 Standard Edition: - Suporte a mais do que quatro processadores. - Suporte a mais do que 4 GB de memória RAM. - Suporte a serviço de Cluster. - Versão de 64 bits para processadores Intel Itanium. - Troca de memória sem desligar o servidor (somente disponível nas edições Enterprise e Data Center e depende de suporte do fabricante do hardware do servidor). - Suporte a serviços de Metadiretório. - Windows System Resource Manager (WSRM): este recurso permite a alocação de recursos de hardware para processos específicos. Por exemplo, em um servidor Web você pode alocar mais recursos de hardware para os processos do IIS (Internet Information Services), dando prioridade para estes processos em relação aos demais (BATTISTI, 2003, p. 8).

4.7.3.2 Windows Server 2003 Enterprise Edition
É recomendado para servidores que forneçam serviços como: roteamento, servidor de Banco de dados (SQL Server 2000, ORACLE etc.), correio eletrônico e aplicativos de colaboração (Microsoft Exchange, Lotus Notes etc.), sites de comércio eletrônico e outros aplicativos utilizados em redes de grande porte [...]. O Windows Server 2003 Enterprise Edition apresenta as seguintes limitações, quanto ao hardware: - Oito processadores na versão de 32 bits. - 32 GB de memória RAM na versão de 32 bits. - Cluster com até oito Servidores (BATTISTI, 2003, p. 9-10).

4.7.3.3 Windows Server 2003 Data Center Edition

71 Conforme Battisti (2003, p. 10), “[...] Apresenta o maior número de recursos e a maior capacidade para atender a aplicações com um grande número de usuários e com elevadas exigências de desempenho”.
O Windows Server 2003 Data Center Edition apresenta as seguintes limitações, quanto ao hardware: - 32 processadores na versão de 32 bits e até 64 processadores na versão de 64 bits, para servidores baseados no processador Intel Itanium. - 64 GB de memória RAM na versão de 32 bits e até 512 GB de RAM na versão de 64 bits, para servidores baseados no processador Intel Itanium. - Cluster com até oito servidores (BATTISTI, 2003, p. 10).

4.7.3.4 Windows Server 2003 Web Edition

Conforme Battisti (2003, p. 11), “[...] Especificamente projetada para Servidores que prestarão serviço de hospedagem de sites, de aplicações Web, e aplicações baseadas na plataforma .NET, utilizando tecnologias como ASPNET, XML e Web Services”. De acordo com Battisti (2003. p. 11), “[...] Apresenta os seguintes limites de hardwares: Suporte, no máximo, dois processadores; Suporta, no máximo, 2 GB de memória RAM ”

4.7.4 Comparação entre as diferentes edições Na tabela 1 podemos verificar os recursos mínimos de hardware exigido por cada edição do Windows Server 2003.
Tabela 1 – Recursos mínimos de hardwares para as diferentes edições do Windows Server 2003 Recurso Web Standard Enterprise Data Center CPU Mínima 133 MHZ 133 MHZ 133 MHZ P/ X86 400 MHZ p/ X86 733 MHZ P/ Intel Itanium 733 MHZ p/ Intel Itanium CPU Recomendada 550 MHZ 550 MHZ 733 MHZ 733 MHZ Recomendada RAM Mínima 128 MB 128 MB 128 MB 512 MB RAM Recomendada 256 MB 256 MB 256 MB 1024 MB Espaço em 1,5 GB 1,5 GB 2,0 GB 2,0 GB Disco p/ instalar FONTE: Battisti (2003, p. 12)

4.8 Internet Information Services 6.0 (IIS)
4.8.1 Introdução

O IIS Pode gerenciar páginas da Web na Internet ou em suas intranets, hospedar e gerenciar sites FTP, rotear notícias ou e-mails usando o protocolo

72 Network News Transfer Protocol (NNTP) e o protocolo SMTP. Contêm novos recursos projetados para auxiliar organizações, profissionais de informática e administradores da Web a atingirem suas metas de desempenho, confiabilidade, escalabilidade e segurança.

4.8.2 Segurança Proteções de segurança apropriadas no servidor Web reduzem, e até mesmo eliminam, diversas ameaças, assim como o acesso por engano e alteração de dados sem má intenção por usuários. Com o SSL, o servidor Web também tem a opção de autenticar usuários verificando o conteúdo dos certificados de cliente, implementando um método altamente seguro de verificação da identidade dos usuários.
Você pode permitir que os usuários troquem informações particulares com seu servidor, como números de cartão de crédito ou números de telefone, de forma segura através da criptografia. A base dessa criptografia no IIS é o protocolo SSL 3.0, que fornece um meio seguro de estabelecer um vínculo de comunicação criptografada com os usuários. O SSL confirma a autenticidade do site e, opcionalmente, a identidade dos usuários que acessam sites restritos (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.1 Recomendações para Servidor Web com IIS
Faça logon com as credenciais mínimas - faça logon no computador usando uma conta que não esteja no grupo Administradores e use o comando Executar como para executar o Gerenciador do IIS como um administrador. Reduza a superfície de ataque - desative todos os serviços de que você não precisa, incluindo os serviços IIS, como FTP, NNTP ou SMTP. Se um recurso ou serviço não estiver habilitado, não há necessidade de protegê-lo. Não faça download ou execute programas de fontes não confiáveis. Mantenha os antivírus atualizados - os antivírus normalmente identificam arquivos infectados procurando uma assinatura que é um componente conhecido de um vírus anteriormente identificado. Mantenha todos os patches dos softwares atualizados - patches dos softwares fornecem soluções a problemas de segurança conhecidos. Verifique periodicamente os sites dos fornecedores dos softwares para ver se existem novos patches disponíveis para os softwares usados na sua organização. Use o NTFS - o sistema de arquivos NTFS é mais seguro que o sistema de arquivos FAT ou FAT32. Atribua permissões NTFS de alta segurança para os recursos. Tenha cuidado com os controladores de domínio - se você usar um controlador de domínio como um servidor de aplicativo, saiba que, se a segurança for comprometida no controlador de domínio, ela será comprometido em todo o domínio.

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Restrinja as permissões de acesso de gravação para a conta IUSR_nome_do_computador - procedimento ajuda a limitar o acesso de usuários anônimos ao seu computador. Armazene os arquivos executáveis em um diretório separado - esse procedimento facilita para os administradores a atribuição de permissões de acesso e a auditoria. Crie um grupo para todas as contas de usuários anônimos - Você pode negar permissões de acesso a recursos com base na participação nesse grupo. Negue permissões de execução para usuários anônimos a todos os executáveis dos diretórios e subdiretórios do Windows. Use a restrição de endereço IP se o IIS estiver sendo administrado remotamente. Atribua às permissões mais restritas possíveis - por exemplo, se seu site for usado somente para exibir informações, atribua as permissões somente leitura. Se um diretório ou site contiver aplicativos, atribua as permissões Somente scripts em vez das permissões Scripts e executáveis. Não atribua permissões de gravação e de acesso ao código-fonte do script ou permissões de scripts e executáveis - use essa combinação com extremo cuidado. Ela pode permitir que um usuário carregue arquivos executáveis potencialmente perigosos para o seu servidor e os execute. (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.2 Tipo de Autenticação Você pode exigir que, antes que acessem qualquer informação no seu servidor, os usuários forneçam um nome e uma senha de conta de usuário. Esse processo é conhecido como Autenticação.

4.8.2.2.1 Autenticação de Sites
Autenticação anônima: descreve o método de autenticação que não necessita de credenciais de usuário autenticado e é recomendável para conceder acesso público a informações que não requerem segurança. Autenticação básica: descreve o método de autenticação que necessita de um nome de usuário e de uma senha, fornece um nível baixo de segurança e é recomendável para conceder acesso a informações com pouca o nenhuma necessidade de privacidade. A segurança é considerada baixa, pois as senhas são enviadas pela rede em texto sem formatação (texto descriptografado), tornando-as vulneráveis à interceptação. Autenticação Digest: descreve o método de autenticação que necessita de um nome de usuário e de uma senha, fornece um nível médio de segurança e pode ser usado para conceder acesso a informações de segurança de redes públicas. A segurança aumenta em relação à autenticação básica, com o envio de credenciais de usuário em uma síntese de mensagem com hash aplicado. Autenticação Digest avançada: descreve o método de autenticação que fornece um nível médio de segurança e é idêntico à autenticação Digest, com uma exceção: as credenciais do usuário ficam mais bem protegidas contra descobertas quando são armazenadas no controlador de domínio (DC) como um hash MD5. Autenticação integrada do Windows: descreve o método de autenticação que envia informações de autenticação de usuário pela rede como uma permissão Kerberos, fornece um alto nível de segurança e é recomendável

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para a intranet da organização. Não é fácil enviar credenciais de usuário por um proxy HTTP. Certificados: descreve o método de autenticação usado para estabelecer uma conexão de comunicação de segurança entre um cliente e um servidor que utiliza a SSL (camada de soquetes de segurança). A autenticação de certificados fornece um alto nível de segurança apropriado para negócios pela Internet. Autenticação UNC: descreve o método de autenticação usado para verificar as credenciais do usuário para seu acesso aos compartilhamentos em um computador remoto. Autenticação do Passport .NET: descreve o método de autenticação que fornece uma segurança de início de sessão universal, permitindo o acesso dos usuários a diversos serviços na Internet. Definindo o domínio de logon padrão: descreve como é possível configurar um domínio de logon padrão para os usuários que fazem logon usando a autenticação básica e que não especificam um domínio (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.2.2 Autenticação de Sites FTP
Autenticação anônima do FTP: descreve o método de autenticação que não necessita de credenciais de usuário autenticado e é recomendável para conceder acesso público a informações que não requerem segurança. Autenticação básica do FTP: descreve o método de autenticação que necessita de um nome de usuário e de uma senha, fornece um nível baixo de segurança e é recomendável para conceder acesso a informações com pouca o nenhuma necessidade de privacidade. A segurança é considerada baixa, pois as senhas são enviadas pela rede em texto sem formatação (texto descriptografado), tornando-as vulneráveis à interceptação (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.3 Controle de Acesso Segundo a Microsoft (2003), “O controle de acesso adequado ao conteúdo da Web e FTP é essencial para a execução de um servidor Web seguro”. A seguir podemos observar na figura 12, um resumo do processo de controle de acesso efetuado pelo IIS quando recebe uma requisição do usuário:

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Figura 12 – Controle de acesso do IIS

Fonte: (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.3.1 Permissões NTFS De acordo com Microsoft (2003), “É altamente recomendável o uso do sistema de arquivos NTFS para o seu servidor de aplicativos. O NTFS é um sistema de arquivos mais poderoso e seguro que o FAT e o FAT32”. Os seguintes benefícios são oferecidos pelo New Technology File System (NTFS): - Permitir que os administradores controle acesso de usuários em nível de arquivos e diretórios; - oferece suporte a criptografia; - oferece suporte ao Active Directory (AD) e à segurança baseada em domínio.

4.8.2.3.2 Permissões de sites

76 Segundo a Microsoft (2003), “Você pode configurar as permissões de acesso do seu servidor Web para sites, diretórios e arquivos específicos. Essas permissões aplicam-se a todos os usuários, independentemente de seus direitos de acesso específicos”.

