hip hop
Content
1- Você é apresentador do Duelo de Mcs, uma manifestação cultural que
existe há quase 10 anos em BH e, acredito que foi um catalizador, ou
inspiração, para vários movimentos culturais de ocupação de espaço público
em BH. Como foi o seu surgimento? Pode falar um pouco sobre a história?
2- Pra quem não conhece, você pode explicar brevemente o que é e como
funciona um duelo de MCs?
3- O Duelo é hoje mantido pelo Coletivo Família de Rua. O que é essa
organização e de que forma atua?
4- E como é o financiamento? É coletivo? Existe patrocinador?
5-E qual é sua atuação no processo?
6- No viaduto também acontece o duelo nacional de MCs, que recebe
rimadores de diversos estados do Brasil. Pode falar um pouco sobre esse
projeto? Como ele surgiu?
7- Apesar desses grandes sucessos, o Duelo de MCs encontra dificuldades
desde o princípio para viabilizar sua realização. É repressão da polícia e
várias burocracias do poder público. Pode me contar sobre essas
dificuldades?
8- Já são quase 10 anos de Duelo e já é um movimento cultural estabelecido
e conhecido na cidade. Nem isso faz com que o poder público contribua?
9- O que ainda falta?
1- O Duelo de MCs surge e se mantém muito consonante com os princípios
do hip hop, de ter uma vertente social, de promover a ocupação do espaço
público, e ser uma forma de união por meio da arte. É isso mesmo?
2- Um aspecto que achei muito interessante no Duelo, e que você falou
sobre no Mesha Talks, é um culto ao respeito. Apesar de ser um duelo
freestyle, vocês não permitem preconceitos, ataques que atinjam outros
grupos como mulheres e homossexuais. É uma proposta desde o começo?
3- Em sua opinião, qual é o potencial educativo e o poder social do Duelo?
Tanto para os jovens das comunidades que participam, quanto para a cidade
como um todo.
4- Já são quase 10 anos de Duelo, e acredito que muitas pessoas cresceram
frequentando o evento. Já acompanhou muitos casos de artistas que
surgiram no Duelo e cresceram na profissão?
5- Além de seu trabalho como MC e organizador e apresentador do Duelo,
você desenvolve há quase um ano o projeto de vídeos chamado “Griot
Urbano”. O que é proposta?
6- Qual é a importância de se difundir essas origens, ou conhecimentos, da
cultura hip hop? É mostrar que existe um repertório, uma caminhada por
trás de tudo?
8- Uma discussão interessante que você coloca em alguns vídeos do Griot
Urbano é essa relação do hip hop com o mercado. Que enquanto cultura, o
hip hop hoje dita moda na música, na roupa, em como se falar. Mas que cai
no risco de ser pasteurizado pelo mercado e perder a vocação social que
tem desde o começo. Como se foge disso?
8- E você, como começou a sua relação com o hip-hop?
9- Você já lançou 2 eps, o “Caminho de Zion” e o “2 pra 1”. Tem novidade
vindo por aí?
-higienização do hip hop
-Hip hop vs mercado -> movimento sai da comunidade e vira mercado
-Coisa vai saindo da mão de quem faz
-potencial social do hip hop -> objetivo maior é falar às juventudes,
transformação pela arte, honra das origens, fim do preconceito
-mais importante é falar da comunidade
-o desafio é buscar o equilíbrio entre se capitalizar, crescer na profissão, e
se manter fiel à comunidade
-Hip Hop é cultura ou movimento?
-o que é a cultura hip hop é hoje é reflexo da situação do bronx, onde
nasceu. Que era um bairro bem marginal, gueto, de prédios ocupados.
-Desde o princípio, os encontros já tinham uma energia política, social. As
festas, o hip hop surge como uma alternativa à guerra entre gangues.
Guerra de gangues como guerra entre iguais, que enfraquecia o movimento.
O Hip Hop vem como alternativa para se manterem juntos, unidos pela arte.
A luta é levantada via cultura hip hop, discussões sociais, econômicas e
raciais são mais potentes. A Cultura hip hop abriga diferentes lutas e dá voz
a quem é excluído.
-Hip hop é via para movimentos, mais do que um movimento em si. É uma
diversidade de lutas. Então é uma cultura.
-4 manifestações artísticas são as bases. DJ, MC, breaking e o graffiti.
-Pouco tempo depois entra o conhecimento, graças a zulu nation.
-recentemente já se fala em 9 elementos. E trabalha-se cada um dele como
subculturas.
-DJ é o elemento básico, que traz a música. Propaga a música. Propagam
principalmente a música rap. Principalmente as musicas negras.
-MC é a pessoa que através da palavra comunica o que é a cultura hip hop,
fazendo rap ou sendo mestre de cerimonia. Comanda os eventos. O Mc é a
pessoa que representa a cultura hip hop. O rapper é a pessoa que é produto
da indústria musical e faz musica rap pra vender discos. No brasil a
diferença não é tão potente, porque a indústria do rap não está tão
estabelecida. Mas que se estabeleça nas nossas mãos.
