Sonhos
Willian Carey disse que o tamanho dos nossos sonhos determina o tamanho do nosso Deus. Os nossos sonhos têm o poder de honrar e exaltar a Deus. Eles são o alimento de nossa alma e a linguagem de nossa esperança. Vamos analisar a vida de Ana e ver como ela sonhou e viu o seu sonho realizado em Deus. Os mesmos inimigos que ela enfrentou nós também enfrentaremos, mas o Deus de Ana é também o nosso Deus. 1- Quando os sonhos são adiados Em I Sm 1.5 diz que Ana era estéril porque o Senhor a deixara estéril. Aquilo não era obra do diabo, ainda que ele possa fazer isso, nem era fruto de alguma maldição, ainda que maldições existam e produzam esterilidade. A esterilidade de Ana era na verdade uma parte do propósito de Deus. Ana queria ter filhos, mas Deus queria ter um Samuel. Deus cria situações ao nosso derredor para que os nossos sonhos revelem os seus propósitos eternos. a. Para entendermos que somente por Deus eles se realizam Os caminhos de Deus são mais altos que os nossos. Deus tinha algo maior para fazer por meio de Ana e a sua esterilidade cumpria um propósito. Pode ser que no decorrer dos anos Ana tenha de submetido a diversos tipos de tratamento para engravidar, mas tudo fora em vão. Até que Ana foi buscar a face de Deus. O sonho adiado deveria nos forçar a buscar mais a Deus. É triste que o tempo às vezes tenha a capacidade de matar os nossos sonhos pelo comodismo. b. Para sermos qualificados por Deus para sua realização O sonho adiado é para nós um teste. Se vamos ou não entrar no cumprimento do sonho depende se somos ou não aprovados no teste de Deus. Se José tivesse caído aos desejos lascivos com a mulher de Potifar o mundo teria morrido de fome anos depois. Muitos se perguntam porque os seus sonhos nunca se realizaram, mas não se lembram que foram reprovados vezes seguidas nos testes de Deus. A maior lição que o tempo nos ensina é a perseverança. c. Para entendermos que os sonhos de Deus são maiores que o nosso Ana desejava apenas um filho, mas Deus planejava um Samuel. Samuel foi um dos maiores profetas de Israel. Ele foi usado para mudar uma era, foi o último juiz e foi também quem estabeleceu a monarquia ungindo a Saul e depois a Davi. d. Para podermos conhecer os caminhos de Deus Precisamos aprender a valorizar tanto as coisas extraordinárias como as ordinárias e comuns. O tempo de espera é um tempo de aprendizado. Precisamos aprender a maneira como Deus opera para sermos seus colaboradores. No capítulo 2 vemos algumas lições que Ana aprendeu: - Não há outra rocha senão o nosso Deus (v. 2); - Tudo está no controle de Deus (v. 6-8); - Deus usa os fracos e os pobres, pois o homem não prevalece pela força (v. 4, 5, 9). e. Para chegarmos ao ponto de entregar nossos sonhos para Deus
Ana só pôde ter muitos filhos depois de entregar o seu sonho a Deus. Muitos se colocam no centro, buscam o seu sonho e não os sonhos de Deus. Por isso, tardam a ver os seus próprios se cumprindo. Não pode haver realização de sonhos sem sacrifício e entrega. Todos os homens de Deus que realizaram sonhos em Deus, primeiro tiveram de entregar o seu Isaque no altar. 2. Os matadores de sonhos Na história de Ana vemos pelo menos três matadores que atacam o seu sonho. Se desejamos realizar nossos sonhos precisamos vencer tais matadores: a. Penina Penina representa os críticos, os provocadores e os invejosos. A rival de Ana a provocava para irritá-la, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre (I Sm 1.6). Quantas vezes, pessoas tentam nos diminuir dizendo que somos pretensiosos, arrogantes e até soberbos por ousarmos ter certos sonhos. Toda provocação e crítica visa duas coisas: minar nossa fé e gerar em nós tristeza e depressão e destruir a nossa auto-estima. Sem autoestima e fé não podemos olhar além das circunstâncias e conseqüentemente não poderemos atingir nossos sonhos. b. Elcana Elcana simboliza o conformismo. Ele era apaixonado por Ana, mas muitas vezes aqueles que se compadecem de nossa espera se tornam involutariamente destruidores de nossos sonhos. Elcana, marido de Ana, disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos? (I Sm 1.8). Cada vez que Elcana tentava despersuadir Ana do seu desejo de ter um filho, ele tentava destrui os sonhos de Ana por meio de seu consolo. Sempre aparecerão aqueles que nos aconselharão a nos satisfazermos com pouco, a nos contentarmos com menos do que o nosso sonho. Poucos irão colocar mais lenha na fogueira de nossas insatisfações em nossa busca pelo nosso sonho. c. Eli Eli representa a incompreensão daqueles que nos rodeiam e não conhecem o valor de nossos sonhos. Demorando-se ela no orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada (ISm 1.12-13). Com o passar do tempo as pessoas ficam implicadas com a nossa perseverança em buscar nosso alvo. Começam a nos julgar pela aparência, para eles somos sonhadores embriagados distantes da realidade. 3- Sonho é diferente de fantasia Sonhos são dados por Deus e geram motivação e esperança. Fantasias são frutos da nossa imaginação e não tem propósitos. Ex.: ganhar na loteria. 4- Sonho éfruto de quatro princípios 1- Vem do trabalho (Ec 5.3). 2- Ser cheio do Espírito Santo, os velhos sonharão (Jl 2.28). 3- Perseverança (Tg 1.4). Ex.: Betovem e Abraão Lincon.
4- Depende da ação de Deus (Sl 126.1-2). Aluízio A. Silva