4.8.2.3.3 Contas do IIS e contas internas A seguir é apresentada uma lista das contas internas usadas pelo IIS, assim como das contas específicas do IIS e seus direitos de usuário associados:
Sistema Local: Uma conta interna com um alto nível de direitos de acesso. Se uma identidade de processo do operador for executada como a conta do sistema local, esse processo terá acesso total a todo o sistema. Serviço de Rede: Uma conta interna com menos direitos de acesso no sistema do que a conta do sistema local, mas que ainda pode interagir em toda a rede com as credenciais da conta do computador. Para o IIS 6.0, é recomendável que a identidade de processo do operador definida para pools de aplicativos seja executada como a conta Serviço de rede. Por padrão, a identidade do processo do operador é executada como Serviço de rede. Direitos de usuário padrão: Substituir um token no nível de processo (SeAssignPrimaryTokenPrivilege) Ajustar quotas de memória para um processo (SeIncreaseQuotaPrivilege) Gerar auditoria de segurança (SeAuditPrivilege) Ignorar a verificação completa (SeChangeNotifyPrivilege) Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) Fazer logon como um serviço (SeInteractiveLogonRight) Permitir logon local (SeInteractiveLogonRight) Serviço Local: Uma conta interna com menos direitos de acesso no computador do que a conta do serviço de rede e cujos direitos de usuário se limitam ao computador local. A conta do serviço local será usada se o processo do operador não exigir acesso externo ao servidor no qual está sendo executada. Direitos de usuário padrão: Substituir um token no nível de processo (SeAssignPrimaryTokenPrivilege) Ajustar quotas de memória para um processo (SeIncreaseQuotaPrivilege) Gerar auditoria de segurança (SeAuditPrivilege) Ignorar a verificação completa (SeChangeNotifyPrivilege) Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) IIS_WPG: Uma conta de grupo do IIS que recebeu as permissões e os direitos de usuários mínimos necessários para inicializar e executar um processo do operador em um servidor Web. Direitos de usuário padrão: Ignorar a verificação completa (SeChangeNotifyPrivilege) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) IUSR_nome_do_computador: Uma conta do IIS para acesso anônimo ao IIS. Por padrão, quando um usuário acessa um site definido como Autenticação anônima, ele é mapeado para a conta IUSR_nome_do_computador. O usuário tem os mesmos direitos no computador que essa conta.

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Direitos de usuário padrão: Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) Ignorar a verificação completa (SeChangeNotifyPrivilege) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) Permitir logon local (SeInteractiveLogonRight) IWAM_nome_do_computador: Uma conta do IIS para iniciar aplicativos fora do processo no modo de isolamento do IIS 5.0. Direitos de usuário padrão: Substituir um token no nível de processo (SeAssignPrimaryTokenPrivilege) Ajustar quotas de memória para um processo (SeIncreaseQuotaPrivilege) Ignorar a verificação completa (SeChangeNotifyPrivilege) Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) ASPNET: Uma conta interna para executar o processo do operador do Microsoft ASP.NET no modo de isolamento do IIS 5.0. Direitos de usuário padrão: Acesso a este computador pela rede (SeNetworkLogonRight) Fazer logon como um trabalho em lotes (SeBatchLogonRight) Fazer logon como um serviço (SeInteractiveLogonRight) Negar logon local (SeDenyInteractiveLogonRight) Negar logon pelos serviços de terminal (SeDenyRemoteInteractiveLogonRight). (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.3.4 Acesso anônimo

De acordo com a Microsoft (2003), “O acesso anônimo, o método de controle de acesso a site mais comum, permite que qualquer pessoa visite as áreas públicas de seus sites”.

4.8.2.3.5 Configurando identidade do processo de trabalho O IIS 6.0 utiliza uma nova conta interna do serviço de rede, oferecendo maior segurança que suas versões anteriores. Nelas, a mesma conta tinha acesso a quase todos os recursos operacionais. No IIS 6.0, pode ser usada uma das três contas predefinidas ou criar uma conta própria. O grupo IIS_WPG é um grupo de usuários fornecido pelo IIS 6.0, cujos membros possuem um conjunto mínimo de permissões e direitos para executar um aplicativo. Essa participação oferece uma maneira conveniente de usar uma conta de usuário específica sem ter que atribuir manualmente a ela permissões e direitos de usuário. O processo do operador será iniciado somente se a mesma estiver no grupo IIS_WPG e tiver as permissões adequadas.

4.8.2.3.6 Protegendo sites com restrições de endereço IP

78 Você pode configurar seu site para conceder ou negar acesso de computadores, grupos de computadores ou domínios específicos a sites, diretórios ou arquivos com base na sua identificação de rede (IP) e em uma máscara de subrede. De acordo com a Microsoft (2003) “As restrições de endereço IP aplicam-se somente aos endereços IPv4”.

4.8.2.3.7 Protegendo diretórios virtuais
Os administradores do IIS podem proteger os diretórios virtuais usando a autenticação de usuário local. [...] No IIS 6.0, você pode utilizar a delegação de autenticação para passar as credenciais autenticadas do usuário solicitante para um servidor de arquivos remoto no qual está localizado um compartilhamento UNC. É preferível utilizar esse procedimento a utilizar um nome de usuário estático e uma senha porque você pode limitar o acesso a partes específicas do compartilhamento UNC para cada usuário ou grupo (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.3.8 Autorização da URL

A autorização de URL no IIS permite que os administradores do Windows simplifiquem o gerenciamento de acesso, autorizando o acesso do usuário às URLs que compreendem um aplicativo da Web. Ela valida o acesso solicitado por um usuário baseado nas funções dele, permitindo que os administradores controlem todo o acesso do usuário às URLs, em vez de controlar o acesso por Access Control List (ACL), em cada recurso. A utilização da autorização de URLs do IIS 6.0 permite que um administrador controle o acesso baseado em informações disponíveis somente em tempo de execução Na figura 13 temos a ilustração do gerenciador de ilustração.
A autorização de URLs de IIS é implementada como um interceptador de interface de programação de aplicativos de servidores da Internet (ISAPI) (no diagrama abaixo, URL Authz ISAPI). Quando um aplicativo, um diretório virtual ou uma URL é configurada para usar a autorização de URLs de IIS, cada solicitação de uma URL é roteada para o interceptador ISAPI de autorização de URLs. Esse interceptador usará o Gerenciador de autorização (no diagrama, .NET Authz Framework) para autorizar o acesso à URL solicitada. A URL deve estar associada a um armazenamento de diretivas do Gerenciador de autorização que contenha a diretiva de autorização para a URL. Assim que o cliente tiver autorização para acessar a URL, o recurso Executar URL do ISAPI de autorização de URLs (no diagrama, ExecURL) passará a solicitação para o manipulador apropriado da URL, como o ASP.dll, para outro ISAPI ou para o manipulador de arquivo estático (MICROSOFT, 2003).

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Figura 13 - Diagrama Gerenciador de Autorização

Fonte: (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.4 Filtragem de porta TCP/IP Permite que você controle os tipos de tráfego que atingem os servidores e dispositivos de rede. Apesar do software de firewall ser usado para impedir invasões externas, podem não proteger os servidores de ataques internos de usuários malintencionados da própria rede privada. Habilita ou desabilita as portas do protocolo TCP e do User Datagram Protocol (UDP) nos computadores ou dispositivos de rede, conforme o administrador quiser. Usada em conjunto com outras práticas de segurança em servidores de Internet e intranet, isola-os de vários ataques externos e internos à segurança do TCP/IP. Podem-se configurar filtros de portas nos servidores individuais, para fornecer uma camada adicional de proteção contra diversos ataques à segurança do TCP/IP.

4.8.2.4.1 Atribuições de portas para serviços web De acordo com a Microsoft (2003), “Há 65.535 números de porta disponíveis para processos de aplicativos que usam o protocolo de controle de transmissão (TCP). O mesmo número de portas está disponível para processos de aplicativos que usam o protocolo de datagrama de usuário (UDP)”. Na tabela 2 podemos observar as portas padrão atribuídas aos serviços web.

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Tabela 2 – Portas TCP padrão para serviços web Número de porta TCP Serviço de Internet padrão 20 Canal de dados do protocolo FTP 21 Canal de controle do protocolo FTP 23 Telnet (habilitado em alguns servidores de intranet ou Internet) 25 Protocolo SMTP 80 Protocolo HTTP usado para World Wide Web 119 Protocolo de transferência de notícias de rede (NNTP) 443 Protocolo de transferência de hipertexto em TLS/SSL (HTTPS) para World Wide Web segura. 563 Protocolo de transferência de notícias de rede em TLS/SSL (NNTPS) FONTE: Microsoft (2003).

4.8.2.4.2 Ferramentas de filtragem de portas Para maior eficiência, configure a ferramenta de filtragem de modo que aceite solicitações por meio de cada porta exigida pelos aplicativos do servidor e recuse as solicitações provenientes de todas as outras portas TCP ou UDP. A filtragem de todo o tráfego destinado a essas portas eliminará a exposição desnecessária a ataques. A seguir, uma lista de ferramentas que podem ser usadas para filtrar o tráfego nos servidores ou na rede:
Diretivas de filtragem de segurança do protocolo Internet (IPSec): Dá suporte a regras de filtragem de pacotes monitoradores baseadas em diretivas que podem ser usadas com criptografia e autenticação IPSec para fornecer proteção total. Recomendadas se a organização possuir o IPSec implantado. Firewall de conexão com a Internet (ICF): Habilita filtros monitoradores baseados em definições de serviços configuráveis. Dá suporte a serviços de notificação e logs. Recomendado se a organização não tiver implantado o IPSec. Serviço de autenticação da Internet (IAS): Fornece serviços de controle de acesso à rede, inclusive filtros de tráfego para redes sem fio, acesso remoto, redes privadas virtuais, recursos de Internet e extranets. Filtragem de TCP/IP: Limitada à filtragem de protocolos e pacotes monitoradores. Não é recomendada. O IPSec e o ICF fornecem filtros monitoradores mais úteis e robustos. Microsoft Internet Security e Acceleration Server: Disponível como produto separado (não incluído na família Windows Server 2003). Contém o avançado software firewall de rede que permite configurar regras sofisticadas de filtragem de aplicativos e tráfego para computadores e dispositivos de rede (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.5 Criptografia

81 Seus recursos podem ser usados para codificar as informações transmitidas ao servidor Web e recebidas por ele, impedindo que pessoas não autorizadas decodifiquem o conteúdo original de suas transmissões.

4.8.2.5.1 Ativando a criptografia Você pode exigir que os usuários estabeleçam um canal criptografado com seu servidor antes de acessarem um site, um diretório ou um arquivo restrito. Entretanto, o navegador da Web do usuário e seu servidor Web devem oferecer suporte ao esquema de criptografia usado para proteger o canal.
Ao definir propriedades de segurança para um site específico, você define automaticamente as mesmas propriedades de segurança para os diretórios e os arquivos pertencentes a esse site, a menos que as propriedades de segurança dos diretórios e dos arquivos individuais tenham sido definidas anteriormente (MICROSOFT, 2003).

Se as propriedades de diretórios e arquivos individuais forem redefinidas, suas configurações de segurança anteriores serão atualizadas. A mesma condição é aplicada para um diretório com subdiretórios ou arquivos com propriedades de segurança anteriormente definidas. Recomenda-se o uso da criptografia SSL/TLS somente para informações sigilosas uma vez que este reduz a taxa de transmissão e degrada o desempenho do servidor.

4.8.2.5.2 Definindo o nível de criptografia Você pode configurar o servidor Web para solicitar um nível de chave de sessão mínimo de 128 bits para todas as sessões de comunicação segura sendo que a chave e o SSL são diferentes. Entretanto, os usuários que tentarem estabelecer um canal de comunicação seguro com seu servidor deverão usar um navegador capaz de se comunicar com uma chave de sessão de 128 bits.

4.8.2.6 Certificado Digital De acordo com a Microsoft (2003), “Os certificados são uma forma de identificação digital do servidor e dos clientes que solicitam informações desse

82 servidor. A função dos certificados é semelhante à de um passaporte ou de outra carteira de identidade oficial, que identifica o portador”.

4.8.2.6.1 Autoridades de certificação Pode-se obter um certificado de uma outra organização mutuamente confiável, chamada autoridade de certificação (CA), cuja principal responsabilidade é confirmar a identidade e a validade das informações que irão conter no certificado. Antes de emitir um certificado, a autoridade de certificação exige que você forneça informações com extensão que pode variar com os requisitos de garantia de identificação do certificado. A coleta dessas informações pode exigir uma entrevista pessoal com a autoridade de certificação e o endosso de um tabelião.

4.8.2.6.2 Certificados de servidor Para ativar os recursos de segurança SSL, deve-se obter e instalar um certificado de servidor válido. Um certificado de servidor permite que os usuários autentiquem um servidor, verifiquem a validade do conteúdo da Web e estabeleçam uma conexão segura. Ele contém uma chave pública, usada na criação de uma conexão segura entre o cliente e o servidor. O sucesso de um certificado de servidor como meio de identificação depende da confiança do usuário na validade das informações contidas no certificado. Nesse caso, é necessário considerar a possibilidade de obter um certificado de servidor de uma autoridade de certificação. Como alternativa, dependendo do relacionamento da sua organização com os usuários do seu site, você poderá emitir seus próprios certificados de servidor.