-Breaking enquanto dança surge na cultura hip hop dentro das block parties.
Nigga twins criaram os passos base da dança break. Passos básicos das
danças black. Pegam os passos básicos e vai agregando outros movimentos,
com as influencias de latinos, asiáticos, capoeira, outras expressões de
pessoas que vivem lá. O breaking é a original, mas há várias outras danças
que surgiram.
-o graffiti, ou graffitti writers. Começou como escrita no muro para marcar
territórios. Muito relacionado a realidade das gangues. Disso se desenvolve
o que chamamos de graffiti hoje. Graffiti como artes plásticas.
Originalmente é uma escrita.
a partir dos 4 elementos vem o 5º, o conhecimento, que amarra todas.
-Estudar você, estudar o movimento, estudar a arte que você pratica, os
saberes, os conhecimentos do seu povo que são importantes para o
fortalecimento do povo. Em breve se fala em conhecimento das ruas, street
knowledge.
-beatboxing, arte de reproduzir com a boca os sons e batidas da musica. O
nível mais elevado de técnica do mc, é quando ele consegue reproduzir as
batidas com a boca.
-moda, como nos vestimos. Hip hop produz moda o tempo todo e determina
moda. De fato, a cultura hip hop determina grande parte da moda atual
urbana.
-a linguagem das ruas, gírias, formas de conduzir a fala. Fala como
elemento de identificação no movimento.
-empreendedorismo. A partir do momento que começam a produzir arte, e
vender arte, começa o empreendedorismo. E é importante aprender o
comércio, e criar o mercado próprio.
MC
-Através da palavra, conduzem as confraternizações. Dentro da cultura Hip
Hop há diversas influências para o MC. Na África, há os gritos, que são
pessoas que viajam de tribo em tribo, contando as histórias. Toasters
jamaicanos, pessoas que faziam pequenos versos improvisados em cima
das músicas. The Last Poets, um grupo musical que fazia música a partir de
uma logica de reflexão politica, racial, critica, muito forte. Muita percussão e
poesia.
MC é a pessoa que conduz os eventos da cultura hip hop. Mantem o sentido
original da palavra.
Rapper é a pessoa que faz música rap. RAP Rythm and Poetry
Nem todo MC canta Rap e nem todo Rapper é mc
Monge é MC, e faz rap. Mas prefere ser chamado de MC porque contempla
enquanto rapper e mc.
Os primeiros mcs eram djs.
existe há quase 10 anos em BH e, acredito que foi um catalizador, ou
inspiração, para vários movimentos culturais de ocupação de espaço público
em BH. Como foi o seu surgimento? Pode falar um pouco sobre a história?
2- Pra quem não conhece, você pode explicar brevemente o que é e como
funciona um duelo de MCs?
3- O Duelo é hoje mantido pelo Coletivo Família de Rua. O que é essa
organização e de que forma atua?
4- E como é o financiamento? É coletivo? Existe patrocinador?
5-E qual é sua atuação no processo?
6- No viaduto também acontece o duelo nacional de MCs, que recebe
rimadores de diversos estados do Brasil. Pode falar um pouco sobre esse
projeto? Como ele surgiu?
7- Apesar desses grandes sucessos, o Duelo de MCs encontra dificuldades
desde o princípio para viabilizar sua realização. É repressão da polícia e
várias burocracias do poder público. Pode me contar sobre essas
dificuldades?
8- Já são quase 10 anos de Duelo e já é um movimento cultural estabelecido
e conhecido na cidade. Nem isso faz com que o poder público contribua?
9- O que ainda falta?
1- O Duelo de MCs surge e se mantém muito consonante com os princípios
do hip hop, de ter uma vertente social, de promover a ocupação do espaço
público, e ser uma forma de união por meio da arte. É isso mesmo?
2- Um aspecto que achei muito interessante no Duelo, e que você falou
sobre no Mesha Talks, é um culto ao respeito. Apesar de ser um duelo
freestyle, vocês não permitem preconceitos, ataques que atinjam outros
grupos como mulheres e homossexuais. É uma proposta desde o começo?
3- Em sua opinião, qual é o potencial educativo e o poder social do Duelo?
Tanto para os jovens das comunidades que participam, quanto para a cidade
como um todo.
4- Já são quase 10 anos de Duelo, e acredito que muitas pessoas cresceram
frequentando o evento. Já acompanhou muitos casos de artistas que
surgiram no Duelo e cresceram na profissão?
5- Além de seu trabalho como MC e organizador e apresentador do Duelo,
você desenvolve há quase um ano o projeto de vídeos chamado “Griot
Urbano”. O que é proposta?
6- Qual é a importância de se difundir essas origens, ou conhecimentos, da
cultura hip hop? É mostrar que existe um repertório, uma caminhada por
trás de tudo?
