Sonata

Published on April 2017 | Categories: Documents | Downloads: 100 | Comments: 0 | Views: 789
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Sonata
Etimologia  ­  verbo  it.  sonare,  ‘soar,  tanger,  tocar  um  instrumento’,  do 
lat. sonãre, produzir um som, fazer soar’. O termo sonata formou­se em 
italiano  como  toccata,  do  verbo  toccare,  cantata,  do  verbo  cantare,  e 
significou  de  início  ‘peça  tocada  em  instrumento’,  em  oposição  à 
cantata, ‘peça cantada’.
O que significa?
Música  para      “soar  “  ou    música    instrumental.  Ou  peça  tocada  em 
instrumento.
Sonata  é  o  termo  que  designa,  desde  o  séc.  XVIII,  uma  composição 
instrumental 

de 

forma 

ternária 

(exposição, 

desenvolvimento, 

reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um plano que 
afirma o princípio da tonalidade.

Evolução
Segundo Roland de Candé:
“Originalmente, a sonata é uma peça “soada” em instrumentos, opondo­se à cantata, ou 
peça  cantada.  No  século  XVI,  as  sonate  ou  canzoni  da  sonar  são  em  geral,  apenas 
adaptações  instrumentais  do  estilo  da  polifonia  vocal,  e  as  denominações  permanecem 
por muito tempo indecisas”.
        Historicamente, a sonata procede do moteto e do madrigal italianos do fim do séc. 
XVI.  Quando  essas  obras,  a  admitir  o  acompanhamento  instrumental,  como  na 
Coletânea  (1565)  de  Andrea  Gabrielli  (1520­1586).  Por  volta  de  1660  duas  classes 
principais de sonatas emergiram.
        Portanto, foram compostas “sonatas de igreja”, conforme as exigências da piedade 
e a sua forma profana, “sonata de câmara”.
 
Sonata da Chiesa – [lento – vivo – lento – vivo]
Sonata da câmera – se confunde com a suíte de três e seis danças [prelúdio, alemanda, 
corrente, sarabanda e giga]. 

Atenção!
 
Segundo GREEN (Form in Tonal Music: An Introduction to 
Analysis),o  termo  esquema  de  movimentos  refere­se  ao 
número  e  andamento  ou  tipo  dos  movimentos  individuais 
abrangendo  a  sonata  inteira.  A  forma  sonata  é  uma  forma 
padrão  exibida  por  certos  movimentos  em  particular.  Não  é 
cada movimento numa sonata que é em forma sonata. Alguns 
são formas binárias, outros são ternárias, rondó, e assim por 
diante.

Sonata Barroca
 
 Vale lembrar que a emancipação da música instrumental iniciada no séc. XVI 
se realiza plenamente na era barroca;
 As “sonatas primitivas” não tinham forma definida, sua característica comum 
era  acentuar  a  individualidade  dos  instrumentos  e  sua  característica 
fundamental, o “baixo contínuo”.
 “Sonata a três” [dois violinos concertantes + viola baixo + cravo ou órgão];
Purcell e Corelli, os dois maiores mestres da sonata barroca. O lugar mais 
importante cabe a Corelli. Sua obra é uma espécie de bíblia da música 
instrumental e da técnica do violino; toda evolução posterior parte dele, que 
fundou o classicismo. Poucos compositores na história foram tão especializados. 
Em quarenta anos de carreira, produziu apenas cinco livros de sonatas e um de 
concertos, em que tudo é perfeito, ao mesmo tempo no plano da forma, do estilo e 
da escrita.

Os principais compositores brasileiros e estrangeiros.
 
BRASILEIROS   José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830)
                              João de Deus de Castro Lobo (1794 ­1832)
                              Lobo de Mesquita (1746 ­1805)
                              Manoel Dias de Oliveira (1735 – 1813)
                              Francisco Martiniano de Paula Miranda (1823 – 1891)
                              Joaquim de Paula Souza Bonsucesso (1820 – 1760)
ESTRANGEIROS  Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
                              Alessandro Scarlatti (1660 – 1755)
                              Domenico Scarlatti (1685 – 1757)
                              Antonio Vivaldi (1678 – 1741)
                              George Philipp Teleman (1681 – 1767)
                              Henry Purcell (1659 – 1695)
                              Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
 

1 ­ A. Corelli ­ Sonate
 per Violino Op.5 ­ No.12 'La Folia' in D Minor
2 ­ Vivaldi: Trio Sonata in D Minor
 "La Folia", RV63
3 ­ Quinteto em Fá menor de César Franck
 

A sonata cíclica. 
Um  procedimento  observado  desde  Beethoven,  consiste  no 
emprego  de  temas  permanentes  ou  motivos  condutores, 
conferindo  aos  diversos  movimentos  de  uma  obra  o  aspecto  de 
um ciclo de peças vinculadas por um traço comum, perceptível à 
leitura ou à audição.
Os  exemplos  mais  significativos  do  emprego  da  forma  cíclica 
encontram­se em obras de César Franck, como o Quinteto em fá 
menor,  no  qual  um  mesmo  tema,  modificado  apenas  no  seu 
aspecto rítmico, faz­se ouvir nas três peças integrantes da obra. 