4.8.2.6.3 Server-gated Cryptography (SGC) Oferece às instituições financeiras uma solução para a realização de transações financeiras seguras no mundo inteiro com o uso da criptografia de 128 bits de alta segurança. Um servidor configurado para SGC pode facilitar as sessões de criptografia, portanto, não é necessário ter várias versões do IIS. Para o uso da SGC, é necessário um certificado SGC especial.

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4.8.2.6.4 Provedor de serviços de criptografia selecionável Todo provedor de criptografia pode criar uma chave pública e uma chave particular para criptografar os dados que o servidor Web envia e recebe. Conforme a Microsoft (2003), “Um provedor de serviços de criptografia (CSP) selecionável permite que você selecione um provedor de criptografia para lidar com a criptografia e com o gerenciamento de certificados”.

4.8.2.6.5 Certificados de cliente Os certificados de cliente são documentos eletrônicos que contêm informações sobre clientes, chaves públicas de criptografia que fazem parte do recurso de segurança SSL do IIS, que facilitam a criptografia e a descriptografia dos dados transmitidos por uma rede aberta.
Um certificado de cliente comum contém várias informações: a identidade do usuário, a identidade da autoridade de certificação, uma chave pública usada para estabelecer comunicações seguras e informações de validação, como uma data de vencimento e um número de série. As autoridades de certificação oferecem tipos diferentes de certificados de cliente, que contêm quantidades diferentes de informações, dependendo do nível de autenticação necessário (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.6.6 Lista de certificados confiáveis
Mantendo uma lista de certificados confiáveis (CTL), os administradores de sites podem comparar automaticamente os certificados de cliente com uma lista predefinida de autoridades de certificação confiáveis. [...] O IIS aceitaria somente os certificados de cliente fornecidos por autoridades de certificação contidas na lista de certificados confiáveis desse departamento (MICROSOFT, 2003).

4.8.2.6.7 Detecção de certificados de cliente revogados

A maioria das autoridades de certificação mantém uma lista de revogação de certificados que na verdade é uma lista dos certificados de cliente atuais que foram revogados por terem fornecido informações falsas ou porque a data do certificado está vencida ou por solicitação de cancelamento pelo usuário. Como o certificado

84 não é material, e não pode ser literalmente retirado do usuário mal-intencionado, adiciona-se as informações sobre o certificado do cliente revogado nessa lista.

4.8.3 LOGs de atividades do site Habilitando o log dos sites da Web, pode-se coletar informações sobre atividades do usuário, que são armazenadas em arquivos American Standard Code for Information Interchange (ASCII) ou em um banco de dados compatível com Open Data Base Connectivity (ODBC). De acordo com a Microsoft (2003), “Os logs podem incluir informações como, por exemplo, quem visitou o site, o que o visitante viu e quando as informações foram exibidas pela última vez”.

4.8.3.1 Habilitando o log

Escolhe-se um formato e habilita-se o log para sites da Web e FTP individuais. Após habilitá-lo, todo o tráfego para o site é registrado no arquivo correspondente para cada site.

4.8.3.2 Personalizando o log estendido do W3C

Quando usado, poderá ser personalizado selecionando as propriedades que se deseja registrar. Também pode limitar dados irrelevantes e reduzir o tamanho do arquivo de log omitindo propriedades dispensáveis. A seguir, as propriedades estendidas disponíveis na versão do IIS 6.0.
Endereço IP do cliente: O endereço IP do cliente que acessou o servidor. Nome de usuário: O nome do usuário que acessou o servidor. Nome de serviço: O serviço de Internet que estava sendo executado no computador do cliente. Nome de servidor: Nome do servidor em que a entrada de log foi gerada. IP de servidor: O endereço IP do servidor em que a entrada de log foi gerada. Porta do servidor: O número da porta à qual o cliente está conectado. Método: A ação que o cliente estava tentando executar (por exemplo, um comando GET). URI Stem: O recurso acessado, por exemplo, uma página HTML, um programa CGI ou um script.

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URI Query: A consulta, se houver, que o cliente estava tentando executar. Uma ou mais seqüências de caracteres de pesquisa das quais o cliente buscava correspondências são registradas no log. Status do protocolo: O status da ação, nos termos empregados pelo HTTP. Status do Win32®: O status da ação, nos termos empregados pelo Windows. Bytes enviados: O número de bytes enviados pelo servidor. Bytes recebidos: O número de bytes recebidos pelo servidor. Tempo decorrido: O intervalo de tempo decorrido para a ação. Versão do protocolo: A versão do protocolo (HTTP, FTP) utilizada pelo cliente. No caso do HTTP, será HTTP 1.0 ou HTTP 1.1. Host: O nome do computador. Agente de usuário: O navegador utilizado no cliente. Cookie: O conteúdo do cookie enviado ou recebido se houver. Referencial: O site que direcionou o usuário para o site atual. Substatus de protocolo: Status adicional da ação, nos termos empregados pelo HTTP (MICROSOFT, 2003).

4.8.3.3 Salvando arquivos de log O diretório em que serão salvos os arquivos de log pode ser especificado e pode-se determinar quando novos arquivos de log serão iniciados. Deve-se definir o controle de acesso adequado no diretório de arquivos de log para proteger os dados registrados. É mais seguro permitir o acesso ao diretório de arquivos de log somente para o administrador e para o grupo IIS_WPG.

4.8.3.4 Convertendo arquivos de log em formato NCSA O formato comum do National Center for Supercomputing Applications (NCSA) é padronizado e de uso comum. O utilitário convlog: - Converte os arquivos de log do servidor Web em formato de arquivo de log comum do NCSA; - pode substituir endereços IP por nomes do sistema de nomes de domínios durante a conversão dos arquivos de log com formato do IIS e estendido do World Wide Web Consortium (W3C) para o formato comum do NCSA; - pode ser usado para substituir endereços IP por nomes DNS dentro de um arquivo de log comum do NCSA e; - pode ser usado para converter diferenças de fuso horário.

4.8.3.5 Log binário centralizado

86 É o processo por meio do quais vários sites da Web inserem dados de log binários sem formatação em um único arquivo de log. Quando habilitado, todos os sites no servidor Web que executam o IIS inserem dados de log em um único arquivo de log, o que preserva os recursos de memória. Normalmente, a maior parte dos métodos de log cria um arquivo de log por site, o que pode consumir rapidamente valiosos recursos de CPU e memória nos servidores que executam o IIS, gerando problemas de desempenho. Segundo Microsoft (2003), “O log binário centralizado é uma propriedade do servidor, e não do site. [...]. Depois que esse tipo de log é habilitado no servidor que executa o IIS, você não pode configurar a criação de log em outro formato para sites específicos”.

4.8.3.6 Módulos de log personalizados
O IIS oferece suporte para módulos de log personalizados, ou objetos de modelo de objeto componente (COM), que implementam a interface ILogPlugin ou ILogPluginEx. Os desenvolvedores e administradores de sistema implementam módulos de log personalizados quando criam seus próprios formatos de arquivos de log ou quando manipulam dados de log. Quando a identificação global exclusiva (GUID) deste objeto COM é especificada na propriedade LogPluginClsid da metabase, o IIS instancia o módulo de log personalizado e usa seus métodos para registrar as entradas de log (MICROSOFT, 2003).

4.8.3.7 Log remoto O Log remoto permite que você estabeleça armazenamento e backup de arquivos de log centralizados, mas são mais lento que os métodos de log padrão, pois grava o arquivo de log pela rede, o que pode provocar queda de desempenho. O HTTP.sys publica um erro no log de eventos do Windows NT, caso o proprietário do diretório ou do arquivo não esteja no grupo de administradores local. Suspende a gravação no log para o site até que o proprietário seja desse grupo, ou até que o diretório ou arquivo de log existente seja excluído. Para evitar esse erro, basta permitir que o HTTP.sys crie diretórios de arquivos de log e arquivos de log.
É altamente recomendável a ativação da segurança do protocolo Internet (IPSec), entre o servidor web que executa o IIS e o servidor remoto, antes de configurar o log remoto. O IPSec é uma estrutura de padrões abertos destinada a assegurar comunicações privadas seguras em redes com o protocolo Internet (IP) por meio da utilização de serviços de segurança

87
criptográficos. Se o IPSec não estiver habilitado entre o servidor web que executa o IIS e o servidor remoto, os pacotes de dados que contiverem dados de log correrão risco potencial de interceptação por indivíduos e aplicativos de captura de informações invasivos enquanto trafegam pela rede (MICROSOFT, 2003).

4.8.3.8 Códigos de erro em arquivos de log Para diminuir os ataques do IIS, as mensagens de erro personalizadas não retornam o conteúdo específico da mensagem de erro para computadores de clientes remotos. Quando a mensagem contém muitas informações sobre o servidor Web principal e uma explicação do motivo pelo qual uma determinada solicitação não foi executada, indivíduos mal-intencionados podem usar essas informações para atacar o servidor Web. Por isso, um código de erro como 404.2 retorna para o computador do cliente como 404, não dando pistas, para o cliente remoto, que pode estar mal intencionado, do motivo pelo qual uma solicitação falhou.

4.8.4 Metabase do IIS
A metabase é um depósito para a maioria dos valores de configuração do IIS (Serviços de Informações da Internet). A metabase é um arquivo de configuração .XML de texto sem formatação que pode ser editado manualmente ou programaticamente. Ela também pode ser estendida de modo altamente eficiente. À medida que a implantação do IIS cresce, o mesmo acontece com a metabase; porém, usando um modelo de herança, é possível evitar declarações explícitas de valores duplicados, o que reduz a sobrecarga quando é necessário ler valores de configuração a partir da metabase (MICROFOT, 2003).

4.8.4.1 Estrutura De acordo com a Microsoft (2003), “O IIS (Serviços de Informações da Internet) armazena a configuração e o esquema da metabase em arquivos de formato XML com texto sem formatação, ao contrário das versões anteriores do IIS que usavam um único arquivo binário”.

4.8.4.2 Segurança
Os arquivos da metabase devem ser protegidos a qualquer custo. Uma instalação padrão do IIS garante a segurança da metabase definindo entradas de controle de acesso (ACEs) estrito nos arquivos da metabase e criptografando dados confidenciais dentro dos arquivos (uma lista de controle de acesso [ACL] contém ACEs). Se você mantiver esse nível de

88
segurança, fizer backups periódicos, usar uma senha de administrador de alta segurança e limitar o número de usuários que possuem credenciais administrativas, estará tomando as precauções adequadas para proteger os arquivos da metabase (MICROSOFT, 2003).

4.8.4.3 Backup
Criar backups da metabase é uma parte vital da manutenção da confiabilidade da metabase. A capacidade de criar arquivos de backup da metabase e de restaurá-la usando esses arquivos foi aperfeiçoada no IIS 6.0, pois agora é possível restaurar o backup em outros computadores se o backup de segurança tiver sido escolhido. Os backups da metabase são criados automaticamente pelo IIS, e eles podem ser criados por demanda por um administrador do IIS, usando o Gerenciador do IIS. Todos os backups, independentemente de como foram criados, são armazenados juntos e exibidos juntos no Gerenciador do IIS. Não existe suporte para a restauração de backups de versões anteriores do IIS. Depois de instalar o IIS 6.0 ou atualizar para o IIS 6.0, é recomendável fazer o backup da metabase assim que for possível, a fim de preservar os dados de configuração (MICROSOFT, 2003).

4.8.4.4 Importação e Exportação
O recurso de importação e exportação da metabase permite que os administradores criem um arquivo de exportação, nomeado MetaBase.xml por padrão, que contém elementos especificamente selecionados de um arquivo de configuração da metabase. Esse arquivo de exportação pode, depois, ser importado para o arquivo de configuração da metabase do mesmo computador ou para outro computador que esteja executando um membro da família Microsoft Windows Server 2003. [...] A exportação da metabase não substitui a funcionalidade do backup da metabase, pois as propriedades criptografadas não são incluídas. O backup da metabase é usado para criar arquivos de backup da configuração e do esquema integrais da metabase, que só podem ser restaurados em sua totalidade, inclusive com as propriedades criptografadas. A exportação da metabase não pode ser usada para exportar o esquema da metabase (MICROSOFT, 2003).