8- Uma discussão interessante que você coloca em alguns vídeos do Griot
Urbano é essa relação do hip hop com o mercado. Que enquanto cultura, o
hip hop hoje dita moda na música, na roupa, em como se falar. Mas que cai
no risco de ser pasteurizado pelo mercado e perder a vocação social que
tem desde o começo. Como se foge disso?
8- E você, como começou a sua relação com o hip-hop?
9- Você já lançou 2 eps, o “Caminho de Zion” e o “2 pra 1”. Tem novidade
vindo por aí?
-higienização do hip hop
-Hip hop vs mercado -> movimento sai da comunidade e vira mercado
-Coisa vai saindo da mão de quem faz
-potencial social do hip hop -> objetivo maior é falar às juventudes,
transformação pela arte, honra das origens, fim do preconceito
-mais importante é falar da comunidade
-o desafio é buscar o equilíbrio entre se capitalizar, crescer na profissão, e
se manter fiel à comunidade
-Hip Hop é cultura ou movimento?
-o que é a cultura hip hop é hoje é reflexo da situação do bronx, onde
nasceu. Que era um bairro bem marginal, gueto, de prédios ocupados.
-Desde o princípio, os encontros já tinham uma energia política, social. As
festas, o hip hop surge como uma alternativa à guerra entre gangues.
Guerra de gangues como guerra entre iguais, que enfraquecia o movimento.
O Hip Hop vem como alternativa para se manterem juntos, unidos pela arte.
A luta é levantada via cultura hip hop, discussões sociais, econômicas e
raciais são mais potentes. A Cultura hip hop abriga diferentes lutas e dá voz
a quem é excluído.
-Hip hop é via para movimentos, mais do que um movimento em si. É uma
diversidade de lutas. Então é uma cultura.
-4 manifestações artísticas são as bases. DJ, MC, breaking e o graffiti.
-Pouco tempo depois entra o conhecimento, graças a zulu nation.
-recentemente já se fala em 9 elementos. E trabalha-se cada um dele como
subculturas.
-DJ é o elemento básico, que traz a música. Propaga a música. Propagam
principalmente a música rap. Principalmente as musicas negras.
-MC é a pessoa que através da palavra comunica o que é a cultura hip hop,
fazendo rap ou sendo mestre de cerimonia. Comanda os eventos. O Mc é a
pessoa que representa a cultura hip hop. O rapper é a pessoa que é produto
da indústria musical e faz musica rap pra vender discos. No brasil a
diferença não é tão potente, porque a indústria do rap não está tão
estabelecida. Mas que se estabeleça nas nossas mãos.
-Breaking enquanto dança surge na cultura hip hop dentro das block parties.
Nigga twins criaram os passos base da dança break. Passos básicos das
danças black. Pegam os passos básicos e vai agregando outros movimentos,
com as influencias de latinos, asiáticos, capoeira, outras expressões de
pessoas que vivem lá. O breaking é a original, mas há várias outras danças
que surgiram.
-o graffiti, ou graffitti writers. Começou como escrita no muro para marcar
territórios. Muito relacionado a realidade das gangues. Disso se desenvolve
o que chamamos de graffiti hoje. Graffiti como artes plásticas.
Originalmente é uma escrita.
a partir dos 4 elementos vem o 5º, o conhecimento, que amarra todas.
-Estudar você, estudar o movimento, estudar a arte que você pratica, os
saberes, os conhecimentos do seu povo que são importantes para o
fortalecimento do povo. Em breve se fala em conhecimento das ruas, street
knowledge.
-beatboxing, arte de reproduzir com a boca os sons e batidas da musica. O
nível mais elevado de técnica do mc, é quando ele consegue reproduzir as
batidas com a boca.
-moda, como nos vestimos. Hip hop produz moda o tempo todo e determina
moda. De fato, a cultura hip hop determina grande parte da moda atual
urbana.
-a linguagem das ruas, gírias, formas de conduzir a fala. Fala como
elemento de identificação no movimento.
-empreendedorismo. A partir do momento que começam a produzir arte, e
vender arte, começa o empreendedorismo. E é importante aprender o
comércio, e criar o mercado próprio.
MC
-Através da palavra, conduzem as confraternizações. Dentro da cultura Hip
Hop há diversas influências para o MC. Na África, há os gritos, que são
pessoas que viajam de tribo em tribo, contando as histórias. Toasters
jamaicanos, pessoas que faziam pequenos versos improvisados em cima
das músicas. The Last Poets, um grupo musical que fazia música a partir de
uma logica de reflexão politica, racial, critica, muito forte. Muita percussão e
poesia.
MC é a pessoa que conduz os eventos da cultura hip hop. Mantem o sentido
original da palavra.
Rapper é a pessoa que faz música rap. RAP Rythm and Poetry
Nem todo MC canta Rap e nem todo Rapper é mc
Monge é MC, e faz rap. Mas prefere ser chamado de MC porque contempla
enquanto rapper e mc.
Os primeiros mcs eram djs.