Sonata
Período romântico

Características da Sonata:
Influências de estímulos da literatura.
Maior liberdade de modulação.
Busca por maior fluidez de movimento e maior contraste.
A mudança de tom ocorria de forma mais brusca e para tons mais afastados.
Exploração dos acordes de sétima diminuta para fazer modulações para quase
todos os tons.

Divisões ou fases e seus principais 
compositores:
Pré-romantismo (acaba em meados do séc.
XIX): L. Beethoven, N. Paganini, G. Rossini, F.
Schubert, F. Mendelsohn e F. Chopin.
Romantismo (até 1890, aproximadamente):
R. Schumann, F. Liszt, G. Verdi, R. Wagner, C.
Gounod, Johann Strauss, J. Brahms, G. Bizet,
P. Tchaikóvsky e A. Dvorák.

Pós-romantismo (Acaba em 1910 ou fase da
primeira guerra mundial): R. Korsakóv, G.

Ludwig van Beethoven:
Alemão, compositor marcante na transição do
classicismo para o romantismo. Foi um expoente da
música

ocidental,

considerado

um

grande

improvisador ao piano. Aos 26 anos foi diagnosticado
com um problema auditivo que mais tarde o levou a
surdez. Compôs 32 sonatas para piano entre 1795 e
1822. Suas composições não seguiam fielmente certas
regras estabelecidas o que lhe caracterizou como um
compositor livre se possuir nenhum tipo de vínculo
com príncipes ou nobres.

Carl Maria Von Weber:
Nasceu na Alemanha, foi um barão e
compositor. Foi um dos primeiros compositores
de destaque do Romantismo. Foi um dos
maiores compositores ocidentais. Influenciou
musicalmente as inspirações de Wagner. Foi
destaque como pianista, violinista e teórico do
período romântico.

Franz Liszt: Nasceu na Hungria, foi professor, pianista, compositor e
maestro. Ficou famoso na Europa no século XIX por sua grande habilidade
com o piano. Considerado por alguns como o maior pianista de todos os
tempos em 1840, teve grande influência sobre vários compositores da
época. Ajudou a popularizar uma grande variedade de peças transcritas para
piano.
Johannes Brahms: Compositor alemão e um dos mais importantes da cena
romântica no século XIX. Era contrabaixista, tocava em bares e tavernas.
Dedicou-se a quase todas as formas, exceto balé e a ópera. Grande parte de
suas obras foram escritas para piano.
Frédéric François Chopin: Pianista polonês que se destacou na França.
Foi ensinado pela irmã e pela mãe a tocar piano. Considerado um dos
maiores compositores para piano e conhecido com um dos mais importantes
pianistas da história. Foi comparado a Beethoven e Mozart na sua forma de
tocar. Uma grande influência na música até os dias atuais. Foi muito
admirado por Robert Schumann.

Compositores Brasileiros
Leopoldo Américo Miguez: Carioca, foi violinista, compositor e maestro. Passou
uma temporada na Europa para se aperfeiçoar e voltou bastante influenciado por
Wagner. Compôs o Hino Nacional da República. Escreveu sonatas para violino e
piano. Foi importante na renovação do ensino de música no Brasil.
Homero Sá Barreto: Nasceu em São Paulo, em sua trajetória na música foi
pianista, professor e compositor. Foi escolhido como patrono da cadeira n o 38 da
Academia Brasileira de Música. Considerado um típico artista Romântico. Foi
amigo íntimo de Villa-Lobos e um grande intérprete de Chopin.
Henrique Oswald: Pianista, compositor, concertista e diplomata. Nasceu no Rio
de Janeiro. Foi dono de um depósito de pianos e um dos primeiros a vender quando
se mudou para São Paulo aos 2 anos de idade. Aprendeu a tocar piano com
influências da mãe. Aos 16 anos transferiu-se para a Itália através de uma bolsa
concedida pelo imperador, lá estudou por um bom tempo em Florença.

Sonata em Si menor de Liszt
“A sonata começa com uma introdução lenta bastante sombria, com um tema
declaratório que se inicia apenas esboçado, delineado. Em seguida, esse motivo fica mais
rápido e dramático e dá origem a uma seção lírica muito bonita. Não sem algum drama, a
sonata se encaminha para um movimento lento, um scherzo em estilo fugado (vale
lembrar que há também uma fuga na fantasia de Schubert, mas no final) e à última seção,
que resolve quase todas as tensões. Quase, porque a conclusão silenciosa, cheia de
mistério, ainda deixa muita coisa no ar.” Adriano Brandão

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