4.8.5 Ajuste de desempenho
Ajustar o servidor da Web e melhorar o desempenho permite que você maximize a taxa de transferência e para minimizar o tempo de resposta do aplicativo da Web, que cria uma melhor experiência para clientes que tentam acessar o servidor Web [...]. O ajuste ajuda a evitar afunilamentos e pode ajudar a ampliar o tempo entre as atualizações de hardware (MICROSOFT, 2003).

4.8.5.1 Desempenho e Segurança Uma questão importantíssima em um servidor web é o equilíbrio entre o desempenho do servidor e a implementação de segurança.

89 De acordo com a Microsoft (2003), “As comunicações da Web seguras exigem mais recursos [...], portanto é importante saber quando usar diversas técnicas de segurança”. Um site web seguro com SSL implementado, por exemplo, leva cinco vezes mais tempo para conexão inicial do que um site web não seguro. De acordo com a Microsoft “o tempo limite padrão para o cache da sessão SSL foi alterado para cinco minutos no Microsoft Windows 2000 e em versões posteriores. Depois que esses dados são excluídos ou "liberados" do cache, o cliente e o servidor precisam estabelecer uma conexão completamente nova”. A autenticação, os certificados, o SSL e a criptografia são recursos de segurança que exige processamento significativo e, portanto o uso destes recursos deverá ser equilibrado com o desempenho desejado. É necessário definir com clareza quais páginas do site web deverá ter segurança implementada e qual tipo de segurança será utilizada.

4.9 Política de Controle de acesso
Os ativos identificados estão condicionados ao escopo do projeto, abragendo servidores de páginas intranet das filiais regionais da CEF.

4.9.1 Ambiente centralizado (grande porte) 4.9.1.1 Ambiente mainframe IBM 2 equipamentos modelo 2094 737 e 1 modelo 2094 708 com poder de

processamento de 4.232 milhões de unidades de serviços por segundos (MSU) e 30.816 milhões de instruções por segundos (MIPS), localizados na cidade de Brasília/DF; 1 equipamento modelo 2064 733 com poder de processamento de

1.691 milhões de unidades de serviços por segundos (MSU) e 12.273 milhões de instruções por segundos (MIPS), localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ; e 1 equipamento modelo 2094 731 com poder de processamento de

1.609 milhões de unidades de serviços por segundo (MSU) e 11.677 milhões de instruções por segundos (MIPS), localizado na cidade de São Paulo/SP.

90 4.9.1.2 Ambiente SUN 1 equipamento modelo E10000 com 64 processadores, 3

equipamentos modelos F15000 com 72 processadores cada, 1 equipamento modelo E6500 com 8 processadores e 54 servidores SUN de menor porte, localizados na cidade de Brasília/DF; 1 equipamento modelo E10000 com 64 processadores, 1 equipamento

modelo F15000 com 32 processadores e 20 servidores SUN de menor porte, localizados na cidade do Rio de Janeiro/RJ; e 3 equipamentos modelo E10000 com 64 processadores e 43

servidores SUN de menor porte, localizados na cidade de São Paulo/SP.

4.9.1.3 Ambiente x86 369 Servidores localizado na cidade de Brasília/DF; 110 Servidores localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ; e 218 Servidores localizado na cidade de São Paulo/SP.

4.9.1.4 Storage em disco 46.000 GB de disco fornecido pela International Business Machines

(IBM) e 20.237 GB de disco fornecido pela Hitachi Data Systems (HDS), localizado na cidade de Brasília/DF; 20.736 GB de disco fornecido pela IBM, 31.198 GB fornecido pela EMC

Corporation e 16.704 GB de disco fornecido pela Hitachi Data Systems (HDS), localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ; e 13.248 GB de disco fornecido pela IBM, 35.765 GB fornecido pela EMC

Corporation e 6.780 GB de disco fornecido pela Hitachi Data Systems (HDS), localizado na cidade de São Paulo/SP. 4.9.1.5 Storage em fita 5 silos robóticos, 21.180 GB de mídias 9840 e 75.684 GB de mídias

3490, localizado na cidade de Brasília/DF; 4 silos robóticos, 12.340 GB de mídias 9840 e 129.370 GB de mídias

3490, localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ; e

91 5 silos robóticos, 11.766 GB de mídias 9840 e 130.731 GB de mídias 3490, localizado na cidade de São Paulo/SP. 4.9.2 Ambiente descentralizado (baixa plataforma) 14 servidores controladores de domínio que gerencia 259.389 objetos; 6.535 servidores com SGBD SQL; 1.556 servidores member server que disponibilizam serviços de rede

como DNS, WINS, correio, aplicativos legados, etc.; 129.092 estações de trabalho (computadores desktop) e 3.315

notebooks, distribuído na rede da CEF que utilizam os sistemas e os recursos disponibilizados por cada área sendo a gerência regional de tecnologia responsável por estes computadores em seu âmbito de atuação; bancária); 18.179 impressoras; 1.208 cofres eletrônicos; 16.430 equipamentos de auto-atendimento; 23.175 equipamentos lotéricos; e 2.678 salas 24 horas. 16.676 estações financeiras (computadores desktop para automação

4.9.2.1 Servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet

573 servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet, assim distribuídos por todo o território nacional: 9 servidores em Belém/PA; 51 servidores em Belo Horizonte/MG; 218 servidores em Brasília/DF; 15 servidores em Bauru/SP; 11 servidores em Campo Grande/MS; 4 servidores em Campinas/SP; 14 servidores em Curitiba/PR; 10 servidores em Florianópolis/SC; 13 servidores em Fortaleza/CE; 14 servidores em Goiânia/GO;

92 5 servidores Manaus/AM; 30 servidores em Porto Alegre/RS; 79 servidores em Recife/PE; 31 servidores em Rio de Janeiro/RJ; 21 servidores em Salvador/BA; 38 servidores em São Paulo/SP; e 10 servidores em Vitória/ES.

Todos os servidores atendem os requisitos mínimos de hardware descrito no item 4.7.4, tabela 1, não havendo necessidade de atualização (upgrade) para instalação do Windows Server 2003 Web Edition.

4.9.3 Ambiente de telecomunicações Conjunto de ativos tecnológicos instalados nos diversos ambientes da CEF, e que sustentam a rede de comunicação da empresa. 2.544 roteadores; 4.853 switch; 4.508 hub; 5 links de comunicação de 1.2 kilobits por segundo (Kbps); 11 links de comunicação de 2.4 kilobits por segundo (Kbps); 1 link de comunicação de 4.8 kilobits por segundo (Kbps); 5 links de comunicação de 9.6 kilobits por segundo (Kbps); 2 links de comunicação de 14.4 kilobits por segundo (Kbps); 9 links de comunicação de 19.2 kilobits por segundo (Kbps); 7 links de comunicação de 28.8 kilobits por segundo (Kbps); 8 links de comunicação de 33.6 kilobits por segundo (Kbps); 59 links de comunicação de 64 kilobits por segundo (Kbps); 1.161 links de comunicação de 128 kilobits por segundo (Kbps); 1.426 links de comunicação de 256 kilobits por segundo (Kbps); 346 links de comunicação de 512 kilobits por segundo (Kbps); 78 links de comunicação de 1.024 kilobits por segundo (Kbps); 103 links de comunicação de 2.048 kilobits por segundo (Kbps); 7 links de comunicação de 10.240 kilobits por segundo (Kbps); 7 links de comunicação de 34.816 kilobits por segundo (Kbps); e

93 3 links de comunicação de 158.720 kilobits por segundo (Kbps).

4.9.4 Ambiente de telefonia 2.295 PABX com capacidade de 46.816 troncos e 110.416 ramais.

4.9.5 Recursos humanos 70.885 empregados; 23.930 prestadores de serviços; e 5.735 estagiários.

4.10 Análise de Riscos e Vulnerabilidades
O propósito da análise de risco foi identificar e mensurar os critérios de risco de controle de acesso e determinar o grau de importância de cada item avaliado para os negócios da empresa. Esta etapa tem como objetivo comparar os itens relevantes relacionados na ABNT 17799:2005 e normativos interno da empresa que estão abaixo relacionados: - Política de controle de acesso; - Gerenciamento de acesso de usuário; - Responsabilidades dos usuários e - Controle de acesso a rede.

4.10.1 Avaliação de Risco

Os riscos da empresa CEF quanto à segurança da informação foram avaliados por meio de aplicação de matriz de risco para identificar as vulnerabilidades e fazer um mapeamento dos pontos mais críticos, visando adequar as falhas levantadas às práticas sugeridas pela ABNT 17799:2005 e também às normas internas da empresa. Para tanto, demonstra-se a seguir as matrizes de risco referentes à cada item avaliado (Tabelas de 3 a 8).

94
Tabela 3 – Matriz de Risco – Política de Controle de Acesso
1. Política de Controle de Acesso Pontuação Importância do item (peso) 3 Adequação do item na empresa 10 % de atendimento à ideal obtida norma Risco 30 30 100,00% Baixo

Item 1.1

Aspectos Existe uma política de controle de ambiente de computação? Há identificação de todas as informações relacionadas às aplicações de negócio e os riscos a que as informações estão expostas? Há consistência entre controle de acesso e políticas de classificação da informação em diferentes sistemas e redes? Existe administração de direitos de acesso? Existe segregação de regras de controle de acesso? Foram definidos requisitos para autorização formal de pedidos de acesso? É realizada análise crítica períodica de controles de acesso? Situação parcial

1.2

2

8

20

16

80,00% Baixo

1.3 1.4 1.5 1.6 1.7

2 3 3 1 2

7 9 7 10 9 85,00%

20 30 30 10 20

14 27 21 10 18

70,00% Médio 90,00% Baixo 70,00% Médio 100,00% Baixo 90,00% Baixo

Tabela 4 – Matriz de Risco – Gerenciamento de acesso de usuário
2. Gerenciamento de acesso de usuário Pontuação Importância do item (peso) Adequação do item na empresa % de atendimento à ideal obtida norma Risco

Item

Aspectos Existe identificador de usuário (ID de usuário) único para assegurar a responsabilidade de casa usuário? Existe identificador de usuário (ID de usuário) compartilhado por dois ou mais usuários? Ao se conceder um nível de acesso é analisado se este nível de acesso é apropriado às atribuições diárias do usuário? Os usuários recebem uma declaração por escrito dos seus direitos de acesso? É requerida dos usuários a assinatura de uma declaração indicando que eles entendem as condições de acesso? É mantido um registro formal de todas as pessoas registradas para usar o serviço? Existe bloqueio imediato de direitos de acesso de usuários que mudaram de cargos ou funções, ou deixaram a organização? Existe análise periódica para remover ou bloquear identificadores (ID) e contas de usuários redundantes? Existe o fornecimento de um identificador (ID) para mais de um usuário? Situação parcial

2.1 2.2

3 1

10 10

30 10

30 10

100,00% Baixo 100,00% Baixo

2.3 2.4

2 1

10 8

20 10

20 8

100,00% Baixo 80,00% Baixo

2.5 2.6

2 1

8 10

20 10

16 10

80,00% Baixo 100,00% Baixo

2.7

3

5

30

15

50,00% Médio

2.8 2.9

2 3

8 10 86,11%

20 30

16 30

80,00% Baixo 100,00% Baixo

95
Tabela 5 – Matriz de Risco – Responsabilidades dos usuários
3. Responsabilidades dos usuários Pontuação Importância do item (peso) 3 3 Adequação do item na empresa 10 10 % de atendimento à ideal obtida norma Risco 30 30 30 30 100,00% Baixo 100,00% Baixo

Item 3.1 3.2

Aspectos Existe uma política de senha na empresa? Os usuários são informados sobre a política de senha da empresa? Os usuários assinam uma declaração, para manter a confidencialidade de sua senha pessoal e das senhas de grupos de trabalhos? Qual é o procedimento adotado para alteração de senha e qual é a periodicidade? (ciclo de vida de senha, reutilização e tamanho)? De que forma são armazenadas as senhas dos usuários? Senhas padrão são alteradas no primeiro logon do usuário? Existem controles para impor o cumprimento das políticas de senha nos diversos tipos de contas? Situação parcial

3.3

3

8

30

24

80,00% Baixo

3.4 3.5 3.6 3.7

3 3 3 3

10 9 10 10 95,71%

30 30 30 30

30 27 30 30

100,00% Baixo 90,00% Baixo 100,00% Baixo 100,00% Baixo

Tabela 6 – Matriz de Risco – Controle de acesso à rede
4. Controle de acesso a rede Pontuação Importância do item (peso) 3 2 Adequação do item na empresa 10 5 % de atendimento à ideal obtida norma Risco 30 20 30 10 100,00% Baixo 50,00% Médio

Item 4.1 4.2

Aspectos Existe uma política de uso dos serviços de redes? A própria empresa gerencia o ambiente de rede ou terceiriza este serviço? São usadas contas de logon separadas para atividade normal versus atividades administrativas de gerenciamento? A empresa concede acesso administrativo a usuários para suas estações de trabalho? Usuários externos acessam a rede? Qual é a forma de autenticação? Existe firewalls ou outros controles de acesso de nível de rede nas fronteiras da rede para proteger os recursos corporativos? Existem serviços abertos à internet na rede interna da empresa? Como é controlado o acesso destes serviços? Existe hardware ou software de detecção de intrusões para identificar ataques? Situação parcial

4.3 4.4 4.5

2 2 3

10 4 10

20 20 30

20 8 30

100,00% Baixo 40,00% Alto 100,00% Baixo

4.6

3

10

30

30

100,00% Baixo

4.7 4.8

3 3

10 10 89,52%

30 30

30 30

100,00% Baixo 100,00% Baixo

96
Tabela 7 – Matriz de Risco – Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet
5. Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet Pontuação Importância Adequação % de do item do item na atendimento à (peso) empresa ideal obtida norma Risco Aspectos Existe política de segurança física nas gerências regional de suporte tecnológico? Existe um aviso no sistema operacional, informando que o servidor é acessado apenas por pessoas autorizadas? Existe política para configuração dos parâmetros de diretivas de conta? Existe política para configuração dos parâmetros de diretiva de auditoria? Existe política para configuração dos parâmetros de atribuições de direitos de usuário? Existe política para configuração dos parâmetros de opções de segurança? Existe implementação de criptografia para armazenar informações sigilosas? Existe implementação de uso de certificado de aplicação? Existe controle de instalação das atualizações de segurança disponibilizado pelo fornecedor do sistema operacional? Existe controle dos serviços essenciais que deverão está em execução nos servidores? Existe controle dos serviços que não deverão está em execução nos servidores? Existe um padrão de configuração do serviço Internet Information Services (IIS)? Como é efetuada a publicação dos sites nos servidores intranet? Situação parcial 3 10 30 30 100,00% Baixo

Item 5.1

5.2 5.3 5.4

2 2 2

10 0 0

20 20 20

20 0 0

100,00% Baixo 0,00% Alto 0,00% Alto

5.5 5.6 5.7 5.8

3 2 3 2

0 0 0 0

30 20 30 20

0 0 0 0

0,00% Alto 0,00% Alto 0,00% Alto 0,00% Alto

5.9 5.10 5.11 5.12 5.13

2 2 2 2 2

0 0 0 4 4 22,76%

20 20 20 20 20

0 0 0 8 8

0,00% Alto 0,00% Alto 0,00% Alto 40,00% Alto 40,00% Alto

Tabela 8 – Legenda
6. Legenda % de atendimento a norma Importância do item (peso) Adequação na empresa 17799:2005 e normas interna 0 1 2 3 Pouco importante Importante Muito importante 1a4 5a7 8 a 10 Ausência de adequação Presença de adequação Adequação parcial Adequação total 0 a 39% 40% a 70% 71% a 100% Ruim Regular Bom Alto Médio Baixo Rísco

97 4.10.2 Resultado da avaliação de risco

Obteve-se, com a aplicação da matriz de risco, a identificação dos aspectos de controle de acesso de acordo com a ABNT 17799:2005 e seus respectivos riscos (alto ou médio ou baixo). Comentou-se os resultados dessa avaliação, com a numeração apresentada na matriz de risco, nos subitens que seguem.

4.10.2.1 Política de controle de acesso

Observou-se acerca da Política de controle de acesso, conforme demonstra a tabela 3, que os itens “consistência entre controle de acesso e políticas de classificação” e “segregação de regras de controle de acesso” apresentam parcial adequação à norma. Isto em virtude da inadequada aplicação da política normarizada pela empresa sob estudo (CEF). No que tange aos demais itens da referida política, notou-se a total adequação à norma.

4.10.2.2 Gerenciamento de acesso de usuário

A avaliação representada na tabela 4, referente ao Gerenciamento de acesso de usuário, resultou nas seguintes considerações: O item “bloqueio imediato de direitos de acesso de usuários que mudaram de cargos ou função, ou deixaram a organização” apresentou presença parcial de adequação à norma, pois, apesar de já existir uma política normatizada não é aplicada adequadamente. Os demais itens apresentaram adequação à norma.

4.10.2.3 Responsabilidades dos usuários No que tange à Responsabilidade dos usuários (tabela 5), o resultado obtido foi de que todos os itens analisados apresentaram adequação à norma. 4.10.2.4 Controle de acesso à rede No estudo do Controle de acesso à rede (tabela 6), notou-se que o item “a empresa concede acesso administrativos a usuários para suas estações de

98 trabalho” não apresentou adequação à norma, porque existem várias estações de trabalho que contém um ou mais usuários de rede como administradores locais da estação. Por outro lado, o item “a própria empresa gerencia o ambiente de rede ou terceiriza este serviço” apresentou presença parcial de adequação à norma, pois, apesar de ser a própria empresa que gerencia o ambiente de rede, existem terceirizados que também exercem esta atividade. Enfim, Os demais itens analisados no controle de acesso à rede apresentaram adequação total à norma.

4.10.2.5 Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet Do estudo desta última matriz (tabela 7) inferiu-se que os itens “existe política de segurança física nas gerências regional de suporte tecnológico” e “aviso no sistema operacional informando que o servidor é acessado apenas por pessoas autorizadas” apresentaram total adequação à norma. Ao passo que os demais itens não apresentaram adequação à norma.

4.11 Soluções e recomendações
Nesta etapa do trabalho destinou-se a propor soluções para os itens que apresentaram riscos classificados como alto e médio, ou seja, não indicaram adequação à norma ABNT 17799:2005 ou indicaram de modo parcial. São os itens referentes às tabelas 3, 4 e 6. Nos casos das tabelas 1, 2 e 5, que apresentaram riscos classificados como baixo, não serão apresentadas propostas de melhoria, em virtude do grau de adequação à norma ser satisfatório ou sua importância muito baixa.

4.11.1 Política de controle de acesso

Tendo em vista que já existe normativo interno para consistência entre controle de acesso e políticas de classificação da informação em diferentes sistemas

99 e redes, sugere-se a divulgação deste em toda empresa e o cumprimento do que foi definido. Há necessidade também de identificar as informações relacionadas às aplicações de negócios e os riscos a que estão expostas, classificando-os e disponibilizando-os corretamente em todos os segmentos da empresa.

4.11.2 Gerenciamento de acesso de usuário Há necessidade de implementar uma rotina de remoção ou bloqueio imediato de acesso de usuários que mudaram de cargo, função ou deixaram a organização.

4.11.3 Controle de acesso à rede Recomenda-se que o ambiente de rede seja gerenciado apenas por empregado da CEF e que seja implementada uma rotina para garantir o cumprimento da norma que regulamenta o acesso administrativo a usuários, em suas estações de trabalho.

4.12 Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet
Importa tratar de modo distinto, as propostas para a tabela 7. Elas são apresentadas em tópicos específicos de acordo com o conhecimento adquirido no decorrer do curso e referencial teórico exposto ao logo do projeto. Todos os subitens a seguir relacionados foram obtidos a partir das orientações emitidas pela Microsoft Corporation.

4.12.1 Configurações do Servidor

4.12.1.1 Requisitos de Hardware

Os hardwares que serão utilizados para instalação do sistema operacional Windows Server 2003 Web Edition deverão possuir os recursos mínimos descrito no item 4.7.4.

100 4.12.1.2 Arquivos de log Os arquivos de logs deverão ser configurados com os seguintes parâmetros (figura 14): - Application: 131072, overwrite as needed - Security: 131072, overwrite as needed - System: 131072, overwrite as needed
Figura 14 – Configuração do arquivo de log Security.

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

4.12.1.3 Serviço de Indexação

Todos os diretórios contidos na partição de sistema no serviço de indexação (Indexing service) deverão ser apagados (figura 15).

101

Figura 15 – Exclusão dos diretórios da partição sistema no serviço de indexação

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

4.12.1.4 Proteção de tela

A proteção de tela deverá se configurado para no máximo 10 minutos e o desbloqueio deverá ser por meio de senha.

4.12.1.5 Usuários administrator e guest Os usuários locais administrator e guest e suas descrições deverão ser renomeados. Deve-se criar um novo usuário com o mesmo nome e descrição usando uma senha forte.

4.12.1.6 Política de segurança local 4.12.1.6.1 Senha Os parâmetros de conta local deverão ser configurados conforme tabela 9:
Tabela 9 – Configurações de senha para conta Policy Enforce password history Maximum password age Minimum password age Minimum password length Passwords must meet complexity requirements Store password using reversible encryption for all users in the domain Account lockout duration Account lockout threshold Reset account lockout counter after Local Setting 24 passwords remembered 45 days 5 days 8 characters Enabled Disabled 60 minutes 5 invalid logon attempts 60 minutes

102

4.12.1.6.2 Auditoria Os parâmetros de auditoria deverão ser configurados conforme tabela 10:
Tabela 10 – Configurações de auditoria Policy Audit account logon events Audit account management Audit directory service access Audit logon events Audit object access Audit policy change Audit privilege use Audit process tracking Audit system events Local Setting Success, Failure Success, Failure Failure Success, Failure Failure Success, Failure Failure No auditing Success, Failure

4.12.1.6.3 Atribuições de direitos do usuário As atribuições de direitos do usuário (User Rights Assignment) concedem direitos ou privilégios de logon aos usuários ou grupos nos computadores de sua organização. Um exemplo de direito de logon é o direito de fazer logon em um computador interativamente. Um exemplo de privilégio é o direito de desligar o computador. Ambos os tipos são atribuídos pelos administradores a usuários individuais ou a grupos como parte das configurações de segurança do computador. As atribuições de direitos do usuário deverão ser configuradas conforme tabela 11:
Tabela 11 – Atribuições de direito do usuário Policy Access this computer from the network

Local Setting Administrators Authenticated Users Backup Operators ASPNET IWAM_”Computername” IUSR_”Computername”

Act as part of the operating system Add workstations to domain Adjust memory quotas for a process

Allow log on locally

Allow log on through Terminal Services

Administrators LOCAL SERVICE NETWORK SERVICE IWAM_”Computername” Administrators Backup Operators IUSR_”Computername” Administrators

103
REMOVE Remote Desktop Users Administrators Backup Operators Server Operators Administrators Authenticated Users Backup Operators Users Administrators Administrators

Back up files and directories

Bypass traverse checking

Change the system time Create a pagefile Create a token object Create permanent shared objects Debug programs Deny access to this computer from the network Deny log on as a batch job Deny log on as a service Deny log on locally Deny log on through Terminal Services Enable computer and user accounts to be trusted for delegation Force shutdown from a remote system Generate security audits Increase scheduling priority Load and unload device drivers Lock pages in memory Log on as a batch job

Administrators SUPPORT_388945a0

SUPPORT_388945a0 Not Defined Administrators Administrators Server Operators LOCAL SERVICE NETWORK SERVICE Administrators Administrators Print Operators LOCAL SERVICE SUPPORT_388945a0 ASPNET IWAM_”Computername” IUSR_”Computername” IIS_WPG NETWORK SERVICE ASPNET Administrators Administrators Not Defined Administrators Administrators Administrators LOCAL SERVICE NETWORK SERVICE Administrators Backup Operators Server Operators Administrators Backup Operators Administrators

Log on as a service Manage auditing and security log Modify firmware environment values Perform volume maintenance tasks Profile single process Profile system performance Remove computer from docking station Replace a process level token Restore files and directories

Shut down the system Synchronize directory service data Take ownership of files or other objects

104

4.12.1.6.4 Opções de segurança As opções de segurança deverão ser configuradas conforme demonstra a tabela 12. Nem todos os itens relacionados nesta tabela existem em todos os servidores uma vez que estão relacionados aos recursos instalados.
Tabela 12 – Opções de segurança Policy Accounts: Administrator account status Accounts: Guest account status Accounts: Limit local account use of blank passwords to console logon only Accounts: Rename administrator account Accounts: Rename guest account Audit: Audit the access of global system objects Audit: Audit the use of Backup and Restore privilege Audit: Shut down the system immediately if unable to log security audits Devices: Allow undock without having to log on Devices: Allowed to format and eject removable media Devices: Prevent users from installing printer drivers Devices: Restrict CD-ROM access to locally logged-on user only Devices: Restrict floppy access to locally logged-on user only Devices: Unsigned driver installation behavior Domain controller: Allow server operators to schedule tasks Domain controller: LDAP server signing requirements Domain controller: Refuse machine account password changes Domain member: Digitally encrypt or sign secure channel data (always) Domain member: Digitally encrypt secure channel data (when possible) Domain member: Digitally sign secure channel data (when possible) Domain member: Disable machine account password changes Domain member: Maximum machine account password age

Local Setting Enabled Disabled Enabled Alterar para o novo usuário (subitem 4.12.1.5). Alterar para o novo usuário (subitem 4.12.1.5). Disabled Disabled Disabled Disabled Administrators Enabled Enabled Enabled Warn but allow installation Not defined Not defined Not defined Enabled Enabled Enabled Disabled 30 days

105
Domain member: Require strong (Windows 2000 or later) session key Interactive logon: Do not display last user name Interactive logon: Do not require CTRL+ALT+DEL Interactive logon: Message text for users attempting to log on Disabled Enabled Disabled ATENÇÃO! Tendo acesso e usando este sistema você está sendo monitorado. O uso sem autorização ou mau uso deste sistema computacional estará sujeito às penalidades previstas em normativos internos. Alerta de uso do servidor! 0

Interactive logon: Message title for users attempting to log on Interactive logon: Number of previous logons to cache (in case domain controller is not available) Interactive logon: Prompt user to change password before expiration Interactive logon: Require Domain Controller authentication to unlock workstation Interactive logon: Require smart card Interactive logon: Smart card removal behavior Microsoft network client: Digitally sign communications (always) Microsoft network client: Digitally sign communications (is server agrees) Microsoft network client: Send unencrypted password to their-party SMB servers Microsoft network server: Amount of idle time required before suspending session Microsoft network server: Digitally sign communications (always) Microsoft network server: Digitally sign communications (if client agrees) Microsoft network server: Disconnect clients when logon hours expire Network access: Allow anonymous SID/Name translation Network access: Do not allow anonymous enumeration of SAM accounts Network access: Do not allow anonymous enumeration of SAM accounts and shares Network access: Do not allow storage of credentials or .NET passports for network authentication Network access: Let Everyone permissions apply to anonymous users Network access: Named pipes that can be accessed anonymously Network access: Remotely accessible registry paths

14 Days Disabled Disabled Lock Workstation Disabled Enabled Disabled 15 minutes

Enabled Enabled Disabled Enabled Enabled Not Defined

Disabled COMNAP, COMNODE, SQL\QUERY, SPOOLSS, EPMAPPER, LOCATOR, TrkWks, TrkSvr System\CurrentControlSet\Control\ProductOptions

106
System\CurrentControlSet\Control\Print\Printers System\CurrentControlSet\Control\Server Applications System\CurrentControlSet\Services\Eventlog Software\Microsoft\OLAP Server Software\Microsoft\Windows NT\CurrentVersion System\CurrentControlSet\Control\ContentIndex System\CurrentControlSet\Control\Terminal Server System\CurrentControlSet\Control\Terminal Server\UserConfig System\CurrentControlSet\Control\Terminal Server\DefaultUserConfiguration Software\Microsoft\Windows NT\CurrentVersion\Perflib System\CurrentControlSet\Services\SysmonLog Network access: Restrict anonymous to named pipes and shares Network access: Shares that can be accessed anonymously Network access: Sharing and security model for local accounts Network security: Do not store LAN Manager hash value on next password change Network security: Force logoff when logon hours expire Network security: LAN Manager authentication level Network security: LDAP client signing requirements Network security: Minimum session security for NTLM SSP based (including secure RCP) clients Network security: Minimum session security for NTLM SSP based (including secure RCP) servers Recovery console: Allow automatic administrative logon Recovery console: Allow floppy copy and access to all drives and folders Shutdown: Allow system to be shut down without having to log on Shutdown: Clear virtual memory pagefile System cryptography: Force strong key protection for user keys stored on the computer Enabled COMCFG, DFS$ Classic – local users authenticate as themselves Disabled Enabled Send LM & NTLM – useNTLMv2 session security if negotiated Not Defined No minimum

No minimum

Disabled Disabled Disabled Disabled Not defined

System cryptography: Use FIPS compliant Disabled algorithms for encryption, hashing, and signing

107
System objects: Default owner for objects created by members of the administrators group System objects: Require case insensitivity for non-Windows subsystems System objects: Strengthen default permissions of internal system objects (e.g. Symbolic Links) System settings: Optional subsystems System settings: Use Certificate Rules on Windows Executables for Software Restriction Policies Administrators group

Enabled Enabled

Clear out POSIX Not Defined

4.12.1.7 Configurações de registro As seguintes chaves de registro deverão ser modificadas ou inseridas no servidor de informações. - Desabilitar a auto-execução para CD-ROM;
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\CDRom Tipo: REG_DWORD Nome: Autorun Valor: 0

- Configuração de proteção contra ataques SYN maliciosos (boletim Microsoft nº. Q142641);
Chave: HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters\ Nome: SynAttackProtect Tipo: REG_DWORD Valor: 2

- Configuração de proteção de gateway;
Chave: HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters\ Nome: EnableDeadGWDetect Tipo: REG_DWORD Valor: 0

- Desabilitar a função de roteador em todas as placas de rede;
Chave: HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters\ Interfaces\[InterfaceName] Nome: PerformRouterDiscovery Tipo: REG_DWORD Valor: 0

- Desabilitar redirecionamento do protocolo ICMP (boletim Microsoft Q225344);
Chave: HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters\ Nome: EnableICMPRedirect Tipo: REG_DWORD Valor: 0

- Desabilitar roteamento para IP de origem;
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: DisableIPSourceRouting Tipo: REG_DWORD Valor: 2

108 - Configurações de tempo de conexão para o protocolo TCP/IP;
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: KeepAliveTime Tipo: REG_DWORD Valor: 300000

- Desabilitar resolução de nome para solicitação externa; e
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: NoNameReleaseOnDemand Tipo: REG_DWORD Valor: 1

- Configurações para unidade de transmissão máxima de caminho (Path Maximum Transmission Unit - PMTU);
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: EnablePMTUDiscovery Tipo: REG_DWORD Valor: 0 Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: TcpMaxConnectResponseRetransmissions Tipo: REG_DWORD Valor: 2 Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: TcpMaxDataRetransmissions Tipo: REG_DWORD Valor: 3 Chave: HKLM\system\CurrentControlSet\Services\Tcpip\Parameters Nome: TCPMaxPortsExhausted Tipo: REG_DWORD Valor: 5 Chave: HKLM\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\ Policies\Explorer Nome: NoDriveTypeAutoRun Tipo: REG_DWORD Valor: 0xFF

4.12.1.8 Permissões de Registro As seguintes chaves de registro deverão ter suas permissões ajustadas conforme descrito a seguir e não deverão utilizar o recurso de herança de permissão, ou seja, herdar permissões das chaves superiores. - Permissão para os grupos administrators (full control), system (full control), creator owner (full control) e authenticated users (read) para as seguintes chaves:
HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Run HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\RunOnce HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\RunOnceEx HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Uninstall HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows NT\CurrentVersion\AeDebug HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows NT\CurrentVersion\Winlogon

109 - Permissão para os grupos administrators (full control), system (full control) e authenticated users (read) para a seguinte chave:
HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Rpc

4.12.1.9 Sistemas de arquivos - Access Control List (ACL) As seguintes pastas e arquivos deverão ter suas permissões ajustadas conforme descrito a seguir: - C:\ e C:\program files - ajustar permissões NTFS para administrators e system (full control) e authenticated users (read e execute). - C:\boot.ini, C:\ntdetect.com e C:\ntddr - ajustar permissões NTFS para administrators e system (full control) e power users (read e execute). - %systemroot%\repair e %systemroot%\system32\config - ajustar permissões NTFS para administrators e system (full control). Ajustar também permissão NTFS "no access" para os usuários IUSR e IWAM. - %systemroot%\security, %systemroot%\system32\dllcache e %systemroot%\system32\logfiles - ajustar permissões NTFS para administrators e system (full control).

4.12.1.10 Utilitários de linha de comando Os utilitários de linha de comando (tabela 13), normalmente disponibilizados em %systemroot%\system32, deverão ter suas permissões NTFS ajustadas para administrators (full control) e "no access" para os usuários IUSR e IWAM ou qualquer outro usuário de serviço local. Para ambiente que necessita de altíssima segurança esses utilitários de linha de comando deverão ser movidos de sua pasta padrão ou renomeados ou, ainda, apagados do servidor.
Tabela 13 – Utilitários de linha de comando. append.exe arp.exe bootcfg.exe cacls.exe chglogon.exe chgport.exe chkntfs.exe choice.exe cluster.exe cmd.exe convert.exe cscript.exe dfscmd.exe diskcomp.com doskey.exe driverquery.exe dsmod.exe dsmove.exe at.exe change.exe chgusr.exe cipher.exe command.com dcpromo.exe diskcopy.com dsadd.exe dsquery.exe attrib.exe chcp.com chkdsk.exe clip.exe compact.exe debug.exe diskpart.exe dsget.exe dsrm.exe

110
edlin.exe exe2bin.exe findstr.exe format.com getmac.exe hostname.exe IIsCnfg.vbs iisreset.exe label.exe mem.exe mountvol.exe net1.exe ntbackup.exe pagefileconfig.vbs powercfg.exe prnjobs.vbs pubprn.vbs rdpclip.exe regini.exe replace.exe routemon.exe runonce.exe setpwd.exe shutdown.exe syskey.exe tasklist.exe tftp.exe tlntsrv.exe tsadmin.exe tskill.exe usrmgr.exe winmsd.exe enevttriggers.exe expand.exe finger.exe freedisk.exe gettype.exe iInuse.exe iisext.vbs iisweb.vbs logman.exe mmc.exe msg.exe netsh.exe ntdsutil.exe pathping.exe print.exe prnmngr.vbs query.exe recover.exe register.exe reset.exe router.exe sc.exe setx.exe snmp.exe systeminfo.exe taskmgr.exe timeout.exe tracerpt.exe tscon.exe tsprof.exe waitfor.exe wscript.exe eventcreate.exe fc.exe forcedos.exe fsutil.exe gpresult.exe iisapp.vbs IIsFtp.vbs ipconfig.exe logoff.exe mode.com nbtstat.exe netstat.exe ntsd.exe ping.exe prncnfg.vbs prnport.vbs rasdial.exe reg.exe regsvr32.exe rexec.exe rsh.exe schtasks.exe shadow.exe snmptrap.exe takeown.exe telnet.exe tlntadmn.exe tracert.exe tsdiscon.exe tsshutdn.exe where.exe xcopy.exe eventquery.vbs find.exe forfiles.exe ftp.exe gpupdate.exe iisback.vbs IisFtpdr.vbs ipxroute.exe makecab.exe more.com net.exe nslookup.exe os2.exe posix.exe prndrvr.vbs prnqctl.vbs rcp.exe regedt32.exe relog.exe route.exe runas.exe secedit.exe share.exe subst.exe taskkill.exe termsrv.exe tlntsess.exe tree.com tsecimp.exe typeperf.exe whoami.exe

4.12.1.11 Serviços Os seguintes serviços deverão ser desativados: - Automatic Updates; - Background Intelligent Transfer Service; - Computer Browser; - DNS Server; - Indexing Service; - Net Meeting Remote Desktop Sharing; - Remote Desktop Help Session Manager; - Secondary Logon; - Special Administration Console Helper;

111 - Themes; e - Wireless Configuration. Os demais serviços deverão ser analisados e permanecer ativados, porém, em execução apenas os que forem pertinentes, levando em consideração os serviços desempenhados pelo servidor.

4.12.1.12 Configurações do serviço de terminal Os seguintes itens de configuração do serviço de terminal (Terminal Service) deverão ser alterados com a execução do utilitário tscc.msc. - Guia “general” - o nível de encriptação deverá ser alterado para alto (figura 16).
Figura 16 – Serviço de Terminal – Encryption level High

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

- Guia “sessions” - deverão ser efetuadas as alterações conforme demonstra a figura 17.

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Figura 17 – Serviço de Terminal – Configurações da guia sessions

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

- Guia “remote control” - deverá ser marcado o item “do not allow remote control”, conforme demonstra a figura 18.
Figura 18 – Serviço de Terminal – Configuração da guia remote control

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

113 - Guia “client settings” – todas as caixas de verificação do subitem “disable the following” deverão ser desmarcadas conforme demonstra a figura 19.
Figura 19 – Serviço de Terminal – Configuração da guia Client Settings

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

- Guia “Permissions” – O grupo “remote desktop users” deverá ser excluído da lista de permissão (figura 20).
Figura 20 – Serviço de Terminal – Configuração da guia “Client Settings”

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

114

Ainda na guia permissions, deve-se clicar no botão “advanced” e em seguida na guia “auditing”. Adicionar, por meio do botão “add”, o grupo “administrators” local e ativar as caixas de verificação, conforme demonstra a figura 21.
Figura 21 – Serviço de Terminal – Configuração da guia “Client Settings”

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

4.12.2 Configurações do serviço de informações da intranet (IIS) 6.0 4.12.2.1 Configurações de registro específico do IIS As seguintes chaves de registro deverão ser modificadas ou inseridas e são específicas para servidores que disponibilizam serviço de informação (IIS). - Ativar log de eventos para o protocolo SSL e
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Control\SecurityProviders \SChannel Nome: EventLogging Tipo: REG_DWORD Valor: 3

- Desabilitar o uso de comando shell
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\W3SVC\Parameters Nome: SSIEnableCMDDirective Tipo: REG_DWORD Valor: 0

115 4.12.2.2 Localização e permissão para arquivos Os arquivos dos sites deverão ser armazenados em partição diferente da partição do sistema operacional, de preferência em HD exclusivo e em pastas separadas segundo sua classificação, conforme tabela 14.
Tabela 14 – Classificação de arquivos do site. Tipos de Arquivos Permissão NTFS CGI, etc. ( .EXE, .DLL, .CMD, .PL) Everyone (X) Administrators (Full Control) System (Full Control) Script (.ASP, .JSP, .PHP, etc.) Everyone (X) Administrators (Full Control) System (Full Control) Include ( .INC, .SHTML, .SHTM ) Everyone (X) Administrators (Full Control) System (Full Control) Static ( .HTML ) Everyone (R) Administrators (Full Control) System (Full Control) Images ( .GIF, .JPEG ) Everyone (R) Administrators (Full Control) System (Full Control)

4.12.2.3 Arquivo de log do IIS Os log dos sites deverão ser armazenados em partição exclusiva, configurados para captura diária no formato W3C Extended e, além das opções padrão, deverão ser ativados os itens: “service name”, “server name”, “cookie” e “referer”, conforme demonstra a figura 22.

116
Figura 22 – Configuração do arquivo de log do IIS.

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

4.12.2.4 Extensões mapeadas e removidas As extensões de arquivos relacionadas na tabela 15 são, por padrão, mapeadas no IIS. Estas extensões deverão ser removidas para evitar possíveis execuções de exploited. Para tanto, acesse as propriedades do site e clique na

guia “home directory” e na seqüência no botão “configuration”
Tabela 15 – Extensões mapeadas e que deverão ser removidas. Descrição Extensão .htr Web-based password reset .idc Internet Database Connector .stm, .shtm, .shtml Server-side Includes .printer Internet Printing .htw, .ida, .idq Index Server

4.12.2.5 Extensão WebDAV

117 A extensão para o protocolo HTTP, World Wide Web Distributed Authoring Versioning (WebDAV), deverá ser desabilitada, pois existe uma falha na forma como ela processa um tipo específico de pedido mal formado. Para desativar o WebDAV deve-se configurar a seguinte chave de registro:
Chave: HKLM\System\CurrentControlSet\Services\W3SVC\Parameters Nome: DisableWebDAV Tipo: REG_DWORD Valor: 1

4.12.2.6 Método de autenticação 4.12.2.6.1 Autenticação do site

O método de autenticação do serviço de informações da intranet deverá levar em conta os requisitos de segurança e classificação da informação estabelecida pela CEF. Uma vez que a organização usa domínios (active directory, da Microsoft), que o acesso à rede só pode ser feito por meio de usuário e senha e que esta rede utiliza os protocolos NTLM e kerberos, sugere-se a autenticação integrada do Windows como método de acesso para as informações disponíveis ao público interno. Dependendo do grau de sigilo da informação, poderão ser utilizados outros métodos de acesso conforme demonstra a tabela 16.
Tabela 16 – Método de autenticação de sites.
Método Autenticação anônima Autenticação básica Autenticação Digest Autenticação Digest avançada Autenticação integrada do Windows Autenticação de certificado Autenticação do Passport .NET Nível de segurança Nenhum Baixo Médio Médio Alto Alto Alto Como as senhas são enviadas?

Texto não criptografado codificado na Base 64 Em hash Em hash Hash aplicado quando NTLM é usado. Kerberos quando Kerberos é usado. Criptografado

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition.

4.12.2.6.2 Permissões NTFS Recomenda-se o uso do sistema de arquivos NTFS para o seu servidor de informações para intranet.

118 As permissões implementadas nas pastas e arquivos do servidor de informações para intranet deverão levar em conta os requisitos de segurança e classificação da informação estabelecida pela CEF. O IIS depende das permissões de NTFS para proteger arquivos e diretórios individuais contra o acesso não autorizado. Ao contrário das permissões de site, aplicáveis a todos os usuários. As permissões de NTFS permitem a definição precisa de quais usuários da rede poderão acessar seu conteúdo e de como será permitido a eles manipular esse conteúdo. Os níveis de permissão de NTFS são os seguintes: - Controle total: os usuários podem executar qualquer ação no arquivo, inclusive apropriar-se dele. É recomendável que se conceda esse nível de acesso somente a usuários administradores; - Modificar: os usuários podem exibir e modificar arquivos e as respectivas propriedades, inclusive excluir e adicionar arquivos a um diretório ou propriedades de arquivo a um arquivo. Os usuários não podem se apropriar ou alterar as permissões no arquivo; - Ler e executar: Os usuários podem executar arquivos executáveis, inclusive scripts; - Listar conteúdo de pastas: os usuários podem exibir uma lista dos conteúdos de uma pasta; - Ler: os usuários podem exibir arquivos e propriedades de arquivo; e - Gravar: os usuários podem gravar em uma pasta ou arquivo.

4.12.2.7 Criptografia Sugere-se o uso da criptografia em razão do seu alto poder de segurança às informações classificadas como sigilosas e que deverão ser disponibilizadas apenas a um grupo restrito ou um único usuário. Assim, deve-se criar uma pasta, atribuir permissões NTFS apenas ao(s) grupo(s) ou usuário(s) que deverão ter acesso e implementar as configurações adequadas nas propriedades desta pasta conforme demonstra a figura 23.

119
Figura 23 – Implementando criptografia de 128 bits no IIS.

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

4.12.2.8 Certificado digital de servidor Recomenda-se, ainda, a implementação do uso de certificado digital para acesso às informações sigilosas. Isso, em virtude de a CEF ser uma unidade certificadora e, como tal, pode emitir certificado de aplicação para instalação no servidor de informação para intranet.

4.12.2.9 Metabase do IIS 4.12.2.9.1 Backup da metabase - O backup dos arquivos de metabase deverá ser feito todas as vezes que houver modificações nas propriedades do IIS. 4.12.2.9.2 Segurança da metabase em nível de arquivo O IIS instala os arquivos da metabase com entradas de controle de acesso (ACEs) restritas, definidas para impedir que qualquer pessoa, exceto os administradores, veja os dados de configuração (tabela 17).

Tabela 17 - Arquivos da metabase, sua finalidade e as permissões definidas.

120
Arquivo Finalidade Lista de controle de acesso (ACL) NT AUTHORITY\SYSTEM : Controle total. BUILTIN\Administradores: Controle total. NT AUTHORITY\SYSTEM : Controle total. BUILTIN\Administradores: Controle total. NT AUTHORITY\SYSTEM : Controle total. BUILTIN\Administradores: Controle total. NT AUTHORITY\SYSTEM : Controle total. BUILTIN\Administradores: Controle total.

raiz_do_sistema\System32\In Armazena dados de configuração para serviços etsrv\MetaBase.xml do IIS.

raiz_do_sistema\System32\In Armazena o esquema para o arquivo de etsrv\MBSchema.xml configuração. O esquema determina quais propriedades do IIS podem ser definidas em certos nós da metabase. raiz_do_sistema\System32\In Armazena os arquivos de histórico da metabase etsrv\Histórico\Arquivo de criados automaticamente pelo IIS. histórico raiz_do_sistema\System32\In Armazena os arquivos de backup da metabase etsrv\MetaBack\Arquivo de criados por demanda utilizando o recurso de backup e restauração da configuração. backup

FONTE: Windows Server 2003 Web Edition

121

5 CONCLUSÃO
A organização abordada no projeto é uma empresa de grande porte, com efeito lida com dificuldade em manter uma gestão eficiente do controle de acesso lógico. Isso acontece devido à falta de uma política de segurança da informação para os servidores que disponibilizam informações voltadas para intranet. Verificouse a oportunidade de desenvolver este trabalho com base nas melhores práticas da ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005, objetivando contribuir em sua busca constate em governança de TI e que tenha grande importância de utilização para a empresa. Por meio de visitas à empresa e aplicação de questionário, verificou-se a necessidade de desenvolver uma política de segurança para os servidores web que disponibilizam informações voltadas pra intranet uma vez que, além de não possuírem tal política, até então não existiam definições de ações a serem implementadas no segmento estudado. Os resultados apresentados por meio dos questionários foram comparados com uma matriz de risco, verificando-se o grau de adequação com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005, possibilitando a apresentação das soluções e recomendações pertinentes. O desenvolvimento desta monografia permitiu colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, ampliando significativamente os conhecimentos relacionados à segurança da informação. Como pretensão em trabalhos futuros, espera-se dar continuidade aos estudos e pesquisas em segurança da informação aplicadas em servidores web, com atenção especial em Windows Server 2003. Tal anseio será levado a diante, na medida em que esses estudos forem aplicados em proposta de trabalho, prérequisito de obtenção do título de Pós-graduação no curso de especialização em crimes e perícias eletrônica.

122

6 Referências Bibliográficas
ALBUQUERQUE, Ricardo; RIBEIRO, Bruno. Segurança no Desenvolvimento de Software. São Paulo: Campus, 2002, 310 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17799:2005 – Tecnologia da informação – Técnicas de Segurança – Código de prática para a gestão da segurança da informação. Rio de Janeiro, 2005, 109 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 27001 – Tecnologia da informação – Técnicas de Segurança – Sistema de Gestão de Segurança da Informação – Requisitos. Rio de Janeiro, 2006, 34 p.

BATTISTI, Júlio. Windows Server 2003: Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2003, 1523 p.

CARVALHO, Daniel Balparda de. Segurança de Dados com Criptografia: Métodos e Algoritmos. Rio de Janeiro: Book Express, 2001, 218 p.

CENTRO DE ESTUDOS, RESPOSTA E TRATAMENTO DE INCIDENTES DE SEGURANÇA NO BRASIL. Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br. Cartilha de Segurança para Internet. Disponível em <http://cartilha.cert.br>. Acesso em: 11 outubro 2006, 17:22:20.

DIAS, Cláudia. Segurança e Auditoria da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2000, 213 p.

FERREIRA, Fernando Nicolau Freitas; ARAÚJO, Márcio Tadeu de. Política de Segurança da Informação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006, 177 p.

FONTES, Edison. Vivendo a Segurança da Informação: Orientações práticas para pessoas e organizações. São Paulo: Sicurezza, 2000, 208 p.

______. Segurança da Informação: O usuário faz a diferença. São Paulo: Saraiva, 2006, 172 p.

FREITAS, Andrey Rodrigues de. Perícia Forense: Aplicada à Informática. Rio de Janeiro: Brasport, 2006, 216 p.

123 MACHADO, Francis Berenger; MAIA, Luiz Paulo. Arquitetura de Sistemas Operacionais. 3.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004, 311 p.

MICROSOFT CORPORATION. Ajuda do Windows Server 2003. 2003.

MINASI, Mark. Windows Server 2003: A Bíblia. São Paulo: Makron Books, 2003, 1375 p.

MÓDULO; MICROSOFT. Academia Latino Americana de Segurança da Informação: Programa educacional que tem por objetivo a formação de líderes em Segurança da Informação. S.l.: Microsoft TechNet, 2005. 1 CD-ROM.

SCAMBRAY, Joel; SHEMA, Mike. Segurança Contra Hackers: Aplicações Web. São Paulo: Futura, 2003, 392 p.

SILVA, Lino Sarlo da. Public Key Infrastructure: PKI. São Paulo: Novatec, 2004, 347 p.

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Glossário
ACL - Lista que define quem tem permissão de acesso a certos serviços. ASCII - Conjunto de códigos para o computador representar números, letras, pontuação e outros caracteres. Cracker - Quem quebra um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Dial-Up - Acesso à Internet no qual uma pessoa usa um modem e uma linha telefônica para se ligar a um nó de uma rede de computadores do ISP. Firewall - Dispositivo de uma rede de computadores que tem por função regular o tráfego de rede entre redes distintas e impedir a transmissão e/ou recepção de dados nocivos ou não autorizados de uma rede a outra. FTP - Protocolo bastante rápido e versátil para transferência de arquivos. Hacker - Indivíduo que elabora e modifica software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas. Hard Disk - Parte do computador onde são armazenadas as informações, ou seja, é a "memória permanente" propriamente dita. Hardware - Parte física do computador Hash - Seqüência de letras ou números gerados por um algoritmo de dispersão. Hub - Aparelho que interliga diversas máquinas (computadores) que pode ligar externamente redes TAN, LAN, MAN e WAN. IBM - Empresa americana de informática. IIS – Serviço web criado pela Microsoft para seus sistemas operacionais para servidores de informações. Kerberos - Protocolo de transporte de rede que permite comunicações individuais seguras e identificadas, em uma rede insegura. Link - Referência num documento em hipertexto a outro documento ou a outro recurso. MIPS - (Milhões de instruções por segundo). Medida de desempenho em informática. NCSA - Organismo dos Estados Unidos da América relacionado com a investigação no campo da informática e telecomunicações.

125 Netscape - A Netscape Network é a empresa que produz o Netscape Navigator, navegador web muito conhecido no mundo da informática. NTFS - O NTFS (New Technology File System) é o sistema de arquivos utilizado em todas as versões do Windows NT desde o 3.1. Desenvolvido inicialmente para servidores, o NTFS possui características importantes, que permitem ao Windows implementar uma série de noções originadas no UNIX, tal como a de sistema operacional multi-utilizador. Pendrive - Dispositivo de armazenamento constituído por uma memória flash que tem uma ligação USB tipo A permitindo a sua conexão a uma porta USB de um computador. Software - Seqüência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou acontecimento. Um Programa de computador SSL - Protocolo criptográfico que provem comunicação segura na Internet para serviços como e-mail (SMTP), navegação por páginas (HTTP) e outros tipos de transferência de dados. Storage - Rede projetada para agrupar dispositivos de armazenamentos de computador. São diferenciadas de outras formas de armazenamento em rede pelo método de acesso em baixo nível que eles apresentam. Switch - Dispositivo utilizado em redes de computadores para reencaminhar quadros entre os diversos nós. URL - Endereço de um recurso disponível em uma rede. Verisign - Empresa que atua na área de segurança de redes, internet e telecomunicações. Atua na certificação digital web, com redes sem fio e autenticação. W3C - Consórcio de empresas de tecnologia, atualmente com cerca de 500 membros.

126

Anexo A
Questionário respondido por um Consultor da CEF. 1. Política de Controle de acesso. 1.1. Existe uma política de controle de ambiente de computação? 1.2. Há identificação de todas as informações relacionadas às aplicações de negócio e os riscos a que as informações estão expostas? 1.3. Há consistência entre controle de acesso e políticas de classificação da informação em diferentes sistemas e redes? 1.4. Existe administração de direitos de acesso? 1.5. Existe segregação de regras de controle de acesso? 1.6. Foram definidos requisitos para autorização formal de pedidos de acesso? 1.7. É realizada análise crítica períodica de controles de acesso?

2. Gerenciamento de acesso de usuário. 2.1. Existe identificador de usuário (ID de usuário) único para assegurar a responsabilidade de casa usuário? 2.2. Existe identificador de usuário (ID de usuário) compartilhado por dois ou mais usuários? 2.3. Ao se conceder um nível de acesso é analisado se este nível de acesso é apropriado às atribuições diárias do usuário? 2.4. Os usuários recebem uma declaração por escrito dos seus direitos de acesso? 2.5. É requerida dos usuários a assinatura de uma declaração indicando que eles entendem as condições de acesso? 2.6. É mantido um registro formal de todas as pessoas registradas para usar o serviço? 2.7. Existe bloqueio imediato de direitos de acesso de usuários que mudaram de cargos ou funções, ou deixaram a organização? entretanto não é imediato. 2.8. Existe análise periódica para remover ou bloquear identificadores (ID) e contas de usuários redundantes? 2.9. Existe o fornecimento de um identificador (ID) para mais de um usuário?

127 3. Responsabilidades dos usuários 3.1. Existe uma política de senha na empresa? 3.2. Os usuários são informados sobre a política de senha da empresa? 3.3. Os usuários assinam uma declaração, para manter a confidencialidade de sua senha pessoal e das senhas de grupos de trabalhos? 3.4. Qual é o procedimento adotado para alteração de senha e qual é a periodicidade? (ciclo de vida de senha, reutilização e tamanho)? 3.5. De que forma são armazenadas as senhas dos usuários? 3.6. As senhas padrão são alteradas no primeiro logon do usuário? 3.7. Existem controles para impor o cumprimento das políticas de senha nos diversos tipos de contas?

4. Controle de acesso à rede 4.1. Existe uma política de uso dos serviços de redes? 4.2. A própria empresa gerencia o ambiente de rede ou terceiriza este serviço? 4.3. São usadas contas de logon separadas para atividade normal versus atividades administrativas de gerenciamento? 4.4. A empresa concede acesso administrativo a usuários para suas estações de trabalho? 4.5. Usuários externos acessam a rede? Qual é a forma de autenticação? 4.6. Existe firewalls ou outros controles de acesso de nível de rede nas fronteiras da rede para proteger os recursos corporativos? 4.7. Existem serviços abertos à internet na rede interna da empresa? Como é controlado o acesso destes serviços? 4.8. Existe hardware ou software de detecção de intrusões para identificar ataques?

5. Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet. 5.1. Existe uma política de segurança física nas gerências regional de suporte tecnológico? 5.2. Existe um aviso no sistema operacional, informando que o servidor é acessado apenas por pessoas autorizadas? 5.3. Existe uma política para configuração dos parâmetros de diretivas de conta? 5.4. Existe uma política para configuração dos parâmetros de diretiva de auditoria?

128 5.5. Existe uma política para configuração dos parâmetros de atribuições de direitos de usuário? 5.6. Existe uma política para configuração dos parâmetros de opções de segurança? 5.7. Existe implementação de criptografia para armazenar informações sigilosas? 5.8. Existe implementação de uso de certificado de aplicação? 5.9. Existe controle de instalação das atualizações de segurança disponibilizado pelo fornecedor do sistema operacional? 5.10. Existe controle dos serviços essenciais que deverão está em execução nos servidores? 5.11. Existe controle dos serviços que não deverão está em execução nos servidores? .12. Existe um padrão de configuração do serviço Internet Information Services (IIS)? 5.13. Como é efetuada a publicação dos sites nos servidores intranet?

Questionário respondido por um Analista da CEF. 1. Política de Controle de acesso. 1.1. Existe uma política de controle de ambiente de computação? 1.2. Há identificação de todas as informações relacionadas às aplicações de negócio e os riscos a que as informações estão expostas? 1.3. Há consistência entre controle de acesso e políticas de classificação da informação em diferentes sistemas e redes? 1.4. Existe administração de direitos de acesso? 1.5. Existe segregação de regras de controle de acesso? 1.6. Foram definidos requisitos para autorização formal de pedidos de acesso? 1.7. É realizada análise crítica períodica de controles de acesso?

2. Gerenciamento de acesso de usuário. 2.1. Existe identificador de usuário (ID de usuário) único para assegurar a responsabilidade de casa usuário? 2.2. Existe identificador de usuário (ID de usuário) compartilhado por dois ou mais usuários? 2.3. Ao se conceder um nível de acesso é analisado se este nível de acesso é apropriado às atribuições diárias do usuário?

129 2.4. Os usuários recebem uma declaração por escrito dos seus direitos de acesso? 2.5. É requerida dos usuários a assinatura de uma declaração indicando que eles entendem as condições de acesso? 2.6. É mantido um registro formal de todas as pessoas registradas para usar o serviço? 2.7. Existe bloqueio imediato de direitos de acesso de usuários que mudaram de cargos ou funções, ou deixaram a organização? 2.8. Existe análise periódica para remover ou bloquear identificadores (ID) e contas de usuários redundantes? 2.9. Existe o fornecimento de um identificador (ID) para mais de um usuário?

3. Responsabilidades dos usuários 3.1. Existe uma política de senha na empresa? 3.2. Os usuários são informados sobre a política de senha da empresa? 3.3. Os usuários assinam uma declaração, para manter a confidencialidade de sua senha pessoal e das senhas de grupos de trabalhos? 3.4. Qual é o procedimento adotado para alteração de senha e qual é a periodicidade? (ciclo de vida de senha, reutilização e tamanho)? 3.5. De que forma são armazenadas as senhas dos usuários? 3.6. As senhas padrão são alteradas no primeiro logon do usuário? 3.7. Existem controles para impor o cumprimento das políticas de senha nos diversos tipos de contas?

4. Controle de acesso à rede 4.1. Existe uma política de uso dos serviços de redes? 4.2. A própria empresa gerencia o ambiente de rede ou terceiriza este serviço? 4.3. São usadas contas de logon separadas para atividade normal versus atividades administrativas de gerenciamento? 4.4. A empresa concede acesso administrativo a usuários para suas estações de trabalho? 4.5. Usuários externos acessam a rede? Qual é a forma de autenticação? 4.6. Existe firewalls ou outros controles de acesso de nível de rede nas fronteiras da rede para proteger os recursos corporativos?

130 4.7. Existem serviços abertos à internet na rede interna da empresa? Como é controlado o acesso destes serviços? 4.8. Existe hardware ou software de detecção de intrusões para identificar ataques?

5. Política de segurança para servidores que disponibilizam serviços voltados para intranet. 5.1. Existe uma política de segurança física nas gerências regional de suporte tecnológico? 5.2. Existe um aviso no sistema operacional, informando que o servidor é acessado apenas por pessoas autorizadas? 5.3. Existe uma política para configuração dos parâmetros de diretivas de conta? 5.4. Existe uma política para configuração dos parâmetros de diretiva de auditoria? 5.5. Existe uma política para configuração dos parâmetros de atribuições de direitos de usuário? 5.6. Existe uma política para configuração dos parâmetros de opções de segurança? 5.7. Existe implementação de criptografia para armazenar informações sigilosas? 5.8. Existe implementação de uso de certificado de aplicação? 5.9. Existe controle de instalação das atualizações de segurança disponibilizado pelo fornecedor do sistema operacional? 5.10. Existe controle dos serviços essenciais que deverão estar em execução nos servidores? 5.11. Existe controle dos serviços que não deverão estar em execução nos servidores? 5.12. Existe um padrão de configuração do serviço Internet Information Services (IIS)? 5.13. Como é efetuada a publicação dos sites nos servidores intranet?

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